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Prefácio
A informação escrita sobre o violino é um pouco mais rica. Os textos autoritários de Flesh e
Galamian são de grande importância; aqui os beneficiados são os especialistas engajados na
carreira solo, não o professor, para o qual pouco conteúdo é oferecido. Subseqüentemente
autores continuaram sua tarefa, que através de idéias influenciados por sua
contemporaneidade se tornaram ainda mais polarizadas. Os livros de Gerle e Jacoby
destacam uma exposição analítica e cientifica de capacidades, por outro lado os trabalhos
de Havas, Menuhin e Polnauer representam um caminho mais abstrato, onde conceitos
gerais de filosofia Gestalt (filosofia que consiste em considerar fenômenos não mais como
soma de elementos por isolar, analisar e dissecar, mas como conjuntos que constituem
unidades autônomas, manifestando solidariedade interna e possuindo leis próprias, donde
resulta que o modo de ser de cada elemento depende da estrutura do conjunto e das leis que
o regem, não podendo nenhum dos elementos preexistir ao conjunto; teoria da forma) são
preferidas, a uma investigação mais detalhada. Contrastando, os métodos Rolland e Suzuki,
que apesar de se diferenciarem significantemente, ambos pioneiros para o ensino em massa,
envolvem extensivo uso de modernos equipamentos áudio e visual.
No entanto existem sérias falhas, não somente para o estudante de nível intermediário de
aspirações modestas, mas também para os instrumentistas e professores, para quem são
oferecidas poucas perspectivas em uma ampla gama de assuntos e técnicas.
Por ser impossível este artigo agregar todos os conteúdos, procura-se ser justo dentro das
possibilidades. Seu conteúdo, uma mistura cuidadosa entre idéias tradicionais e novas,
destaca tópicos geralmente rejeitados e faz breves citações àqueles que podem servir de
referencia por suas principais publicações.
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O Professor
Comunicação
Uma boa comunicação é de fundamental importância para que possamos decidir quando o
estudante responde mais rapidamente, se por demonstração ou explicação.
Estrategicamente, o melhor é guardar para si qualquer desapontamento ou frustração que
sentir com relação ao aluno, eles são humanos e respondem melhor a elogios e comentários
positivos. Escolher o melhor estilo é de fundamental importância; da mesma forma que
marionetes, nós devemos interpretar o personagem apropriado – mandão, simpático,
engraçado, discreto, humilde, bravo, arrogante, elogioso – as escolhas são infinitas.
È, no entanto, surpreendente que as palavras que usamos contam somente 7% do que nós
comunicamos à outra pessoa; 35% é alcançado pelo tom de nossa voz, e a maior parcela
(55%) resultante de nossa fisiologia e linguagem corporal. Portanto, um certo grau de
empatia com os padrões de vocabulário do aluno, freqüência da respiração, postura e
movimento poderão ajudar em uma “aproximação” de cada indivíduo de uma maneira sutil
e individual.
Desafio
No decorrer das aulas procure apresentar questões interessantes. Estas questões devem
desafiar seus alunos a pensar por eles mesmos durante a semana. A resposta dos alunos
também proporciona ao professor um termômetro de desenvolvimento, geralmente eles
demonstram que aprenderam menos do que aparentemente aprenderam. Se um aluno tem
vários problemas, é melhor ser paciente estruturando novas idéias durante um período, do
que arriscar um massacre de mudanças e críticas em uma única aula. Quando introduzir um
novo material, para uma melhor lembrança, tente apresentá-lo nos últimos instantes da aula.
2
Flexibilidade – criança.
Crianças com idade em torno dos seis anos conseguem concentrar-se por volta de dez
minutos. A duração e a estrutura das aulas são de vital importância, e devem se encaixar a
idade a competência musical de cada aluno. Aulas curtas e bem variadas devem ser levadas
em conta. Utilizar todos os espaços da sala de aula para varias atividades como: tocar de
ouvido, cantar, ler e teoria são algumas opções. Uma aula de quinze minutos pode muito
bem se adequar à uma aula em grupo.
Aulas em grupo podem ser divertidas. Reduzem a inibição e encorajam significantemente a
apreciação critica. Quando a experiência em conjunto não é possível, tocar duetos (e.g.
Pleyel op. 8) com o seu aluno, é uma excelente escolha.
Caderno de anotações
Um caderno para anotações é uma boa maneira de ter os conteúdos trabalhados em aula e
também para que o aluno possa consultá-lo durante sua pratica diária. Novos conteúdos
devem ser extensivamente explicados antes da aula terminar, preferencialmente com um
parente presente, para que possa garantir a prática correta em casa. Para o primeiro ano de
um iniciante é aconselhável que se siga um método. Desta maneira uma boa gama de
habilidades será apresentada a ele e talvez já no primeiro ano, possam ser apresentadas, a
terceira posição e golpes de arco fora-da-corda. Nos anos seguintes você poderá escolher
um repertório e técnicas aplicadas ao nível do aluno. Em níveis iniciantes seja preciso em
suas instruções, exato em seus pedidos e estabeleça um alto padrão de qualidade. Ao
mesmo tempo respeite o valor do humor e entretenimento nas aulas. Longas explicações
devem ser rejeitadas. A imaginação é uma arma poderosa para o ensino de ritmos e arcadas
(ex.2). Finalmente, dedilhados complicados e a proliferação de altas posições (obviamente
preferida pelos editores), quando simplificadas, vão possibilitar aos alunos iniciantes a
concentração no fraseado, sonoridade, ritmo e outros critérios técnicos que geralmente são
negligenciados.
Ex.2 O uso da imaginação como recurso para o ensino do ritmo e arcadas (por S.Nelson, Beginners Please)
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Sugestões práticas
4
Avaliação
Para uma avaliação mais efetiva uma descrição do aluno é a solução mais prática
para o monitoramento de seu progresso em um determinado período. Avanços em
educação, especialmente no exame de GCSE, sugere que a descrição deva englobar um
certo número de habilidades, que não são normalmente associadas com o estudo do violino.
Certamente, você deverá avaliar o progresso e habilidades de seus alunos além dos limites
de uma só prova, no caso de uma avaliação semestral. A ilustração é uma descrição para
alunos avançados. A coluna de habilidades técnicas pode ser ajustada à proficiência de cada
estudante. Este tipo de avaliação é particularmente útil no ensino LEA (a auto avaliação do
aluno é enfatizada nas diretrizes do Currículo Nacional); elas são completas, flexíveis e
simples para análise de todos os professores.
Conclusão
Uma boa relação estudante professor é fundamental no ensino, mas é absolutamente vital
no convívio de um para com o outro. A procura por um sentimento de companheirismo
onde o aluno experiência certa liberdade, escolha e responsabilidade; uma relação a longo
prazo de confiança deverá se desenvolver. Evite comparações desnecessárias para com
outros alunos, isto só faz com que se alimente o sentimento de individualidade. Ter uma
aproximação pessoal é tão simples como perguntar sobre acontecimentos da vida fora da
ária musical.
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Nome: Fase: Instrumento:
Comentário do aluno:
Comentário do professor:
QUASE NUNCA
AS VEZES
SEMPRE
MUITO CAPAZ
CAPAZ
ORGANIZADO QUANTO AO INSTRUMNETO E PARTITURAS
PONTUAL À AULAS E ENSAIOS
PRODUZINDO EM SUAS HABILIDADES MÁXIMAS
ESTUDO INTELIGENTE
VIRTUOSIDADE
PRECISÃO Esforço
LEITURA À PRIMEIRA VISTA
GOLPES DE ARCO E ARCADAS
DINAMICAS E AFINACAO EXEMCIONALMENTE BOM
POSTURA, INCLUINDO SENTADO PRODUZINDO BEM
VIBRATO
SEM ESFORÇO SUFICIENTE
MEMORIZAÇÃO DE MOVIMENTOS COMPLETOS
ORQUESTRA E MÚSICA DE CÂMARA
CONTROLE NA PERFORMANCE
TIMBRES
IMPROVISAÇÃO
ESTILO E INTERPRETAÇÃO
Professor: Aluno:
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O Aluno
Estudo
Quando se encontra uma passagem como na Cavatina do quarteto Op. 130 onde
Beethoven marca “beklemmt”com sua maravilhosa expressão pungente, se percebe que
nem os quatro mil exercícios de arco do estimado e engenhoso Ševčík preparam-nos para
as arcadas para cima descritas como “parlando”. ³ O alerta que Szigeti nos destaca são
dois atalhos nos padrões da prática tradicional: o perigo de separar o estudo da técnica com
o da música; e a falsa complacência derivada de uma rotina de estudo de repetição
impensada. Apesar desta visão ser dividida com um grande número de professores de
destaque, associações negativas e desprazerosas para “estudo” ainda prevalecem –
entusiasmo é limitado somente aos estudantes que mais se destacam. Definindo
simplesmente, um bom estudo envolve tocar inteligentemente respondendo aos estímulos
auditivo, visual e físico de um amaneira em que o bom é guardado e o inferior rejeitado ou
modificado - em outras palavras, modificando incompetência para competência consciente
e eventualmente para uma competência inconsciente. Apesar da recente publicação de
Robert Gerle,4 o estudo do aluno médio é pobre, com pouca ‘qualidade’ na orientação pelo
professor. Por que, então, não gravamos nossas aulas para discussão e análise depois?
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Leitura à primeira vista 6
Existe uma certa incerteza que amedronta nestes testes, praguejam os violinistas. Leitura à
primeira vista é de grande importância e reflete um talento natural. Uma formação pobre
pode expor uma certa ignorância em teoria, bem como deficiências em ritmo e destreza.
Entretanto o leitor lento poderá melhorar através de um bom orientador e muita prática,
mas algumas fraquezas não serão resolvidas. Como um maestro, a habilidade de
antecipação (não simplesmente ler antes) e rápidas respostas são essenciais para a
continuidade. Em todos os níveis é sempre aconselhável notar os seguintes detalhes antes
de começar: (a) tonalidade e marcação de compasso; (b) andamento; (c) alcance das
dinâmicas; (d) marcações agógicas. A regra de ouro em testes é tocar musicalmente, sem se
distrair por pequenos erros em sua performance na música apresentada.
Ex. 4 Lendo grupos de notas como membros de um acorde (dos 42 [40] Etudes ou Caprices, No.8)
Postura
Uma atenção mais entusiástica à postura aparece nas publicações de Havas, Rolland e
Menuhin. 7 Conceituais e altamente personalizados em seus estilos, os livros enfatizam
balance, movimento e relaxamento. Menuhin, por exemplo, inclui longos capítulos com
yoga, alongamentos e respiração, envolvendo vários exercícios antes do violino ser
utilizado. 8 Um caminho mais analítico é utilizado por Robert Jacob, que apresenta em sua
introdução uma página intitulada ‘Considerações Físicas Gerais’.9
Qualquer que seja o método utilizado, o objetivo certamente refletido na postura
natural do indivíduo, deve estar livre da infinidade de distorções associadas ao tocar
incorretamente. O envolvimento de uma terceira pessoa ou a utilização de equipamento
atudio-visual é inválido, pois as distorções estão profundamente enraizadas e nos maus
hábitos do subconsciente. As mais freqüentes são as contorções faciais, rápidas e fortes
respirações, torção da espinha, pescoço duro e uma exagerada elevação do ombro esquerdo.
Dureza nas juntas é detrimento da transmissão das mensagens do cérebro aos dedos e vice-
8
versa. A descrição a seguir sobre Heifetz ilustra quão livre e relaxado ele se sentia: ‘Eu
imagino que se eu me aproximasse bem perto dele e respirasse forte, eu sopraria o violino e
o arco de suas mãos.’10
Músicos de orquestra e de câmara sofrem ainda mais perigos – cadeiras curvas de
plástico! Aqui sérias considerações devem ser dadas ao sentar na ponta da cadeira, os dois
pés devem estar apoiados firmemente no chão, com a perna esquerda levemente retraída
para facilitar o acesso à corda mi na parte superior do arco (veja Fig. 39). Durante longos
ensaios de orquestra, pouca circulação de sangue na parte posterior do joelho pode ser
causada pelo formato elevado da borda de algumas cadeiras. A utilização de um apoio para
sustentar a parte inferior das costas pode ser necessária.
9
Precisão Rítmica
Ex.5
[a] Ornamentação fica mais complexa quando seguida de pausas ou valores
misturados.(J.F.Mazas, 75 Etudes Mélodiques et progressives pour violon Op. 36:livro1
Etudes spéciales,no.29)
[b] Sincopado e mudanças de métrica do compasso(B.Britten, Saint Nicholas Op. 42,
segundo movimento).
[c] Sincopado, ostinato e pizzicato, uma grande combinação(C.Orff, Carmina Burana).
10
Precisão na Afinação
Tocar afinado é algo universalmente apreciado. Uma inflexibilidade na mão esquerda pode
afetar gravemente a afinação, tanto quanto um ouvido preguiçoso e a prática que permite
erros freqüentes sem correção. Embora exercitar oitavas e cromáticos seja importante, a
característica mais importante da afinação é a combinação de um ouvir refinado e a
‘sensação’ do local, distancia e contexto de cada som. Em contradição aos ditos populares,
a prática de escalas em um tempo rápido pode ser destrutivo par este processo – a seqüência
harmônica é muito previsível e o costume de manter o mesmo dedilhado desaconselhável.
Repetição as cegas às vezes funciona.
11
Quando a afinação é inteligentemente relacionada com a tonalidade, estrutura
harmônica, ou mesmo outros instrumentos de um conjunto, a projeção somada é um
dividendo futuro. Como Mark Johnson (Vermeer Quartet) relembra, Eu tenho lembranças
de certos acordes tão perfeitamente afinados que faziam com que todo o espaço vibrasse;
isto não acontecerá nunca mais, não da mesma maneira em que aconteceu nestes ensaios
ou concertos. 11
Sonoridade
12
Arcos e arcadas
Fig. 40. O papel de suporte do polegar da mão direita. Fig. 40 Melhor posição dos dedos da mão direita.
O máximo envolvimento dos dedos é ilustrado no Ex. 8a, onde ocorre o movimento de
mudança de cordas, quando movimentações maiores do braço e do punho são
desnecessárias. No talão, dedos curvados e a flexibilidade das juntas são fundamentais para
o controle de peso que deve ser permitido no ‘cavar’ o arco na corda.
A flexibilidade das juntas é um pré-requisito para a fluência do arco; sem isso Ex. 8b seria
impossível tocar leve e com velocidade:
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Uma introdução à esta movimentação pode der desenvolvida pelo seguinte exemplo do
exercício de simples rotação da mão, onde se deve minimizar ao máximo a movimentação
do braço:
Ombro e cotovelo
Fig. 42 Uma posição mais baixa do cotovelo para Fig. 43 A posição otimizada dos obros “horizontais”
acomodar melhor acordes de 3 notas quando se toca na metade inferior do arco
14
Mudança de direção do arco
Apesar de que nas descrições atuais elusivas á mudança de direção macia variam em muitas
fontes atuais, é necessário perceber que para alcançar o efeito desejado, no momento da
mudança o arco deve diminuir sua velocidade praticamente a ponto de parar. Movimentos
sutis das juntas atuam mais como amortecedores de choque, o arco continua seu movimento
enquanto o braço altera sua direção. A descrição de um arco (circulo) nas extremidades
melhorará o efeito do legato. 15
Distribuição do arco
Ex. 8 (d) Os números refere-se a pulsação. Nenhuma mudança de dinâmica ou articulação entre as arcadas pode ocorrer.
Finalmente, Ex. 8(e) ilustra como alguns movimentos podem parecer tão simples. Tocando
na ponta com o arco na corda, um extremo controle é exigido no iniciar e parar o arco
consistente e claramente:
Allegretto
Con sordini
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Arcadas e golpes de arco
Vibrato
Embora o vibrato tenha sido pouco utilizado e inicialmente como um ornamento, ele tem
atualmente sido usado quase que obrigatoriamente, 16 espera-se que os violinistas produzam
vibratos amplos em rápidas oscilações sem interrupções em as mudanças de nota. Leslie
Sheppard considera o artifício uma ilusão ao ouvido e mostra que ‘se escuta muito menos
do que se é feito’17. Quando utilizando o vibrato, violinistas deveriam visar o máximo
efeito com economia do movimento dos dedos. Mobilidade na primeira junta de cada dedo
é crucial, com os dedos estáticos e alinhados em posições agudas a energia gerada por
movimentos amplos é geralmente bloqueada. Um estilo onde um incessante ‘tremer’
(wobble) é executado pelo punho ou pelo dede sozinho, sem variedade de velocidade ou
inflexão, é também indesejado e frustrante para muitos bons instrumentistas. Vibrato como
várias outras nuances, deve ser usado com descrição e bom gosto, combinando com o estilo
e período da música sempre que possível.
16
O Intérprete
Controle na performance
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Memória
Conselhos gerais são também oferecidos: Gerle sugere, por exemplo, que freqüentes
períodos de descanso aumentarão a concentração e retenção do conteúdo estudado. Ele
também destaca o imenso benefício da antecipação. Embora o método Suzuki sugira o
aprendizado sem a musica desde o início, sua metodologia não incluiu nenhum destes
processos, ou aprendizado semântico.
Apesar do livro Left Hand Violin Technique de Ruggiero Ricci apresentar muito material
virtuosístico comentado para a prática, as seguintes seleções também podem ser úteis.
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Acordes (cordas duplas)
È sempre aconselhável que se construa o intervalo primeiro com o dedo da nota na posição
mais baixa do que o dedo da nota na posição mais alta (Ex.9a). No Ex. 9b, com as duas
notas na posição, uma afinação mais precisa pode ser construída tocando-se somente uma
nota como arco:
Concentrar no levantar os dedos mais do que colocá-los (Ex. 9c) aumenta histamina e força
desenvolvendo os músculos extensores que freqüentemente são negligenciados.
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12-12
No Ex. 9e o padrão usual 34-34 é substituído, mostrando que o padrão de dedilhado
pode ser alterado de acordo com as características físicas e tamanho da mão.
Fig.44 A melhor posição para a execução de décimas, particularmente para violinistas de mãos pequenas.
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Estilo e interpretação.
Ex. 10 O dedilhado indicado explora um timbre vocal uniforme em uma corda e convidando portamentos
( de R. Schumann, Intermezzo, ‘F.A.E. Sonata’).
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Improvisação
Variação rítmica de uma melodia é a mais simples das técnicas de improvisação.(Ex. 11b):
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Na versão ‘hot’ final, (Ex. 11d) permite que a imaginação fique livre, desconsiderando o
tempo através das harmonias que ainda determinam as figuras rítmicas:
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Clareza e conjunto
Fraseado
Ritmos pontuados
Olhando na frente
É essencial em várias ocasiões trabalhar um pouco antes a direção do arco para uma
‘prioridade de arcada’. Por exemplo, Ex. 12b será necessário se começar para baixo em
preparação para a ‘prioridade’ do pizzicato no compasso 2:
Tremolo é outro caso onde a metade superior do arco deve ser antecipada para que
se evite um acento indesejado.
Caráter
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Orquestra e música de câmara
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11 Musicalidade: sensibilidade e discriminação entre o material melódico e de
acompanhamento é um importante aspecto em toda a mùsica em conjunto, e não
pode ser subestimada.
12 Concentração: quando se senta atrás no naipe, a atenção e antecipação devem
ser dobradas. Proximidade dos naipes de metais e percussão produz mais distrações.
Ex.13 foca em alguns problemas particulares que devem ser superados pelos
violinistas. Preparar-se para as eventualidades de tempos que podem variar entre
(semínima pontuada = 60-84), de acordo com o maestro. Entregar cada frase
precisamente em seu devido tempo requer ritmo aguçado e o controle da técnica. Os
pontos acima das notas e staccato sugerem sautillé, o quanto o arco deve saltar
depende do tempo, dinâmica e as qualidades de seu arco. Fluência requer economia
de movimento – os dedilhados sugeridos reduzem dificuldades em mudanças de
corda e podem ser utilizados em um tempo rápido. Para evitar atraso, o primeiro
arco para cima de semicolcheia necessita sair da corda, ‘pinçada’ não ‘batida’. Fique
atento a frase antifonal, ela ajudará a coordenar os compassos 3, 5 e 10, mas toque
com o seu naipe, mesmo se frase não coincidir aparentemente. Preste atenção nos
tempos fortes do primeiro tempo de cada compasso. Se não está sincronizado com o
que você esta escutando, assegure-se mais uma vez estar seguindo o spalla e
mantenha-se com o seu naipe. Finalmente, é crucial que você conheça a sua parte.
Concentração total é necessária para absorver e filtrar todas as informações durante
o tocar.
Audições e provas
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assessor externo. Os requerimentos usuais devem incluir na prova duas pecas
contrastantes de sua escolha, leitura primeira vista e alguns trechos de orquestra
escolhidos. Candidatos aprovados geralmente são escolhidos para um período de
‘teste’, onde se é oferecido uma experiência de trabalho de no mínimo uma semana.
Claramente a seu objetivo é apresentar confiança e profissionalismo que se
caracteriza pela pontualidade, inteligência e sociabilidade. Independente da posição
da vaga que estiver pleiteando, esteja preparado para a possibilidade de estar
tocando na primeira estante por algum tempo.
A audição poderá ser sem acompanhamento – que poderá ser um ‘choque
cultural’ se você não estiver preparado! Mas quando um acompanhador for
providenciado, entretanto, aproveite a oportunidade para apresentar sua
sensibilidade, conjunto e balance. Finalmente a carreira na orquestra é difícil e
exigente; é importante se apresentar de uma forma composta e madura. Tenha
confiança e olhe para o seu júri; não seja evasivo - é perfeitamente aceitável dirigir-
se à banca quando solicitado. Você também deve estar preparado para ser
interrompido freqüentemente, devido a falta de tempo. È freqüentemente raro que
os concursados toquem suas pecas de livre escolha até o fim e talvez seja um bom
indicador de seu teste se lhe for permitido terminar a peça sem interrupção.
Candidatos ao posto de fila na orquestra devem estar familiarizados com o
seguinte repertorio, para a leitura primeira vista trechos das seguintes pecas são
freqüentemente solicitados: aberturas de Mozart, Weber, Smentana e Wagner; do
repertório sinfônico de Dvorak e Brahms; Sinfonias de Mozart no.39,40 e 41; Don
Ruan de Richard Strauss e Divertimento de Bartok. O seguinte repertório inclui
importantes solos de violino e são freqüentemente solicitados aos candidatos ao
postos de Spalla: J.S.Bach Paixão segundo São Mateus e a massa em si mentor;
Missa Solemnis de Beethoven; Primeira sinfonia de Brahms; Lago dos cisnes
Tchaikovsky; Capricho Espanhol e Sherazade; Rimsky-Korsakov; Ein Heldenleben
e Le Bourfeois Gentilhomme de Richard Strauss.
Encerrando, independente da ocasião, a importância em sua postura e
aparência durante a apresentação não pode ser subestimada. Uma boa linguagem
corporal e confiança em sua postura de palco são vitais para a comunicação com o
público.
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Notas:
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