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É portanto, o ramo do direito civil concernente às relações entre pessoas unidas pelo
patrimônio ou pelo parentesco a aos institutos complementares de direito protetivo ou
assistencial, pois, embora a tutela e a curatela não advenham de relações familiares,
têm, devido a sua finalidade, conexão com o direito de famíla.
Com base no princípio da igualdade jurídica de todos os filhos, não se faz distinção
entre filho legítimo e natural quanto ao pátrio poder, nome e sucessão; permite-se o
reconhecimento de filhos ilegítimos e proíbe-se que se revele no assento de nascimento
a ilegitimidade simples ou espuriedade.
DIREITO MATRIMONIAL
Conceito de matrimônio, características do casamento, esponsais e promessa de
casamento, condições à existência do casamento, à validade do ato nupcial e à
regularidade do matrimônio.
Casamento é o vínculo jurídico entre o homem e a mulher que visa o auxílio mútuo
material e espiritual, de modo que haja uma integração fisiopsíquica e a constituição de
uma família legítima.
c) o fato de ser a legislação matrimonial de ordem pública, por estar acima das
convenções dos nubentes;
e) a união exclusiva.
a) a livre união dos futuros cônjuges, pois o casamento advém do consentimento dos
próprios nubentesm que devem ser capazes para manifestá-lo;
Impedimentos Matrimoniais
Conceito, impedimentos dirimentes públicos ou absolutos, dirimentes privados ou
relativos, impedimentos proibitivos, oposição dos impedimentos matrimoniais.
b) impedimento de afinidade, pois não podem casar os afins em linha reta, seja o
vínculo legítimo ou ilegítimo; parentesco por afinidade é aquele que se estabelece em
virtude de casamento entre um dos cônjuges e os parentes de outro;
c) impedimento de adoção, para velar pela legitimidade das relações familiares e pela
moral do lar.
2) Impedimento de vínculo, que deriva da proibição da bigamia, por ter a família bae
monogâmica.
3) Impedimento de crime, pois não podem casar o cônjuge adúltero com o seu co-réu
por tal condenado e o cônjuge sobrevivente com o condenado como delinqüente no
homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
a) confusão de patrimônios;
c) matrimônios de pessoas que se acham em poder de outrem, que poderia por isso
conseguir um consentimento não espontâneo;
Oposição dos impedimentos matrimoniais é o ato praticado por pessoa legitimada que,
antes da realização do casamento, leva ao conhecimento do oficial perante quem se
processa a habilitação ou do juiz que celebra a solenidade de um dos impedimentos
legais entre pessoas que pretendem convolar núpcias.
Celebração do Casamento
Formalidades preliminares, habilitação matrimonial, publicidade, autorização,
celebraçao do casamento, formalidades da cerimônia, casamento por procuração,
casamento nuncupativo, casamento religioso com efeitos civis.
a) habilitação matrimonial é processo que corre perante o oficial do Registro Civil para
demonstrar que os nubentes estão legalmente habilitados para o ato nupcial.
c) autorização para a celebração, pois se após o prazo de 15 dias não houver oposição de
impedimentos, o oficial do Registro deverá passar uma certidão declarando que os
nubentes estão habilitados para casar dentro dos 3 meses imediatos.
O casamento pode ser feito por procuração se um dos contraentes não puder estar
presente ao ato nupcial, sendo então permitido que se celebre o matrimônio por
procuração, desde que o nubente outorgue poderes especiais a alguém para comparecer
em seu lugar e receber, em seu nome, o outro contraente, indicando o nome deste,
individuando-o de modo preciso, mencionando o regime de bens.
Provas do Casamento
Provas diretas e indiretas da celebração do casamento.
Quanto aos efeitos sociais, além da criação da família legítima, considerada como o
primeiro e principal efeito matrimonial, o casamento produz a emancipação do cônjuge
menor de idade, tornando-o plenamente capaz, como se houvesse atingido a maioridade
e estabelece, ainda, o vínculo de afinidade entre cada consorte e os parentes do outro;
conferem aos cônjuges um status, o estado de casado, fator de identificação na
sociedade.
Por isso, não vislumbra-se na Constituição Federal de 1988 uma isonomia entre marido
e mulher relativa aos seus direitos e deveres, pois o art. 226, § 5º, da Lei Maior refere-se
ao igual exercício dos direitos e deveres do marido e da mulher na sociedade conjugal.
Ante o caráter especial do preceito constitucional, não se poderá afirmar, que não mais
há discriminação em separado dos direitos e deveres da mulher e do marido, visto que a
Carta Magna não os igualou em direitos e deveres, mas sim no exercício desses direitos
e deveres, pois tão-somente proclama que na sociedade conjugal os direitos e deveres de
cada um, contidos no Código Civil, por exemplo, serão exercidos igualmente, ou seja,
sem interferência, sem oposições, ou até mesmo conjuntamente, de sorte que, havendo
divergências, qualquer deles poderá recorrer ao Judiciário.
Todavia, é bom esclarecer que tal incapacidade vigorou em função do casamento e não
do sexo, sendo defendida em razão da necessidade de ter a sociedade conjugal uma
chefia, e como esta compete ao homem, a mulher passou a ser tida como incapaz. Daí se
infere que essa incapacidade relativa da mulher casada era uma incoerência e uma
ilogicidade, pois a própria lei impunha a necessidade de aquiescência da mulher para
que o marido pudesse praticar determinados negócios jurídicos. A Lei 4.121/62 aboliu
essa injustificada incapacidade relativa da mulher casada, instituindo a igualdade
jurídica dos consortes.
Cada cônjuge responderá pelos débitos contraídos antes do matrimônio, mas, quanto às
dívidas subseqüentes, contraídas pelo marido como administrador dos bens do casal,
responderão pelo pagamento delas primeiro os bens comuns, e, depois de esgotado
estes, os particulares do marido ou da mulher, na proporção do proveito que cada qual
tenha tido.
A dissolução ocorre pela morte de um dos cônjuges, pela separação judicial, pelo
divórcio, pela nulidade ou anulação do casamento.
Pode ser legal, se imposto pela lei, ou convencional, que poder ser: absoluta, se
estabelecer a incomunicabilidade de todos os bens adquiridos antes e depois do
casamento, inclusive frutos e rendimentos, ou relativa, se a separação se circunscrever
apenas aos bens presentes, comunicando-se os frutos e rendimentos futuros.
A dissolução ocorre com o término da sociedade conjugal por separação judicial cada
consorte retira seu patrimônio, e por morte de um deles, o sobrevivente entrega aos
herdeiros do falecido a parte deste, e, se houver bens comuns, os administrará até a
partilha.
Regime Dotal
Regime dotal é aquele em que conjunto de bens designado dote é transferido pela
mulher, ou alguém por ela, ao marido, para que este, dos frutos e rendimentos desse
patrimônio, retire o que for necessário para fazer frente aos encargos da vida conjugal,
sob a condição de devolvê-lo com o término da sociedade conjugal.
O dote pode ser constituído por um ou mais bens determinados, descritos e estimados na
convenção antenupcial, para que se fixe o seu valor ou se determine o preço que o
marido deverá pagar por ocasião da dissolução da sociedade conjugal, acrescendo-se,
ainda, a expressa declaração de que tais bens ficaram sujeitos ao regime dotal.
Cabe ao marido a administração do bem dotal, mas, se ele o administra mal, a lei
autoriza a mulher a requerer a separação do dote, que se opera por decreto judicial,
averbado no Registro de Imóveis competente.
A extinção ocorre:
a) por morte da mulher, caso em que seus filhos ficarão com o dote, até serem
chamados à sucessão do ascendente que o constituiu, para proceder à sua colação; se
não tiver filhos, passa ao seu ascendente;