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Prof. Ivan
Conceitua-se luz como sendo um agente físico capaz de sensibilizar nossos órgãos visuais.
Óptica é a parte da Física que estuda um conjunto de fenômenos (denominados fenômenos
luminosos) que têm como causa determinante o agente físico luz.
Denomina-se raio de luz um ente geométrico (uma linha) que representa a direção e sentido
de propagação da luz.
Fontes de luz
Meio transparente
Meio translúcido
Um meio se diz translúcido, quando permite a propagação da luz, através de si, porém com
trajetórias irregulares, indefinidas, de modo a não termos uma visão nítida dos objetos, mas
tão-somente uma idéia de seus contornos.
Exs: vidro fosco, papel de seda, nevoeiro, uma lâmina metálica extremamente fina etc.
Meio opaco
Um meio se diz opaco, quando não permite a propagação da luz através de si.
Exs: madeira, concreto, chapas metálicas espessas, etc.
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Observação: Um mesmo meio pode, em condições diversas, apresentar-se ora transparente,
ora translúcido, ora opaco. Uma camada de água é transparente em pequenas espessuras, o
que não acontece em grandes espessuras.
Os fenômenos ligados à propagação da luz podem ser estudados com base em alguns
princípios, isto é, leis sugeridas pela observação. São eles:
C) Leis da Reflexão
Consideremos uma fronteira F (plana o curva), delimitando dois meios (1) e (2).
Admitamos que a luz, provindo do meio (1), suposto transparente e homogêneo, atinja a
fronteira.
Seja RI um raio de luz incidente, I o ponto de incidência da luz, IR' o correspondente raio
de luz refletido e IN uma reta normal à fronteira no ponto l.
1a Lei da Reflexão
O raio de luz incidente (RI), a reta normal no ponto de incidência (NI) e o raio de luz
refletida (R'I) pertencem ao mesmo plano (denominado plano de incidência da luz).
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2a Lei da Reflexão
D) Refração
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Balanço Energético
Quando um feixe de luz, transportando uma certa quantidade de energia radiante, atinge a
superfície de separação de dois meios (fronteira), podem ocorrer os fenômenos de reflexão,
refração e absorção da luz, isto é, uma parte da luz pode ser absorvida na fronteira, quando
então a energia radiante se transforma em térmica.
Seja E a energia radiante total incidente na fronteira que separa dois meios. Sendo E1 a
energia radiante refletida, E 2 a energia radiante refratada e E3 a energia radiante
absorvida, pela lei da conservação da energia, tem- se:
E = E1 + E 2 + E3
Denomina-se espelho perfeito uma superfície, fronteira de dois meios, cujo poder refletor
seja igual a 1, isto é, toda energia incidente é refletida.
Denomina-se dioptro perfeito, uma superfície, fronteira de dois meios ordinários, cujo
poder refrator seja igual a 1, isto é toda energia incidente é refratada.
Na prática, não existem nem o espelho, nem o dioptro perfeitos; a superfície é considerada
um espelho ou um dioptro conforme seja seu poder refletor próximo da unidade.
Denomina-se corpo negro ideal um corpo, cujo poder absorvente seja igual a 1, isto é, toda
energia incidente é absorvida.
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Cor de um Corpo
A luz solar, denominada luz branca, é na realidade uma luz composta de uma infinidade de
cores.
A cor de um corpo, não é uma característica sua, mas, sim, depende da luz que o ilumina.
Quando um corpo, constituído de pigmentos puros, recebendo luz branca se apresenta
verde, isto significa que, de todas as cores que compõem a luz branca, o corpo absorveu
todas, com exceção do verde, que foi refletido e enviado para nossos olhos. Se o corpo não
absorver nenhuma cor, refletindo todas, ele é um corpo branco ideal.
Se o corpo absorver todas as cores não refletindo nenhuma, ele é um corpo negro ideal.
Índice de Refração
Fibras Ópticas
O fenômeno da reflexão total é utilizado atualmente para fazer a luz acompanhar finíssimas
fibras de vidro, mesmo quando estas fibras, muito flexíveis devido ao pequeno diâmetro
que apresentam (de 0,01 a 0,15 mm), se encurvam ou se entrelaçam em nós relativamente
intrincados.
Estas fibras, reunidas em feixes de largura apreciável, canalizam a luz por distâncias de até
40 m sem perdas muito apreciáveis, mesmo quando o caminho que elas determinam é
curvo e sinuoso.
A canalização é conseguida por reflexão total do filete de luz que penetra na fibra, com
inclinação pequena em relação ao eixo desta, e atinge as paredes que a separam do ar (meio
menos refringente que o vidro), com ângulo de incidência superior ao ângulo limite.
Neste caso, ocorre a reflexão total, e o filete de luz continua no interior da fibra mesmo
quando esta sofre uma curvatura qualquer.
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FIBRA ÓPTICA
A figura não está em escala. O diâmetro da fibra de vidro imersa no ar é da ordem de 0,1
mm.
Um laser é um aparelho que amplifica a luz para produzir um feixe intenso e fino de ondas,
com uma cor muito pura.
As fontes de luz comum são incoerentes, isto é, emitem ondas de muitos comprimentos de
onda diferentes e com as mais diversas relações de fase. Mesmo quando se usa luz com
quase o mesmo comprimento de onda, como a luz amarela de uma lâmpada de vapor de
sódio, ainda existe uma relação variada de fase. O resultado é que os feixes luminosos
desse tipo se espalham muito rapidamente e também grande parte de energia se perde por
interferência destrutiva.
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Em 1954, os físicos desenvolveram um método para produzir ondas coerentes na região das
micro-ondas. Esse dispositivo foi chamado de maser. Seis anos depois, os princípios do
maser foram aplicados para a região óptica. Um maser óptico é chamado laser.
Qualquer átomo pode ser considerado como formado por um núcleo em torno do qual se
movem pequenas partículas, os elétrons. O movimento dos elétrons não se processa de um
modo qualquer; são permitidas apenas certas classes de movimentos, e a cada uma delas
está associada uma certa quantidade de energia. Quanto mais próximos estão os elétrons em
relação ao núcleo, menor é a energia do átomo. Diz-se que o átomo está no estado
fundamental quando possui a menor energia possível. Se sua energia aumenta, ele passa a
um de seus vários estados excitados, que correspondem a níveis de energia mais elevados.
Um átomo está normalmente no estado fundamental, mas pode passar a um estado excitado
se absorver energia. Há vários modos de produzir a excitação: pela passagem de uma
descarga elétrica no material, pela absorção de luz, pelos choques entre átomos, que
ocorrem a altas temperaturas. O átomo sempre tende a voltar ao estado energético mais
baixo. Quando ele passa de um nível excitado ao estado fundamental, a diferença de
energia deve ser liberada. Ocorre então emissão de luz de outra radiação eletromagnética.
De acordo com a teoria quântica, essa radiação é emitida do átomo sob forma concentrada -
como uma espécie de partícula, o fóton. Fótons de uma luz pura, de um único comprimento
de onda (luz monocromática) são iguais entre si: todos eles transportam a mesma energia.
Na maioria dos casos, o estado excitado tem uma vida muito breve, da ordem de 10
nanosegundos (1ns = 10-9s). E logo o átomo retorna ao estado fundamental. Entretanto, há
átomos dotados de uma particular estrutura de níveis energéticos, tal que a excitação
acarreta uma situação menos instável. Uma vez excitado, o átomo pode manter esse estado
por lapsos de tempo muito superiores a 10 nanosegundos: milionésimos, milésimos, alguns
segundos ou mesmo horas. Tais níveis são chamados metaestáveis. Para o efeito laser
empregam-se, na prática, átomos dotados de níveis metaestáveis de energia. Por efeito da
temperatura, nem todos os átomos se encontram no estado fundamental; alguns deles já
estão excitados. A maioria, entretanto, se acha no estado fundamental. Ora, fazendo incidir
sobre o sistema um feixe de radiações eletromagnéticas, cuja energia seja igual à diferença
de energia que separa os dois níveis, fundamental e metaestável, uma ponderável parcela de
átomos do sistema será conduzida ao estado excitado. Como se trata de nível metaestável,
eles podem assim permanecer por um intervalo de tempo relativamente longo. Eis,
portanto, uma espécie de "bomba" armada, pronta para o disparo. O gatilho para o disparo
do sistema pode ser uma radiação eletromagnética, de comprimento de onda idêntico ao da
radiação que o átomo emite quando decai rumo ao estado fundamental. À passagem dessa
radiação, os átomos do sistema vão decaindo sucessivamente, emitindo radiações que vão
engrossando o feixe. No fim do processo, a maioria dos átomos está no estado fundamental,
reconstituindo a situação de partida. Cumpre notar que o feixe de radiações criado é um
feixe coerente; todas as radiações emitidas estão em fase.
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As principais utilizações do laser na medicina são nas seguintes áreas:
Oftalmologia
Foi a partir da década de 50 que o laser começou a ser utilizado pela medicina. Sua
primeira aplicação ocorreu na área de oftalmologia. Nesta área é necessário trabalhar com
várias freqüências de lasers, pois cada tipo de célula absorve melhor uma determinada
freqüência, em detrimento das demais. Os lasers são usados na fotocoagulação de vasos
sangüíneos em tratamentos de tumores, em cirurgias oculares, em alguns tipos de cataratas,
glaucomas, e úlcera da córnea.
Nas cirurgias oculares, do deslocamento de retina, utiliza-se a fotocoagulação. Para tanto,
utiliza-se um laser a rubi, cujo feixe é concentrado e dirigido para o interior do olho, de
forma a passar através da pupila sem tocar a íris, que, de outra maneira, seria danificada. O
feixe queima uma área muito restrita da retina.
Indicações
Para a correção de graus mais elevados que os citados, outras técnicas refrativas são
indicadas, tais como a ICL (Intraocular Contact Lens), onde uma lente semelhante à lente
"gelatinosa" é implantada sobre o cristalino (lente natural do olho), implantação de lentes
de fixação iriana, do tipo "Artisan", ou mesmo a remoção do cristalino transparente, nos
pacientes de mais de 45 anos de idade, quando é substituído por uma lente intraocular de
grau compatível.
Estas técnicas permitem a correção de graus muito elevados de miopia e hipermetropia com
excelente qualidade de visão e pode também ser complementada pelo LASIK ou o PRK
para correção de graus residuais, especialmente quando existem astigmatismos.
Para se submeter a qualquer destas técnicas refrativas é necessário que o candidato passe
por um detalhado exame oftalmológico, onde sua saúde ocular é cuidadosamente avaliada,
em especial, as condições da córnea. Neste exame procura-se detectar se o grau encontra-se
relativamente estabilizado.
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Além do exame de rotina, são realizados os exames de topografia, paquimetria e,
eventualmente, a microscopia especular das córneas.
Otorrinolaringologia
Cardiologia
O Excimer laser ajuda também a tratar a angioplastia, onde uma ou mais artérias estão
bloqueadas pelo estreitamento localizado, resultado do acúmulo de colesterol no sangue -
chamada placa aterosclerótica -, onde o fluxo de sangue e oxigênio é diminuído. O
mecanismo de ação desse laser sobre a placa aterosclerótica é a vaporização, que induz
intenso aquecimento localizado tecidual . A energia é conduzida por cateter construído de
múltiplas fibras ópticas (de 12 a 300), que é conectado a um gerador de laser. Existem
algumas limitações desta nova tecnologia, entre as quais, destacam-se o seu elevado custo e
as possíveis complicações (perfuração e dissecação da artéria).E ele também está sendo
empregado na desobstrução de vasos sangüíneos, no interior do próprio coração, através de
fibras ópticas; nesse caso, a fibra é acoplada a um monitor de TV, a fim de que possa ser
visualizado o local da aplicação.
Neurologia
Na neurologia, o laser está sendo muito empregado, devido às suas qualidades de remoção
dos tecidos sem sangramento e sem contato físico algum.
Ginecologia
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Criado em 1990, o Laser Ultra-Pulse Coherent de CO 2 emite um feixe de luz finíssimo de
3 milímetros de diâmetro com a altíssima energia (500 milijoules), pulsando em cada
milissegundo. Essas pulsações chegam a uma profundidade de 0,02 milímetros, ou melhor,
o diâmetro de 3 células sangüíneas.
Com a precisão do Ultra-Pulse, é possível tratar rugas isoladas, e pequenas áreas, sem
prejudicar os tecidos "vizinhos". Esse sistema também vem sendo utilizado na eliminação
de verrugas, tatuagens, certos tumores de pele, estrias, transplantes de cabelo (diminuindo o
tempo de cicatrização) e em substituição ao bisturi, reduzindo o tempo da operação e
melhorando a cicatrização. O Ultra-Pulse, é tão potente que, em mãos erradas e
inexperientes, pode causar danos ao paciente, como perda da pigmentação da pele e outros.
Skin Resurfacing
Essa técnica consiste em vaporizar a parte mais superficial da pele, retirando as rugas e as
manchas.
Com isso, ocorre a substituição da pele envelhecida por outra mais jovem e natural. A
técnica também é utilizada no tratamento de cicatriz de acne, promovendo a retirada dela
sem o risco de causar danos ou irregularidades na pele.
Alguns equipamentos a laser são capazes de retirar as pintas e manchas senis, sem lesar a
pele normal, ou seja, sem deixar cicatriz. O aparelho também é utilizado para retirar
tatuagens, mas é necessário para isso várias aplicações. A vantagem do laser sobre os
outros métodos é de que a pele não sofre danos.
Varizes e Hemangiomas
Existem lasers que têm a propriedade de emitir raios que coagulam os vasos sangüíneos,
promovendo sua reabsorção. Tais lasers podem ser usados no tratamento de varizes,
hemangiomas, vasos em face, etc., com a grande vantagem de não prejudicar a pele.
Implante Capilar
O implante capilar, através da cirurgia a laser, ficou mais simples e não causa sofrimento ao
paciente, pois o laser faz os orifícios onde são implantadas as raízes do cabelo, tendo uma
recuperação muito mais rápida.
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Cirurgia Das Pálpebras
Pode ser feita tanto na pálpebra superior como inferior. O laser corta e coagula ao mesmo
tempo, sucedendo assim, uma melhora mais rápida do paciente. Essa cirurgia pode ser feita
por dentro da conjuntiva (membrana mucosa que forra a parte anterior do globo ocular e a
parte interna das pálpebras), para esconder a cicatriz.
Depilação Definitiva
Sua maior aplicação é nos casos de áreas localizadas, como axilas, rosto, mamas, abdômen
e nas virilhas. É aconselhável para uma eliminação definitiva dos pêlos 9 aplicações (3 por
ano).
Desenvolvido no Ipen, o laser de hólmio foi capaz de fazer perfurações no dente sem
carbonizar ou trincar a dentina, camada situada logo abaixo do esmalte.
O laser entrou nas clínicas odontológicas apenas em 1990. O tipo mais usado nos
tratamentos clínicos é o laser de baixa potência, pois tem ação analgésica, antiinflamatória
e bioestimulante, contribuindo para a regeneração dos tecidos. Nessa área, é aplicado no
tratamento de aftas e herpes labiais, incisões ou remoções de tumores e lesões, vaporização
de tecidos em operações plásticas e tratamentos gengivais e como adjuvantes de outros
procedimentos clínicos, como tratamento de canal.
Apesar de o laser de baixa potência ter inúmeras contribuições para seu uso, os maiores
avanços e potenciais de aplicação, entretanto, concentram-se nos lasers de alta potência,
como o de hólmio, capaz de tornar mais rápido o tratamento e a recuperação do paciente,
com menos traumas e dores. O laser, também na área de odontologia, é usado na
esterilização, perfuração de certos tipos de cáries, etc.
Globo Ocular
Os olhos fazem parte dos mais delicados órgãos humanos. Ficam localizados em cavidades
no crânio, as órbitas. No lado externo, são protegidos pelas pálpebras, abas de pele que
podem se fechar rapidamente. Elas também espalham lágrimas nos olhos.
Esclerótica: Camada externa do globo ocular. É a parte branca do olho. Semi-rígida, ela dá
ao globo ocular seu formato e protege as camadas internas mais delicadas.
Coróide: Camada média do globo ocular, constituída por uma rede de vasos sangüíneos.
Íris: É um fino tecido muscular que tem, no centro, uma abertura circular ajustável chamada
de pupila. A íris é intensamente colorida (azul, verde, castanho, preto).
Córnea: É o tecido transparente que cobre a pupila, a abertura da íris. Junto com o
cristalino, a córnea ajusta o foco da imagem no olho.
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Cristalino: Corpo de células epiteliais transparentes e flexíveis, que fica atrás da íris, a parte
colorida do olho. Funciona como uma lente, cujo formato pode ser ajustado para enfocar
objetos em diferentes distâncias, num mecanismo chamado acomodação visual.
Humor Aquoso: Líquido que se encontra entre a córnea e o cristalino, de consistência
semelhante a da água.
Humor Vítreo: Líquido que ocupa o espaço entre o cristalino e a retina.
Retina: A camada mais interna do olho. É uma membrana sensível à luz, conectada ao
cérebro via nervo óptico. Sua função é receber ondas de luz e convertê-las em impulsos
nervosos, que são transformados em percepções visuais. Para realizar esse trabalho, ela é
formada por dois tipos de células.
Músculos Ciliares: Comprimem convenientemente o cristalino, alterando sua distância
focal.
Nervo Óptico: É a conexão do olho com o cérebro.
Fóvea: Porção de cada um dos olhos que permite perceber detalhes dos objetos observados.
Localizada no centro da retina (o revestimento do fundo do olho), é muito bem irrigada de
sangue. A fóvea é parecida com uma cratera, composta de células cônicas que funcionam
como receptores que detectam os raios luminosos e as cores.
Mácula: Ponto central da retina. É a região que distingue detalhes no meio do campo visual.
Ponto Cego: Local em que o nervo óptico, ligado ao cérebro, se junta com a retina. Os
vasos sanguíneos que irrigam a retina também deixam o olho a partir dali.
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Mecanismo da Visão
Embora possamos contar com nossos olhos para nos trazer a maior parte das informações
do mundo externo, eles não são capazes de revelar tudo. Podemos ver apenas objetos que
emitam ou sejam iluminados por ondas de luz em nosso alcance de percepção, que
representa somente 1/70 de todo o espectro eletromagnético.
O olho humano enxerga radiações luminosas entre 4 mil e 8 mil angströns, unidade de
comprimento de onda.
Toda cor é uma interpretação que o cérebro faz dos sinais luminosos. Por isso, nunca se
saberá ao certo se duas pessoas enxergam uma cor exatamente da mesma maneira.
Adaptação Visual
A quantidade de luz que penetra no olho deve ser, dentro de certos limites, praticamente
constante. Para tanto, a pupila assume aberturas convenientes, dilatando-se em recintos
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pouco iluminados e contraindo-se em recintos de muita luz. Esse trabalho realizado pela
pupila é denominado Adaptação Visual.
Acomodação visual
Á medida que um objeto luminoso se aproxima do olho, sua imagem se afasta do foco. No
caso do globo ocular, o anteparo onde se forma a imagem corresponde à retina, e assim o
recuo se torna impossível. Na impossibilidade de recuar a retina, o mecanismo de visão
reage, diminuindo a distância focal do cristalino, mantendo ou acomodando então a
imagem sobre a retina que é fixa.
Resumindo: Para cada posição do objeto, o cristalino assume uma distância focal
conveniente, de modo a acomodar a imagem sobre a retina.
Para o objeto afastado (situado no infinito), a imagem se forma nítida sobre a retina, com os
músculos ciliares tensionando o cristalino ao máximo tornando-o delgado. A distância focal
do cristalino é máxima e igual à distância entre a retina e o cristalino.
Aproximando-se cada vez mais o objeto, a distância focal vai diminuindo em virtude de
uma tensão cada vez menor do cristalino. Existirá então uma posição do objeto para a qual
a tensão exercida pelos músculos ciliares será mínima correspondendo a uma distância
focal mínima e o cristalino estará mais espesso.
O ponto mais próximo da vista, para o qual a imagem ainda é nítida denomina-se Ponto
Próximo (PP) e o ponto mais afastado que pode ser visto com nitidez denomina-se Ponto
Remoto (PR). Para o olho adulto normal o PP vale cerca de 25 centímetros e o PR está
situado no infinito (ou seja, a uma grande distância). Para que um objeto possa ser visto
com nitidez, ele deve situar-se entre o PP e o PR. A região do espaço compreendida entre
tais pontos é denominada Zona de Acomodação ou Intervalo de Visão Distinta.
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Acuidade Visual
Para que dois pontos A e B sejam vistos distintamente, eles devem ser observados sob um
ângulo mínimo, da ordem de um minuto, denominado Acuidade Visual. Se o ângulo for
inferior ao de acuidade visual, as imagens dos pontos extremos do objeto visualizado
formar-se-ão numa mesma célula sensitiva e teremos a impressão de um único ponto.
Miopia
Hipermetropia
É um defeito oposto à miopia que consiste em uma diminuição do diâmetro do globo
ocular. Há uma aproximação da retina em relação ao cristalino e com isto a imagem de um
objeto no infinito forma-se depois da retina e, portanto a imagem não é nítida.
Porém, o problema do hipermétrope não é a visão de objetos distantes, pois com uma
acomodação conveniente, o cristalino diminui a distância focal possibilitando a visão nítida
do objeto no infinito.
A dificuldade reside no afastamento do PP, ou seja, o PP do olho hipermétrope é maior do
que o PP do olho normal (emétrope).
A correção da hipermetropia é realizada com lentes convergentes. Tal lente deve fornecer
de um objeto situado no PP do olho normal (PP = 25cm) uma imagem no PP do olho
hipermétrope (PP maior que 25 cm).
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Presbiopia ou Vista Cansada
Em vista do envelhecimento da pessoa, os músculos ciliares, que realizam o trabalho de
acomodação visual perdem um pouco de sua elasticidade; com isto a zona de acomodação
diminui e o PP se afasta do olho.
O problema de visão do presbíope é análogo ao do hipermétrope, sendo a correção feita
com o uso de lentes convergentes.
Se, contudo, a perda de elasticidade dos músculos ciliares for acentuada, o presbíope
também terá problemas de visão a longa distância, com a aproximação do ponto remoto,
isto é, problema análogo ao do míope, com correção feita com lentes divergentes. Em tais
casos, é usual o emprego de lentes bifocais que permitem a visão de longe (lentes
divergentes) e a visão de perto (lentes convergentes).
Astigmatismo
O astigmatismo consiste no fato de que as superfícies que compõem o globo ocular
apresentam diferentes raios de curvatura, em diferentes secções meridianas do globo ocular.
A cada ponto que compõe um certo objeto, o olho com astigmatismo fornecerá uma
imagem formada por um conjunto de pontos (imagem manchada). A correção é feita com o
uso de lentes cilíndricas capazes de compensar tais diferenças entre os raios de curvatura.
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Estrabismo
Também denominado de olho torto, vesguice ou desvio, o estrabismo é a alteração ocular
onde os olhos estão desalinhados e olhando para direções diferentes. Um dos olhos pode
estar na posição correta, enquanto o outro pode estar desviado para dentro, para fora, para
cima ou para baixo.
O estrabismo é uma alteração mais comum em crianças, na proporção de 4%, mas pode
ocorrer também em adultos. Afeta de maneira semelhante tanto o sexo masculino como o
feminino, sendo em alguns casos de caráter familiar.
Quando os dois olhos estão alinhados corretamente, dizemos que a pessoa tem visão
binocular. Nessa condição, os olhos estão direcionados para um mesmo objeto. A porção
visual do cérebro funde as duas imagens numa única imagem tridimensional.
Quando um dos olhos desvia, como no estrabismo, duas imagens diferentes estão sendo
enviadas ao cérebro.
Numa criança, o cérebro aprende a ignorar a imagem vinda do olho desalinhado e utiliza
somente a imagem vinda do olho na posição correta ou com melhor nitidez. Isso acarreta a
perda da visão binocular e da noção de profundidade. O adulto que desenvolve estrabismo
geralmente tem visão dupla, pois o cérebro já aprendeu a receber imagens dos dois olhos e
não consegue desprezar a imagem do olho desviado.
Glaucoma
É uma doença que tem como característica principal a perda progressiva do campo visual
associada com atrofia também progressiva do nervo óptico. Esses sinais podem estar ou não
associados com um aumento da pressão intra-ocular. Além disso, o paciente pode ou não
sentir dor ocular. Quando não há dor ocular, a maioria dos pacientes só percebe que há
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alguma coisa errada com sua visão quando a doença já está avançada. São várias as causas
do glaucoma, mas as mais comuns são aquelas onde existe um aumento na produção do
humor aquoso ou uma dificuldade no seu escoamento. Dependendo da causa e do estágio
em que a doença é detectada, o tratamento pode ser feito com remédios, laser, ou cirurgia.
Deslocamento de Retina
O descolamento da retina ocorre quando esta camada separa-se da coróide. Quando isto
ocorre, a retina começa a sofrer, pois é a coróide que fornece os nutrientes necessários para
o metabolismo da retina. Os sintomas variam, e dependo da extensão do descolamento, do
local, e de outras condições que possam estar associadas, o tratamento pode ser clínico e/ou
cirúrgico.
Como o próprio nome diz, são as alterações que a mácula sofre com a idade avançada. O
sintoma principal é uma baixa da visão central. Alguns pesquisadores associam esse tipo de
degeneração ao excesso de exposição aos raios ultravioleta. Não existe ainda nenhum
tratamento efetivo.
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Catarata
Ocorre quando o cristalino fica opacificado. A causa mais comum é a senil, ou seja, todos
nós, mais cedo ou mais tarde, vamos apresentar algum grau de catarata quando estivermos
em uma idade mais avançada. Existem também inúmeras outras causas que podem fazer
com que a catarata apareça antes da senilidade, como por exemplo, traumas e doenças
metabólicas. No início, pode-se tentar a melhorar a visão do paciente com o uso de óculos,
mas vai chegar uma hora em que o paciente não terá uma visão útil mesmo com os seus
óculos, quando então é feita a cirurgia. O ato cirúrgico consiste em retirar o cristalino
opacificado e substituí-lo por uma lente intra-ocular. Alguns dos pacientes, mesmo após a
cirurgia, ainda necessitarão do uso de óculos.
Exercícios
a) refratam a luz
b) refletem a luz
c) emitem a luz
d) absorvem a luz
e) n.d.a
a) reflexão da luz
b) difração da luz
c) refração da luz
d) absorção da luz
e) n.d.a
3. Uma bandeira brasileira, tingida com pigmentos puros e iluminada com luz azul
monocromática, é vista nas cores:
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4. Cite algumas aplicações da fibra óptica.
12. Quais os tipos de células que compõem a retina? Quais suas funções?
15. Que nome se dá ao fechamento da pupila? E a dilatação da pupila? Como são chamadas
as drogas que agem localmente paralisando a íris e causando a dilatação da pupila (usadas
em exames oftalmológicos)?
18. O que é Ponto Próximo (PP)? E ponto Remoto (PR)? Faça um esquema ilustrando o PP
e o PR de um emétrope, míope, hipermétrope, e presbiópe.
22. O ponto remoto de um míope situa-se a 2 m de seu olho. Determine a distância focal e a
vergência da lente que corrige o defeito.
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23. Uma pessoa míope usa óculos cujas lentes têm -2 di. Determine a posição do ponto
remoto do globo ocular dessa pessoa.
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