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Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.

º_____ - Data ___/____/______

SISTEMA DE FORÇAS

Força (F→)
(Nóbrega, 1980) e (Beer and Johnston,1991)
“Força não tem definição, é um conceito primitivo ou intuitivo.”
“Matematicamente a força é o vetor aplicado (P,F→), caracterizado por módulo, direção e sentido
(F→), bem como, ponto de aplicação(P).”
Unidade de força é Newton (N).
Da Geometria Analítica temos:
X = P + λ. F
X (equação da reta)

F onde λ é um número real qualquer.

(França e Matsumura, 2001)


“Um conjunto de forças é chamado de um Sistema de Forças. Considerando um sistema de forças
(Pi, F→i), sendo i de 1 a “n” elementos, chama-se Resultante do sistema ao vetor:”
n
R = ∑ Fi =F1 + F 2 + F 3+... Fn
i =1

Aplicado a um sistema triortogonal de coordenadas, sendo: Fx, Fy, Fz os componentes escalares de


R→
R→=Fxi→+Fyj→+Fzk→
Z

i→

j→ Y
o
k→

X Fx = ΣFi→ Fy=ΣFj→ Fz=ΣFk→


Unidade de Força → N (Newton)
Importante: 1kgf = 9,81 N

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Momento Polar. (Mo→)


(Beer e Johnston, 1995) e (França e Matsumura, 2001)
Dada a força (P,F→) e o ponto O (pólo), define-se momento polar ao vetor dado pelo seguinte
produto vetorial:

M→o = (P - O) Λ F→
Sentido do momento dado pela regra da mão direita
Desenho esquemático:

M→ o

F→
O

Regra da Mão Direita.


Apoiando-se a mão direita fechada no plano definido
pela força (P, F→) e o polo O , e abrindo-se a mão de modo que
os quatro dedos indiquem o sentido da força (P, F→), o polegar
indicará o sentido do Momento Polar Mo→.
Unidade do Momento: N.m (Newton x metro)
Importante: 1 Kgf = 9,81 N.

Braço do Momento.
Seja h a distância do Polo O à linha de ação da força e tomando-se o
módulo do momento:
o

| M→o| = | F→|.|P - O|.senα


α
h
α F
α=
Logo: |P - O|.senα αh

Portanto: | M→o| = | F→|.h


P' P

“Notar que M→o não se altera aplicando a força em qualquer ponto da sua linha de ação; de fato,
sendo P e P’dois pontos da linha de ação temos:”
identidade
(P - O) = P - P’ + P’ - O

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Equação do momento: M→o = (P-O) Λ F→, Logo:.

ΛF → =
[(P-P’)+(P’-O)]Λ
M→o = (P’-O)Λ
Λ F→

Λ F→ é zero.
(P-P’)Λ

“Para um sistema de forças quaisquer (Pi, F→i) o momento em relação ao ponto o é o vetor:”
n
Mo = ∑ ( Pi − O)ΛFi
 

i =1
Exemplo 1:
(Nóbrega, 1980)
Calcular:
a) O momento da força (P, F→) relativo ao polo O = (0,0,0)
b) O braço do momento h.
• Sendo F→ = 2i→ + 3j→ − 4k→ (N) P = (2,1,3) m.

Exercício 1
(Nóbrega, 1980)
Para o sistema abaixo, constituído pelas forças (Pi, F→i), calcular:
a) A Resultante do Sistema de Forças;
b) O momento do sistema relativo ao polo Q = (1, -2, 3) m;
c) A reta paralela à Resultante, passando pelo ponto Q.
Dados:
P1 = (0,1,0) ; F→1=(2,1,0)
P2 = (-2,0,1) ; F→2=(1,1,1)
P3 = (3,2,1) ; F→3=(2,-2,3)
P4 = (2,-1,2) ; F→4=(-3,1,-2)

Exemplo 2:
(Nóbrega, 1980)
Verificar se as forças (P1 ; F→1) = [(-1,0,1) ; (j→,k→)] e (P2 ; F→2) = [(-1,1,2) ; (j→,k→)] têm a
mesma linha de ação, justificar:

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Exercício 2:
(Kaminski, 2000)
No sistema de vetores indicados na figura, determinar:
a) A resultante R→.
b) O momento polar em relação a o.
• Sendo: OA = OB = OC = 3m
• |F→1|= 1 N
• |F→2|=|F→3| = 18 N
Z

F1

C
F2

F3 Y
o
B

A
X

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Teorema de Varignon:
(França e Matsumura, 2001)
Ilustração do Livro “La Estructura”
Autor: H. Werner Rosenthal

“Forças concorrentes são forças que têm linhas de


ação concorrentes em um mesmo ponto”.

F3
F1
“O momento de um sistema de forças concorrentes,
em relação a um pólo O qualquer, é igual ao
F2
momento, em relação a O, da resultante do sistema,
aplicada no ponto A”. A
Sejam as forças (F→i, A) Fn

n n
Mo = ∑ ( A − O) ΛFi = ( A − O) Λ ∑ Fi = ( A − O) ΛR
   

i =1 i =1

O cálculo do item b do exercício 2, ilustra bem este Teorema.


O M→o pode ser aplicado como: M→o=(C-O)Λ ΛR→


 

i j k
Mo = 0 0 3 = 9i + 9 jN . m
 

3 −3 1

Mudança de Polo:
(França e Matsumura, 2001)
“O momento de um sistema (F→i ; Pi) em geral varia com o polo. Sendo O e O’ dois
pólos, tem-se:”
M→o=Σ(Pi-O) Λ F→i M→o’=Σ(Pi-O’) Λ F→i
Subtraindo, membro a membro, as expressões acima:
M→o’- M→o=Σ(Pi-O’)ΛF→i - Σ(Pi-O)ΛF→i Logo:
M→o’- M→o=Σ(Pi-O’)-(Pi-O)ΛF→i →
M o’ = M→o+ (O-O’)Λ
Λ R→
→ → →
M o’- M o=Σ(O-O’) Λ F i
M→o’- M→o= (O-O’)Λ ΣF→i “chamada FÓRMULA DE MUDANÇA DE
POLO”

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...que assim se enuncia:


(Nóbrega, 1980)
“O momento resultante do sistema em relação a um novo polo (O’) é igual ao
momento resultante do sistema em relação ao polo antigo (O) mais o momento da
resultante do sistema aplicado no polo antigo, em relação ao novo polo”
Dessa fórmula conclui-se:
• Se R→=0→ , o momento do sistema independe do polo e o sistema é constituído por
um conjunto de binários.
• Se M→o’=M→o , para qualquer polo o’ então R→=0→
• Se R→≠0→ então M→o’=M→o se e somente se (O-O’) for paralelo a R→

Exercício 3
(Nóbrega, 1980)
Dado o sistema de forças abaixo e o polo O, determinar: (unidades no S.I.)
a) O momento do sistema relativo a O
b) A resultante do sistema de forças;
c) O momento do sistema relativo ao polo O’.

P1=(0,1,0) ; F→1=(-1,1,0) O = (2,1,1)


P2=(2,0,1) ; F→2=(0,2,-3) O’ = (1,-1,1)
P3=(3,0,0) ; F→3=(4,-1,1)
P4=(2,-1,3) ; F→4=(0,1,2)

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Momento Axial.
(Nóbrega, 1980)

“Seja uma reta orientada (eixo) passando por O (polo) e u→ o


versor do eixo. A projeção de Mo→ em u→ é o momento axial”.

Mu = Mo→ x u→
Teorema.
(Nóbrega, 1980)

“O momento axial independe do polo tomado sobre o eixo”.

Mu = M→o x u→
Mu = (P-O) Λ F→ x u→

identidade
(P - O) = P - P’ + P’ - O

Substituindo a identidade na fórmula anterior, temos:

Mu = (P’-O) Λ F→ x u→ + (P-P’) Λ F→ x u→ = (P-P’) Λ F→ x u→


Notar que: P’ e O pertencem ao eixo, logo (P’- O) Λ F→ x u→ = 0
Esquema do momento axial:

F→
P’

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“Seja o eixo Ou→ e a força (P,F→) , o vetor F→ poderá ser


decomposto em outros três”.

Desenhar esquema de forças.


Fa→ é Força axial (paralela a
Ou→)

Fr→ é Força radial


(perpendicular a Ou→)

Ft→ é Força transversal


(ortogonal a Ou→)

F = Fa→ + Fr→ + Ft→

“O momento axial é devido somente ao componente transversal da


força”.

Mu = (P-P’) Λ F→ x u→ = (P-P’) Λ (Fa→ + Fr→ + Ft→ )x u→ = (P-P’) Λ Ft→ x u→

Fa→ e Fr→ não “giram”em torno do eixo O u→.

Logo: Mu = ± h.| Ft→|

h = (P - P’)
Exemplo 3.
(Nóbrega, 1980)
Dados:
F→ = 3j→ - k→ N. P = (-1,2,3) m
Determinar:
a) O momento axial de (P, F→) relativo ao eixo X = Q + λ.K→, com Q = (0,1,2) m

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Exercício 4:
(P1 - 1º semestre de 2001 - Prof. Damin)

Para o sistema de Forças Representado na Figura, sendo as


coordenadas do Ponto P = (4,2,2) m, determinar:
Z a) A resultante do sistema de
força.
b) O momento do sistema relativo
ao polo O
F→1 F→5 →
F 2 c) O momento do sistema relativo
ao polo Q=(4,0,0)m.
P Y d) O momento do sistema em
relação ao ponto P

F→4 F→3 • As respostas devem ser escritas


no Sistema Internacional de
X Unidades.

Solução:

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Exercício 5
P2 -1º semestre de 1999 - Prof. Damin
Um carro com problemas
B mecânicos necessita de uma força
A 30º de 400 N para ser removido. Para
essa remoção foram instalados dois
α cabos AB e AC, como ilustra a
figura abaixo. Sabendo-se que a
C resultante das duas forças
aplicadas em A têm a direção do eixo do carro, Calcule, a tração no cabo AC
quando o ângulo
α = π/4

Resumo do Sistema de Forças.

Resultante : R→
É o vetor não aplicado R→ = Σ F→i ( sendo i de 1 a “n” elementos)
Que não é uma força.

Momento Polar :Mo→


É a somatória dos momentos de cada força, calculados em relação a um mesmo polo O , é a
resultante dos momentos.
M→o = Σ (Pi - O) Λ F→i ( sendo i de 1 a “n” elementos).

Mudança de Polo:
M→o’ = M→o + (O-O’) Λ R→

Momento Axial
Mu = Σ (Pi - O) Λ F→i x u→ ( sendo i de 1 a “n” elementos).

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