You are on page 1of 11

Escola Secundária Gil Eanes

Matriz do quarto teste de Filosofia

1. Capitular os conteudos da lógica formal (exercicios sobre os


conceitos, exercicios sobre os juizos, exercicios sobre raciocinios
(silogismos) e exercicios sobre falácias formais).
Lógica Formal

Estuda apenas os aspetos lógicos da argumentação que dependem exclusivamente da


forma lógica. Estuda exclusivamente os argumentos dedutivos formais — os únicos
cuja validade ou invalidade depende
exclusivamente da sua forma lógica ou da forma lógica das suas proposições. É
incapaz de distinguir entre um argumento dedutivo inválido e um argumento não
dedutivo válido. Do ponto de vista da lógica formal, tudo o que se pode dizer de um
argumento é que é formalmente válido ou não. Um argumento é formalmente
válido quando há uma relação derivável ou consequência formal entre as suas
premissas e a sua conclusão. O estudo da validade formal prescinde de referências ao
conteúdo das proposições e ao contexto da argumentação.

O conceito e o termo
O conceito é a unidade mínima do pensamento, deriva de uma operação mental de
abstracção que reúne características essenciais dos seres. A sua expressão verbal é o
termo.

Compreensão e extensão dos conceitos


Podemos distinguir a compreensão e a extensão dos conceitos:
A compreensão é o conjunto de características ou atributos que definem esse
conceito, é a informação específica.
A extensão é o conjunto de seres a que esse conceito se aplica.
A compreensão e a extensão são inversamente proporcionais, quanto maior é a
extensão de um conceito menor é a sua compreensão e vice-versa.

No diagrama apresentado verifica-se que é possível ordenar os termos de dois modos:


a) Por ordem crescente de extensão –tareco/gato/mamífero/animal
b) Por ordem crescente de compreensão – animal/mamífero/gato/tareco

Carina Dias Nº7 11ºB Pág. 1


Escola Secundária Gil Eanes

Exercícios:
a) organizar por ordem crescente de extensão os seguintes termos:
1. Europa/Madrid/Espanha/Península Ibérica
2. Vegetal/rosa/flor
b) Organizar por ordem crescente de compreensão os seguintes termos:
1. Português/João Aguiar/escritor português/Homem
2. Desportista/Figo/futebolista

O juízo e a proposição
O juízo é uma operação racional através da qual estabelecemos relações entre
conceitos. É uma operação lógica na qual se afirma ou nega algo de alguma coisa. É
composto, geralmente por três elementos:
- O sujeito, aquele de que se afirma ou nega algo (conceito sujeito).
- O predicado que é afirmado ou negado do sujeito (conceito predicado).
- A cópula (afirmação ou negação, geralmente expressa pelo verbo) que relaciona o
sujeito e o predicado.
Sujeito e Predicado são os termos dum juízo que se verbaliza na proposição.

Se prestarmos atenção verificamos que os conceitos não podem ser considerados


verdadeiros nem falsos. Só a partir de uma relação entre conceitos podemos
considerar se há possibilidade do enunciado ser verdadeiro ou falso.

O modo como se estabelece a relação entre os conceitos permite uma classificação


dos juízos. Da tabela classificativa destacam-se os que serão referidos ao longo do
programa:
→ Segundo a Qualidade podem ser afirmativos ou negativos, conforme o
predicado é afirmado ou negado.
→ Segundo a Quantidade (em relação à extensão do sujeito) podem ser :

Carina Dias Nº7 11ºB Pág. 2


Escola Secundária Gil Eanes

Universais – quando o sujeito é tomado em toda a sua extensão. (Ex. Todos os


mosquitos são irritantes)
Singulares – quando o sujeito é um. (Ex. este mosquito é irritante)

Particulares – quando o sujeito é considerado parcialmente. (Ex. Alguns mosquitos


são incomodativos)
→ Segundo a Relação – isto é, se tomamos em conta o modo como a relação entre o
sujeito e o predicado se expressa.

Categóricos – se a relação se expressa de forma absoluta, incondicional. (Ex. Todo o


homem é mamífero)

Hipotéticos – se a relação se estabelece de forma condicional. (Ex. Se ganhar a


lotaria faço uma viagem ao continente africano)

Disjuntivos –se a relação apresenta uma alternativa.


→ Segundo a Matéria – ou conforme o sujeito está ou não incluído no predicado.

Analíticos – aqueles em que o predicado se encontra incluído na compreensão do


sujeito.

Sintéticos – aqueles que acrescentam algo à compreensão essencial do sujeito.


→ Segundo a Relação com a experiência.

A priori – se são anteriores e independentes da experiência.

A posteriori – se são posteriores e dependentes da experiência.


Em lógica classificamos os juízos em relação à sua Quantidade (universais e
particulares) e à sua Qualidade (afirmativos e negativos), considerando quatro tipos
de juízos:
A – juízo universal/afirmativo: Todo o homem é mortal.
E – juízo universal/negativo: Nenhuma baleia é peixe.
I – juízo particular/afirmativo: Alguns jornalistas escrevem bem.
O – juízo particular/negativo: Alguns iogurtes não são simples .

Distribuição dos termos na proposição


Um termo diz-se distribuído quando é considerado em toda a sua extensão.

Carina Dias Nº7 11ºB Pág. 3


Escola Secundária Gil Eanes

Proposição Sujeito Predicado


Tipo A Distribuído Não distribuído
Tipo E Distribuído Distribuído
Tipo I Não distribuído Não distribuído
Tipo O Não distribuído Distribuído
É importante o reconhecimento da distribuição dos termos na proposição para
detectar erros de raciocínio.

O raciocínio e o argumento

Um raciocínio ou inferência é uma relação entre juízos. A sua expressão verbal é o


argumento. Raciocinar é estabelecer ligações entre juízos para produzir uma
conclusão.

As proposições antecedentes (dadas) são chamadas premissas.


A proposição consequente é chamada conclusão.
Podemos distinguir dois tipos de inferências: imediatas e mediatas.
Nas inferências imediatas a conclusão é obtida a partir de uma única premissa. Nas
inferências mediatas a conclusão é obtida a partir de duas ou mais premissas.

As inferências mediatas são


As inferências imediatas obtêm-se pela geralmente designadas como
oposição ou pela conversão. raciocínios. Consideramos três
tipos:
A conversão permite obter uma Dedução – parte do geral para
conclusão a partir da premissa dada o particular, é um raciocínio
trocando o lugar do sujeito e do válido mas não aumenta o
predicado. Há várias formas de nosso conhecimento porque a
conversão e nem todas são válidas. verdade da conclusão está
Exemplo de uma conversão válida: implícita na verdade das
Premissa: premissas. A conclusão é
Todos os coelhos são mamíferos. consequência lógica e
↓ necessária das premissas.
Alguns mamíferos são coelhos. Indução – parte de premissas
particulares para uma
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ conclusão geral, é um
~~~~~ raciocínio que permite
A oposição entre proposições aumentar o nosso

Carina Dias Nº7 11ºB Pág. 4


Escola Secundária Gil Eanes

determina as seguintes regras: conhecimento mas não é


Das contraditórias – o valor de uma seguro, carece de validade.
implica o oposto na outra, não podem Divide-se em indução formal
verdadeiras nem falsas ao mesmo ou aristotélica e amplificante
tempo. ou baconiana. A indução
Das contrárias – só não podem ser formal trabalha com universos
verdadeiras ao mesmo tempo. reduzidos em que todos os
Das subcontrárias – só não podem ser casos foram considerados, por
falsas ao mesmo tempo. isso tem mais validade do que
Das subalternas – se a universal é a indução amplificante.
verdadeira a particular é também. Se a Analogia – é um raciocínio
particular é falsa a universal é também. que parte de semelhanças para
inferir novas semelhanças.
Apenas nos dá probabilidades
e não certezas.

QUADRADO LÓGICO DA OPOSIÇÃO ENTRE PROPOSIÇÕES


as
rn
lte
ba
su

A contrárias E
su
contraditóri
ba
as
lteI O
rn subcontrárias
as

O silogismo categórico dedutivo regular


É composto por três proposições, duas premissas e uma conclusão. A premissa é
constituída pelo termo maior e pelo termo médio. A premissa menor é constituída
pelo termo menor e pelo termo médio. A conclusão apresenta no lugar do sujeito o
termo menor e no lugar do predicado o termo maior. O termo médio não aparece na

Carina Dias Nº7 11ºB Pág. 5


Escola Secundária Gil Eanes

conclusão, a sua função foi estabelecer o nexo entre os termos maior e menor.

Para garantir a validade do silogismo é necessário respeitar também as seguintes


regras:
1. Um silogismo é composto por três termos, nem mais nem menos.
2. O termo médio nunca aparece na conclusão.
3. O termo médio tem de ser tomado em toda a sua extensão ao menos uma vez.
4. Nenhum termo pode ter maior extensão na conclusão do que nas premissas.
5. De duas premissas negativas, nada se pode concluir.
6. Duas proposições afirmativas não podem produzir uma conclusão negativa.
7. A conclusão segue sempre a parte mais fraca.
8. De duas premissas particulares nada se pode concluir.

As figuras do silogismo
Há quatro figuras de silogismos conforme a distribuição do termo médio nas
premissas.

Na 1ª figura o termo médio está no lugar do sujeito na premissa maior e está no lugar
do predicado na premissa menor.
Na 2ª figura o termo médio está no lugar do predicado em ambas as premissas.
Na 3ª figura o termo médio está no lugar do sujeito em ambas as premissas.
Na 4ª figura o termo médio está no lugar do predicado na premissa maior e no lugar
do sujeito na premissa menor.
Verifica o quadro tendo em conta que P representa o termo maior (predicado na
conclusão), S representa o termo menor (sujeito na conclusão) e M representa o
termo médio.
1ª Figura 2 ª Figura 3 ª Figura 4 ª Figura
MP PM MP PM
SM SM MS MS
SP SP SP SP
↓ ↓ ↓

MODOS: MODOS: MODOS: MODOS:
AAA EAE AAI AAI
EAE AEE IAI AEE
AII EIO AII IAI
EIO AOO EAO EAO

Carina Dias Nº7 11ºB Pág. 6


Escola Secundária Gil Eanes

OAO EIO
EIO

Os modos do silogismo resultam do facto de cada proposição corresponder a um tipo


(A,E,I,O) e o silogismo ser composto por três proposições. Cada letra corresponde à
classificação da proposição/juízo, seguindo a ordem fixa, letra da premissa maior,
letra da premissa menor e letra da conclusão. Os modos acima indicados são as 19
formas legítimas do silogismo categórico dedutivo regular.

1.1. Principais falácias


As falácias são raciocínios não válidos mas que parecem ser válidos. As falácias
resultam de violações às regras silogísticas.

Algumas falácias formais:

Falácia dos quatro termos (quando aparecem quatro termos, ou uma palavra com
dois significados o que representa dois termos diferentes).
Exemplo: Todos os cães ladram. Esta constelação chama-se Cão. Esta constelação
ladra.

Falácia da não distribuição do termo médio (quando o termo médio não foi
considerado em toda a sua extensão em nenhuma premissa).
Exemplo: Todos os jogadores em campo são benfiquistas. Alguns espetadores são
benfiquistas. Alguns espetadores são jogadores.

Falácia da ilícita menor (quando o termo menor tem mais extensão na conclusão do
que na premissa).
Exemplo: Todos os lacobrigenses são naturais de Lagos. Todos os lacobrigenses são
naturais de Portugal. Todas os naturais de Portugal são naturais de Lagos.

Falácia da ilícita maior (quando o termo maior tem mais extensão na conclusão do
que na premissa).
Exemplo: Todos os polícias recebem formação. Alguns polícias não usam farda.
Alguns que usam farda não recebem formação.

2. Falácias informais (descrever e identificar falácias informais)

Existem falácias que, por se relacionarem como o conteúdo material dos

Carina Dias Nº7 11ºB Pág. 7


Escola Secundária Gil Eanes

argumentos, se designam por falácias informais, não formais ou materiais. Para os


detetar é preciso dar especial atenção aos contextos em que os diálogos ocorrem e, se
possível, às intenções comunicativas dos dialogantes. Vamos, pois, tratar os
argumentos falaciosos cujo erro se deve não à estrutura formal dos argumentos, mas
ao conteúdo significativo dos juízes ou as deficiencias da linguagem por que se
expressam.

Falácias informais – argumentos em que as premissas não sustentam a conclusão em


virtude de deficiências no conteúdo.

Falácia ad hominem ou contra a pessoa – argumento que pretende mostrar que uma
afirmação é falsa atacando e desacreditando a pessoa que a emite.
Comete-se quando alguém tenta refutar o argumento de uma outra pessoa
atacando não o argumento mas sim a pessoa. Em vez de uma contra- argumentação
(oposição de um argumento a outro), temos um ataque pessoal, ou seja, em vez de
apresentar razões adequadas ou pertinentes contra determinada opinião ou ideia,
pretende-se refutar tal opinião ou ideia, censurando, desacreditando ou
desvalorizando a pessoa que a defende. O estratagema do argumento ad hominem é
este: reprova-se ou desacredita- se alguma ou algumas características da pessoa (o
seu temperamento, o modo de ser, o comportamento moral, a profissão, a
nacionalidade, a etnia, a ideologia, a religião ou a ausência dela, etc.) utilizando-as
como meio de refutação das suas opiniões.

Exemplo: “Você diz que o futebol português está mal, mas eu digo-lhe que a
sua opinião não merece crédito, porque você está é mal disposto e desiludido
com os resultados do seu clube.”

Falácia do recurso à força – argumento que recorre a formas de ameaça


como meio de fazer aceitar uma afirmação.
Este tipo de argumento baseia-se em ameaças explícitas ou implícitas ao bem-
estar físico e psicológico para levar os ouvintes ou leitores a aceitar uma opinião.
Exemplo: “As minhas opiniões estão correctas, porque mandarei prender
quem discordar de mim.”

Falácia ad misericordiam ou do apelo à misericórdia – argumento que


consiste em pressionar psicologicamente o auditório, desencadeando
sentimentos de piedade ou compaixão.
Consiste, habitualmente, em tentar convencer alguém a fazer algo com base

Carina Dias Nº7 11ºB Pág. 8


Escola Secundária Gil Eanes

no estado lastimoso do autor do argumento.


Exemplo: “Eu estudei desalmadamente durante as últimas semanas. Logo, o
professor deve dar-me uma boa nota.”

Falácia ad ignorantiam ou de apelo à ignorância – argumento que consiste


em refutar um enunciado, só porque ninguém provou que é verdadeiro, ou em
defendê-lo, só porque ninguém conseguiu provar que é falso.
Exemplo: “Nunca ninguém provou que há extraterrestres. Logo, não há
extraterrestres.”

Falácia ad verecundiam ou falácia da autoridade – argumento que pretende sustentar


uma tese unicamente apelando a uma autoridade de reconhecido mérito.
Exemplo: “É falacioso defender a boa qualidade de uma marca de computadores,
afirmando que o futebolista X ou o ministro Y compraram um computador dessa
marca.”

Falácia da petição de princípio – forma de inferência que consiste em adoptar, para


premissa de um raciocínio, a própria conclusão que se quer demonstrar. Ocorre
sempre que se admite nas premissas o que se deseja concluir. O caso mais óbvio é a
mera repetição.
Exemplo: “Deus existe. Logo, Deus existe” e “Uma pessoa odeia as pessoas
de outra raça, porque é racista.”

3. Reflectir sobre o uso ético da argumentação (Regra éticas da


argumentação)

1) Fidelidade – Aquilo que legitima a sua argumentação.


2) Força de carácter – Para prosseguir na argumentação sem efectuar sedencias as
suas inclinações particulares.
3) Abertura mental – para reconhecer eventuais erros nas suas crenças basicas e,
se necessário, ser capaz de as substituir.
4) Autonomia de espírito – Para resistir à tentação de certas ideias em moda
5) Paciência – Para esperar
6) Método – Para prosseguir quando a dificuldade ou gravidade das questões
reclamam reflexões mais prolongadas
7) Coragem – Para incentivar e não impedir nunca refutação ou criticas oriundos
do auditório
8) Humildade ou modéstia - Para admitir que as suas teorias, por mais bem

Carina Dias Nº7 11ºB Pág. 9


Escola Secundária Gil Eanes

elaboradas que lhe pareçam, podem não ser o melhor solução para o problema
em causa.

4. Conhecer a descrição sobre o conhecimento


4.1. Reconhecer problemas essenciais da gnosiologia (origem do
conhecimento)

A teoria do conhecimento tem precisamente por objecto o estudo da


possibilidade do conhecimento, da sua origem da sua natureza ou essência, do seu
valor e limites e, ainda, do problema da verdade. O acto de conhecer é a actividade do
espírito pela qual se representa um objecto ou uma realidade. É um acto do espírito e
não uma simples reacção automática mais ou menos adaptada às circunstâncias; não é
propriamente um acto de conhecimento o sentar-me na cadeira, mas sim o saber
porque me sento e como me sento. O resultado do acto de conhecer é uma
representação e, portanto, conhecer é representar alguma coisa distinta do sujeito que
conhece.
Há, por conseguinte, no conhecimento três elementos: o sujeito que conhece, o
objecto conhecido e a relação sujeito - objecto. Este objecto pode ser exterior ao
sujeito, como por exemplo, a caneta com que escrevo; pode ser interior, como a
maior tristeza ou o meu pensamento; e pode, ainda, identificar-se com o próprio
sujeito, como ao procurar conhecer-me a mim próprio. Mas mesmo no caso de
identificação do sujeito com o objecto, não deixam de existir aí os três elementos
referidos, pois o "eu" que é conhecido apresenta-se ao "eu' conhecedor como uma
realidade distinta, mas em relação com ele.
A história da filosofia mostra-nos que os problemas do conhecimento interessaram
mais ou menos todos os filósofos desde a velha Grécia, mas sem constituírem uma
parte autónoma da filosofia. Com efeito, a teoria do conhecimento ou gnosiologia,
como disciplina própria, só apareceu na Idade Moderna, a partir de Locke, que, no
seu livro "Ensaio sobre o entendimento humano", tratou directamente da origem,
natureza e valor do conhecimento. Desde então, a teoria do conhecimento mereceu as
atenções de muitos filósofos que nela têm visto uma das partes da filosofia, com o
seu valor e lugar próprio no conjunto dos problemas filosóficos.
A teoria do conhecimento abrange, portanto os seguintes problemas:
1- Possibilidade do conhecimento: É possível conhecer a verdade e possuir a
certeza? Ou, ao contrário não podemos passar as dúvida?- Dogmatismo, Cepticismo,
Criticismo.
2- Origem do conhecimento - o nosso conhecimento procede apenas da experiência?

Carina Dias Nº7 11ºB Pág. 10


Escola Secundária Gil Eanes

Ou só da razão que usa certos dados chamados apriorísticos para organizar a


experiência ? Ou ainda procederá o conhecimento da experiência e da razão ? -
Empirismo, Racionalismo e Empírico-racionalismo.
3- Natureza ou essência do conhecimento - o conhecimento será uma representação
ou modificação do sujeito, provocado pelos objectos existentes, independentemente
do sujeito conhecedor? Ou uma modificação puramente subjectiva criada pela
consciência? - Realismo e Idealismo.

"(...) Quando se atenta no mundo que nos rodeia, não pode negar-se que ele aparece como uma
inata variedade de fenómenos e de relações em movimento perpétuo.
Um número infinito de fenómenos e de relações, agindo uns sobre os outros e a que nem o homem
escapa - tudo está no todo que flui -, eis o que uma observação atenta não pode deixar de revelar.
Porém, isso far-nos-á desesperar de conhecer, de saber se é possível conhecer o mundo externo ?
Terá de levar-nos à conclusão de que o homem é prisioneiro do seu próprio pensamento, sem
possibilidade de conhecer o universo que o rodeia ? É claro que não.
Neste momento registemos esta primeira conclusão que nos leva a outra - é que o conhecimento é
um processo, um processo complexo em que há, por um lado, o homem com o seu pensamento e,
por outro, dele desligado, o universo externo. (... ) O conhecimento é um processo. Nele podem,
porém, distinguir-se várias fases com aspectos qualitativos diversos (fisiológicos, psíquicos,
lógicos). Da sensação à percepção, da imagem captada por esta à elaboração racional, e depois à
acção material do homem, à sua prática individual e à prática social conjunta, tanto acumulada ao
longo do tempo como de uma colectividade em dada fase da sua evolução, eis o conjunto de
elementos que se integram para produzir o conhecimento.

Carina Dias Nº7 11ºB Pág. 11

You might also like