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Subestação
Subestação I
1
Subestação II Subestação III
Definições Definições
Define-se passo (relativamente ao grafo) entre uma entrada e
1 2 uma saída, como um qualquer conjunto conexo de ramos, os
quais percorridos no sentido que lhes está associado, permitem
x2
x1 uma ligação entre a entrada e a saída; se um passo não toca
ENTRADA
5
SAÍDA ENTRADA x5 x5
SAÍDA mais do que uma vez em qualquer nó do grafo, então o passo
designa-se por passo mínimo.
x3 x4
3 4
Define-se corte de um conjunto de passos, como qualquer
conjunto de ramos que, se retirados do grafo, interrompem
todos os passos; se um corte contém o número mínimo de
ramos para, quando retirados do grafo, interromper todos os
passos, então designa-se por corte mínimo.
2
Cálculo da fiabilidade do sistema Cálculo da fiabilidade do sistema
definido por um grafo definido por um grafo
P1 = x1 x2 C1 = x1 x3
Para que o sistema “não funcione” basta que os componentes
P2 = x3 x4 C 2 = x2 x4 que integram um qualquer corte mínimo não estejam
disponíveis, logo Pf representa a probabilidade do sistema
P3 = x1 x5 x4 C3 = x1 x5 x4 avariar:
P4 = x3 x5 x2 C4 = x2 x5 x3 (
Pf = P C1 + C 2 + C3 + C4 )
Para que o sistema “funcione” basta que um qualquer dos e porque
passos mínimos esteja disponível, logo R representa a R + Pf = 1.0
fiabilidade do sistema: teremos
R = P ( P1 + P2 + P3 + P4 ) (
R = 1 − P x1 x3 + x2 x4 + x1 x5 x 4 + x2 x5 x3 )
= P ( x1 x2 + x3 x4 + x1 x5 x4 + x3 x5 x2 )
Método dos Cortes Mínimos 9 Método dos Cortes Mínimos 10
P ( A + B + C ) = P ( A ) + P ( B ) + P ( C ) − P ( AB ) − P ( AC ) − P ( BC ) + P ( ABC ) Poderemos assim concluir que se as probabilidades de sucesso dos passos Pi, P ( Pi ) , forem
valores próximos de zero a equação (1) é uma boa aproximação para o cálculo da fiabilidade do
Se os três acontecimentos são mutuamente exclusivos, teremos que sistema; esta equação seria aplicável em sistemas compostos por componentes muito pouco
( )
fiáveis. Se as probabilidades P Ci , i.e. as probabilidades dos componentes que constituem o
P ( A + B + C ) = P ( A) + P ( B) + P ( C ) corte Ci estarem simultâneamente indisponíveis, forem valores pequenos, então a expressão
De um modo geral,teremos que
P ( A + B + C ) ≤ P ( A) + P (B ) + P ( C )
( ) ( )
Pf = P C1 + P C2 + ... + P Ck( ) ( 3)
Sendo permitirá o cálculo de um valor para Pf (maior que o valor real, mas muito próximo dele) o qual
permitirá calcular um valor pessimista para R ( R = 1 − Pf ) ; saliente-se que este valor pessimista é
R = P ( P1 + P2 + ... + Pn ) e (
Pf = P C 1 + C 2 + ... + C k ) contudo, um valor muito próximo do verdadeiro valor de R.
teremos que
R ≤ P ( P1 ) + P ( P2 ) + P ( P3 ) + ...P ( Pn ) ( 1)
( ) ( ) ( )
Pf ≤ P C1 + P C2 + P C3 + ...P Ck ( ) ( 2)
Método dos Cortes Mínimos 11 Método dos Cortes Mínimos 12
3
Interpretação das aproximações Interpretação das aproximações
associadas à aplicação da teoria dos associadas à aplicação da teoria dos
cortes mínimos cortes mínimos
( ) ( ) ( )
Pf = P C1 + P C2 + P C3 + P C4( )
1 2 1 2 isto é, a indisponibilidade de um sistema seria a soma das indisponibilidades dos seus modos de
avaria. É óbvio, contudo, que os diferentes modos de avaria não são mutuamente exclusivos entre
5 5 si; consideremos, por exemplo, os acontecimentos C2 e C3 (suporemos que no sistema apenas
ENTRADA SAÍDA
existem estes dois modos de avaria).
3
( ) ( ) ( ) ( )
4 4 3
Pf = P C2 ∪ C3 = P C2 + P C3 − P C2 ∩ C3
( )
Note-se que P C2 ∩ C3 representa a probabilidade de ocorrência simultânea dos acontecimentos
C2 e C3 ; estes dois acontecimentos ocorrem simultaneamente quando os componentes 1, 2, 4, 5
estão indisponíveis.
( )
P C2 + C3 = ( 0.2 ) + ( 0.2 ) − ( 0.2 ) = 0, 04 + 0, 008 − 0, 0016
2 3 4 ENTRADA 1 SAÍDA
( ) ( )
0, 04 + 0, 008 = P C2 + P C3
o que valida, em termos numéricos, a equação (3) através da qual calcularemos a fiabilidade de
4 5
sistemas eléctricos com recurso à teoria dos cortes mínimos.
4
Identificação sistemática dos modos de avaria de Identificação sistemática dos modos de avaria de
um sistema (ou determinação sistemática dos um sistema (ou determinação sistemática dos
cortes mínimos associados a um conjunto de
cortes mínimos associados a um conjunto de passos) passos)
(i ) ( j) (i + j )
5
Passo 5 1 1 1 1 1
Passo 6 1 1 1 1
Passo 7 1 1 1
1 1 1 6 9
Passo 8
Passo 9
1
1
1
1
1 1
1
0 0 0
+ =
8
1 1 1 7 10
0 1 1
5
Passos normalmente abertos Passos normalmente abertos
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Passo 1 1 1 1 1 Submatriz dos
Os modos de avaria que vamos procurar determinar podem-se passos
agrupar em duas classes: Passo 2 1 1 1 normalmente
os modos de avaria que só podem ser eliminados pela conclusão Passo 3 1 1 1 fechados
de uma acção de reparação; Passo 4 1 1 1
os modos de avaria que podem ser eliminados por simples Passo 5 1 1 1 1 1
Passo 6 1 1 1 1 Submatriz dos
operações de fecho de componentes normalmente abertos. passos
Passo 7 1 1 1 normalmente
Passo 8 1 1 1 1 abertos
Passo 9 1 1 1
6
Cálculo dos índices de fiabilidade Cálculo dos índices de fiabilidade
para cortes do tipo A para cortes do tipo A
b) Cortes de 2.ª ordem: componentes i e j avariados c) Cortes de 3.ª ordem: componentes i, j e k avariados
ri rj n2 ri r j rk n3
rA 2 = U AT 2 = ∑ U A 2 rA3 = U AT 3 = ∑ U A3
ri + rj ri rj + ri rk + rj rk
U A 2 = λA 2 rA 2 rAT 2 = U AT 2 λAT 2 U A3 = λA3 rA3 rAT 3 = U AT 3 λAT 3
λSR = λAT 1 + λAT 2 + λ AT 3 Cortes do tipo B são os cortes que definem modos de avaria
que podem ser eliminadas fechando passos normalmente
abertos.
U SR = U AT 1 +U AT 2 + U AT 3 Saliente-se que se os passos normalmente abertos avariarem
enquanto estiverem em funcionamento, ou se não for possível o
seu fecho (os componentes normalmente abertos podem
rSR = U SR λSR “encravar “ quando se desejar o seu fecho) então a
continuidade de serviço só pode ser restabelecida após uma
acção de reparação.
7
Cálculo dos índices de fiabilidade Cálculo dos índices de fiabilidade
para cortes do tipo B para cortes do tipo B
iii) Suponhamos que B é um corte de 3.ª ordem, constituído pelos componente i, j e k. De modo
i) Suponhamos que B é um corte de 1.ª ordem, constituído pelo componente i. Neste caso é
análogo teremos:
óbvio que:
λB, RD = λi rB, RD = T f U B, RD = λi Tf
ri rj rj ri
λa = λi ( λ j ri ) λk + λj ( λi rj ) λk
ii) Suponhamos que B é um corte de 2.ª ordem, constituído pelos componente i e j. O aluno ri + rj r j + ri
verificará facilmente que:
ri rk rk ri
λB,RD = λi λ j ( ri + rj ) λb = λi ( λk ri ) λ j + λk ( λi rk ) λj
ri + rk rk + ri
λi ( λj ri ) ri T f λ j ( λi r j ) rj Tf
rB,RD = +
λB,RD ri + Tf λB ,RD r j + Tf
r r rr
U B, RD = λB, RD rB, RD λc = λ j ( λk rj ) λi j k + λk ( λ j rk ) λi k j
r j + rk rk + r j
8
Cálculo dos índices de fiabilidade Cálculo dos índices de fiabilidade
para cortes do tipo B para cortes do tipo B
c) Cálculo da taxa de ocorrência e da indisponibilidade
b) Cálculo da taxa de ocorrência e da indisponibilidade
correspondentes ao acontecimento B
correspondentes ao acontecimento B admitindo que RI se
verifica. Sendo P(B), P(RD) e P(RI) as probabilidades de ocorrência dos
acontecimentos B, RD, RI e atendendo ao modo como RD e RI
Se o acontecimento RI se verifica tal é equivalente a dizer-se que foram definidos, são verificadas as condições de aplicabilidade do
sempre que B ocorre não é possível realimentar a carga com teoremo de Bayes, logo
recurso aos passos normalmente abertos; nesta hipótese tudo se
passa como se os passos normalmente abertos não existissem. P ( B ) = P ( B RD ) P ( RD ) + P ( B RI ) P ( RI )
Pode, portanto, concluir-se que λB , RI , rB , RI , U B , RI serão obtidos o que nos permite escrever
pelas expressões já obtidas para os cortes do tipo A. U B = U B, RD P ( RD ) + U B , RI P ( RI )
uma vez que
P ( RD ) + P ( RI ) = 1
Se admitirmos que no sistema em análise não se encontram O tempo médio durante o qual é requerido o funcionamento dos
simultaneamente fora de serviço, por avaria, mais do que 3 passos normalmente abertos, ra, é dado por:
componentes, para o cálculo de de λ , r e U , e apenas
R R R
consideraremos:
ra = ri , se B é um corte do tipo {i}
cortes de 1ª ordem se B for um corte de 2ª ordem;
cortes de 1ª e 2ª ordem se B for um corte de 1ª ordem
ri rj
e consideraremos que e são iguais a zero se B for um corte de 3ª ra = , se B é um corte do tipo {i , j}
ri + rj
ordem.
ri rj rk
ra = , se B é um corte do tipo {i, j, k}
ri rj + ri rk + rj rk
9
Cálculo dos índices de fiabilidade Avarias activas e avarias
para cortes do tipo B passivas
Teremos, então, que
U B = U B, RD 1 − ( Pe + U R ) + U B, RI ( Pe + U R ) λ
λ - taxa de avarias
F A
λB = λB,RD + ( λB, RD − λB, RD Pe ) λR ra r - tempo médio de reparação
µ= 1 / r
rB = U B λB
AP
AP µ
/r
µ =1
λp 1/S
λp 1/S
F
F
AA
AA
λ λa
λa
10
Avarias activas e avarias Avarias activas e avarias
passivas passivas
Antes de iniciar a acção de reparação do transformador retira-se
Suponhamos, por exemplo, que num transformador se verifica
ou isola-se este componente do sistema, deixando assim de
uma ruptura no isolamento fazendo com que se estabeleça um
existir um defeito no sistema. Uma vez que já não exista
circuito de baixa impedância entre um enrolamento e a terra:
qualquer defeito no sistema os órgãos de protecção podem, se
diremos, então, que ocorreu uma avaria no transformador.
tal fôr conveniente, ser fechados; a partir do instante em que
Porque se trata de uma avaria que provoca um curto-circuito
estes órgãos podem ser fechados diz-se que o transformador
existem órgãos de protecção (fusíveis ou disjuntores) que
passou a estar passivamente avariado. Ao intervalo de tempo
interrompem a corrente de defeito abrindo os seus contactos;
que decorre entre o instante em que verifica a avaria e o
nestas circunstâncias verifica-se que o transformador está
instante em que os órgãos de protecção podem ser fechados
avariado e que os correspondentes órgãos de protecção abriram
chama-se tempo de isolamento do componente avariado;
os seus contactos, encontrando-se por isso fora de serviço: diz-
imediatamente após o tempo de isolamento é possível iniciar a
se, então, que o transformador se encontra activamente
acção de reparação com vista à eliminação do defeito no
avariado.
componente.
Método dos Cortes Mínimos 41 Método dos Cortes Mínimos 42
Avarias que podem ser eliminadas Avarias que podem ser eliminadas
por acções de isolamento por acções de isolamento
11
Identificação dos cortes mínimos do Identificação dos cortes mínimos do
tipo C tipo C
a) Identificação dos cortes do tipo C de 1ª ordem b) Identificação dos cortes do tipo C de 2ª ordem
Suponhamos que estamos a simular uma avaria activa no componente i. Se ao simular uma avaria activa no componente i se verifica que apenas
Antes do início da simulação verifica-se se i é um corte de 1ª ordem do tipo alguns passos são interrompidos, então divide-se matriz dos passos em
A ou B; se fôr não se procede à simulação passando-se para a simulação de duas submatrizes: a submatriz dos passos não interrompidos e a submatriz
avarias no componente seguinte; se i não é um corte de 1ª ordem do tipo dos passos interrompidos como consequência de uma avaria activa no
A ou B consideram-se fora de serviço o componente i e todos os componente i. Identificam-se, a seguir, os cortes mínimos de 1ª ordem
componentes que “abrem” quando ocorre uma avaria activa no componente associados à submatriz dos passos não interrompidos; admita-se que j é
i ( estes componentes constituem o que se designa por zona de protecção um destes cortes.
do componente i)
Conhecendo-se os componentes que estão fora de serviço pode a seguir Se j não for um corte de 1ª ordem dos tipos A ou B e se (i, j) não constituir
identificar-se os passos que são interrompidos; se todos os passos forem um corte de 2ª ordem dos tipos A ou B, então (iA,jT), constitui um corte de
interrompidos, então i activamente avariado (iA) é um corte de 1ª ordem 2ª ordem do tipo C.
do tipo C.
Método dos Cortes Mínimos 45 Método dos Cortes Mínimos 46
12
Cálculo dos índices de fiabilidade dos Cálculo dos índices de fiabilidade dos
cortes do tipo C cortes do tipo C
a) Cortes de 1.ª ordem: componente i activamente avariado {i A} b) C ortes de 2.ª ordem: componente i activamente avariado e componente j avariado {i A, j}
n2
λC 2 = λai ( λ j Si ) + λ j ( λai rj )
n1
λC1 = λai λCT 1 = ∑ λC1 λCT 2 = ∑ λC 2
n1 S i rj n2
rC1 = Si U CT 1 = ∑ U C1 rC 2 = U CT 2 = ∑ U C 2
Si + rj
U C1 = λai Si = λC1 rC1 rCT 1 = U CT 1 λCT 1 U C 2 = λC 2 rC 2 rCT 2 = U CT 2 λCT 2
Cálculo dos índices de fiabilidade dos Cálculo dos índices de fiabilidade dos
cortes do tipo C cortes do tipo C
c) Cortes de 3.ª ordem: componente i activamente avariado e componente j e k avariados Total
{i A, j, k}
n3 n3
De cada corte λCT 3 = ∑ λC 3 U CT 3 = ∑ U C 3 rCT 3 = U CT 3 λCT 3
Si rj S r
λC 3 = λai ( λ j Si ) λk + λai ( λk Si ) λ j i k +
S + r Para um sistema qualquer os índices de fiabilidade correspondentes a modos de avaria que podem
i j Si + rk
ser eliminados por acções de isolamento são dados por:
rj Si rj rk
λ j ( λai rj ) λk + λ j ( λk rj ) λai +
rj + Si rj + rk
rk Si rk rj λSI = λCT 1 + λCT 2 + λCT 3
λk ( λai rk ) λ j + λk ( λ j rk ) λai =
rk + Si rk + rj
= λai λ j λk ( Si rj + Si rk + rj rk )
U SI = U CT 1 + U CT 2 + U CT 3
rSI = U SI λSI
Si rj rk
rC 3 = U C 3 = λC 3 rC 3
Si rj + Si rk + rj rk
Método dos Cortes Mínimos 51 Método dos Cortes Mínimos 52
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Identificação de cortes mínimos do Identificação de cortes mínimos do
tipo D tipo D
10
11
L2
b) Identificação dos cortes do tipo D de 3ª ordem a) Cortes de 2.ª ordem: componente i activamente avariado e
Suponhamos que fomos conduzidos à simulação de (iA, kE) e que a saída componente k encravado {i A, k E}
de serviço dos componentes (i, k1, k2, k3, l, m) não interrompe todos os
De cada corte Total
passos de alimentação da carga, isto é (iA, kE) não é um corte de 2ª ordem
do tipo D. Nestas circunstâncias deveremos identificar, a seguir, os cortes n2
de 1ª ordem associados aos passos que não foram interrompidos pela λD 2 = λai Pek λDT 2 = ∑ λD 2
simulação de (iA, kE). n2
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Cálculo dos índices de fiabilidade dos Cálculo dos índices de fiabilidade do
cortes do tipo D sistema
b) Cortes de 3.ª ordem: componente i activamente avariado,
componente k encravado e componente p avariado{i A, k E, pT}
n3 λS = λSR + λSF + λSI + λSE
λD3 = λai Pek (λ p Si ) + λ p ( λai Pek rp ) λDT 3 = ∑ λC 3
Si rp n3
rD 3 = U DT 3 = ∑ U D3
Si + rp U S = U SR + U SF + U SI + U SE
U D 3 = λ D3 rD3 rDT 3 = U DT 3 λ DT 3
rSE = U SE λ SE
Método dos Cortes Mínimos 57 Método dos Cortes Mínimos 58
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