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Como pode ver, cada linha descreve uma partição que será acessada pelo sistema. No exemplo, a
primeira linha é referente à partição raiz, a segunda se refere a uma partição separada, montada no
diretório home, a terceira é referente à partição swap, a quinta é referente ao CD-ROM e a última ao
diretório proc, um diretório especial usado pelo kernel para armazenar variáveis de configuração e
atalhos de acesso a dispositivos.
Dentro de cada linha, o primeiro parâmetro (/dev/sda1) indica a partição, o segundo o diretório onde
ela será montada (/), o terceiro indica o sistema de arquivos em que a partição foi formatada (ext3)
enquanto o "defaults 0 1" permite definir configurações adicionais. O "default", por exemplo é um
"nada a declarar", que faz com que a partição seja acessada usando as opções padrão, enquanto o
"noatime" na segunda linha é uma opção de otimização, que faz com que o sistema não atualize a
data de acesso quando os arquivos são lidos, o que resulta em um pequeno ganho de desempenho.
Normalmente, você define os pontos de montagem das partições durante a própria instalação do
sistema, de forma que o instalador se encarregará de adicionar as entradas apropriadas
automaticamente. Ao instalar outros HDs posteriormente, você pode fazer com que o sistema passe
a usá-las inserindo as linhas apropriadas no arquivo "/etc/fstab".
Se você acabou de particionar um novo HD em EXT3 e deseja que a partição "/dev/sdc1" criada
seja montada na pasta "/mnt/sdc1", por exemplo, os passos seriam:
a) Criar a pasta onde a partição será montada:
# mkdir /mnt/sdc1
Além de ser usado para montar partições locais, o mount é usado também para montar
compartilhamentos de rede. É possível montar compartilhamentos em servidores Windows, ou
servidores Linux rodando o Samba, compartilhamentos em NFS ou até mesmo montar pastas em
máquinas remotas usando o sshfs, como veremos ao longo do livro.
Continuando, se você estiver usando o Ubuntu, vai perceber que ele não faz referência às partições
dentro do fstab pelo dispositivo, mas sim pelo UUID, que é um identificador único. O uso dos
UUIDs complica a configuração, mas oferece a vantagem de garantir que o sistema continue sendo
capaz de montar as partições mesmo que os HDs mudem de posição ou sejam instalados em portas
diferentes da placa-mãe.
Para seguir o padrão do Ubuntu, identificando a partição através do UUID, você pode verificar qual
é o UUID referente à sua partição usando o comando "blkid", como em:
# blkid /dev/sdc1
Você pode então especificar o UUID na linha do fstab no lugar do device, como em:
UUID=5c5a3aff-d8a3-479e-9e54-c4956bd2b8fd /mnt/sdc1 ext3 defaults 0 0