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Os holandeses por duas oportunidades chegaram a invadir o nordeste

brasileiro. A primeira tentativa foi em 1624, na região da Bahia de Todos os


Santos e que logo foi frustrada pelas forças Ibéricas em 1625, que expulsaram
os invasores. A segunda tentativa, esta sim bem sucedida, se deu em 1630, e
os Holandeses tomaram toda a faixa do nordeste brasileiro na faixa que vai
desde Sergipe até o Maranhão, inaugurando o período conhecido como Brasil
Holandês (1630-1654).

Durante o período do Brasil Holandês, pode-se dividir o clima da ocupação em


três fases: nos primeiros sete anos, houve muita resistência por parte dos
moradores Portugueses a dominação Holandesa; posteriormente, durante o
governo do Conde Mauricio de Nassau (1637-1644), o nordeste subjugado
experimentou um período de pouco mais de sete anos, em que houve relativa
convivência pacifica entre dominadores e dominados e quando os Holandeses
conseguiram expandir o domínio para sua extensão máxima; pouco após a
saída de Nassau do governo da conquista, o nordeste caiu em nove anos de
conflito que culminaram na saída dos Holandeses após a assinatura do tratado
do Campo da Taborda em 1654.

Dentro do Período do Brasil Holandês, acontece a vinda da Igreja Cristã


Reformada – nome da Igreja Evangélica na Holanda –. A igreja floresceu e
cresceu, chegando a ter 22 igrejas reformadas no Nordeste. Frans Leonard
Schalkwijk cita o crescimento e a organização da igreja reformada no Brasil
Holandês:

‘’Ao todo existiram durante algum tempo vinte e duas


igrejas reformadas no Nordeste. Destas a do Recife era a
maior, inclusive com uma congregação inglesa e uma
francesa. Esta se reunia no templo Gálico onde o próprio
Nassau era membro mais ilustre (...)

(...) Com o aumento da conquista organizou-se uma


Classe,uma convenção eclesial, Presbitério do Brasil, e
durante alguns anos existia até o sínodo do Brasil, com
dois presbitérios: o de Pernambuco e o da Paraíba.’’

(Schalkwijk. 2007.p.107)
A igreja reformada no Brasil possuía um problema que lhe conferiu muita
reflexão: estava cercada por gente que queria expulsá-la da sua terra, e era a
vista como a religião dos invasores pelos moradores brancos do local,
portugueses e descendentes. Os lideres da Igreja Reformada decidiram apesar
disto, procurar evangelizar os moradores portugueses, com base em
pregações e literatura evangélica. Mas, por mais amigáveis e corteses que
fossem o esforço não rendeu bons resultados aos reformados.

Porem, para outro grupo da população habitante do Nordeste, os holandeses


não eram vistos como invasores ou inimigos, mas sim como libertadores: os
índios. Logo os clérigos reformados perceberam isso, e focaram a maioria dos
seus esforços na evangelização dos índios.

Segundo Schalkwijk, pode-se dividir a história das missões da Igreja


Reformada em três etapas: Preparação (1630-1636), Expansão (1637-1644) e
Conservação (1645-1654).

• Preparação (1630-1636)

Os Holandeses aplicavam duas nomenclaturas para designar os indígenas.


Aos grupos indígenas domesticados se dava o nome de Brasilianos, e aos
grupos não-domesticados ou que não havia ainda se estabelecido contato,
chamavam de Tapuias.

Os primeiros contatos entre Holandeses de Brasilianos se deram no curto


período de ocupação holandesa à Bahia. Após a perda do controle da cidade
de Salvado, durante a fuga, aconteceu um fato que ascendeu a chama dos
holandeses para o trabalho missionário de conversão dos indígenas, e no lado
indígena, a visão do holandês como um aliado na luta contra os Portugueses.
Após saírem da Bahia, os holandeses fizeram uma escala de reabastecimento
na Bahia da Traição – ao norte da Paraíba -, onde interagiram com a tribo
Potiguar.

Os holandeses fizeram amizade com os indígenas, e chegaram a levar seis


potiguares para a Europa, para que eles aprendessem a ler e escrever e
fossem instruídos religiosamente pela Igreja Cristã Reformada. A Companhia
das Índias Ocidentais – W.I.C., empresa de capital misto a quem o governo dos
Países Baixos conferiu a responsabilidade de expandir os domínios territoriais
e comerciais do estado no Oceano Atlântico – tinha planos definidos para
esses índios, e seriam usados durante a invasão Holandesa a Pernambuco em
1630 como tradutores e intermediários dos Europeus com os Indígenas. Entre
eles estava o índio Pedro Poti, que viria a ser um grande líder indígena no
dialogo com os Holandeses.

Após dominarem Pernambuco, os Holandeses deram continuidade ao sistema


de aldeamentos implantado pelos padres católicos. O teórico Schalkwijk
enumera a distribuição das aldeias no nordeste:

“(...) o Rio Grande do Norte tinha cinco aldeias de


brasilianos, Paraiba tinha sete, Itamaracá cinco e
Pernambuco quatro, ao todo com umas seis mil pessoas,
das quais um terço era de guerreiros.”

(Schalkwijk. 2007.p.109)

O numero de indígenas no litoral estava decaindo muito. Cerca de cem anos


antes, no principio da colonização Portuguesa, só de guerreiros os indígenas
possuíam estipuladamente 100 mil. As causas dessas baixas são variadas,
sendo desde guerras e chacinas à fome e epidemias oriundas do simples
contato com os europeus. Durante o período Holandês, os índios continuavam
a ter sua população diminuída, mesmo com os novos vizinhos europeus lhes
conferindo um tratamento bastante adequado e dando todos os direitos
humanos da época. Após a saída dos Holandeses em 1654, os quadros
indígenas baixaram ainda mais, devido às expedições punitivas Portuguesas.

A igreja Reformada reconheceu sua “obrigação” espiritual na orientação dos


indígenas, e contou com apoio da W.I.C. – na figura do governador -, que
apoiou a empreitada mais por motivos políticos: Precisava de aliados na luta
contra os Portugueses.

Os missionários da Igreja Reformada iniciaram o trabalho com os índios em


cima dos fundamentos lançados pelos padres católicos.
A decisão de iniciar as missões foi tomada na reunião do conselho eclesiástico
da igreja reformada do Recife, que escreveu uma carta ao Presbitério de
Amsterdã, informando as intenções e os métodos que seriam usados no
trabalho com os indígenas. A carta era intitulada como Consistório de
Fernambuque, e também fazia algumas requisições : pedia 8 proponentes
(estudante de teologia licenciado) bem educados, aptos ao pastorado e a
aprender a língua brasiliana; professores primários para trabalharem na
educação de jovens e velhos dentro das tribos; que fossem feitos programas
de intercâmbio de jovens brasilianos para Holanda e de jovens holandeses
para o Brasil, afim de aprenderem línguas e culturas para ensinarem nas suas
respectivas terras os hábitos dos países visitados.

Os missionários constantemente entravam em grandes discussões acerca do


melhor método para evangelizar os brasilianos, mas a tarefa era muito difícil,
pois se tratava de catequizar nômades e seminômades através de um padrão
cultural que lhes era estranho.

Apesar dos esforços, os holandeses não conseguiram estabelecer um método


ideal de evangelização. Entretanto, os documentos registram anotações sobre
batismos. No Presbitério de 1637, por exemplo, surge a questão do batismo de
filhos de brasilianos e de africanos de pais já batizados pelos padres católicos.
Os clérigos Reformados estavam em questionamento se reconheciam ou não
os batismos realizados pelos católicos e se seria correto realizar o batismo nos
filhos desses brasilianos e de africanos com o batismo em dúvida.

Um detalhe interessante é que segundo os registros, poucos foram os


brasilianos adultos que receberem o Batismo, deixando entender que a maior
parte já havia sido batizada pelos católicos.

Teólogos como o puritano Voetius, alertavam que não deveria seguir o


exemplo da praxe batismal católica romana, e que não deveriam ser batizados
filhos de pais cujos pais não haviam sido batizados.

Os católicos, antes da chegada dos Holandeses realizaram grandes batismos


de indígenas. Franciscanos, Jesuítas e carmelitas por mais de 100 anos
batizaram nativos, e há registros que em poucos meses chegavam a batizar
centenas e até milhares de índios.

O Presbitério, depois de muita discussão decidiu que filhos de pais já batizados


– até pelos católicos - podiam receber a Graça do Batismo, mas desde que
seus pais Confessassem a Jesus Cristo.

• Expansão (1637-1644)

Durante o ano de 1637, inicia-se um processo de expansão da Igreja


Reformada no Nordeste Brasileiro, e isso se deu por conta dos grandes
esforços do Rev. Soler no Recife e do Pastor David Doreslaer na Paraíba, que
organizaram convenções missionárias com os indígenas.

Em 1638, índios da Paraíba pediram ao Presbitério um predicante próprio.


Nestas alturas, o Presbitério decidiu atender ao pedido dos indígenas - pois
havia ficado claro que a idéia do internato não funcionava na prática - e
deslocou um pastor para as aldeias para pregar a palavra de Deus, administrar
os sacramentos e exercer a disciplina eclesiástica, lembrando as três marcas
da verdadeira igreja, conforme o artigo 29 da Confissão Belga. O governador
Mauricio de Nassau apoiou o plano integramente.

Convidado pelo presbitério, o pastor David Doreslaer mudou-se da capital da


Paraíba para a aldeia de Maurícia. E a partir dali vários serviços missionários
foram desenvolvidos, divididos em núcleos chamados de Ministérios.

I. Ministério da Pregação

Os trabalhos feitos no Ministério da Pregação consistiam em levar a palavra de


Deus, batismos e preparação dos indígenas a participarem da ceia do Senhor.

Foi especificado os três procedimentos primordiais a serem tomados pelo


ministério da Pregação:

a) Instrução bíblica para os catecúmenos;

b) Batizar somente quando pudessem ser admitidos também na mesa do


senhor;
c) Pedir aos já batizados pelos padres que fizessem uma publica profissão
de fé, antes de admiti-los à mesa da comunhão;

II. Ministério da Educação

Voltado para ensinar os Indígenas a ler, escrever e aprofunda-se na fé Cristã.

III. Ministério da Literatura

O trabalho era focado em levar os indígenas a lerem textos bíblicos e outras


publicações de fundo catequético.

IV. Ministério da Diaconia ou Assistência Social

No terreno da assistência social, a Igreja Reformada enfrentava a caótica


situação matrimonial existente na colônia, inclusive entre os índios. Muitos
brasilianos casados viviam separados de suas esposas e não podiam casar-se
novamente, embora muitos desejassem fazê-lo.

O Presbitério, em 1638, foi de opinião que a parte desertora do casal deveria


ser citada por edital público do juiz civil. Depois de determinado período, a
parte abandonada deveria ser considerada livre da parte desertora, o que
deveria ser aprovado pelo magistrado. Esta determinação, reconhecendo a
fraqueza da natureza humana, representa o primeiro projeto de reconciliação
ou divórcio legal na América do Sul.

Os resultados práticos, entretanto, foram limitados, em razão das hesitações do


magistrado, temeroso de conseqüências mais amplas. Na outra ponta, o
problema da escravidão dos índios exigia solução urgente.

Desde o início da chegada dos holandeses ficou claro que os indígenas,


aculturados e não-aculturados, deveriam ser livres. A liberdade dos brasilianos
seria um dos capítulos fundamentais da Constituição do Brasil Holandês e
tratada nos Regulamentos de 1629, 1636 e 1645.
Os holandeses não só precisavam dos índios na guerra contra os ibéricos,
como sentiam profunda empatia pelos indígenas, pois, como eles, também
estavam sendo oprimidos pela União Ibérica, a superpotência mundial da
época.

Os Senhores XIX insistiram para que fossem postos em liberdade os


brasilianos escravizados pelos portugueses em 1625, depois da partida da
esquadra holandesa. Esta libertação demorou, e começou a se tornar concreta
com o início do trabalho missionário.

Em 1638, descobriu-se que os moradores portugueses de Recife ainda


mantinham indígenas como escravos domésticos. Boa parte desses índios
havia sido aprisionada pelas expedições punitivas levadas a efeito ao redor da
baia da Traição, em 1625. O governo ordenou que todos os
escravos fossem libertados imediatamente.

O governo holandês também combateu duramente a semi-escravidão,


lembrando aos proprietários rurais, em Alagoas, que índios somente poderiam
trabalhar nas lavouras por livre vontade e recebendo a devida remuneração. O
sub-pagamento foi outra forma de exploração firmemente reprimida no
Nordeste holandês. O governo determinou que os capitães que abusassem de
sua autoridade fossem exemplarmente castigados.

Os índios, por sua vez, desejavam se transferir para as aldeias que possuíam
missionários e, após intervenção do Presbitério, as autoridades promoveram as
transferências para colaborar com o crescimento da igreja divina.

Na história da luta da Igreja Reformada no Brasil em favor da libertação dos


índios é necessário lembrar a lei do ventre livre de 1645, originária de consulta
do pastor Kemp sobre a situação de brasilianos casados com escravas
africanas e escravos negros casados com indígenas.

Em resposta, as autoridades decidiram que a parte escrava do casal não se


libertava pelo matrimônio, mas podia ser alforriada, e que os filhos resultantes
desse tipo de casamento seriam considerados livres, reiterando que
brasilianos, sem exceção, eram livres.

Infelizmente, quanto à escravidão africana, na época as consciências cristãs


eram subdesenvolvidas. Quando o pastor Jacobus Dapper questionou se era
lícito ao cristão negociar ou possuir escravos africanos, até o conde de Nassau
afirmou que se tratava de escrúpulos desnecessários.

Nassau se conformava ao espírito de seu tempo, mas contrariava o


pensamento do pai espiritual da Companhia, o belga Willem Usselinex, e do
patriarca da Igreja Reformada, o francês João Calvino.

No ano de 1644, Nassau retorna aos Países Baixos, indo com ele os principais
Clerigos envolvidos no processo de interação com os Indígenas : rev.
Soler( reverendo que coordenou todo processo de expansão da igreja),
Doreslaer (fundador do sistema de Ministérios) e Eduardus (tradutor de
publicações). Houve uma grande perda de força , e novos problemas iriam
surgir, com a guerra de Restauração.

• Conservação (1645-1654)

O derradeiro período da missão da Igreja Cristã Reformada começou com a


realização de duas importantes assembléias, uma eclesiástica, outra política. A
mesa da Assembléia Geral das Igrejas recebeu pedidos de tribos que queriam
receber seus próprios pastores.

Poucos meses antes da chamada insurreição pernambucana, em 1645,


realizou-se a primeira grande assembléia indígena, com 120 representantes,
em Itapecerica, na capitania de Itamaracá. Foram organizadas três câmaras,: a
câmara de Itamaracá, dirigida pelo índio Carapeba; a de Paraíba, pelo índio
Pedro Poti; e a do Rio Grande, pelo índio Antônio Paraupaba.

O teste final e violento da missão reformada veio com a eclosão da guerra de


restauração portuguesa. Os documentos atestam a impressionante fidelidade
dos brasilianos refugiados ao redor das fortalezas litorâneas.

O mais famoso desses registros são as chamadas cartas tupis, trocadas entre
dois primos colocados em campos opostos, o capitão-mór Filipe Camarão e
Pedro Poti. Camarão era defensor do lado luso-católico na guerra; Poti,
defensor do lado flamengo-reformado. Essa correspondência deixa claro a
estreita vinculação entre fé e nação, igreja e Estado. Filipe Camarão escreveu:

[...]não quero reconhecer a Antônio Paraupaba, nem a Pedro


Poti, que se tornaram hereges [...].

Em resposta datada de 31 de outubro de 1645, dia da Reforma Protestante,


Poti garante que seus índios viviam em maior liberdade do que os outros,
ressaltando que os portugueses queriam apenas escravizá-los.

Poti lembra a Camarão as matanças ocorridas na baia da Traição e em


Sirinhaém, havia poucas semanas, quando os portugueses, após a rendição da
frota holandesa, mataram perversamente 23 índios prisioneiros de guerra,
quebrando as condições previamente acordadas.

Confessou também ser cristão, crendo somente em Cristo, não desejando


contaminar-se com a idolatria, e convidou seus parentes e amigos a passar
para o lado dos piedosos, que nos reconhecem no nosso país e nos tratam
bem.

Ambos os primos não veriam o final dessa luta sangrenta: Camarão faleceu em
1648, depois da primeira batalha de Guararapes, e Poti no ano seguinte foi
preso no cabo Santo Agostinho pelos portugueses. Segundo testemunho de
Paraupaba, Poti foi lançado num poço, onde permaneceu durante seis meses.

Retirado de vez em quando, padres se atiravam sobre ele, tentando obrigá-lo a


abjurar a religião protestante. Poti, entretanto, resistiu bravamente na fé
protestante, e foi embarcado para Portugal, para as câmaras de tortura do
Santo Ofício, mas a viagem não acabou, atalhada pela morte.
A guerra de restauração aproximou ainda mais os índios dos holandeses e
apenas o pacto com os brasilianos garantiu a resistência flamenga durante
nove anos.

Quando os Holandeses deixaram o Recife e assinaram o tratado do Campo


das Taborda, fizeram questão de deixar bem claro no documento que os índios
aliados aos Holandeses teriam total perdão dos Portugueses.

Porém os Índios não acreditaram que os portugueses fossem cumprir sua parte
e fugiram, concentrando-se na Serra da Ibiapaba. Lá continuaram a professar a
fé deixada pelos Holandeses, e até a fazer contato com corsários provenientes
da Holanda.

Para reconverter os índios para a fé católica, a coroa enviou o Padre Vieira,


que ficou impressionado com os indígenas. Schalkwijk acerca disto fala o
seguinte:

“Os padre ficaram atônitos diante dos trajes finos dos


indigenas, da arte de ler, da arte de escrever, e ,
especialmente do lado religioso, por que muitos deles
eram calvinistas e luteranos como se houvessem
nascidos na Inglaterra ou Alemanha, considerando a
Igreja Romana uma Igreja moanga, uma igreja Falsa.”

(Schalkwijk. 2007.p.135)

A Igreja Católica conseguiu reconverter os indigenas,por meio de Jesuitas


enviados depois do pedido do Padre Vieira. O teórico Schalkwijk, fala o
seguinte:

“Se tivesse existido liberdade religiosa poderiam ter


permanecido como primeira igreja indígena evangélica
das Américas, à semelhança da Igreja Indígena do
arquipélago da Indonésia. Mas debaixo de bandeira
portuguesa, isto seria absolutamente impossível.”

(Schalkwijk. 2007.p.135)
O ultimo vestígio da missão reformada no Nordeste pareceu durante a guerra
do Barbaros. Em uma luta feroz no Oeste do Rio Grande do Norte, os índios
Tapuias nhanduis, classificados pelos portugueses de Inadaptaveis,
insubmissos e saudosistas, foram exterminados, mesmo sendo incluídos na
anistia mencionada do tratado do campo da Taborda.

Segundo um cronista português, o capitão português Pedro Carrilho sobre “os


Janduis do Rio Açu: Para eles não deve valer a imunidade da Igreja por serem
uns Hereges e públicos tiranos”.

Avaliando o trabalho realizado pelos missionários da Igreja Cristã reformada


com os índios do Nordeste, pode-se dizer que pelo tempo passado , o número
de missionário Europeus envolvidos no processo e os resultados obtidos junto
aos indígenas, a catequese dos reformados foi muito mais eficiente em
comparação com a catequese da Igreja Católica frente aos mesmo indígenas

A visão dos missionários reformados por parte dos indígenas pode ser vista
aqui:

“Os poucos Documentos do lado deles revelam uma


grande confiança no Obreiros reformados, uma sincera
lealdade à causa Evangelica abraçada e uma profunda
gratidão por terem conhecido melhor a Cristo”.

(Schalkwijk. 2007.p.138)
Bibliografia

 De Mello, José Antônio Gonsalves. 2006 . Recife . CEPE. A Economia


Açucareira. Vol, 1 e 2

 Schalkwijk, Frans Leonard. 2007. Recife. Massangana Índios


Evangélicos no Brasil Holandês
Universidade Federal de Pernambuco (U.F.P.E)

Centro de Filosofia e Ciencias Sociais ( C.F.C.H.)

Departamento de Historia

Historia do Brasil V

Luiz Henrique Assis de Barros

A Igreja Cristã Reformada Holandesa e os Indígenas Brasileiros

Recife,11 de novembro de 2008

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