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Autor
Manoel Benedito Serra da Costa
José Cursino Junior
2010
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COSTA, Manoel Benedito Serra da. JUNIOR,José
Cursino / Desenho Técnico de Mecânica – Duque de
Caxias :Escola Técnica Atenew, 2010.p.26
1.ª impressão
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Sumário
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LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DESENHO TÉCNICO.
Desenho Técnico é a linguagem universal que fornece todas as informações que o artífice e
outros necessitam saber.
A leitura do desenho técnico é o processo de interpretação de linhas e traços para formar
uma imagem mental de como a peça é na realidade.
Treinamento em leitura de desenho técnico inclui não somente o conhecimento de
princípios básicos de representação em uma ou mais vistas, como também o desenvolvimento da
habilidade de visualizar o processo de fabricação da peça.
O artífice necessita, pois, desenvolver a compreensão de convenções ou normas universais,
símbolos, sinais e outras técnicas usadas na descrição de peças simples ou de mecanismos
complexos, deve também desenvolver algumas habilidades fundamentais no traço de esboços
cotados, de forma que, com papel e lápis, dados suficientes possam ser registrados no esboço,
relativos a dimensão, notações ou outros detalhes necessários a construção da peça.
O desenho técnico quando analisado, apresenta linhas de tipos e espessuras diferentes.
Estas linhas, combinadas entre si, determinam a forma, detalhes e tamanho de uma peça. Esta
combinação de linhas, quando representa uma das faces de uma peça, é chamada de vista.
Para uma descrição mais precisa da peça, dimensões e notações são incluídas no desenho.
Os princípios fundamentais de interpretação e leitura de desenhos técnicos serão
apresentados a seguir, obedecendo os seguintes itens:
- Linhas.
- Vistas.
- Dimensões e notações.
- Cortes e seções.
1 – LINHAS:
Apresentamos, a seguir, uma breve descrição dessas linhas , como exemplo do seu
emprego.
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1.1 – LINHA PARA ARESTAS E CONTORNOS VISÍVEIS:
Fig. 1
Fig. 2
Para ser bem compreendido, o desenho deve apresentar linhas mostrando todas as arestas e
interseções das superfícies de uma peça.
Muitas dessas linhas são invisíveis para o observador porque estão encobertas por outras
partes da peça, para a indicação dessas partes invisíveis, usa-se uma linha tracejada ou
interrompida (fig.3). Exemplo ilustrando o emprego de linha tracejada (fig.4 e fig.5).
Fig. 3
Linha Tracejada
Fig. 4
Linha Tracejada
Fig. 5
Trata-se de uma linha fina, formada por traços e pontos alternados (fig.6).
Fig. 6
6
É usada para indicar linha de centro e eixo de simetria (fig.7, fig.8 e fig.9).
Linha de Chamada
Fina-Cheia
Fig. 10
200
Linha de Chamada
Fig. 11
Fig. 12
200
Linha de Cota
Fig. 13
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1.6 – OUTROS TIPOS DE LINHAS:
Em desenho técnico, são empregados ainda, outros tipos de linhas, tais como:
Fig. 14
Fig. 15
B. LINHA MÉDIA-SINUOSA:
Fig. 16
Fig. 17
Fig. 18
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Exemplo de aplicação (fig.19).
Fig. 20
Fig. 21 Fig. 22
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Escola Técnica nº.
TREINAMENTO BÁSICO DATA:
Atenew FOLHA:
Profissão: Área: Obra:
30 60
R=5
40
Ø = 30
D E
30
A B C
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2-DISTRIBUIÇÃO DE VISTAS
A principal finalidade de um desenho é fornecer informações suficientes ao artífice, afim de que
ele possa contribuir, controlar ou montar uma peça ou um mecanismo, de acordo com as
especificações do projetista. A seleção e a distribuição das vistas dependem da simplicidade ou
complexidade da peça. Só serão desenhados, pois, aquelas que a interpretação do desenho exigir.
As peças são desenhadas, conseqüente em três vistas (Fig. 18).
É possível, também, a representação dos objetos em menos de três vistas, quando isso não
prejudicar sua clareza.
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Da vista principal, de cima (Fig. 20) obteremos a vista de frente (Fig. 21) pelo simples giro da
perspectiva (Fig. 19) a 90º para cima.
Vista de Cima
de Planta
(Transversal) (Longitudinal)
Vista de Cima
Fig. 20
Da vista de frente (Fig. 21), obteremos a vista lateral esquerda (transversal) (Fig. 22), pelo simples
giro da perspectiva (Fig. 19) a 90º para a direita.
NOTA: A disposição das vistas deve-se manter com as figuras 20, 21 e 22, salvo em casos
especiais, que possam tornar mais clara a interpretação do desenho.
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Assim, do que ficou exposto, as vistas do desenho são apresentadas como está exemplificado na
Fig. 23.
Fig. 23
Vista de Cima
Fig. 23a
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Representação de peças em uma única vista.
Muitas peças têm formato uniforme e uma única vista é suficiente para descrevê-las
adequadamente. Na representação de peças chatas, quando o uso de notações simples fornece
todas as indicações necessárias a descrição completa das referidas peças (Fig.24).
11 15
10
Ø 10
15
Ø3
36
10
24 26 30
80
Fig. 24
Nas peças cilíndricas quando vista de lado, as cotas que indicam os diâmetros devem ser
precedidas do símbolo de diâmetro (Ø) (Fig.25).
Ø 20
Ø 40
15 65
80
Fig. 25
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Há peças que necessitam de duas vistas para apresentar todos os detalhes de sua construção (Fig.
26 e 27).
40
22
40
Ø
20
80
6
6
24
12
6
6
Fig. 26
17,5
35
17,5
Ø 10
90
10
20
35
Fig. 27
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ESCALA
1. Desenhos, como já vimos, são séries de linhas que descrevem as formas e dimensões de
uma peça ou mecanismo.
No entanto, para se construir ou usinar uma peça, o desenho deve incluir notações que
indiquem o tamanho exato da tarefa a ser executada.
Muitas peças não podem ser desenhadas no seu tamanho natural, em virtude de suas
grandes dimensões, ou porque são pequenas, que os detalhes não podem ser montados
claramente.
Há necessidade então de fazer o desenho em escala, isto é, ampliando ou reduzindo,
conforme o caso.
“Escala” e razão entre as dimensões da peça na sua representação gráfica (desenho) e suas
dimensões naturais.
A escala natural seria, pois, representada pela notação 1:1 e as mais recomendadas em
desenho técnico para redução e ampliação, por:
Ampliação Redução
2:1 1:2
5:1 1:5
10:1 1:10
20:1 1:20
2. Cotas e Dimensionamentos:
As cotas no desenho tem dois objetivos principais: Indicar o tamanho e a localização exata
das partes da peça, por exemplo: Para abrir um furo passante em uma peça, o artífice
necessita saber duas coisas: O diâmetro (Ø) do furo e a exata localização do seu centro
fig.29.
E
C
E
C
Fig. 29
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Dimensões e Notações
_ 0,1
Tolerância Geral +
63 _ 0,1
+ Fig. F
Fig. E
A notação de tolerância ± 0,1 indica que a medida indicada, 63 mm, poderá variar entre 62,9 mm e
63,1 mm.
Dimensões Angulares
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Graus, minutos e segundos são representados abaixo (Fig.37).
UNIDADES SÍMBOLO
Graus º
Minutos '
Segundos "
Fig. 37
A tolerância de dimensões angulares é indicada nas linhas de cota, ou anotada uma só vez no
desenho, quando a tolerância é a mesma para várias medidas (Fig.38 e Fig.39).
Fig. 38
Fig. 39
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Cada um dos fatores relacionados influenciará no grau de precisão da peça. As dimensões
constantes do desenho deverão trazer, em acréscimos, os limites dessa precisão.
Esses limites, chamados tolerância, são expressos logo após as medidas, nas respectivas linhas de
cota, em frações de milímetro (Fig.34).
Quando todas as medidas obedecerem à mesma tolerância, não há necessidade dela ser indicada
em cada linha de cota, bastará que conste no desenho uma única vez, como tolerância geral (Fig.
35).
Fig. 35
63 +/- 0,1
Fig. 34
A notação de tolerância +/- 0,1 indica que a medida, 63 mm, poderá variar entre 62,9 mm e 63,1
mm.
A maior dimensão é chamada de limite superior e a menor, de limite inferior.
4. Cotas e dimensionamentos.
As cotas no desenho têm dois objetivos principais. Indicar o tamanho e a localização exata das
partes da peça, por exemplo: para abrir um furo passante em uma peça, o artífice necessita saber
de duas coisas:
C
L
Fig. 33
50 38
10 30 10 10 28
10
Ø10
30
90
10
5
R=
0
27
Ø1
40
13
10 27
Fig. 34
Ø6
20 50
Fig. 35
20
O sinal de diâmetro (Ø) não deve ser usado na cotação de furos e partes cilíndricas que aparecem
em posição circular como, por exemplo, as cotas 10 e 40 (Fig.36)
30 30
Ø = 50
40
Ø
0
40
Ø1
Fig. 36
21
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Referências Bibliográficas
COSTA, Manoel Benedito Serra da. Montagem em Caldeiraria, Rio de Janeiro: Petrobras;
Brasília: SENAI / DN, 2004.176 P. il. – Série Programa Petrobras – Abastecimento de
Qualificação Profissional para as comunidades próximas as unidades de negócios da Petrobras
RIBAMAR,José.Chapeador Naval.Niteroi,2009.
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