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Engenharia Econômica e Análise de

Investimentos
Introdução
Matemática Financeira
2.005 2.006


$1.000 $1.000

Conceito fundamental: A diferença de valor do


dinheiro no tempo
A disponibilidade de um recurso financeiro hoje
proporciona uma OPORTUNIDADE DE USO que
representa um VALOR para o proprietário desse
recurso.
Se alguém abre mão desse recurso por um certo
período de tempo deve receber ALGO EM TROCA
pela perda desta OPORTUNIDADE DE USO.

2.005 2.006

$1.000
?
JURO = Remuneração pelo uso do dinheiro
durante um certo período de tempo

TAXA DE JUROS (i) = é um coeficiente (percentual)


que, multiplicado por um certo valor (P) , produz
o valor dos juros (J)

Juros = Taxa de Juros x Valor


J=i xP
Diagrama de Fluxo de Caixa

Entradas ou
Recebimentos

Saídas ou
Pagamentos

Tempo
Por exemplo, digamos que determinado investimento pressuponha um
desembolso inicial (na data zero) de $ 5.000,00 que virão seguidos de
novas saídas de caixa de $5.000,00 nos 1°, 2°, 3° e 4° períodos. Uma
Nova saída de $ 6.000,00 estaria prevista para o 5° período, visando
um retorno de $40.000,00 no 6° período, isto sujeito a uma taxa de
juros 10% ao período. O diagrama, ou representação gráfica do fluxo
de caixa deste investimento assumiria a seguinte forma :

$40.000,00

i = 10%
0 1 2 3 4 5 6

$5.000,00 $5.000,00 $6.000,00

MATEMÁTICA FINANCEIRA E ENGENHARIA ECONÔMICA


MATEMÁ
MATEMÁTICA FINANCEIRA E ENGENHARIA ECONÔMICA
A teoria e a prática da análise de projetos de investimentos
A teoria e a prática da análise de projetos de investimentos
Nivaldo E. Pilão & Paulo V. Hummel – Pioneira/Thomson
Nivaldo E. Pilão & Paulo V. Hummel – Pioneira/Thomson
Tipos de Juros

Juros Reais
Juros Efetivos
Juros Nominais
Juros Antecipados
Juros Postecipados
Juros Simples
Juros Compostos
Juros Reais e Nominais

Para a obtenção de um
empréstimo de $1000,00 o gerente
do banco informa que a taxa de Portanto o
juros praticada é de 5% a m. empréstimo que
Porém ele lhe pede que o deveria ser de 1 mês
empréstimo fique 1 semana (30 dias) é de fato de
depositado em sua conta corrente apenas 22 ou 23 dias
para fazer “saldo médio”

5% é uma Taxa
Nominal

a Taxa Real é de
aprox. 6,88%
Juros Nominais e Efetivos

A Caderneta de Poupança paga


juros de 6% a a Esse valor é 6% é a Taxa Nominal
dividido linearmente por 12 meses,
resultando em uma taxa mensal de 6,17% é a Taxa Efetiva
0,5%. Como será visto adiante, (capitalização
juros de 0,5% capitalizados utilizando juros
mensalmente equivalem a uma compostos)
taxa de 6,17% a a
Juros Antecipados e Postecipados

Juros Antecipados - Juros Postecipados -


Cobrados no início do Cobrados no final do
período período

Ex. Desconto de Forma mais comum


duplicatas de juros
Factoring Ex. Cartão de
crédito e cheque
especial
Juros Simples
Os juros ao final de cada período são
calculados somente sobre o principal (o valor
inicial)
JUROS SIMPLES

P S1 S2

0 J1 1 J2 2

S2 = P + J1 + J2
S2 = P + (i . P) + (i . P)
S1 = P . (1 + i)
S2 = P . (1 + i . 2)
JUROS SIMPLES

P S1 S2 S3

0 J1 1 J2 2 3
J3
S3 = P + J1 + J2 + J3
S3 = P + (i . P) + (i . P) + (i . P)

S1 = P . (1 + i)
S2 = P . (1 + i x 2) S3 = P . (1 + i . 3)
Juros Simples

P S1 S2 S3 Sn

0 J1 1 J2 2
J3 3 n-1
Jn n

Sn = P + J1 + J2 + J3 + ... + Jn
Sn = P + (i . P) + (i . P) +...+ (i . P)

Sn = P . (1 + i . n)
Exemplo (juros simples)
• Determinar quanto um investidor terá direito
de receber no final do ano 2005 se aplicou
em 10 de janeiro de 2005 a importância de
$100 000,00. Considerar que o negócio foi
feito a juros simples de 5% ao mês. Definir
também, com base na mesma taxa, de
quanto será a parcela de juros de 31/08/2005
para este investimento.
• Jk = P (i) ⇒ J (agosto) = $100 000,00 * (0,05)
• J(9)=$ 5 000,00
• Σ de juros = P*i*n ⇒ Σ de juros = (100 000,00)*0,05*12
• Σ de juros = $ 60 000,00
Juros Compostos
Os juros de cada período são calculados sobre
a soma do principal (o valor inicial), mais os
juros devidos

Popularmente, “Juros sobre juros”


JUROS COMPOSTOS

P S1 S2

0 J1 1 J2 2
S2 = P + J1 + J2
S2 = P + (i . P) + (i . S1)
S2 = P + (i . P) + [i . P . (1+i)]
S1 = P . (1 + i)
S2 = P . (1 + i)2
JUROS COMPOSTOS

P S1 S2 S3

0 J1 1 2 3
J2 J3

S3 = P + J1 + J2 + J3
S1 = P . (1 + i) S3 = P + (i . P) + (i x S1) + (i x S2)
S2 = P . (1 + i)2
S3 = C . (1 + i)3
Juros Compostos

P S1 S2 S3 Sn

0 J1 1 2 3 n-1 n
J2 J3 Jn

Sn = P + J1 + J2 + J3 + ... + Jn
Sn = P + i . P + i . S1 +...+ i . Sn-1
Sn = P. (1 + i)n
Equivalência de Valores

• Regime de JUROS SIMPLES

Sn = P . (1 + i . n)

• Regime de JUROS COMPOSTOS

Sn = P . (1 + i)n
Exemplo (juros compostos)
• Determinar quanto um investidor terá direito
de receber no final do ano 2005 se aplicou
em 10 de janeiro de 2005 a importância de
$100 000,00. Considerar que o negócio foi
feito a juros compostos de 5% ao mês.
Definir também, com base na mesma taxa,
de quanto será a parcela de juros de
31/08/2005 para este investimento.
• Jk = Pi (1+i)k-1
• J (agosto) = $100 000,00 * (0,05)*(1,05) 7
• J(8)=$ 7 035,50
Exemplo (juros compostos)
• Determinar quanto um investidor terá direito
de receber no final do ano 2005 se aplicou
em 10 de janeiro de 2005 a importância de
$100 000,00. Considerar que o negócio foi
feito a juros compostos de 5% ao mês.
• S = P (1+i)n
• S (dezembro) = $100 000,00 * (1,05)12
• S(dezembro)=$ 179 585,63
Exemplo (juros compostos)
• Determinar quanto deverá um investidor
depositar 10 de janeiro de 2006 para ter
direito de receber no final do ano de 2006 a
importância de $ 300 000,00. Considerar que
o negócio foi feito a juros compostos de 10%
ao mês.
• S = P (1+i)n
• 300 000 = P * (1+0,10)12
• P = $ 95 589,25
Séries Uniformes

Características Básicas

• Parcelas de mesmo Valor Nominal


• Intervalo constante entre as parcelas

Classificação

• Postecipada (ou postergada)


• Antecipada
• Diferida (com carência)
Estrutura geral - Série Postecipada

R
...
1 2 3 n

P Os recebimentos devem ser


equivalentes ao valor financiado à
taxa de juros (i)
Estrutura geral - Série Postecipada

R R R R
P= + + + ..... +
(1 + i ) (1 + i ) (1 + i )
1 2 3
(1 + i )n

⎡ 1 1 1 1 ⎤
P = R. ⎢ + + + ..... + n⎥
⎣ (1 + i ) (1 + i ) (1 + i ) (1 + i ) ⎦
1 2 3
Estrutura geral - Série Postecipada

(1 + i ) − 1
n

P = R.
i . (1 + i )
n

n = Número de parcelas
R = Valor de cada parcela
i = Taxa de juros
P = Valor presente
Estrutura geral - Série Antecipada

R
...
1 2 3 n-1 n

P Conceito: Os recebimentos devem ser


equivalentes ao valor financiado à
taxa de juros (i)
Estrutura geral - Série Antecipada

R R R R
P = R+ + + + +
3 .....
(1+ i) (1+ i) (1+ i)
1 2
(1+ i) n-1

⎡ 1 1 1 1 ⎤
P = R × ⎢1 + + + + +
3 ..... n −1 ⎥
⎣ (1 + i ) (1 + i ) (1 + i ) (1 + i ) ⎦
1 2
Estrutura geral - Série Antecipada

(1 + i ) − 1
n

P=R .
i . (1 + i )
n −1

n = Número de parcelas
R = Valor de cada parcela
i = Taxa de juros
P = Valor presente
Estrutura geral - Série Diferida
Período de carência
P
...
1 2 3 x x+1 n

C Os recebimentos devem ser


equivalentes ao valor financiado à
taxa de juros (i)
As variáveis i e n devem estar
na mesma unidade de tempo

Exemplos:
Parcelas mensais Taxa em % ao mês
Parcelas trimestrais Taxa em % ao trimestre
Parcelas semestrais Taxa em % ao semestre
Amortização e Juros
Amortização: pagamento do valor contratado

Juros: pagamento do “aluguel” do valor


contratado (pode ser simples ou composto)
Alternativas para amortização

As prestações são
Tabela Price (Sistema calculadas como
Francês) uma série uniforme

Sistema de amortização
constante - SAC

Sistema Americano
Amortização e Juros nas Séries Uniformes
(Tabela Price)
Empréstimo de $100.000,00 a ser pago em 5 meses, com
uma taxa de juros de 10% a m → Valor Uniforme (prestação)
= $26379,25
Final do Saldo da dívida Juros Valor uniforme Amortização
(prestação)
10 mês 100.0000,00 10.000,00 26.379,25 16.379,25
20 mês 83.620,25 8.362,03 26.379,25 18.017,72
30 mês 65.602,53 6.560,25 26.379,25 19819,50
40 mês 45.783,03 4.578,30 26.379,25 21.801,45
50 mês 23.981,58 2.398,16 26.379,25 23.981,59

Amortização = pagamento do Principal


(valor do empréstimo)
Amortização e Juros nas Séries Uniformes

30.000,00
25.000,00
20.000,00
Amortização
15.000,00
Juros
10.000,00
5.000,00
0,00
1 2 3 4 5
Sistema de Amortização Constante (SAC)
• As amortizações são constantes e calculadas
dividindo-se o valor financiado pelo número
de prestações
Amortização e Juros no SAC

Empréstimo de $100.000,00 a ser pago em 5 meses, com


uma taxa de juros de 10% a m

Final do Saldo da dívida Juros Amortização Valor da


prestação
10 mês 100.0000,00 10.000,00 20.000,00 30.000,00
20 mês 80.000,00 8.000,00 20.000,00 28.000,00
30 mês 60.000,00 6.000,00 20.000,00 26.000,00
40 mês 40.000,00 4.000,00 20.000,00 24.000,00
50 mês 20.000,00 2.000,00 20.000,00 22.000,00

Amortização = pagamento do Principal


(valor do empréstimo)
Amortização e Juros no SAC

35.000,00
30.000,00
25.000,00
20.000,00 Amortização
15.000,00 Juros
10.000,00
5.000,00
0,00
1 2 3 4 5
Amortização e juros no Sistema
Americano
• Os juros são pagos ao longo do período do
empréstimo. O valor contratado é pago de
uma vez no final do período
Amortização e juros no Sistema
Americano
Empréstimo de $100.000,00 a ser pago em 5 meses, com
uma taxa de juros de 10% a m

Final do Saldo da Juros Amortização Valor da


dívida prestação
10 mês 100.000,00 10.000,00 0,00 10.000,00
20 mês 100.000,00 10.000,00 0,00 10.000,00
30 mês 100.000,00 10.000,00 0,00 10.000,00
40 mês 100.000,00 10.000,00 0,00 10.000,00
50 mês 100.000,00 10.000,00 100.000,00 110.000,00
Amortização e juros no Sistema
Americano

120.000,00
100.000,00
80.000,00
Amortização
60.000,00
Juros
40.000,00
20.000,00
0,00
1 2 3 4 5
Converão de valores

P: Valor Presente, Principal


S: Valor Futuro, Montante
R: Valor de Série Uniforme

Sn = P . (1 + i)n A partir das fórmulas de valor


futuro e série uniforme, tendo
n a taxa de juros e o período, é
(1+ i ) - 1 possível calcular os outros
P= R .
n valores
i . (1 + i )
Fatores

(P→S)n i S=P(1+i)n

i
(P→R)n i R=P
1- 1
(1+i)n
Fatores

1
(S→P)n i P=S
(1+i)n

i
(S→R)n i R=S
(1+i)n -1
Fatores

1- 1
(R→P)n i P=R (1+i)n
i

(1+i)n -1
(R→S)n i S=R
i
Triângulo de Equivalência

P
(P→S) (P→R)
TRIÂNGULO DE
FATORES DO QUE
EQUIVALÊNCIA i%
i% (TENHO Æ QUERO)
(S→P) (R→P)

(R→S)

S
(S→R)
R

MATEMÁ
MATEMÁTICA FINANCEIRA E ENGENHARIA ECONÔMICA
A teoria e a prática da análise de projetos de investimentos
Nivaldo E. Pilão & Paulo V. Hummel – Pioneira/Thomson
Série Gradiente

Série cujos valores nominais crescem


linearmente ao longo do tempo, configurando-
se como uma PA

i=%
0 0G 1 2 3 4 n-1 n
1G
2G ( n-2) G ( n-1) G

3G

MATEMÁTICA FINANCEIRA E ENGENHARIA ECONÔMICA


MATEMÁ
MATEMÁTICA FINANCEIRA E ENGENHARIA ECONÔMICA
A teoria e a prática da análise de projetos de investimentos
A teoria e a prática da análise de projetos de investimentos
Nivaldo E. Pilão & Paulo V. Hummel – Pioneira/Thomson
Nivaldo E. Pilão & Paulo V. Hummel – Pioneira/Thomson
Taxas Equivalentes
de Juros
Taxas Equivalentes de Juros

Sejam duas taxas de juros:


• i1 válida para um intervalo de tempo n1
• i2 válida para um intervalo de tempo n2

Seja o Capital (P) aplicado por um certo prazo:


S
Prazo

P
Taxas Equivalentes de Juros

Se a aplicação for à taxa de juros i1 obteremos:


S1= P . (1+i1)Prazo
Se a aplicação for à taxa de juros i2 obteremos:
S2= P . (1+i2) Prazo

Se S1= S2 Ö i1 é EQUIVALENTE a i2
Taxas Equivalentes de Juros

Definição: duas taxas de juros (i1 válida para o


intervalo de tempo n1 e i2 válida para o intervalo
de tempo n2) são EQUIVALENTES entre si se,
aplicadas sobre um Valor Presente (Capital) por
um determinado prazo, gerarem o mesmo Valor
Futuro (Montante)
Conversão entre Taxas Equivalentes

A relação matemática entre duas taxas de juros


EQUIVALENTES é a seguinte:

(1 + i1 ) = (1 + i2 )
n1 n2

Com n1 e n2 expressas na mesma


unidade de tempo
Conversão entre Taxas Equivalentes

Exemplo:
Converter uma taxa mensal de 2,5% em taxa anual

i1 = 2,5% Î n1 = 1
i2 = ? Î n2 = 1/12
i2 = 34,49%
i1 = 2,5% Î n1 = 12
i2 = ? Î n2 = 1
Engenharia Econômica
Princípios da Engenharia Econômica
• Não existe decisão a ser tomada se existe
uma única alternativa
• Só podem ser comparadas alternativas
homogêneas
• Apenas a diferenças entre alternativas são
relevantes
• Os critérios para tomada de decisão devem
reconhecer o valor do dinheiro no tempo
• Devem ser considerados os problemas
relativos ao racionamento de capital
Princípios da Engenharia Econômica
• Devem ser separadas as decisões que
possam ser tomadas separadamente
• Devem ser consideradas as incertezas
associadas às previsões efetuadas
• Devem ser consideradas os eventos
qualitativos não quantificáveis
monetariamente
• Manter a realimentação de informações
• Utilizar dados econômicos e financeiros
Limitações da Engenharia Econômica
• É impossível transformar em dados todas as
considerações variáveis encontradas
• A taxa de retorno e a taxa de juros, na
realidade, não são as mesmas
• O modelo pressupõe que as taxas de juros
não variam durante o período de análise
• O modelo pressupõe que o fluxo de caixa
real é sempre viável
• A complexidade do modelo deve ser
compatível com a confiabilidade dos dados
assumidos
Pré-condições do estudo
• Só analisar alternativas tecnicamente viáveis
• Só analisar alternativas para as quais se
tenha capacidade financeira
Métodos Clássicos de Análise de
Investimentos
• Método do Custo Anual Uniforme (CAU)
– Valor Presente Líquido Anualizado ou Valor Anual
Uniforme Equivalente

• Método do Valor Atual (VA)


– Valor Presente Líquido (VPL)

• Método da Taxa de Retorno (TIR/TRI)


– Taxa Interna de Retorno (TIR)
– Taxa Incremental de Retorno (TRI)
Métodos “Alternativos”
• Pay Back (Tempo de Retorno)

• Dividir a somatória dos investimentos, custos


e despesas pela somatória das receitas
auferidas e calcular o tempo para retorno do
capital investido

• Método simples e rápido, porém não


considera a variação do dinheiro no tempo
Exemplo
Investimento em novo equipamento (compra do
equipamento, instalação, equipamentos
auxiliares, etc): R$ 8 milhões

Economias provenientes do uso do novo


equipamento (aumento de produção, redução
de MO, redução em custos de manutenção):
R$ 2,5 milhões/ano

Pay Back = 8 / 2,5 = 3,2 anos


A Taxa Mínima de Atratividade (TMA)

Custo de
Oportunidade

Risco do Liquidez do
Negócio
TMA Negócio
Custo de Oportunidade

Remuneração que poderia ser obtida se


nenhuma das alternativas de investimento
fosse adotada

É o ganho “mínimo garantido”


Risco do negócio

O ganho de uma alternativa tem que remunerar


o risco inerente à sua adoção

Via de regra:
“quanto maior o risco, maior a remuneração”
Liquidez

Facilidade ou velocidade com que se consegue


sair de uma posição no mercado e se
assumir outra

Facilidade em converter um ativo em “dinheiro


vivo”
Método do Custo Anual Uniforme
Distribuir ao longo da vida útil todos os valores
existentes no fluxo de caixa, transformando-
os em uma única série uniforme de
pagamentos ou recebimentos

Para distribuir os valores uniformemente ao


longo da vida útil, utiliza-se a TMA (taxa
mínima de atratividade). CAU maiores que
zero são interessantes, e quanto maior o
CAU, mais interessante é a alternativa (mais
receitas são geradas para cobrir as despesas
com aquela taxa de juros)
Método do Custo Anual Uniforme
No caso de investimentos, o CAU será sempre
negativo, e nesse caso a escolha recairá na
alternativa de CAU mais baixo

Diferenças de vidas úteis ficam implicitamente


solucionadas, pois assume-se que os custos
anuais se repetirão
Método do Valor Atual ou Valor Presente
Líquido
• Calcular o valor atual (VA ou VPL) pela
somatória de todos os valores existentes no
fluxo de caixa, utilizando para isso a TMA

• Para a análise de um projeto, VA > 0 indica


projeto interessante

• Para a comparação de dois ou mais projetos,


o de maior VA é o mais interessante
Método do Valor Atual ou Valor Presente
Líquido
• Só é possível comparar projetos
equivalentes, com a mesma vida útil
• Quando há diferenças de vidas úteis, utilizar:

• Técnica da Capitalização Infinita


• Técnica do Mínimo Múltiplo Comum
Técnica da Capitalização Infinita
Considerar que as vidas úteis das alternativas
se repetem infinitamente, ou seja, as
alternativas são perpétuas

Encontrar o CAU de cada alternativa


Considerar que o CAU se repetirá
indefinidamente
Achar o Valor Atual considerando uma vida
infinita
Técnica da Capitalização Infinita

1
1-
P= R (1 + i)n
i

→∞ 1
Para n P= R
i
Técnica do Mínimo Múltiplo Comum
Técnica do Mínimo Múltiplo Comum

Utilizar o MMC entre as vidas úteis das


alternativas e considerar a repetição do
investimento integralmente, de forma
idêntica, ao longo do tempo referente ao
MMC
Método da Taxa Interna de Retorno
Permite encontrar a remuneração do
investimento em termos percentuais

Determinar a taxa de juros que permite igualar


receitas e despesas na data 0,
transformando o valor atual do investimento
em 0 (zero). A taxa encontrada é chamada
de Taxa Interna de Retorno, e deve ser
comparada à TMA
Método da Taxa Interna de Retorno
A TIR permite avaliar a atratividade de um
investimento. Para comparar investimentos
diferentes, com desembolsos diferentes,
deve-se utilizar a Taxa Incremental de
Retorno
Método da Taxa de Retorno Incremental
É uma variante do método da Taxa de Retorno,
e deve ser utilizada sempre que estivermos
comparando alternativas de ação que
possuam investimentos iniciais diferentes

Nota: sempre parte-se do pressuposto de que


há disponibilidade financeira para executar
qualquer uma das alternativas, i.e., existem
recursos para realizar a alternativa mais cara
Método da Taxa de Retorno Incremental
Seqüência de cálculo

Ordenar de maneira crescente (quanto ao


investimento inicial) todas as alternativas

Calcular a TIR da alternativa de menor


investimento inicial
Método da Taxa de Retorno Incremental

Se a TIR for menor que a TMA, rejeitar a


alternativa e analisar a seguinte, até que uma
seja aceita

Se a TIR for maior que a TMA, aceitar a


alternativa e analisar a viabilidade de adotar
a alternativa seguinte, calculando a TRI
O Efeito do Imposto de Renda
Duas formas de análise:
O efeito do IR já está considerado na TMA

O efeito do IR não está considerado na TMA:


Os valores do fluxo de caixa, tanto entradas como
saídas, modificam o relacionamento com o Fisco
O Efeito do Imposto de Renda
• Um equipamento que aumente a produção
gerará mais receita:
– Aumentos de renda geram mais IR a pagar

• A depreciação desse equipamento é


contabilizada no custo dos produtos
vendidos:
– Valores maiores de depreciação diminuem a
receita líquida e portanto o IR a pagar
O IR é calculado, simplificadamente
através de
Receitas
(-) Custo dos produtos vendidos
(matérias-primas, MO, custos indiretos e
depreciações)
(-) Despesas Financeiras
(-) Despesas Comerciais
(-) Despesas Administrativas
Lucro antes do IR
IR
Lucros após IR
O Efeito do Imposto de Renda
Montar dois fluxos de caixa:
Fluxo Econômico - entradas e saídas decorrentes
da alternativa
Fluxo Contábil - economias e “deseconomias” de IR,
decorrentes da alternativa
Somar os dois fluxos de caixa e montar o Fluxo
completo
Comparar as alternativas pelo fluxo completo
Leasing

Cessão de uso de um bem móvel ou imóvel,


mediante a cobrança de um valor como
compensação
Leasing

Fabricante
Fabricanteou
ou Arrendadora Arrendatária
Arrendatária
Fornecedor
Fornecedor
1 2

A empresa arrendadora compra o bem do fabricante ou


1 fornecedor com todas as características técnicas solicitadas
pelo arrendador

A empresa arrendadora entrega o bem à arrendatária e passa


a receber uma série de pagamentos periódicos conforme
estipulado no contrato de leasing. Ao término do contrato a
2 arrendatária poderá exercer uma opção de compra,
adquirindo o bem por um valor residual definido em contrato
(normalmente simbólico), ou devolvê-lo à arrendadora
Tipos de Leasing
Leasing Financeiro: As parcelas pagam o custo
do bem arrendado e remuneram o
investimento da empresa arrendadora. Nesse
caso em geral o bem arrendado não pode ser
devolvido

Leasing Operacional: As parcelas cobrem o


custo do bem arrendado e pagam os serviços
prestados pela arrendadora, como
manutenção e assistência técnica. Nesse
caso a opção de compra é pactuada no
contrato
Algumas vantagens do Leasing
Não há necessidade de imobilização de capital
próprio nem de financiamento para compra
de equipamento. O capital fica disponível
para o giro da operação

Maior liberdade para renovação de


equipamentos e processos. As despesas
com leasing são integramente dedutíveis do
IR
Algumas vantagens do Leasing
Os bens arrendados não são contabilizados
como ativo permanente (Melhor relação
patrimônio líquido / ativo permanente)

No caso de uma compra, o valor de compra


não pode ser atualizado, e a depreciação é
calculada em valores nominais, aumentando
ficticiamente os lucros
Algumas desvantagens do Leasing
Não possibilidade de rescisão do contrato

Não-flexibilidade para alterar condições de


contrato (forma de correção monetária do
bem, prazo de pagamento, etc)

Práticas que trazem desvantagens para o


arrendatário (ex. pagamento antecipado do
valor residual)
Efeito da Inflação
Inflação é a alta generalizada nos preços em
uma economia

Os valores de entradas e saídas a longo prazo


em um fluxo de caixa sofrem o efeito da
inflação
Automóvel Corsa 1996
Preço de aquisição em 1996: R$ 12500,00
Preço atual do mesmo carro: ~R$10000,00
Preço atual do carro novo: ~R$25000,00
Efeito da Inflação
• “Limpar” o efeito da inflação do fluxo de
caixa, adotando uma data de referência e
convertendo os valores para aquela data

M=C(1+d)n

• M = valor inflacionado/desinflacionado
• C = Capital
• D = taxa de inflação no período

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