A importância de se conhecer Diabete Melito

The importance of knowing about Diabete Melito

UCHOA, Alberlândia
ALVES, Ana Luíza
CARVALHO, Jucy
CORDEIRO, Pâmela
FRÓZ, Roselane
RODRIGUES, Yanna
AFONSO, Gabriela
CRISTINA ,Sandra

RESUMO

Diabete melito (DM) é um problema médico comum, complexo com muitas

complicações, caracterizada por um aumento anormal da glicose ou açúcar no sangue. A
glicose é a principal fonte de energia do organismo, mas quando em excesso, pode
trazer várias complicações à saúde. A diabetes manifesta-se quando o corpo não produz a
quantidade suficiente de insulina, e é classificada em dois tipos: DM tipo I ou diabetes
insulinodependente - a produção de insulina é escassa ou nula. A DM tipo II que aparece
nas crianças e nos adolescentes, mas em geral começa depois dos 30 anos e é mais
freqüente a partir desta idade. A DM ocorre em todo o mundo, mas é mais comum
(especialmente a tipo II) nos países mais desenvolvidos. Na odontologia a DM pode
aparecer como o uma manifestação oral do aumento difuso e acentuadamente
eritematoso dos tecidos gengivais O maior aumento atualmente é esperado na Ásia e na
África. A diabetes está na lista das cinco doenças de maior índice de morte no mundo.
O objetivo desta revisão é apontar a importancia da doença considerando as muitas
complicações associadas à doença e o seu impacto econômico na população.

Palavras-chave: Diabete Melito, Doença Periodontal, Glicose, Insulina.

Introdução
A DM é uma perturbação em que os
valores sanguíneos de glicose são
anormalmente altos dado que o
organismo não liberta insulina ou utiliza-a
inadequadamente. As concentrações de
açúcar (glicose) no sangue variam durante
o dia. Aumentam depois de cada refeição,
recuperando-se os valores normais ao
cabo de duas horas. Os valores normais
tendem a aumentar ligeiramente e de
modo progressivo depois dos 50 anos de
idade, sobretudo em pessoas que levam
uma vida sedentária.
A insulina, um hormônio produzido pelo
pâncreas, é a principal substância
responsável pela manutenção dos valores
adequados de açúcar no sangue. Permite
que a glicose seja transportada para o
interior das células, de modo que estas
produzam energia ou armazenem a
glicose até que a sua utilização seja
necessária.
Uma das principais complicações do
diabetes é a doença vascular periférica,
problema que resulta em insuficiência
renal, isquemia e envolvimento
gangrenoso dos membros (NEVILLE,
2004). O diabetes é uma das principais
causa de insuficiência renal nos Estados
Unidos.
Embora ainda não haja uma cura
definitiva, há vários tratamentos
disponíveis que, quando seguidos de
forma regular, proporcionam saúde e
qualidade de vida para o paciente
portador.
Há alguns anos atrás havia cerca de 171
milhões de diabéticos, e esse índice
aumenta rapidamente. É estimado que
em 2030 esse número dobre (OMS,
2006).
O objetivo desta revisão é definir um
conceito em relação a diabetes e as
manifestações orais observadas, como
tratamento e prevenção e ainda assim
associando com as manifestações
sistêmicas, tornando mais fácil para que
o cirurgião-dentista identifique a
doença.
Revisão de Literatura
A DM é uma doença crônica, sem cura
por tratamentos convencionais, e sua
ênfase médica deve ser necessariamente
em evitar/administrar problemas
possivelmente relacionados à diabetes, a
longo ou curto prazo.
É extremamente importante a educação
do paciente, o acompanhamento de sua
dieta, exercícios físicos, monitoração
própria de seus níveis de glicose, com o
objetivo de manter os níveis de glicose
a longo e curto prazo adequados. Um
controle cuidadoso é necessário para
reduzir os riscos das complicações a
longo prazo.
Quanto melhor o controle, menor será o
risco de complicações. Desta maneira, a
educação do paciente, entendimento e
participação é vital.
Freqüentemente os pacientes
apresentam xerostomia, diminuição na
saliva, dor ou sensibilidade dolorosa na
língua e distúrbios de gustação. Com
menos freqüência, têm-se relatado
tumefação de glândula parótida,
abcessos recorrentes, hipoplasias,
hipocalcificação dentária.
(BARCELLOS, et al. 2000).
Os distúrbios periodontais são os mais
freqüentes e também os mais estudados
em pacientes diabéticos. Devido à
resistência reduzida à infecção, uma vez
contraída essa infecção torna-se mais
grave. Fatores locais e forças oclusais
contribuem para a gravidade da doença
periodontal, havendo uma alteração na
resposta tecidual, retardando a
cicatrização pós-cirurgia. (NICHOLS,
et al, 1978).
O esquema de injeções no paciente deve
ser cuidadosamente estruturado e
monitorado, para produzir o controle
ideal dos níveis sanguíneos de glicose
(NEVILLE, 2004).
Os profissionais da saúde devem estar
atentos aos problemas que tais pacientes
podem apresentar e devem estar
preparados para lhe dar com eles.
(BALIGA, 1997).
Classificação
Existem dois tipos: tipo I e tipo II
O diabetes melito é uma desordem
comum do metabolismo de carboidratos
que provavelmente tem muitas causas,
embora o problema básico seja a
produção diminuída de insulina ou a
resistência tecidual aos efeitos da
insulina.O resultado desse estado
anormal é um aumento no nível
sanguíneo da glicose (hiperglicemia).
Tipo I: DM insulino-dependente
(DMID) ou diabetes de aparecimento
juvenil.
Tipo II: DM não-insulino-dependente
(DMNID) ou diabetes de aparecimento
no adulto.
O diabetes melito tipo I é caracterizado
por uma ausência de produção de
insulina. Os pacientes geralmente
apresentam-se com hiperglicemia
intensa e cetoacidose.
Caracteristicamente, a doença é
diagnosticada durante a infância, e os
pacientes necessitam de injeção de
insulina exógena para sobreviver.
Causa tipo I: A causa do DM é
essencialmente desconhecida, embora
as evidências mostrem que muitos casos
de diabetes do tipo I podem ser
precipitados por uma infecção viral que
desencadeia uma resposta auto-imune,
resultando em destruição das células das
ilhotas pancreáticas.
O diabetes tipo II é, algumas vezes,
mais difícil de diagnostica. Geralmente,
ocorre em adultos mais velhos, obesos.
Embora a hiperglicemia esteja presente,
a cetoacidose raramente se desenvolve.
Além disso, os pacientes podem
produzir alguma insulina endógena.
Alguns poucos pacientes podem tomar
insulina, para ajudar a controlar a
doença; as injeções de insulina,
entretanto, geralmente não são
necessárias para a sobrevivência do
paciente.
Causa tipo II: não parece ter uma causa
auto-imune, porque nenhuma destruição
de células das ilhotas pancreáticas é
observada microscopicamente. Por sua
vez as anormalidades genéticas têm sido
detectadas em pacientes com certos
tipos de diabetes do tipo II, o que pode
explicar por que a condição ocorre tão
freqüentemente em famílias. Se um dos
pais for afetado pelo diabetes do tipo II,
as chances de um filho ter á doença é de
mais ou menos 40%. Do mesmo modo,
se um gêmeo idêntico tem diabetes do
tipo II, há chance de 90% de a doença
também se desenvolver no outro gêmeo.
Características clínicas
Os sinais e sintomas clínicos de um
paciente com tal doença são mais fácies
de ser entendido.
Diabetes melito tipo I. Como os
pacientes com diabetes do tipo I têm
uma deficiência na quantidade de
insulina, a glicose não pode ser
absorvida pelas células do corpo e
permanecem no sangue. Os níveis
sanguíneos normais de glicose situam-
se entre 70 e 120 mg/dl; em pacientes
diabéticos, estes níveis encontram-se
freqüentemente entre 200 e 400 mg/dl.
Acima de 300 mg/dl, os rins não podem
mais reabsorver a glicose; por essa
razão, ela é eliminada na urina. Como a
glicose é a principal fonte de energia do
nosso corpo, e como nada desta energia
pode ser usada, porque a glicose não
pode ser absorvida, o paciente sente-se
cansado e letárgico. O corpo começa a
utilizar outras de energia, tais como as
gorduras e proteínas, resultando na
produção de cetonas como um produto
secundário daquelas vias de consumo
energético. O paciente freqüentemente
perde peso, apesar da ingestão
aumentada de alimentos (polifagia).
Com hiperglicemia, a osmolaridade do
corpo e da urina aumenta a
osmolaridade aumentada resulta em
diurese freqüente (poliúria) e sede, o
que leva ao aumento da ingestão de
água.
Diabetes melito Tipo II.
Diferentemente, esses pacientes têm
geralmente mais de 40 anos e 80 á 90%
são obesos. Assim acredita-se que uma
diminuição dos receptores de insulina,
relacionados a captação de glicose
resulta na absorção das células do
corpo. Entretanto, se for considerada
hiperglicemia a quantidade de insulina
circulante não é igual a que estaria
presente numa pessoa normal. Por tanto
considera-se que muitos destes
pacientes tem uma falta relativa de
insulina. Os sintoma associados ao
diabetes tipo II são mais sutis em
comparação ao tipo I o primeiro sinal
do diabetes tipo II é mais freqüente
detectado no exame hematológico de
rotina do que com qualquer queixa
específica do paciente. Toda via muitas
outras complicações do diabetes estão
presente nesta forma da doença.
Complicações
Muitas complicações do diabetes melito
estão diretamente relacionada à
microangiopatia causada pela doença
(Neville, 2004). A isquemia predispõe à
o paciente à infecção, particularmente a
infecções graves, como gangrena. Outro
fator contribuinte é o prejuízo de função
dos neutrófilos, particularmente a
quimiotaxia neutrofílica.
A amputação da extremidade inferior é
normalmente necessária devido a falta
de perfusão tecidual e à incapacidade do
paciente para combater a infecção.
Manifestações Orais
As manifestações orais do diabetes
melito são geralmente limitadas aos
pacientes com diabetes tipo I. Os
problemas incluem doença periodontal,
cicatrização pós cirurgia pode ficar
retardada, e a probabilidade de infecção
torna-se provavelmente aumentada.
Além disso, os pacientes ficam mais
suscetíveis à candidose oral. Uma
prevalência aumentada de glossite
benigna migratória também tem sido
associada com o diabetes tipo I. A
xerostomia também tem sido relatada
como queixa de um terço dos pacientes
diabéticos.
Considerações Finais
O tratamento envolvendo um paciente
diabético deve ser acompanhado com
muita atenção. As complicações
causadas pela diabetes se dão
basicamente pelo excesso de glicose no
sangue, sendo assim, existe a
possibilidade de glicosilar as proteínas
além de retenção de água na corrente
sanguínea, e retirada da mesma do
espaço intercelular. Atualmente, estima-
se que cerca de 240 milhões de pessoas
sejam diabéticas, o que significa que
6% da população tem diabetes.

Referências

DUNN, P. J., MASON, V. M.,

BURROUGHS, A. E. et al.
HOESCHST DO BRASIL Química e
Farmacêutica S A. Norma para
Diabéticos Não insulino – dependentes.
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GROSS, Jorge L. et al . Diabetes

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Avaliação do Controle Glicêmico. Arq
Bras Endocrinol Metab., São Paulo, v.
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NEVILLE, Brad W. Patologia Oral e

Maxilofacial. Rio de Janeiro. Editora
Guanabara Koogan, 2008.

COTRAN, Robbins and. Patologia –

Bases Patológicas das Doenças. Rio de
Janeiro. Elsevier Editora LTDA, 2005.