Professional Documents
Culture Documents
1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
OBJETIVOS:
As perguntas a serem respondidas são: Diante de um paciente com fadiga
crônica, qual deve ser a abordagem diagnóstica baseada em evidências? De
que forma pode-se excluir alguma doença grave nesse paciente? Após diagnóstico
de síndrome da fadiga crônica, qual o tratamento mais efetivo?
CONFLITO DE INTERESSE:
Nenhum conflito de interesse declarado.
INTRODUÇÃO
depressão maior, a tendência dos pacientes em assim como se deve evitar o excesso de
atribuir à fadiga causas somáticas não está investigações complementares.
associada a pior desfecho. Esses pacientes
apresentaram maior número de sintomas Numa avaliação diagnóstica inicial, é
referidos6(B). imprescindível um exame clínico abrangente que
consiste em 11(B)2,3,5,12(D): história clínica,
O perfil dos indivíduos com fadiga crônica exame físico, avaliação psicológica e exames
apresenta níveis de atividade geral baixa, discreta laboratoriais.
tendência depressiva, mais eventos estressantes
na vida, distúrbios do sono e dificuldade de lidar HISTÓRIA CLÍNICA
com estresse quando comparados aos indivíduos
saudáveis. Contudo, quando comparados com Deve-se explorar semiologicamente o
indivíduos com SFC, estes apresentam maiores sintoma fadiga, o qual deve ser diferenciado
níveis de fadiga física e níveis mais baixos de especificamente de fraqueza (doença
atividade geral7(B). neuromuscular), dispneia ou intolerância ao
esforço (doença cardíaca ou respiratória),
A fisiopatologia da fadiga permanece sonolência, perda de motivação ou prazer.
obscura, assim como os métodos de abordagem Outras queixas podem orientar a diagnósticos
diagnóstica carecem de evidências conclusivas alternativos, como perda de peso inexplicada
para orientar o médico8(A)5(D). Do mesmo (cânceres, infecções ocultas, tireotoxicose), pele
modo, poucas abordagens terapêuticas, seca e intolerância ao frio (hipotiroidismo),
especialmente na SFC, têm-se mostrado ronco e sonolência diurna (apneia do sono),
efetivas9(B). artralgia e rash cutâneo (colagenoses)2(D).
Do a d o re s L i m í t ro f e s em Transplante de
P â n c re a s
1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
Quadro 1
ocultas, doença do tecido conjuntivo ou tumores foi a escala hospitalar de ansiedade e depressão
deve ser bem conduzida. (HAD), no ponto de corte de 9/10. Esta escala
foi testada em pacientes com SFC
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA encaminhados de serviços de atenção primária
no Reino Unido13(B).
Uma precisa avaliação diagnóstica para
transtornos psiquiátricos deve ser realizada, Embora não seja necessária avaliação por
especificamente os transtornos de ansiedade e psicólogo ou psiquiatra, o referenciamento de
depressão 12 (D). Instrumentos e escalas alguns pacientes, em que, por exemplo, persista
diagnósticas podem ser utilizados para a dúvida diagnóstica ou apresentem problemas
melhorar a acurácia diagnóstica. Um psiquiátricos de maior gravidade, pode ser
instrumento que se mostrou útil com uma proveitoso o cuidado compartilhado com estes
sensibilidade de 92% e especificidade de 71% profissionais2(D).
Do a d o re s L i m í t ro f e s em Transplante de
P â n c re a s
1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
Do a d o re s L i m í t ro f e s em Transplante de
P â n c re a s
1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
Uma RS com metanalise avaliou 29 ECR Em um ECR que comparou TCC com
quanto à resposta do placebo na melhora dos grupo de apoio, a prevalência de transtorno
sintomas de fadiga, encontrando baixa resposta psiquiátrico foi de 50% ao longo da vida, e de
(19,6%; IC 95%: 15,4-23,7), contrariando 32% durante o estudo. Não foi encontrada
suposições anteriores, onde se imaginava uma diferença significativa entre a presença de
forte tendência de autossugestão na SFC. As transtorno psiquiátrico com gravidade de
intervenções psicológicas mostraram ter uma sintoma e incapacidade funcional64(B).
baixa resposta placebo, talvez associada às
expectativas dos pacientes58(B). ABORDAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM
SAÚDE
PREDITORES DE RESULTADOS
O cuidado do paciente com fadiga crônica
Um ECR, que analisou três intervenções em APS pode ser bastante efetivo, na medida
educacionais, demonstrou que piores desfechos em que sejam potencializados os atributos
foram preditos por pacientes pertencentes a essenciais e derivados da APS, assim como
grupos de apoio, por estar recebendo auxílio- princípios básicos da prática médica.
doença no início do tratamento, e por apresentar
disforia na avaliação pela escala HAD59(A). Destacam-se dois fundamentos para a
implementação deste cuidado.
Outro estudo demonstrou como preditores
de desfechos piores: pobre ajustamento social, O primeiro seria a coordenação deste
pacientes que nunca foram ao médico de atenção cuidado, já que este tipo de paciente usualmente
primária por razões emocionais, atribuição de necessita de outros especialistas focais ao longo
causa física ao problema, e percepção pelo de sua vida, o que torna extremamente
paciente de duração do sintoma por longo necessária a participação do médico nesse
prazo60(B). Preencher critério para SFC é o processo, de manejo compartilhado, para
preditor mais forte para maus resultados segundo obtenção de tratamentos adequados e
um ECR que avaliou TEG61(B). Contrariando comprovados cientificamente.
um dos estudos citados, atribuição física da
doença não esteve associada com pior desfecho Assim como em outras doenças crônicas, no
em outro ECR, e bons resultados estiveram cuidado de pessoas com fadiga crônica precisa
associados na mudança de comportamentos ser levado em consideração o impacto social e
evitativos, associado a crenças62(B). psicológico da doença. Indivíduos com fadiga
crônica muitas vezes não conseguem trabalhar
Observou-se em outro estudo que a melhora em tempo integral, o que leva frequentemente
da fadiga estava associada à atribuição a perda financeira para família. Eles usualmente
psicológica da doença; e o retorno ao trabalho necessitam interromper a escola ou a faculdade.
com pacientes mais jovens, do sexo masculino, Os médicos precisam coordenar a ajuda com
com critérios para SFC e menos dificuldade outros profissionais de saúde e de educação, para
cognitiva63(B). implementar um programa de reabilitação que
Do a d o re s L i m í t ro f e s em Transplante de
P â n c re a s
1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
incorpore tratamento médico, suporte psicológico integral, que envolva o indívíduo, sua
e terapia ocupacional. família, e profissionais de saúde de maneira
interdisciplinar e coordenada pela equipe de
O segundo seria a abordagem familiar, que APS, em especial o médico;
se torna uma condição essencial, o
envolvimento dos membros familiares nesse 2. A terapia cognitiva comportamental e
quadro de doença crônica tão complexa como exercícios gradativos consistem nos
é a fadiga crônica, para se alcançar bons tratamentos mais eficazes, e são recomen-
resultados clínicos. dados para os pacientes com fadiga
crônica;
O impacto da doença nos familiares deve ser
também considerado. Em algumas circunstâncias 3. Toxóide estafilocócico, hidrocortisona,
é útil para os pacientes com fadiga crônica trazerem selegelina, fenelzina, metilfenidato, sulfato
seus companheiros à consulta, para ajudá-los tanto de magnésio, NADH e intervenção de grupo
a compreenderem melhor a doença como para imediata, embora tenham demonstrado
discutirem sobre como lidar com as dificuldades algum benefício em pacientes com SFC,
que surgem no curso da doença. devem ser utilizados com parcimônia em
casos específicos, já que foram testados em
Os médicos devem estar preparados para agir ECR limitados e de menor qualidade
como advogados dos seus pacientes em metodológica;
negociações com seus empregadores, instituições
educacionais e organismos sociais. 4. Como os achados são contraditórios sobre a
eficácia da imunoglobulina, não é possível
Grupos locais de suporte podem ser considerados recomendar o seu uso para o tratamento da
para alguns pacientes. Estes indivíduos podem ser SFC;
beneficiar da oportunidade de trocar informações
em como lidar com as várias dificuldades do dia-a- 5. Suplementos com polinutrientes, terfena-
dia. É importante que a equipe conheça as atividades dina, galantamina, ácidos graxos, ginseng
e atitudes destes grupos, preservando assim a siberiano, extrato de fígado bovino,
qualidade deste tipo de ajuda2(D). corticóide nasal, hormônio do cresci-
mento, aciclovir, melatonina, fototerapia,
RECOMENDAÇÕES homeopatia e modafinil não determinam
melhora clínica funcional, portanto não
1. É recomendada a todos os pacientes com sendo recomendados para pacientes
fadiga crônica uma abordagem de maneira com SFC.
Algoritmo
Abordagem ao paciente com fadiga persistente
Do a d o re s L i m í t ro f e s em Transplante de
P â n c re a s
1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
2. Working Group of the Royal Australasian 9. Whiting P, Bagnall AM, Sowden AJ,
College of Physicians. Chronic fatigue Cornell JE, Mulrow CD, Ramirez G.
syndrome. Clinical practice guidelines - Inter ventions for the treatment and
2002. Med J Aust 2002;176:S23-S56. management of chronic fatigue syndrome:
a systematic review. JAMA 2001;286:
3. Zimmer PM, Lima AK. Cansaço ou 1360-8.
fadiga.In: Duncan BB, Schmidt MI,
Giugliani ERJ, eds. Medicina ambulatorial: 10. Godwin M, Delva D, Miller K, Molson J,
condutas de atenção primária baseadas em Hobbs N, MacDonald S, et al. Investi-
evidências. 3ª ed. Porto Alegre:Artmed; gating fatigue of less than 6 month’s
2004. p.1151-6. duration. Guidelines for family physicians.
Can Fam Physician 1999;45:373-9.
4. Sharpe MC, Archard LC, Banatvala JE,
Borysiewicz LK, Clare AW, David A, et al. 11. Ridsdale L, Evans A, Jerrett W, Mandalia
A report:chronic fatigue syndrome: S, Osler K, Vora H. Patients with fatigue
guidelines for research. J R Soc Med in general practice: a prospective study. BMJ
1991;84:118-21. 1993;307:103-6.
5. Ebell MH, Belden JL. Clinical inquiries. 12. Clinical practice guideline of medically
What is a reasonable initial approach to the unexplained symptoms: chronic pain and
patient with fatigue? J Fam Pract fatigue working group. VHA/DoD
2001;50:16-7. Clinical practice guideline of medically
unexplained symptoms: chronic pain and
6. Cathebras P, Jacquin L, le Gal M, Fayol C, fatigue. United States Government,
Bouchou K, Rousset H. Correlates of Department of Defense: Veterans Health
somatic causal attributions in primary care Administration 2002.
patients with fatigue. Psychother Psycho-
som 1995;63:174-80. 13. Morriss RK, Wearden AJ. Screening
instruments for psychiatric morbidity in
7. Masuda A, Nozoe SI, Matsuyama T, chronic fatigue syndrome. J R Soc Med
Tanaka H. Psychobehavioral and 1998;91:365-8.
immunological characteristics of adult
people with chronic fatigue and patients 14. Naschitz JE, Rosner I, Rozenbaum M,
17. Deale A, Husain K, Chalder T, Wessely S. 23. Powell P, Bentall RP, Nye FJ, Edwards RH.
Long-term outcome of cognitive behavior Patient education to encourage graded
therapy versus relaxation therapy for exercise in chronic fatigue syndrome. 2-year
chronic fatigue syndrome: a 5-year follow- follow-up of randomised controlled trial. Br
up study. Am J Psychiatry 2001;158: J Psychiatry 2004;184:142-6.
2038-42.
24. Powell P, Bentall RP, Nye FJ, Edwards RH.
18. Prins JB, Bleijenberg G, Bazelmans E, Randomised controlled trial of patient
Elving LD, de Boo TM, Severens JL, et al. education to encourage graded exercise in
Cognitive behaviour therapy for chronic chronic fatigue syndrome. BMJ 2001;322:
fatigue syndrome: a multicentre randomised 387-90.
controlled trial. Lancet 2001;357:841-7.
25. Ridsdale L, Darbishire L, Seed PT. Is
19. Severens JL, Prins JB, van der Wilt GJ, van graded exercise better than cognitive
der Meer JW, Bleijenberg G. Cost- behaviour therapy for fatigue? A UK
effectiveness of cognitive behaviour therapy randomized trial in primary care. Psychol
for patients with chronic fatigue syndrome. Med 2004;34:37-49.
QJM 2004;97:153-61.
26. Vollmer-Conna U, Hickie I, Hadzi-Pavlovic
20. Ridsdale L, Godfrey E, Chalder T, Seed P, D, Tymms K, Wakefield D, Dwyer J, et al.
King M, Wallace P, et al. Chronic fatigue Intravenous immunoglobulin is ineffective
in general practice: is counselling as good in the treatment of patients with chronic
Do a d o re s L i m í t ro f e s em Transplante de
P â n c re a s
1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
39. Natelson BH, Cheu J, Hill N, Bergen M, 46. Brouwers FM, Van Der Werf S, Bleijenberg
Korn L, Denny T, et al. Single-blind, G, Van Der ZL, van der Meer JW. The
placebo phase-in-trial of two escalating effect of a polynutrient supplement on
doses of selegiline in the chronic fatigue fatigue and physical activity of patients with
syndrome. Neuropsychobiology 1998;37: chronic fatigue syndrome: a double-blind
150-4. randomized controlled trial. QJM
2002;95:677-83.
40. Natelson BH, Cheu J, Pareja J, Ellis SP,
Policastro T, Findley TW. Randomized, 47. Steinberg P, McNutt BE, Marshall P,
double blind, controlled placebo-phase in Schenck C, Lurie N, Pheley A, et al.
trial of low dose phenelzine in the chronic Double-blind placebo-controlled study of
fatigue syndrome. Psychopharmacology the efficacy of oral terfenadine in the
(Berl) 1996;124:226-30. treatment of chronic fatigue syndrome. J
Allergy Clin Immunol 1996;97(1 Pt
41. Blockmans D, Persoons P, Van 1):119-26.
Houdenhove B, Bobbaers H. Does methyl-
phenidate reduce the symptoms of chronic 48. Blacker CV, Greenwood DT, Wesnes KA,
fatigue syndrome? Am J Med 2006;119: Wilson R, Woodward C, Howe I, et al. Effect
167e23-30. of galantamine hydrobromide in chronic
fatigue syndrome: a randomized controlled
42. Cox IM, Campbell MJ, Dowson D. Red trial. JAMA 2004;292:1195-204.
blood cell magnesium and chronic fatigue
syndrome. Lancet 1991;337:757-60. 49. Warren G, McKendrick M, Peet M. The
role of essential fatty acids in chronic fatigue
43. Forsyth LM, Preuss HG, MacDowell AL, syndrome. A case-controlled study of red-
Chiazze L Jr, Birkmayer GD, Bellanti JA. cell membrane essential fatty acids (EFA)
Therapeutic effects of oral NADH on the and a placebo-controlled treatment study
symptoms of patients with chronic fatigue with high dose of EFA. Acta Neurol Scand
syndrome. Ann Allergy Asthma Immunol 1999;99:112-6.
1999;82:185-91.
50. Hartz AJ, Bentler S, Noyes R, Hoehns J,
44. Santaella ML, Font I, Disdier OM. Logemann C, Sinift S, et al. Randomized
Comparison of oral nicotinamide adenine controlled trial of Siberian ginseng for chronic
dinucleotide (NADH) versus conventional fatigue. Psychol Med 2004;34:51-61.
therapy for chronic fatigue syndrome. P R
Health Sci J 2004;23:89-93. 51. Kaslow JE, Rucker L, Onishi R. Liver extract-
folic acid-cyanocobalamin vs placebo for chronic
45. Taylor RR. Quality of life and symptom fatigue syndrome. Arch Intern Med 1989;149:
severity for individuals with chronic fatigue 2501-3.
syndrome: findings from a randomized clinical
trial. Am J Occup Ther 2004;58:35-43. 52. Kakumanu SS, Mende CN, Lehman EB,
Do a d o re s L i m í t ro f e s em Transplante de
P â n c re a s
1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
Hughes K, Craig TJ. Effect of topical nasal 58. Cho HJ, Hotopf M, Wessely S. The placebo
corticosteroids on patients with chronic fatigue response in the treatment of chronic fatigue
syndrome and rhinitis. J Am Osteopath Assoc syndrome: a systematic review and meta-analysis.
2003;103:423-7. Psychosom Med 2005;67:301-13.
53. Moorkens G, Wynants H, Abs R. Effect of 59. Bentall RP, Powell P, Nye FJ, Edwards RH.
growth hormone treatment in patients with Predictors of response to treatment for chronic
chronic fatigue syndrome: a preliminary fatigue syndrome. Br J Psychiatry 2002;181:
study. Growth Horm IGF Res 1998;8 Suppl 248-52.
B:131-3.
60. Chalder T, Godfrey E, Ridsdale L, King M,
54. Straus SE, Dale JK, Tobi M, Lawley T, Preble Wessely S. Predictors of outcome in a fatigued
O, Blaese RM, et al. Acyclovir treatment of the population in primary care following a
chronic fatigue syndrome. Lack of efficacy in a randomized controlled trial. Psychol Med
placebo-controlled trial. N Engl J Med 2003;33:283-7.
1988;319:1692-8.
61. Darbishire L, Seed P, Ridsdale L. Predictors of
55. Williams G, Waterhouse J, Mugarza J, Minors outcome following treatment for chronic fatigue.
D, Hayden K. Therapy of circadian rhythm Br J Psychiatry 2005;186:350-1.
disorders in chronic fatigue syndrome: no
symptomatic improvement with melatonin or 62. Deale A, Chalder T, Wessely S. Illness beliefs
phototherapy. Eur J Clin Invest 2002;32: and treatment outcome in chronic fatigue
831-7. syndrome. J Psychosom Res 1998;45(1 Spec
No):77-83.
56. Weatherley-Jones E, Nicholl JP, Thomas KJ,
Parry GJ, McKendrick MW, Green ST, et al. A 63. Huibers MJ, Bleijenberg G, Van Amelsvoort
randomised, controlled, triple-blind trial of the LG, Beurskens AJ, Van Schayck CP, Bazelmans
efficacy of homeopathic treatment for chronic E, et al. Predictors of outcome in fatigue
fatigue syndrome. J Psychosom Res 2004;56: employees on sick leave: results from a
189-97. randomised trial. J Psychosom Res 2004;57:
443-9.
57. Randall DC, Cafferty FH, Shneerson JM,
Smith IE, Llewelyn MB, File SE. Chronic 64. Prins J, Bleijenberg G, Rouweler EK, van der
treatment with modafinil may not be Meer J. Effect of psychiatric disorders on
beneficial in patients with chronic fatigue outcome of cognitive-behavioural therapy for
syndrome. J Psychopharmacol 2005;19: chronic fatigue syndrome. Br J Psychiatry
647-60. 2005;187:184-5.