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COMO O ORKUT E O SECOND LIFE PODEM AUXILIAR AS EMPRESAS NA


DIVULGAÇÃO DE SEUS PRODUTOS E SERVIÇOS?

Dionatan Silveira Lumertz


Marcos Roberto Rosa

Cada vez mais as empresas procuram divulgar seus produtos e serviços através
da Internet, seja por meio de anúncios em portais, sites próprios ou comunidades
virtuais de relacionamento. Mas discute-se, ainda, a eficácia de retorno destes últimos
no que se refere ao atingimento do público algo da organização.
Algumas entrevistas, palestras e publicações procuram responder a essa questão
e definir, efetivamente, a grau de validade dessas campanhas.
Publicado pela Revista INFO, no dia 17 de setembro de 2007, o artigo “O que o
orkut pode dizer sobre a sua empresa?” nos remete à idéia de que as empresas estão
mais preocupadas com a imagem negativa que esta ferramenta possa formar a respeito
de suas marcas do que com os resultados positivos advindos destas divulgações.
Vejamos um trecho da reportagem:
“Em palestra no evento Web 2.0 no Brasil, promovido pela INFO, Barbosa
Lima1 destacou em sua palestra o poder da mídia gerada pelo consumidor. ‘Uma das
principais mudanças trazidas pelas redes de relacionamento virtual para os negócios é
que o boca-a-boca passa a ser documentado’. Ele dá exemplos de comunidades focadas
em falar, bem ou mal, de produtos ou empresas. Nessas comunidades as empresas têm
muito o que aprender.”
Alguns artigos apontam para o uso das ferramentas pelas empresas como uma
“ouvidoria”, onde profissionais tentam entender como se deve conversar com esse
público que, de maneira espontânea, usa diversas ferramentas virtuais, como
comunidades "eu amo" e "eu odeio" no Orkut, para se relacionar com as marcas.
O site G1, da globo.com, publicou no dia 19/08/08 uma matéria intitulada
“Empresas adotam Orkut como 'ouvidoria' para entender clientes”, onde apontam vários
cases de empresas que se valem deste instrumento para “ouvir” o que seus
consumidores têm a dizer sobre seus produtos.
A jornalista Juliana Carpanez, autora da reportagem, destaca em seu texto
que“[...]a reclamação feita na comunidade de ‘odiadores’ pode ser levada a sério pela
empresa odiada e ser usada para melhorar o relacionamento com os clientes. Ou que os
fãs de uma marca de perfume não mais disponível no mercado podem, depois de criar
uma comunidade de ‘órfãos’ no Orkut, ser abordados via e-mail por representantes
dessa empresa e receber uma explicação sobre o motivo do fim daquele produto.”
Os principais exemplos informados por ela são: “A Coca-Cola, empresa com
diversas campanhas na internet, diz ter uma política de não-interferência daquilo que
seus consumidores debatem na rede. ‘Mas acompanhamos de perto suas opiniões,
somos espectadores. Dessa forma, podemos usar a internet para aprender com nossos
clientes’, afirmou o diretor de marketing Ricardo Fort. O Boticário também usa as
informações divulgadas na rede para conhecer opiniões. Fernanda Francisco, gerente de
produtos financeiros e relacionamento com o cliente da empresa, conta que a companhia
enviou um e-mail a uma integrante da comunidade ‘órfãos do One of Us’, no Orkut,

1
Alessandro Barbosa Lima, CEO da empresa de monitoramento e análise e.Life.
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depois de a internauta ter afirmado que gostaria de receber uma explicação sobre a
descontinuidade do produto. A mensagem foi então repassada a todo o grupo pela
consumidora que disse ter ‘amado’ ver a resposta do Boticário em sua caixa de e-mails.
A Volkswagen também foi para a internet gerenciar a crise envolvendo o modelo Fox,
que passou por um recall após causar ferimentos em seus proprietários. Herlander Zola
dos Santos, supervisor de propaganda e marketing da Volks, disse que a empresa
monitorou a repercussão do caso na web e tentou neutralizar os comentários mais
ácidos. ‘Esse tipo de ação exige muita maestria, para evitar problemas ainda maiores’,
contou.
Ainda sobre o assunto, está à venda no site http://www.americanas.com.br o
livro “Orkut.com”, que mostra a seguinte resenha: “Com mais de 10 milhões de
usuários cadastrados, a facilidade para estreitar relacionamentos no Orkut é imensa,
impensável em outras épocas. Para que todos possam usufruir dessa rede de contatos, o
escritor André Telles acaba de lançar o livro ‘Orkut.com’, onde ele ensina, por meio de
técnicas de marketing, como pessoas e empresas podem tirar proveito do site. Conseguir
emprego, encontrar pessoas, construir uma lista de contatos e exercitar o networking,
pesquisar novos clientes.”
Sobre o Second Life as notícias parecem não ser muito diferentes. Em matéria
publicada pelo site http://pcworld.uol.com.br/, no dia 23-05-2007, a revista eletrônica
destaca o depoimento de Abel Reis, vice-presidente da Agência Click, onde ele “conta
que a construção de prédios e produtos mais simples não é difícil. ‘É fácil de aprender.
Mas desenhar formas mais sofisticadas, como um carro ou edifício com muitos
detalhes, é mais complicado porque os recursos são muito elementares’, explica. Reis
compara o Linden script, linguagem de programação orientada a eventos utilizada para
este desenvolvimento, ao Action Script, do Adobe Flash.”
A matéria continua informando que “A agência já desenvolveu trabalhos para
Credicard Citi, Bradesco, Fiat, iG e para a Construtora e Incorporadora Rossi. Para este
último, existe uma versão virtual de um prédio a ser lançado na zona Sul de São Paulo
daqui três anos. ‘Esse projeto, que incluiu modelagem e programação dos prédios, itens
de decoração para os apartamentos e scripts de acesso ao ambiente, custou em torno de
100 mil reais’, revela Reis. O valor, segundo ele, equivalente a uma única inserção de
anúncio de meia página em uma revista semanal de circulação nacional.”
Seja qual for a estratégia adotada pelas empresas em relação às ferramentas
apontadas neste trabalho algo nos parece bastante claro, não é possível virar as costas ao
que acontece no mundo virtual. As empresas precisam definir os campos de ação ou
monitoramento e buscar conhecimento necessário para conseguirem um bom
desempenho naquilo que se propuserem, seja um simples monitoramento ou uma vitrine
virtual de seus produtos ou serviços.
Fontes:
http://info.abril.com.br/aberto/infonews/092007/17092007-13.shl - Acesso em 12/11/2008.
http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL728893-6174,00.html – Acesso em 12/11/2008.
http://www.americanas.com.br/AcomProd/1472/343096 - acesso em 12/11/2008.
http://pcworld.uol.com.br/reportagens/2007/05/23/idgnoticia.2007-05-23.1480698173/ - acesso em
12/11/2008.

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