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Programa Janela Eficiente tem potencial de NOTÍCIAS


negócio de 500 milhões
08/03/11, 18:31

A substituição de janelas antigas por janelas eficientes pode gerar na


indústria, um potencial de negócio da ordem dos 500 milhões de euros nos
próximos quatro anos, afirma João Ferreira Gomes, presidente da ANFAJE -
Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes. Portugal debate-
se, no entanto, com a questão fiscal, pois concorre com um IVA a 23%, com
7% em Espanha e 5,5% em França.

O que significa janelas não eficientes em termos de perdas térmicas? No caso de uma habitação ter janelas
não eficientes (janelas de alumínio de correr com vidro simples, janelas de madeira com vidro simples), as
perdas térmicas pelas janelas (caixilho mais vidro) são bastante elevadas, podendo corresponder a cerca de
22% de toda a energia consumida pela habitação/edifício em energia de aquecimento (no inverno) e energia
de arrefecimento (no verão).
Qual a receptividade dos promotores/construtores dos edifícios novos a terem em consideração estes
parâmetros a nível da eficiência energética?
No caso da construção nova, a maioria dos promotores/construtores começa a ser mais receptiva a apostar
em soluções de janelas com maior qualidade ao nível do isolamento térmico e acústico, optando
crescentemente pela aplicação de janelas eficientes. Esta aposta dá-se fundamentalmente por questões
comerciais de valorização dos produtos imobiliários e pela crescente exigência dos clientes, os quais
começam a ter consciência que não podem comprar habitações novas em 2011 com janelas que já se
fabricavam nos anos 70...
No entanto, no nosso país, a aplicação de janelas eficientes ainda tem um longo caminho a percorrer. Isto
porque, por um lado a actual regulamentação relativa ao Comportamento Térmico dos Edifícios - o actual
RCCTE - que serve de base para o cálculo energético para a obtenção da Certificação Energética, não tem
requisitos técnicos para os valores da transmissão térmica das janelas. Ao contrário dos regulamentos
técnicos de todos os países da União Europeia, onde existe uma aposta crescente em aumentar os valores
de isolamento térmico da envolvente exterior dos edifícios (paredes e janelas), o actual RCCTE quase que
não entra em linha de conta com os requisitos técnicos de isolamento térmico de uma janela.
Nesta área, a ANFAJE tem vindo a propor em sede própria e a sensibilizar os diversos organismos oficiais
para que a próxima versão do RCCTE que entrará em vigor em 2012, incorpore exigências ao nível dos
valores de transmissão térmica das janelas (caixilho mais vidro). Desse modo, ficaremos em consonância
com os requisitos existentes nos outros países da União Europeia.

Qual o potencial do mercado de renovação?


No sector da construção, em geral, e no sector das janelas, em particular, o potencial do mercado de
renovação é bastante elevado. Neste sentido, tendo em consideração que a maioria do parque edificado
português tem imensos problemas e necessidades ao nível do isolamento térmico e acústico da envolvente
exterior, nomeadamente janelas, o potencial de substituição de janelas antigas por janelas eficientes é
bastante elevado.
Se atendermos ao volume de substituição de janelas antigas proposto pelo Plano Nacional de Acção para a
Eficiência Energética (PNAEE 2010-2015), nomeadamente através da Medida Janela Eficiente, esta prevê a
substituição de janelas antigas por janelas eficientes em 200 mil fogos até 2015. Nesse caso, estamos a
falar de um potencial de volume de negócios superior a 500 milhões de euros.
Quais as preocupações dos fabricantes no que respeita às necessidades estéticas das janelas em zonas
históricas?
No caso da substituição de janelas antigas por janelas eficientes em edifícios localizados em zonas
históricas, é fundamental garantir que as novas janelas possam responder às exigências estéticas dos
edifícios. Neste caso, existe uma preocupação e uma larga experiência das empresas que desenvolvem a
sua actividade no fornecimento e montagem de janelas eficientes para o mercado de renovação,
considerando que o desenho dos caixilhos novos se aproxime e tenha em consideração os existentes. Esta
preocupação é ainda acrescida quando se aplicam janelas eficientes de alumínio com corte térmico e/ou de

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PVC, sendo fundamental que os tipos de acabamento das novas janelas possam assemelhar-se aos das
antigas caixilharias de madeira.

Qual a diferença entre a carga fiscal em Portugal e em outros países da UR?


A ANFAJE tem vindo a sensibilizar todas as forças políticas com assento na Assembleia da República e com o
Governo para que a Medida Janela Eficiente - medida inscrita no Plano Nacional de Acção para a Eficiência
Energética (PNAEE 2010-2015) e que entrou em vigor com a Lei do Orçamento de Estado de 2010, através
de incentivo de dedução à colecta em sede de IRS.
No entanto, o Estado não fez a devida promoção da medida, tendo passado despercebida para a larga
maioria da população portuguesa... .Enquanto, que em Portugal a substituição de janelas eficientes é
taxada com um IVA normal de 23%, em Espanha o IVA é o IVA reduzido de 7% e em França de 5,5%. Além
disso, as medidas de incentivo existentes nesses países são bastante mais favoráveis porque envolvem
apoios directos e não apoios que são cumulativos com outras despesas no âmbito da dedução a colecta em
sede de IRS...
É clara a desvantagem que a população portuguesa tem para melhorar o conforto térmico das suas
habitações através da substituição de janelas quando comparado com os nossos vizinhos em Espanha. Neste
caso, a ANFAJE tem vindo a alertar o poder político que perde a economia portuguesa e, consequentemente
perdemos todos: o Estado, as empresas e a população em geral.
Existe desvio de negócio para fornecedores espanhóis por questão de preço final induzido pelos impostos?
A existência de uma forte componente de importação de janelas eficientes de outros países da União
Europeia, com especial volume da Espanha é um factor que tem vindo a preocupar a ANFAJE. As condições
que têm vindo a ser desenvolvidas pelo estado espanhol no âmbito dos Planos Renove têm vindo a dar um
enfoque bastante importante no apoio directo, com um IVA reduzido, à substituição de janelas antigas por
janelas eficientes.
Esta situação tem sido importante para o fortalecimento do sector da produção de janelas espanhol, num
momento em que a construção nova nesse país está parada. Por essa via, as empresas espanholas que estão
nos principais eixos de penetração em Portugal, aproveitam o ganho em economia de escala para exportar
para o nosso país. Por outro lado, estes fluxos não controlados por parte das autoridades portuguesas, têm
vindo a favorecer a entrada de produtos em Portugal que não cumprem a legislação vigente (Marcação CE
de janelas por exemplo), podendo ainda existir situações que urge combater ao nível da evasão fiscal.

O OE 2011 veio penalizar este tipo de produtos ligados à eficiência energética? Existe confusão quanto a
apoio fiscal a produtos que parecem semelhantes mas com resultados muito diferentes?
A Medida Janela Eficiente continua inscrita na Lei do OE de 2011 - Lei 55 A de 31.12.10, Artigo 73.º, no qual
estão previstas deduções à colecta, desde que não susceptíveis de serem considerados custos para efeitos
da categoria B, 30% das importâncias despendidas com a aquisição dos seguintes bens, desde que afectos a
utilização pessoal, com o limite de 803,00 euros: equipamentos e obras de melhoria das condições de
comportamento térmico, dos quais resulte directamente o seu maior isolamento (substituição de vãos
envidraçados simples por vidros duplos com caixilharia de corte térmico).
No entanto, a dedução à colecta passará para o âmbito do estatuto dos benefícios fiscais, o que na prática,
fruto dos limites aos benefícios fiscais, este apoio não terá significado perdendo-se o incentivo fiscal para
esta medida. Acrescendo à falta de incentivo fiscal, uma taxa de IVA de 23% pensamos que não é necessário
fazer muitos estudos para verificar que a medida terá um fraco impacto.
No entanto, estando inscrita no OE 2011, falta ainda o Governo publicar a Portaria que regulamenta o
Artigo 73.º, a qual a ANFAJE espera que esteja para breve. Aliás, neste âmbito fizemos já uma proposta
para que o texto da Portaria inclua os seguintes pontos que em nossa opinião são indispensáveis para o
sucesso da medida e para definir uma janela como eficiente: substituição de vãos envidraçados simples por
vãos envidraçados (caixilho mais vidro) eficiente térmica e acusticamente, desde que cumpra os requisitos
(os vãos envidraçados a instalar devem ter Marcação CE, conforme a norma portuguesa NP EN 14351-1: 2008
+ A1: 2011; e ainda os vãos envidraçados a instalar devem apresentar requisitos técnicos mínimos relativos
ao valor Uw (coeficiente de transmissão térmica dos vãos envidraçados) e da Classe de Permeabilidade ao
Ar.)

Qual o número de associados da ANFAGE e quais as suas grandes linhas orientadoras?


A ANFAJE conta actualmente com 31 empresas associadas tendo como objectivo atingir os 50 associados em
2011. As principais linhas orientadoras da ANFAJE são os seguintes: promover o desenvolvimento do
mercado das janelas eficientes, promover a Qualidade e a Inovação do sector e promover e divulgar a
vantagem da aplicação de janelas e fachadas ligeiras eficientes (térmica e acusticamente).
O que têm previsto fazer para divulgar perante o consumidor geral a existências destas soluções?
Neste âmbito, a ANFAJE tem vindo a trabalhar intensamente com os seus associados e com as entidades
oficiais que estão envolvidas na dinamização da Medida Janela Eficiente para que exista um reforço,

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dinamização e promoção da medida junto da população em geral. Somente dessa forma será possível à
população em geral entender quais os benefícios imediatos ao nível do isolamento térmico e acústico que
pode obter pela substituição das suas janelas antigas por novas janelas eficientes.
A necessidade da população em geral entender que, a substituição das janelas antigas por novas janelas
eficientes pode contribuir para uma redução dos consumos energéticos em aproximadamente 40% é
bastante importante. Porque essa diminuição ver-se-á na factura energética mensal que chega a casa de
cada um, baixando o consumo energético em energia de aquecimento (no inverno) e energia de
arrefecimento (no verão). No que respeita ao isolamento acústico, a redução da entrada dos ruídos
indesejáveis não é quantificável monetariamente. Por outro lado, todos os nossos associados tem vindo a
desenvolver campanhas activas para chegar junto dos clientes particulares.
Têm previsto negociar linhas de crédito especiais como a banca para atrair mais consumidores?
A necessidade da existência de linhas de financiamento, através da banca tradicional, para a Medida Janela
Eficiente tem sido uma das principais preocupações da ANFAJE. Por um lado, temos vindo a sensibilizar as
entidades encarregues de dinamização da Medida Janela Eficiente para a necessidade de envolvimento da
banca, tal como aconteceu com o Programa Solar Térmico e tal como acontece nos outros países da União
Europeia que têm medidas semelhantes.
Por outro lado, a ANFAJE tem vindo a desenvolver contactos com alguns dos principais bancos portugueses
para que estes se possam envolver activamente como financiadores dos clientes particulares na substituição
de janelas. No entanto, fruto dos tempos que estamos a viver sentimos o adiamento de decisões por parte
da banca tradicional para aderir a esta importante área de negócio...
Pelo contrário, temos vindo a desenvolver uma actividade crescente conjuntamente com a banca de crédito
ao consumo, a qual tem uma larga experiência de financiamento de clientes particulares na substituição de
janelas antigas por janelas eficientes, nomeadamente em outros países da União Europeia. Deste modo, os
nossos associados, em conjunto com estes bancos, têm vindo a desenvolver soluções de financiamento a 12
meses sem juros, sendo bastante atractiva para os clientes particulares.

Qual o potencial anual que o negócio de substituição de janelas antigas por janelas eficientes poderia gerar
na indústria?
O potencial de negócio de substituição de janelas antigas por janelas eficientes é bastante elevado porque
o potencial de renovação urbana do parque edificado português é bastante grande. O custo médio de uma
janela eficiente com vidro duplo isolante será de 200 euros a 250,00 euros/m2. No caso de um T2/T3, o
custo de desmontagem, montagem de novas janelas rondara valores médios entre 2500 euros e 3500 euros.
Programa Janela Eficiente tem potencial de negócio de 500 milhões

A substituição de janelas antigas por janelas eficientes pode gerar na indústria, um


potencial de negócio da ordem dos 500 milhões de euros nos próximos quatro
anos, afirma João Ferreira Gomes, presidente da ANFAJE – Associação Nacional dos
Fabricantes de Janelas Eficientes. Portugal debate-se, no entanto, com a questão
fiscal, pois concorre com um IVA a 23%, com 7% em Espanha e 5,5% em França

O que significa janelas não eficientes em termos de perdas térmicas?


No caso de uma habitação ter janelas não eficientes (janelas de alumínio de correr
com vidro simples, janelas de madeira com vidro simples), as perdas térmicas pelas
janelas (caixilho mais vidro) são bastante elevadas, podendo corresponder a cerca
de 22% de toda a energia consumida pela habitação/edifício em energia de
aquecimento (no inverno) e energia de arrefecimento (no verão).

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Qual a receptividade dos promotores/construtores dos edifícios novos a terem em


consideração estes parâmetros a nível da eficiência energética?
No caso da construção nova, a maioria dos promotores/construtores começa a ser
mais receptiva a apostar em soluções de janelas com maior qualidade ao nível do
isolamento térmico e acústico, optando crescentemente pela aplicação de janelas
eficientes. Esta aposta dá-se fundamentalmente por questões comerciais de
valorização dos produtos imobiliários e pela crescente exigência dos clientes, os
quais começam a ter consciência que não podem comprar habitações novas em
2011 com janelas que já se fabricavam nos anos 70…
No entanto, no nosso país, a aplicação de janelas eficientes ainda tem um longo
caminho a percorrer. Isto porque, por um lado a actual regulamentação relativa ao
Comportamento Térmico dos Edifícios – o actual RCCTE – que serve de base para o
cálculo energético para a obtenção da Certificação Energética, não tem requisitos
técnicos para os valores da transmissão térmica das janelas. Ao contrário dos
regulamentos técnicos de todos os países da União Europeia, onde existe uma
aposta crescente em aumentar os valores de isolamento térmico da envolvente
exterior dos edifícios (paredes e janelas), o actual RCCTE quase que não entra em
linha de conta com os requisitos técnicos de isolamento térmico de uma janela.
€
Nesta área, a ANFAJE tem vindo a propor em sede própria e a sensibilizar os
diversos organismos oficiais para que a próxima versão do RCCTE que entrará em
vigor em 2012, incorpore exigências ao nível dos valores de transmissão térmica
das janelas (caixilho mais vidro). Desse modo, ficaremos em consonância com os
requisitos existentes nos outros países da União Europeia.

€
€
Qual o potencial do mercado de renovação?
No sector da construção, em geral, e no sector das janelas, em particular, o
potencial do mercado de renovação é bastante elevado. Neste sentido, tendo em
consideração que a maioria do parque edificado português tem imensos problemas
e necessidades ao nível do isolamento térmico e acústico da envolvente exterior,
nomeadamente janelas, o potencial de substituição de janelas antigas por janelas
eficientes é bastante elevado.

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Se atendermos ao volume de substituição de janelas antigas proposto pelo Plano
Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE 2010-2015), nomeadamente
através da Medida Janela Eficiente, esta prevê a substituição de janelas antigas por
janelas eficientes em 200 mil fogos até 2015. Nesse caso, estamos a falar de um
potencial de volume de negócios superior a 500 milhões de euros.

Quais as preocupações dos fabricantes no que respeita às necessidades estéticas


das janelas em zonas históricas?
No caso da substituição de janelas antigas por janelas eficientes em edifícios
localizados em zonas históricas, é fundamental garantir que as novas janelas
possam responder às exigências estéticas dos edifícios. Neste caso, existe uma
preocupação e uma larga experiência das empresas que desenvolvem a sua
actividade no fornecimento e montagem de janelas eficientes para o mercado de
renovação, considerando que o desenho dos caixilhos novos se aproxime e tenha
em consideração os existentes.

Esta preocupação é ainda acrescida quando se aplicam janelas eficientes de


alumínio com corte térmico e/ou de PVC, sendo fundamental que os tipos de
acabamento das novas janelas possam assemelhar-se aos das antigas caixilharias
de madeira.

Qual a diferença entre a carga fiscal em Portugal e em outros países da UR?


A ANFAJE tem vindo a sensibilizar todas as forças políticas com assento na
Assembleia da República e com o Governo para que a Medida Janela Eficiente –
medida inscrita no Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE
2010-2015) e que entrou em vigor com a Lei do Orçamento de Estado de 2010,
através de incentivo de dedução à colecta em sede de IRS.

No entanto, o Estado não fez a devida promoção da medida, tendo passado


despercebida para a larga maioria da população portuguesa… .Enquanto, que em
Portugal a substituição de janelas eficientes é taxada com um IVA normal de 23%,
em Espanha o IVA é o IVA reduzido de 7% e em França de 5,5%. Além disso, as
medidas de incentivo existentes nesses países são bastante mais favoráveis porque

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envolvem apoios directos e não apoios que são cumulativos com outras despesas
no âmbito da dedução a colecta em sede de IRS…
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É clara a desvantagem que a população portuguesa tem para melhorar o conforto
térmico das suas habitações através da substituição de janelas quando comparado
com os nossos vizinhos em Espanha. Neste caso, a ANFAJE tem vindo a alertar o
poder político que perde a economia portuguesa e, consequentemente perdemos
todos: o Estado, as empresas e a população em geral.

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Existe desvio de negócio para fornecedores espanhóis por questão de preço final
induzido pelos impostos?
A existência de uma forte componente de importação de janelas eficientes de
outros países da União Europeia, com especial volume da Espanha é um factor que
tem vindo a preocupar a ANFAJE. As condições que têm vindo a ser desenvolvidas
pelo estado espanhol no âmbito dos Planos Renove têm vindo a dar um enfoque
bastante importante no apoio directo, com um IVA reduzido, à substituição de
janelas antigas por janelas eficientes.

Esta situação tem sido importante para o fortalecimento do sector da produção de


janelas espanhol, num momento em que a construção nova nesse país está parada.
Por essa via, as empresas espanholas que estão nos principais eixos de penetração
em Portugal, aproveitam o ganho em economia de escala para exportar para o
nosso país.

Por outro lado, estes fluxos não controlados por parte das autoridades
portuguesas, têm vindo a favorecer a entrada de produtos em Portugal que não
cumprem a legislação vigente (Marcação CE de janelas por exemplo), podendo
ainda existir situações que urge combater ao nível da evasão fiscal.

O OE 2011 veio penalizar este tipo de produtos ligados à eficiência energética?


Existe confusão quanto a apoio fiscal a produtos que parecem semelhantes mas
com resultados muito diferentes?

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A Medida Janela Eficiente continua inscrita na Lei do OE de 2011 – Lei 55 A de


31.12.10, Artigo 73.º, no qual estão previstas deduções à colecta, desde que não
susceptíveis de serem considerados custos para efeitos da categoria B, 30% das
importâncias despendidas com a aquisição dos seguintes bens, desde que afectos a
utilização pessoal, com o limite de 803,00 euros: equipamentos e obras de
melhoria das condições de comportamento térmico, dos quais resulte
directamente o seu maior isolamento (substituição de vãos envidraçados simples
por vidros duplos com caixilharia de corte térmico).
€
No entanto, a dedução à colecta passará para o âmbito do estatuto dos benefícios
fiscais, o que na prática, fruto dos limites aos benefícios fiscais, este apoio não terá
significado perdendo-se o incentivo fiscal para esta medida. Acrescendo à falta de
incentivo fiscal, uma taxa de IVA de 23% pensamos que não é necessário fazer
muitos estudos para verificar que a medida terá um fraco impacto.
€
No entanto, estando inscrita no OE 2011, falta ainda o Governo publicar a Portaria
que regulamenta o Artigo 73.º, a qual a ANFAJE espera que esteja para breve. Aliás,
neste âmbito fizemos já uma proposta para que o texto da Portaria inclua os
seguintes pontos que em nossa opinião são indispensáveis para o sucesso da
medida e para definir uma janela como eficiente: substituição de vãos
envidraçados simples por vãos envidraçados (caixilho mais vidro) eficiente térmica
e acusticamente, desde que cumpra os requisitos (os vãos envidraçados a instalar
devem ter Marcação CE, conforme a norma portuguesa NP EN 14351-1: 2008 + A1:
2011; e ainda os vãos envidraçados a instalar devem apresentar requisitos técnicos
mínimos relativos ao valor Uw (coeficiente de transmissão térmica dos vãos
envidraçados) e da Classe de Permeabilidade ao Ar.)

€
Qual o número de associados da ANFAGE e quais as suas grandes linhas
orientadoras?
A ANFAJE conta actualmente com 31 empresas associadas tendo como objectivo
atingir os 50 associados em 2011. As principais linhas orientadoras da ANFAJE são
os seguintes: promover o desenvolvimento do mercado das janelas eficientes,

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promover a Qualidade e a Inovação do sector e promover e divulgar a vantagem da


aplicação de janelas e fachadas ligeiras eficientes (térmica e acusticamente).

O que têm previsto fazer para divulgar perante o consumidor geral a existências
destas soluções?
Neste âmbito, a ANFAJE tem vindo a trabalhar intensamente com os seus
associados e com as entidades oficiais que estão envolvidas na dinamização da
Medida Janela Eficiente para que exista um reforço, dinamização e promoção da
medida junto da população em geral. Somente dessa forma será possível à
população em geral entender quais os benefícios imediatos ao nível do isolamento
térmico e acústico que pode obter pela substituição das suas janelas antigas por
novas janelas eficientes.
€
A necessidade da população em geral entender que, a substituição das janelas
antigas por novas janelas eficientes pode contribuir para uma redução dos
consumos energéticos em aproximadamente 40% é bastante importante. Porque
essa diminuição ver-se-á na factura energética mensal que chega a casa de cada
um, baixando o consumo energético em energia de aquecimento (no inverno) e
energia de arrefecimento (no verão).

No que respeita ao isolamento acústico, a redução da entrada dos ruídos


indesejáveis não é quantificável monetariamente. Por outro lado, todos os nossos
associados tem vindo a desenvolver campanhas activas para chegar junto dos
clientes particulares.

Têm previsto negociar linhas de crédito especiais como a banca para atrair mais
consumidores?
A necessidade da existência de linhas de financiamento, através da banca
tradicional, para a Medida Janela Eficiente tem sido uma das principais
preocupações da ANFAJE. Por um lado, temos vindo a sensibilizar as entidades
encarregues de dinamização da Medida Janela Eficiente para a necessidade de
envolvimento da banca, tal como aconteceu com o Programa Solar Térmico e tal
como acontece nos outros países da União Europeia que têm medidas
semelhantes.
€

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Por outro lado, a ANFAJE tem vindo a desenvolver contactos com alguns dos
principais bancos portugueses para que estes se possam envolver activamente
como financiadores dos clientes particulares na substituição de janelas. No
entanto, fruto dos tempos que estamos a viver sentimos o adiamento de decisões
por parte da banca tradicional para aderir a esta importante área de negócio…
€
Pelo contrário, temos vindo a desenvolver uma actividade crescente
conjuntamente com a banca de crédito ao consumo, a qual tem uma larga
experiência de financiamento de clientes particulares na substituição de janelas
antigas por janelas eficientes, nomeadamente em outros países da União Europeia.
Deste modo, os nossos associados, em conjunto com estes bancos, têm vindo a
desenvolver soluções de financiamento a 12 meses sem juros, sendo bastante
atractiva para os clientes particulares.

Qual o potencial anual que o negócio de substituição de janelas antigas por janelas
eficientes poderia gerar na indústria?
O potencial de negócio de substituição de janelas antigas por janelas eficientes é
bastante elevado porque o potencial de renovação urbana do parque edificado
português é bastante grande.

O custo médio de uma janela eficiente com vidro duplo isolante será de 200 euros
a 250,00 euros/m2. No caso de um T2/T3, o custo de desmontagem, montagem de
novas janelas rondara valores médios entre 2500 euros e 3500 euros.

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