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continente americano:
A Argentina ocupa a porção mais austral do continente
americano. Seu extenso desenvolvimento de norte a sul
permite albergar uma grande variedade de climas e
paisagens.
Ao não encontrarem o tão desejado passo entre os dois oceanos, o interesse por essas
terras baixa e virtualmente desabitadas decaiu. Só a poderosa voz de uma lenda nativa
pôde atrair novas expediçoes que foram deixando seus rastos no que seria a Argentina.
Essa lenda falava do Rei Branco en cujas serras abundavam o ouro e a prata.
Embora tal país não existisse, deu em lugar ao nome do rio de la ”Plata” o ao país
”Argentina”. Depois de uma primeira tentativa fracassada, recém em 1580 nasce como
população permanente o porto de Buenos Aires, que lenta, mas incessantemente, passou
de ser um casario, uma ”grande aldeia”, pólo de desenvolvimento econômico e poder
político da colonização espanhola.
A partir desse momento se projeta um modelo de país com uma identidade política –
econômica que marcou os traços distintivos da Argentina e que a regeram durante
muitas décadas: converter-se no maior produtor de alimentos –Argentina, ”celeiro do
mundo”- e matérias-primas (cereais, carnes, couros e lã), para exportar ao mundo
industrializado.
Para levar a cabo este projeto se impulsionou a chegada de inmigrantes, que vieram
principalmente de Itália e Espanha, dando a marcar um país cosmopolita.
Só depois das duas guerras mundiais se começou a ver que a Argentina possuía outros
recursos que lhe abriam novas possibilidades econômicas: petróleo, carvão, ferro e
algumas incipientes indústrias começaram a destacar-se.
Argentina – As regiões
A Argentina cobre grande parte do sudeste da América do sul .Os picos elevados dos
Andes separam a Argentina do Chile a oeste. Entre estes picos encontra –se o monte
Aconcágua, ponto culminante do hemisfério ocidental [6.959m],e o monte Ojos del
Salado [6.880m].
Os maiores rios da Argentina são o Paraná ,o Paraguai e o Uruguai. Juntos ,esses três
rios formam parte do sistema fluvial do rio da Prata ,o segundo maior sistema fluvial da
América do Sul. Apenas o rio Amazonas e seus afluentes formam um sistema maior.
GASTRONOMIA - ARGENTINA
A Argentina é sobretudo o país do boi, a qualidade desta carne é uma consequência de a dos
pastos extensivos Pampa, os animais são abatidos jovens, de 18 para 36 meses, que garante
um tendreté específico à carne.'
O carneiro é desprezado, excepto em Patagonie, enquanto que a Argentina dispõe de imensas
manadas e carneiros de prados-salgar de uma qualidade excepcional.
A Argentina quarto produtor vinícola ao mundo possui bons vinhos, encontra-se cabernets,
merlots, dos malbecs, chablis, sauvignons, dos chardonnays, etc. e mesmo o "champanhe".
Quilmes é marca de cerveja local mais consumida, mas os Argentinos consomem de boa
vontade cervejas de importação, como a cerveja mexicana Corona.
A mate, uma infusão de ervas medicinais (e às vezes de coca), e a bebida típica do Argentinos.
Os uísques e gins são igualmente bons.
http://pt.abc-latina.com/argentina/gastronomia_argentina.php
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Gastronomia
A cozinha argentina pode se entendida como uma mistura cultural entre as influências
indígenas, mediterrâneas (ítalo-espanholas-árabes) e a variedade de produtos agrícola
pecuária que abundam nestas terras.
É difícil pensar em outra comida que não seja o churrasco e que conjugue mais,
acabadamente, a identidade nacional. Porém sua amplidão espacial e a riqueza cultural
fazem com que a lista de culinária local inclua muitas mais preparações que a carne
assada.
A Argentina é um país que desfruta sua gastronomia. São muito comuns –quase
majoritárias - as reuniões em torno da comida. Os convites para comer costumam ser
sinais de amizade, aconchego e integração. As reuniões familiares aos domingos,
geralmente, são ao redor de um churrasco ou um bom prato de massa.
Outro traço que se mantém é a preparação caseira dos alimentos, especialmente, quando
se abriga alguém, celebra-se um acontecimento ou apenas para uma reunião entre
amigos. A tradição de elaborar artesanalmente os alimentos passa de geração em
geração e também é uma forma de homenagear os seres queridos.
Por outro lado, a rede de oferta gastronômica está entre as melhores do mundo,
oferecendo uma grande variedade de cozinhas, preços e sabores. Claro que, nas grandes
cidades se encontram exclusivos e elaborados restaurantes que preparam comida
internacional. No entanto, também têm adegas, restaurantes mais simples, bares e
cantinas que apresentam uma desejável proposta de pratos a preços acessíveis.
12 comidas argentinas imperdíveis
Churrasco e miúdos
Sós ou com batatas fritas, purê ou salada, entre pães, frita ou ao forno, quente ou fria, o
bife à milanesa é, provavelmente, o prato que mais adeptos tem. São finas lâminas de
carne, empanadas no ovo, farinha de rosca e temperos. Geralmente são preparadas com
cortes vacuns como coxão mole, lagarto, lombo, alcatra e patinho, mas também podem
ser de frango.
Locro
They can be eaten all around the country, though the most delicious ones may certainly
be tasted in the provinces of Tucumán, Salta and Jujuy in the country´s Northeast
region. The empanada stuffed with meat (hard boiled egg, olives, green onions, and
ocassionally with raisins and potatoes) stands as the most traditional type of empanada
within its category.
Doce de leite/ Alfajores
Dizem que pelo tipo de pastagens que comem e a liberdade com a qual se deslocam, os
cordeiros patagônicos são uma delícia apreciada por nacionais e estrangeiros. Ao
assador, na churrasqueira ou ao forno, sua carne terna e de sabor forte deixa sempre o
degustador com vontade de comer mais.
Humita/Pamonha
É uma massa recheada semelhante ao ravióli, mas maior e com forma arredondada. O
recheio mais tradicional é o de ricota, presunto e mozarela, mas com o tempo foram
incorporando-se novos sabores. A questão é que se mesmo levando um nome,
tipicamente, italiano, foi gestada em um restaurante portenho chamado Sorrento na
década de 30.
Milanesas à napolitana
O bife à milanesa é uma fatia fina de carne vacum (ou de frango) empanado em farinha
de rosca e frita ou cozida no forno. À napolitana significa que é gratinado no forno com
queijo, molho de tomate e presunto. Porém, outro engano nominal: é uma criação do
restaurante portenho Napolitano que dizem que por 1940 quis disfarçar um bife à
milanesa queimado e acertou. É uma delícia!
Doce de leite
A Argentina e Uruguai são os que mais honram esse doce, embora sua origem
geográfica seja duvidosa e haja, a esta altura contaríamos lendas, que tratam de explicá-
lo. Uma dica: você pode fazer em casa. É só colocar uma lata de leite condensado
fechado em banho maria durante duas horas. Deixe esfriar, destape e o elixir
amarronzado estará pronto para ser consumido.
Nomes das roscas
É uma mistura de ketchup com maionese típica da Argentina. Dois prêmios Nobel
disputam sua criação: um é Luis Leloir, no Golfe Clube de Mar del Plata e outro
Bernardo Houssay, freqüentador do Golfe de Palermo. Seja por aborrecimento ou por
escassez, ambos decidiram misturar maionese com um novo ingrediente: o ketchup. E
assim surgiu o molho inseparável dos palmitos ou dos camarões.
Esta fonte quase ilimitada de matérias-primas permite uma grande versatilidade na hora
de combinar elementos e readaptar tradições culinárias provenientes de outras latitudes.
Centro Pampeana
As zonas urbanas, especialmente Buenos Aires, Rosario e Córdoba, receberam durante
longos períodos imigrantes provenientes da Europa, especialmente, italianos e
espanhóis, mas também chegaram alemães e suíços e do Oriente Médio. Este encontro
de culturas gerou entre muitas mudanças, um enriquecimento culinário. Portanto,
massas, pizza, polenta, guisados, omeletes, cozidos, croquetes, molhos, embutidos,
preparações com frangos e carnes, passaram a engrossar os menus cotidianos. Soma-se
a isto o notório desenvolvimento na produção de panificados, confeitaria, pastelaria e
lacticínios.
A pizza merece uma menção à parte. Com massas altas e fininhas, ao forno ou à pedra,
com ou sem queijo, recheadas e com uma variedade incomensurável de ingredientes, é
um desses pratos que se podem comer com segurança em qualquer recanto do país. Em
Buenos Aires, Rosario e Córdoba, também costuma acompanhar-se com faina, uma
massa realizada com farinha de grão-de-bico que se coloca sobre o pedaço de pizza.
Diz-se que o que torna a pizza argentina única é a conjunção entre as culturas italiana e
espanhola: no final do século XIX, foram os napolitanos e genoveses quem abriram as
primeiras pizzarias, mas depois os espanhóis se encarregaram delas.
Quanto aos panificados, a arraigada tradição de produção de pães –seu consumo está
totalmente estendido por todo o país- e, também, de pastelaria e confeitaria, deriva da
mistura de vertentes das nacionalidades antes mencionadas. Assim, é muito comum
encontrar padarias ao longo do país que vendem não somente variedade de pães,
biscoitos e bolos, senão também de roscas, cujo principal ingrediente da massa pode ser
manteiga ou gordura, e ser simples ou recheadas com doce de leite, creme, marmelada
ou maçãs, entre outras. A mais popular, poderíamos dizer, é o croissant. Outra
particularidade são os sanduíches de miga, feitos somente com capas finas de pão de
forma (sem casca) e recheios que vão desde o simples presunto e queijo a outras
combinações mais carregadas com presunto cru, tomate, azeitonas, ovo cozido, atum,
alface, pimentão, etc.
As sobremesas e alimentos doces estão marcados, em sua maioria, pelo doce de leite,
elaborado a partir de leite e açúcar. Costuma ser comido sozinho ou como recheio de
bolos, alfajores, panquecas (crepes) e roscas ou como acompanhamento de flãs. É claro
que o creme chantilly é de aceitação massiva e também é utilizado nas sobremesas e
doces. Os bolos tanto de chocolate ou baunilha, e pudins são muito comuns. Os sorvetes
provenientes da tradição italiana, também encontraram nesta zona um notável
desenvolvimento, com ingredientes locais que mantiveram o espírito artesanal na sua
preparação.
Está demais dizer que é comum encontrar o churrasco em todo o país, mas sua origem
está más vinculada às férteis terras dos Pampas. Está composto de diversos tipos de
carnes que se costuma comer em uma certa ordem: primeiramente vão os miúdos
(vísceras da vaca) e o chouriço, e às vezes também uma fatia de provolone grelhado
com orégano; depois o choripan (sanduíche de porco) e por último, a carne, como o
assado de tira, o fraldão, o lombo, a maminha, o matambre (manta externa da costela),
entranha e a lista continua. Na província de Córdoba é muito comum deleitar-se com
um cabrito ao assador.
Noroeste-Cujo
Talvez seja a área mais influenciada pelas culturas indígenas e isso se manifesta em suas
comidas, estreitamente vinculadas à tradição andino-incaica. A batata e o milho estão
presentes quase sempre em suas preparações, assim como a guinoa (um cereal próprio
da cozinha incaica), os pimentões, as abóboras e tomates. Os pratos-estrela são a humita
e a pamonha, duas preparações em que se enche a palha do milho com um recheio feito
com o próprio milho, temperos ou com carne, respectivamente.
Porém, o Noroeste argentino é a sede por excelência para degustar empanadas,
especialmente, as de carne, que por estes lugares costumam ser oferecidos tentadoras
variantes, como a empanada saltenha de carne que também leva batata; ou a tucumana,
recheada com matambre cortado com faca; ou as de quesillo - requeijão. As empanadas
são pastéis salgados fechados, de tamanho individual. Podem ser fritas ou ao forno e se
comem, geralmente, com a mão.
Os guisados como o locro, a carbonada e as cazuelas, também são pratos próprios desta
geografia, assim como os pastéis de batata ou abóbora com carne.
Aqui se produzem uma grande variedade de doces, como a marmelada, batata, melado e
chuchu, que deram origem a uma sobremesa muito comum e muito simples chamada
“vigilante”, ou simplesmente queijo e doce, Romeu e Julieta, o qual conjuga um pedaço
de queijo fresco com outro de algum desses doces.
Mesopotâmia
Também outra zona de influxo indígena, especialmente, guarani.
A abundância de rios e costas oferece uma irresistível diversidade de peixes, como o
dourado, o pacu, o surubi, o peixe-rei e a boga.
A mandioca é um produto de ampla colheita nesta área, portanto costuma formar parte
dos pratos, assim como outros produtos derivados de sua farinha, como o chipá - pão de
queijo (pão de mandioca e queijo), proveniente basicamente do Paraguai. Em relação
aos produtos açucarados, o doce de mamão é típico de Corrientes.
O produto excludente desta região é a erva-mate. Seu consumo apresenta outra variante
à comum utilizada em todo o país: além de bebê-lo com água quente, é comum que seja
consumido com água fria (devido às altas temperaturas climáticas): é o que se conhece
como tereré.
Patagônia - Sul
De suas costas se extraem delícias marinhas como salmões, centollas, lulas e outros
frutos do mar e moluscos. Ainda assim, os rios da Patagônia oferecem imperdíveis
trutas.
A diversidade dos cultivos de frutos vermelhos, como cerejas, mirtilos, framboesas, rosa
mosqueta e saúco, redunda em deliciosos doces e geléias.
A esta lista podem ser acrescentadas outras preparações, talvez mais tradicionais, mas
que, seja pela sua elaboração difícil ou por estarem associadas a certas celebrações são
menos freqüentes na cotidianeidade, embora sim no típico menu argentino, como o
locro (refogado de milho e carne de porco) e a carbonada (ensopado de carne, legumes e
arroz), ou pratos mais europeus como a paelha, a buseca ou o guiso de dobradinha.
O mate (chimarrão) é a infusão local por excelência, mas o café e o chá têm um
consumo massivo. O clássico acompanhante do mate nas tardes são as roscas, a torta
frita e os pasteizinhos, estes dois últimos típicos delicatessen de qualquer celebração
pátria. O pastel é uma massa folhada, recheada de doce de marmelo ou marrom glacê, e
frito. A torta frita é uma massa feita com farinha e gordura vacum ou ovelhum, e claro
frito. O mais recomendável é comê-la morna e com açúcar salpicado na superfície.
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