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Um leque de atrativos au sul do

continente americano:
A Argentina ocupa a porção mais austral do continente
americano. Seu extenso desenvolvimento de norte a sul
permite albergar uma grande variedade de climas e
paisagens.

Afastada das rotas coloniais do ouro e a prata, nos actuais


México e Peru, recebeu as primeiras afluências de
consquitadores espanhóis dos territórios do Alto Perue do
Atlântico pelo Rio de la Plata. No entanto, o que oferecia,
comparado com aqueles territórios, era muito pouco. O
que eles encontraram foram grandes extensões de terra
fértil e planaltos com boa irrigação e clima temperado
que demonstraram ser ideais para a cria de gado e a
semeadura de grãos, sua verdadeira riqueza oculta.

Como tudo começou:


Uma das motivaçoes que levaram às expediçoes espanholas a percorrer o continente foi
encontrar caminhos que conectassem os oceanos Atlântico e Pacífico. Foi assim que en
1516 vozes hispânicas chegaram às costas de Rio de la Plata.

Ao não encontrarem o tão desejado passo entre os dois oceanos, o interesse por essas
terras baixa e virtualmente desabitadas decaiu. Só a poderosa voz de uma lenda nativa
pôde atrair novas expediçoes que foram deixando seus rastos no que seria a Argentina.

Essa lenda falava do Rei Branco en cujas serras abundavam o ouro e a prata.

Embora tal país não existisse, deu em lugar ao nome do rio de la ”Plata” o ao país
”Argentina”. Depois de uma primeira tentativa fracassada, recém em 1580 nasce como
população permanente o porto de Buenos Aires, que lenta, mas incessantemente, passou
de ser um casario, uma ”grande aldeia”, pólo de desenvolvimento econômico e poder
político da colonização espanhola.

O surgimento de uma nação:


A riqueza do virreinato do Rio de la Plata se fundamentou no gado e a exportação de
seus produtos, dando origem à burguesia crioula. Impulsionada por idéis de livre
comércio –concretizadas com as potências industrializadas do norte de Europa e
Estados Unidos- animaram a independência da coroa espanhola, que sucedeu durante o
transcurso da primeira metade do século XIX em grande parte do continente americano.
O processo de formação da nova nação foi turbulento. As idéias contrapostas
provocaram uma série de enfrentamentos armados que culminam recém em 1874 com a
definitva união nacional.

A partir desse momento se projeta um modelo de país com uma identidade política –
econômica que marcou os traços distintivos da Argentina e que a regeram durante
muitas décadas: converter-se no maior produtor de alimentos –Argentina, ”celeiro do
mundo”- e matérias-primas (cereais, carnes, couros e lã), para exportar ao mundo
industrializado.

Para levar a cabo este projeto se impulsionou a chegada de inmigrantes, que vieram
principalmente de Itália e Espanha, dando a marcar um país cosmopolita.

Um país em processo de transformação.

Só depois das duas guerras mundiais se começou a ver que a Argentina possuía outros
recursos que lhe abriam novas possibilidades econômicas: petróleo, carvão, ferro e
algumas incipientes indústrias começaram a destacar-se.

Os enfrentamentos entre as classes mèdias em ascensâo e a tradicional classe de


fazendeiros provacaram a instabilidade nas seguintes décadas marcadas pela sucessão
de golpes e governos militares até que em 1982, a Argentina voltou para o atalho da
democracia ininterrupta.

Décadas de instabilidade institucional e um conseqüente modelo econõmico trouxeram


um alto endividamento que freia o crescimento do país, que se encontra em negociaçôes
com os organismos de empréstimo para sair do ”default” decladado no ano 2002.

Enquanto isso a produção do agro, o petróleo e os serviços se converteram no arrimo do


desenvolvimento econômico dos últimos dois anos que ajuda a sustentas a esperança de
uma recuperação acorde ao rico potencial humano e material do país.

Argentina – As regiões
A Argentina cobre grande parte do sudeste da América do sul .Os picos elevados dos
Andes separam a Argentina do Chile a oeste. Entre estes picos encontra –se o monte
Aconcágua, ponto culminante do hemisfério ocidental [6.959m],e o monte Ojos del
Salado [6.880m].

Os maiores rios da Argentina são o Paraná ,o Paraguai e o Uruguai. Juntos ,esses três
rios formam parte do sistema fluvial do rio da Prata ,o segundo maior sistema fluvial da
América do Sul. Apenas o rio Amazonas e seus afluentes formam um sistema maior.

A ilha de Terra do Fogo, parte da qual pertence ao domínio do Chile, situa-se no


extremo sul da América do sul. O estreito de Magalhães separa a ilha do continente. A
extremidade sul da Terra do Fogo situa-se a cerca de 970Km da Antártida. A Argentina
apresenta 7 regiões principais: a região norte, o Pampa, Cuyo, Noroeste, Mesopotamia,
Centro, e a Patagônia.
Nome Oficial República Argentina
Capital Buenos Aires
Governo República presidencialista
Presidente Cristina Fernandez de Kirchner
População 40.403.943 (Estimativa de 2007)
2.791.810 km²
3.761.274 km² (incluyendo territorio antártico denominado
Área Antártida Argentina)
Espanhóis, italianos, judeus, arabes, indígenas (Collas, Tobas,
Grupos étnicos Wichis, Mapuches, Guaranis, Aimaras, etc)
Língua oficial Espanhol
En sectore se habla: italiano, aleman, gales, quechua, aimara,
Outras Línguas mapuche.
Religião Católica, Protestante, judeus e Islám
Moeda Peso
Notas 2, 5, 10, 20, 50, 100
Moedas 1, 5, 10, 25, 50, 1 peso
Código Telefónico 54
Código Telefónico
Celulares 54 9 número celular sin el 15
Energía 220V AC 50 HZ
Día de la
Independencia 9 de Julio. Independencia de España
Codigo Internet ar

GASTRONOMIA - ARGENTINA

A Argentina é sobretudo o país do boi, a qualidade desta carne é uma consequência de a dos
pastos extensivos Pampa, os animais são abatidos jovens, de 18 para 36 meses, que garante
um tendreté específico à carne.'
O carneiro é desprezado, excepto em Patagonie, enquanto que a Argentina dispõe de imensas
manadas e carneiros de prados-salgar de uma qualidade excepcional.

O churrasquería é uma instituição na Argentina. Mais importante dispõem de um asador, fogo


de madeiras duro, sobre o qual rôtissent, ao calor da chama, durante duas horas, o boi, os
porcos de leite e chevreaux. Grillades são acompanhados salades e frequentemente sauce
(chimichurri) a cebola, alho, pimento, vinagre, a salsa e óleo bastante aumentado.
Os empanadas (pequenas tortas em crosta) são também numerosos que há de províncias
argentinas. São o ao boi, o frango, o queijo, o milho, temperadas ao azeite, aos tomates, as
pimentas, os pimentos, constituem de excelente petisco ou entradas.

Exemplo de um prato: o locro é um prato tradicional longamente mijoté, semisopa,


semicassoulet, onde os grãos de milho misturam-se aos feijões brancos. As carnes variadas
dão-lhe qualquer seu sabor: rabo de boi, pé de porco, charque, gorduras-duplo, chorizo...
Sauce aumentado feito de cebolas, pimento, pimenta acompanha o locro.

A Argentina quarto produtor vinícola ao mundo possui bons vinhos, encontra-se cabernets,
merlots, dos malbecs, chablis, sauvignons, dos chardonnays, etc. e mesmo o "champanhe".
Quilmes é marca de cerveja local mais consumida, mas os Argentinos consomem de boa
vontade cervejas de importação, como a cerveja mexicana Corona.
A mate, uma infusão de ervas medicinais (e às vezes de coca), e a bebida típica do Argentinos.
Os uísques e gins são igualmente bons.

http://pt.abc-latina.com/argentina/gastronomia_argentina.php

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Turismo, 06 de Junho de 2008

Gastronomia

A cozinha argentina pode se entendida como uma mistura cultural entre as influências
indígenas, mediterrâneas (ítalo-espanholas-árabes) e a variedade de produtos agrícola
pecuária que abundam nestas terras.

Em Argentina o bife de chouriço é abundante e grosso.


Foto: Argentina em Imagens
As empanadas estão presentes em todo o país.

É difícil pensar em outra comida que não seja o churrasco e que conjugue mais,
acabadamente, a identidade nacional. Porém sua amplidão espacial e a riqueza cultural
fazem com que a lista de culinária local inclua muitas mais preparações que a carne
assada.

A Argentina é um país que desfruta sua gastronomia. São muito comuns –quase
majoritárias - as reuniões em torno da comida. Os convites para comer costumam ser
sinais de amizade, aconchego e integração. As reuniões familiares aos domingos,
geralmente, são ao redor de um churrasco ou um bom prato de massa.

Outro traço que se mantém é a preparação caseira dos alimentos, especialmente, quando
se abriga alguém, celebra-se um acontecimento ou apenas para uma reunião entre
amigos. A tradição de elaborar artesanalmente os alimentos passa de geração em
geração e também é uma forma de homenagear os seres queridos.

Por outro lado, a rede de oferta gastronômica está entre as melhores do mundo,
oferecendo uma grande variedade de cozinhas, preços e sabores. Claro que, nas grandes
cidades se encontram exclusivos e elaborados restaurantes que preparam comida
internacional. No entanto, também têm adegas, restaurantes mais simples, bares e
cantinas que apresentam uma desejável proposta de pratos a preços acessíveis.
12 comidas argentinas imperdíveis
Churrasco e miúdos

É impossível não experimentá-los, porque, junto com o tango, é pura argentinidade. O


churrasco pode ser comido em restaurantes ou churrascaria, ou em qualquer casa local,
o que provavelmente seja a versão mais atrativa, já que se pode observar o ritual de
perto. O importante é experimentar os miúdos (vísceras da vaca): aminelas, rins, tripas,
chinchulines são infaltáveis em qualquer churrasco.
Pizza com faina
São amplamente conhecidas as virtudes da pizza argentina, e sinceramente não se deve
deixar de experimentá-las. Porém, se uma porção de pizza se coloca outra de faina (uma
massa feita com farinha de grãos-de-bico e azeite, oriunda de Gênova), e se pede um
copo de moscato (um vinho doce), é quase como estar dentro de um tango.
Sanduíches de miga

Segundo os viageiros expertos, quase não se conseguem em outros lugares do mundo. A


explicação do porquê de serem tão gostosos, provavelmente, transcenda o racional, mas
formam parte da vida diária dos bares e cafeterias: como aperitivo ou diretamente
almoço e parte infaltável de qualquer aniversário ou reunião, os sanduíches de miga
merecem a popular aceitação que têm.
Bife de chouriço com batatas fritas.

O abundante bife de chouriço, grosso, suculento e terno, acompanhado de batatas fritas,


é uma experiência gastronômica imperdível. É reconhecido pelo seu tamanho, assim
como a pureza de sua carne, sem vestígios de gorduras. Ao ser separado do osso, antes
de serem cortados em bistecas, têm uma forma entre triangular e cilíndrica, daí que se
denomina “chouriço”.
Matambre (Manta externa da costela)

Um prato, tipicamente, familiar. É um rocambole de carne vacum recheio de verduras,


ovo cozido e temperos. Enrolado e amarrado com barbante e fervido em água. Costuma
ser comido como entrada fria em fatias, acompanhado de salada russa (batatas, cenoura,
ervilhas, e maionese). É tão importante para a pátria que o escritor Esteban Echeverría
escreveu em 1837, a “Apologia ao matambre”.
Bifes à milanesa

Sós ou com batatas fritas, purê ou salada, entre pães, frita ou ao forno, quente ou fria, o
bife à milanesa é, provavelmente, o prato que mais adeptos tem. São finas lâminas de
carne, empanadas no ovo, farinha de rosca e temperos. Geralmente são preparadas com
cortes vacuns como coxão mole, lagarto, lombo, alcatra e patinho, mas também podem
ser de frango.
Locro

É o prato nacional por excelência. É um guiso de origem pré-hispânica e pré-incaica,


realizado com abóbora, milho, feijão, batata, carne e vísceras vacuns e suínas, cebola e
temperos. Está estendido por todo o país e costuma ser consumido nas datas pátrias.
Isso sim: por seu alto nível calórico é altamente recomendável consumi-lo quando faz
frio.
Cozido

Identifica a gastronomia argentina, contudo é uma comida tipicamente espanhola. O


cozido deve quase tudo ao cozido ibérico, até o próprio nome. Conta Manuel Vicent que
assim se chama o Cozido Valenciano, comida escolhida para o almoço de natal no pós-
guerra espanhol. Aqui e ali se segue uma fórmula mágica: muitas carnes, verduras, frios
e miúdos cozidos em um único caldeirão.
Empanadas

They can be eaten all around the country, though the most delicious ones may certainly
be tasted in the provinces of Tucumán, Salta and Jujuy in the country´s Northeast
region. The empanada stuffed with meat (hard boiled egg, olives, green onions, and
ocassionally with raisins and potatoes) stands as the most traditional type of empanada
within its category.
Doce de leite/ Alfajores

Só de colheres ou como o coração de alfajores, bolos, roscas e sorvetes, é uma


obrigação para aquele que pisa em solo Argentina. Para muitos pode resultar enjoativo
no início, mas não há paladar que resista. E o alfajor, dois biscoitos recheios com o doce
e banho de chocolate, é sua máxima expressão. Cada região o manufatura com detalhes
próprios.
Cordeiro patagônico

Dizem que pelo tipo de pastagens que comem e a liberdade com a qual se deslocam, os
cordeiros patagônicos são uma delícia apreciada por nacionais e estrangeiros. Ao
assador, na churrasqueira ou ao forno, sua carne terna e de sabor forte deixa sempre o
degustador com vontade de comer mais.
Humita/Pamonha

A palha do milho é o envoltório de um recheio preparado com os grãos de milho


ralados, tomates, pimentões e cebola. A pamonha é uma variante que, também leva
carne e batata. De origem, eminentemente, indígena, nas províncias do norte (como
Salta e Jujuy) são objetos de festas e festivais nacionais.
Anedotas gastronômicas
Sorrentinos

É uma massa recheada semelhante ao ravióli, mas maior e com forma arredondada. O
recheio mais tradicional é o de ricota, presunto e mozarela, mas com o tempo foram
incorporando-se novos sabores. A questão é que se mesmo levando um nome,
tipicamente, italiano, foi gestada em um restaurante portenho chamado Sorrento na
década de 30.
Milanesas à napolitana

O bife à milanesa é uma fatia fina de carne vacum (ou de frango) empanado em farinha
de rosca e frita ou cozida no forno. À napolitana significa que é gratinado no forno com
queijo, molho de tomate e presunto. Porém, outro engano nominal: é uma criação do
restaurante portenho Napolitano que dizem que por 1940 quis disfarçar um bife à
milanesa queimado e acertou. É uma delícia!
Doce de leite

A Argentina e Uruguai são os que mais honram esse doce, embora sua origem
geográfica seja duvidosa e haja, a esta altura contaríamos lendas, que tratam de explicá-
lo. Uma dica: você pode fazer em casa. É só colocar uma lata de leite condensado
fechado em banho maria durante duas horas. Deixe esfriar, destape e o elixir
amarronzado estará pronto para ser consumido.
Nomes das roscas

Os padeiros de inícios de século XX eram, majoritariamente, imigrantes anarquistas. E


encontraram uma original forma de difundir suas idéias e ações: Batizaram as roscas
com nomes irônicos que aludiam a seus inimigos. Assim, graças à sua imaginação, hoje
em dia, nas padarias, podem ser comprados: canhãonsinhos, bombas de creme,
sacramentos, vigilantes e sonhos.
Os nhoques do dia 29

Não se surpreenda se nos dias 29 todos os restaurantes oferecerem nhoques. Provém de


um dos milagres atribuídos a São Pantaleão: agradeceu a hospitalidade de uns
camponeses, profetizando uma boa pesca e colheita. Esse fato foi em um dia 29 e por
isso é recordado com uma comida simples, como os nhoques. E a colocação de dinheiro
debaixo do prato simboliza o desejo de novas dádivas.
Molho Golfe

É uma mistura de ketchup com maionese típica da Argentina. Dois prêmios Nobel
disputam sua criação: um é Luis Leloir, no Golfe Clube de Mar del Plata e outro
Bernardo Houssay, freqüentador do Golfe de Palermo. Seja por aborrecimento ou por
escassez, ambos decidiram misturar maionese com um novo ingrediente: o ketchup. E
assim surgiu o molho inseparável dos palmitos ou dos camarões.

Os produtos mais usados


Por ser um país agrícola e pecuário de dimensões consideráveis, cultivam-se
praticamente todo tipo de cereais, grãos oleaginosas, frutas e verduras. Também é um
dos principais produtores de carne vacum, assim como também suína e avícola. Em
determinadas zonas, como no sul, é comum a criação de ovelhas e cordeiros, como a
pesca de mariscos, crustáceos, moluscos e salmônidos. Nas águas mesopotomâticas se
destacam peixes de rios como peixes-reis surubis, dourados ou bogas.
A extensa pecuária de todo tipo deriva de uma desenvolvida indústria lacticínia, com
leites, queijos, doces e iogurtes, não somente de leite vacum, senão também de ovelhas
e camelídeos. A Argentina também é uma grande produtora de frutos secos, azeitonas,
óleos de todos os tipos e especiarias.

Esta fonte quase ilimitada de matérias-primas permite uma grande versatilidade na hora
de combinar elementos e readaptar tradições culinárias provenientes de outras latitudes.

Comidas por regiões


Uma classificação um tanto esquemática poderia distribuir a gastronomia local em 4
regiões: centro-pampeana; noroeste-cujo; mesopotâmica e patagônica ou do sul.
Dizemos esquemática porque os usos e costumes estão estendidos por todo o país e são
parte do complexo alimentício argentino, apesar de haver preparações que são muito
fáceis de conseguir em determinados lugares, a exceção das cidades e grandes povoados
onde praticamente há de tudo. De todas as formas, é interessante conhecer a forma em
que as vantagens particulares de cada área enriqueceram o patrimônio gastronômico
argentino.

Centro Pampeana
As zonas urbanas, especialmente Buenos Aires, Rosario e Córdoba, receberam durante
longos períodos imigrantes provenientes da Europa, especialmente, italianos e
espanhóis, mas também chegaram alemães e suíços e do Oriente Médio. Este encontro
de culturas gerou entre muitas mudanças, um enriquecimento culinário. Portanto,
massas, pizza, polenta, guisados, omeletes, cozidos, croquetes, molhos, embutidos,
preparações com frangos e carnes, passaram a engrossar os menus cotidianos. Soma-se
a isto o notório desenvolvimento na produção de panificados, confeitaria, pastelaria e
lacticínios.

É claro, o consumo destes pratos adquiriu uma aparência absolutamente argentina. É


por isso que, por exemplo, a variedade de massas se abre em um leque extenso: desde
talharins, fuzis, nhoques, raviólis e lasanhas, até fitas, os autóctones sorrentinos (ver em
Anedotas), agnolotes, canelones e fetuchinis.

A pizza merece uma menção à parte. Com massas altas e fininhas, ao forno ou à pedra,
com ou sem queijo, recheadas e com uma variedade incomensurável de ingredientes, é
um desses pratos que se podem comer com segurança em qualquer recanto do país. Em
Buenos Aires, Rosario e Córdoba, também costuma acompanhar-se com faina, uma
massa realizada com farinha de grão-de-bico que se coloca sobre o pedaço de pizza.
Diz-se que o que torna a pizza argentina única é a conjunção entre as culturas italiana e
espanhola: no final do século XIX, foram os napolitanos e genoveses quem abriram as
primeiras pizzarias, mas depois os espanhóis se encarregaram delas.

Quanto aos panificados, a arraigada tradição de produção de pães –seu consumo está
totalmente estendido por todo o país- e, também, de pastelaria e confeitaria, deriva da
mistura de vertentes das nacionalidades antes mencionadas. Assim, é muito comum
encontrar padarias ao longo do país que vendem não somente variedade de pães,
biscoitos e bolos, senão também de roscas, cujo principal ingrediente da massa pode ser
manteiga ou gordura, e ser simples ou recheadas com doce de leite, creme, marmelada
ou maçãs, entre outras. A mais popular, poderíamos dizer, é o croissant. Outra
particularidade são os sanduíches de miga, feitos somente com capas finas de pão de
forma (sem casca) e recheios que vão desde o simples presunto e queijo a outras
combinações mais carregadas com presunto cru, tomate, azeitonas, ovo cozido, atum,
alface, pimentão, etc.

As sobremesas e alimentos doces estão marcados, em sua maioria, pelo doce de leite,
elaborado a partir de leite e açúcar. Costuma ser comido sozinho ou como recheio de
bolos, alfajores, panquecas (crepes) e roscas ou como acompanhamento de flãs. É claro
que o creme chantilly é de aceitação massiva e também é utilizado nas sobremesas e
doces. Os bolos tanto de chocolate ou baunilha, e pudins são muito comuns. Os sorvetes
provenientes da tradição italiana, também encontraram nesta zona um notável
desenvolvimento, com ingredientes locais que mantiveram o espírito artesanal na sua
preparação.

Está demais dizer que é comum encontrar o churrasco em todo o país, mas sua origem
está más vinculada às férteis terras dos Pampas. Está composto de diversos tipos de
carnes que se costuma comer em uma certa ordem: primeiramente vão os miúdos
(vísceras da vaca) e o chouriço, e às vezes também uma fatia de provolone grelhado
com orégano; depois o choripan (sanduíche de porco) e por último, a carne, como o
assado de tira, o fraldão, o lombo, a maminha, o matambre (manta externa da costela),
entranha e a lista continua. Na província de Córdoba é muito comum deleitar-se com
um cabrito ao assador.

Noroeste-Cujo
Talvez seja a área mais influenciada pelas culturas indígenas e isso se manifesta em suas
comidas, estreitamente vinculadas à tradição andino-incaica. A batata e o milho estão
presentes quase sempre em suas preparações, assim como a guinoa (um cereal próprio
da cozinha incaica), os pimentões, as abóboras e tomates. Os pratos-estrela são a humita
e a pamonha, duas preparações em que se enche a palha do milho com um recheio feito
com o próprio milho, temperos ou com carne, respectivamente.
Porém, o Noroeste argentino é a sede por excelência para degustar empanadas,
especialmente, as de carne, que por estes lugares costumam ser oferecidos tentadoras
variantes, como a empanada saltenha de carne que também leva batata; ou a tucumana,
recheada com matambre cortado com faca; ou as de quesillo - requeijão. As empanadas
são pastéis salgados fechados, de tamanho individual. Podem ser fritas ou ao forno e se
comem, geralmente, com a mão.

Os guisados como o locro, a carbonada e as cazuelas, também são pratos próprios desta
geografia, assim como os pastéis de batata ou abóbora com carne.

Aqui se produzem uma grande variedade de doces, como a marmelada, batata, melado e
chuchu, que deram origem a uma sobremesa muito comum e muito simples chamada
“vigilante”, ou simplesmente queijo e doce, Romeu e Julieta, o qual conjuga um pedaço
de queijo fresco com outro de algum desses doces.

Mesopotâmia
Também outra zona de influxo indígena, especialmente, guarani.
A abundância de rios e costas oferece uma irresistível diversidade de peixes, como o
dourado, o pacu, o surubi, o peixe-rei e a boga.

A mandioca é um produto de ampla colheita nesta área, portanto costuma formar parte
dos pratos, assim como outros produtos derivados de sua farinha, como o chipá - pão de
queijo (pão de mandioca e queijo), proveniente basicamente do Paraguai. Em relação
aos produtos açucarados, o doce de mamão é típico de Corrientes.

O produto excludente desta região é a erva-mate. Seu consumo apresenta outra variante
à comum utilizada em todo o país: além de bebê-lo com água quente, é comum que seja
consumido com água fria (devido às altas temperaturas climáticas): é o que se conhece
como tereré.

Patagônia - Sul
De suas costas se extraem delícias marinhas como salmões, centollas, lulas e outros
frutos do mar e moluscos. Ainda assim, os rios da Patagônia oferecem imperdíveis
trutas.

A diversidade dos cultivos de frutos vermelhos, como cerejas, mirtilos, framboesas, rosa
mosqueta e saúco, redunda em deliciosos doces e geléias.

Nesta região, o assentamento de europeus do centro e norte desenvolveu uma extensiva


produção de chocolates e derivados, convertendo-os em um dos produtos por excelência
desta região. E também cozinha e pastelaria vienense e alemã.

Quanto à carne, a de cordeiro e ovelha, também a de javali e de cervo constituem pratos


mais que tentadores. E outro produto típico do sul são os defumados, especialmente, de
salmão, veado, javali e faisão, entre outros.

A Patagônia também possui fortes influências indígenas, especialmente, mapuches e


araucanos. Um prato típico destes últimos é o curanto – (mariscos com algas marinhas e
significa pedra quente). Para fazê-lo, cava-se um buraco na terra de 15 cm de
profundidade, dentro do qual se colocam pedras aquecidas em brasas em uma fogueira.
Coloca-se sobre as pedras um colchão de folhas de nalca ou maqui, e sobre estas todos
os ingredientes: carne de vaca, de cordeiro, porco, frangos, lingüiças,.batatas, batatas-
doces, maçãs e abóboras ocas recheadas com queijo, creme e ervilhas. Tampa-se
novamente com folhas, sobre as quais se colocam lenços úmidos para que não se perca
o calor e se cobre tudo com abundante terra, convertendo-se desta maneira em um
verdadeiro forno à pressão. Quando a cocção está pronta começam a surgir da terra fios
de fumaça.

Pratos cotidianos e tradicionais


Um menu diário e generalizado de um argentino é provável que inclua: churrasco, bifes
à milanesa de carne e frango, massas com molhos - bolonhesa, pesto, branca, rosada-,
purês, batatas fritas, saladas (alface, tomate, cebola, censura, batata, milho), bistecas e
filés, carnes e frangos ao forno com batatas e batatas-doces, guisados e carnes de
panela (de arroz, lentilhas, grão-de-bico), cozidos, almôndegas, omeletes de batata ou
acelga, pastéis de batata e carne, pizzas, empanadas, pastéis e tortas, risotos, manta
externa da costela, filés de peixe, lulas fritas e cornalitos, polenta, pão, torradas, roscas,
sanduíches, petiscos (uma derivação da tapa espanhola) e algumas sobremesas ou doces
como alfajores, frutas, doce de leite, pastéis de doce de marmelo ou marrom glacê,
tortas fritas, pudim de pão e flã, sorvetes, bolo de ricota ou maçã, pudins, bolos de
baunilha ou chocolate, pasta frola e lemon pie.

A esta lista podem ser acrescentadas outras preparações, talvez mais tradicionais, mas
que, seja pela sua elaboração difícil ou por estarem associadas a certas celebrações são
menos freqüentes na cotidianeidade, embora sim no típico menu argentino, como o
locro (refogado de milho e carne de porco) e a carbonada (ensopado de carne, legumes e
arroz), ou pratos mais europeus como a paelha, a buseca ou o guiso de dobradinha.

O mate (chimarrão) é a infusão local por excelência, mas o café e o chá têm um
consumo massivo. O clássico acompanhante do mate nas tardes são as roscas, a torta
frita e os pasteizinhos, estes dois últimos típicos delicatessen de qualquer celebração
pátria. O pastel é uma massa folhada, recheada de doce de marmelo ou marrom glacê, e
frito. A torta frita é uma massa feita com farinha e gordura vacum ou ovelhum, e claro
frito. O mais recomendável é comê-la morna e com açúcar salpicado na superfície.

Quanto às bebidas alcoólicas, o vinho argentino goza de reconhecimento mundial e é


escolhido para as refeições cotidianas dos argentinos. Também a cerveja é de consumo
popular. E os licores tipo vermouth e o fernet não podem faltar em nenhum petisco,
antes do churrasco.

http://www.pt.argentina.ar/_pt/turismo/gastronomia/index.php

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