Professional Documents
Culture Documents
avanços e desafios
AMERICANA
2008
2
avanços e desafios
AMERICANA
2008
3
COMISSÃO EXAMINADORA
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
À avó Clotilde, mãe Wanderléa, pai João Carlos, minha irmã Letícia,
madrinha Yolanda, querida Ângela e meus familiares – obrigada por
torcerem e acreditarem nessa nova conquista.
assumirmos a responsabilidade por ele, e com tal gesto, salvá-lo da ruína que
seria inevitável se não fossem a renovação e a vinda dos novos e dos jovens”.
(ARENDT).
RESUMO
4. Interdisciplinaridade.
LISTA DE TABELAS
Tabela 05: Ouviram e/ou estudaram sobre Serviço Social na Educação antes
da inserção nessa área ...................................................................................119
Tabela 18: Opinião sobre o relacionamento dos alunos com o Assistente Social
.........................................................................................................................132
Tabela 47: Ouve falar sobre o Serviço Social na Educação em Americana ..171
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................01
14
APÊNDICES ...................................................................................................186
ANEXOS .........................................................................................................196
1
APRESENTAÇÃO
e desafios.
(2005), em que constatei que poderia unir minhas “paixões”: Serviço Social e
nesse campo.
Sociais que cursaram o Tópico Avançado de Serviço Social Escolar e/ou que
Americana.
Serviço Social.
no projeto de pesquisa.
5
EDUCACIONAL BRASILEIRA
nascimento até à sua morte, e varia conforme a cultura de seu povo, de sua
sociedade e de seu país. Cada qual tem uma história de como “sua” Educação
mudança.
6
Educacionais.
quer dizer “ócio, vagar, lazer”, e no latim, schola quer dizer “ócio consagrado ao
estudo”. Não sendo substituído escola por ociosidade, e sim à entrega total do
Não existia uma escola com variados estudos, e sim uma escola para
cada interesse: gramática, música, Educação física, entre outros, fazendo com
1
Este conceito de Educação Escolar que será utilizado neste estudo é descrito na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação: § 1º Esta Lei disciplina a Educação Escolar, que se
desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
2
A citada obra traz na Introdução o surgimento e desenvolvimento da Educação e no decorrer
abordam a disciplina “História da Educação”.
7
bárbaros – aqueles povos assim chamados porque não viviam sob o domínio
escolas foram criadas nos mosteiros das igrejas, incluindo uma formação cristã
da Renascença.
e a filosofia, tudo porque novas terras, novas raças e novas culturas estavam
foram obrigados a “esquecê-la” por bem ou por mal e seguir a religião Católica,
Tanto Dom João III quanto Padre José Anchieta achavam que quanto
mais pessoas brancas se mudassem para o Brasil, mais fácil seria a conversão
dos índios. Se esta não fosse por bem seria pela dor – espada e vara de fogo,
3
Jesuítas – Conhecido também por “Companhia de Jesus” nascida na Igreja Católica, fundada
em 1534 por Inácio de Loiola, eram padres Jesuítas responsáveis pela educação dos povos,
em especial, senhores de engenho, colonos, negros escravos e índios, e responsáveis por
formarem Professores, ambos contra o pensamento crítico, objetivo era de recrutarem fiéis e
servidores, contra o avanço do protestantismo.
9
Portugal e do Brasil.
4
Ensino Secundário – ensino regular com aulas avulsas e elementares, leitura e escrita, além
de três cursos: Letras, Filosofia e Ciência, após a conclusão destes, o rapaz era ordenado
Padre ou teria que ir para a Universidade de Coimbra ou de Montpellier, caso contrário não
continuaria os estudos.
5
Iluminismo – O século XVIII é conhecido como o Século das Luzes, do Iluminismo e da
Ilustração [...]. Luzes significam, aí, o poder da razão humana de interpretar e reorganizar o
mundo. [...]. o homem já é confiante, artífice do futuro e não mais se contenta em contemplar a
harmonia da natureza, mas quer conhecê-lo para dominá-lo. (ARANHA, 1996, p.119-120)
10
Educação Escolar passou a ser gerida por várias leis, porém sem efeitos de
não eram suficientes, e em 1827, foi criada uma lei determinando a criação de
6
Revolução Industrial – O século XVIII foi o início da mudança mundial, as máquinas
começaram a ser incorporadas no mundo do trabalho, modificando as relações de produção,
passando a ser sistema fabril com divisão do trabalho. A cientificidade passou a contemplar a
produtividade agrícola e os meios de transportes. A grande parte da população rural migrou-se
para as cidades, tornando-se massa de trabalhadores.
11
em dois:
para cursar o Secundário, nem ter o Secundário para cursar o Superior, este
nem era constituído por universidade, e sim por escola longe uma da outra, tais
Após o Brasil se tornar República, de 1889 até 1930, houve uma grande
economia e à cultura.
profissão moral, intelectual e industrial. O ensino passou a ser leigo, foi extinto
o ensino religioso.
Semana da Arte Moderna (1922), fato importante para o nosso país que
educacionais, eram contra a elite ser privilégio. Para acabar com isso os
Pioneiros da Educação Nova para defender seus ideais, tais como, Educação
as escolas particulares;
Geografia do Brasil;
7
Ditadura (1937-1945) - Autoridade suprema passou a ser do presidente Getúlio Vargas, em
que coordenou os órgãos superiores, a política legislativa, a administração, dirigiu a política
interna e externa, extinguiu partidos políticos, tirou a liberdade da imprensa, aderiu a pena de
morte, dentre outros.
15
graus do ensino.
novamente na Ditadura, sendo está Ditadura Militar9 que vai até 1985. Nesse
8
A LDB será aborda com detalhes no 1.3.1 deste.
9
Ditadura Militar – João Goulart, presidente constitucional, é deposto, e o regime militar é
imposto, barrando as manifestações populares que haviam conseguido muitas conquistas.
16
Maior que está regendo o Brasil há duas décadas, porém não foi fácil
10
No próximo item deste capítulo explanarei sobre a Educação como direito social no contexto
desta Constituição.
17
que muita coisa ainda nem sequer foi colocada em prática e/ou ajustada.
Escolar.
concepção no Brasil as leis são criadas, mas não são colocadas inteiramente
mais a classe subalterna, que além de não ter espaço na Educação também
11
O processo de globalização, como a própria palavra expressa, rompe as fronteiras nacionais,
relacionado os pontos antes separados como interno/externo, mundial/nacional. A cultura
mundializa-se e se internaliza dentro de todos os homens. (MARTINS, 2000, p. 100).
18
Essas influências fazem com que o ensino continue precário, que faltem
salas de aula continuam cheias, aqueles que têm algum benefício social
freqüentam até esgotar o prazo, seu convívio social afeta em seu processo de
vigente, o Professor deveria ter disponíveis recursos que vão além da fala e
treinamento para os educadores, tudo isso envolve dinheiro, dinheiro que, para
o Estado, é escasso até para criar novas escolas, reformar as antigas ou até
Enfim, percebe-se e todos sabem que uma das soluções para um Brasil
segunda em 1891, 1934, Carta Ditatorial em 1937, 1946, 1967, até chegar à
19
contribui muito para o êxito educacional, porém falta bastante para a efetivação
dos 12 artigos que compõem o capítulo III, do Título VIII – da Ordem Social, e
sociedade civil, muitas vezes a sociedade civil sente que o Estado está se
adolescentes.
defendiam seus princípios sem medo. Era necessário igualar a LDB com a
Educação15.
mão-de-obra barata.
ditatorial:
15
Atualmente, não há nenhum documento intitulado de Política Nacional de Educação. A
política educacional brasileira é composta pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação e o
Plano Nacional da Educação. Ambas serão abordadas a seguir.
22
tendo uma nova recentralização das decisões na esfera federal que serão
fevereiro de 1998, justamente, segundo Saviani (2004), dois dias depois de ter
16
Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar-se um ano a partir da publicação desta
Lei. § 1º A União, no prazo de um ano a partir da publicação desta Lei, encaminhará, ao
Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educação, com diretrizes e metas para os dez anos
seguintes, em sintonia com a Declaração Mundial sobre a Educação para Todos.
23
LDB, que após 13 anos de discussões, em 1961 é aprovado, Lei nº. 4.024,
dentre outras.
24
Com tantas mudanças e novas leis, no final da década e início dos anos
da autora).
sempre há críticas, e com a nova LBD não foi diferente, para alguns críticos,
seus familiares.
vez que cada um tem o seu, abaixo estão alguns princípios de avanços ou
e ao dever do Estado:
Dever do Estado:
todos, inclusive aos que a ele não tiverem acesso na idade própria;
necessidades especiais;
pré-escolas;
não seja só mais uma pessoa alfabetizada, e sim um cidadão que saiba expor
suas idéias e respeitar dos seus companheiros, que seja democrático e tenha
uma visão do todo: econômica, política e social. Para isso é necessário que os
profissionais de Educação tenham uma visão voltada para a vida social e para
a cidadania.
Demo (1992, 1997 apud DEMO, 2004, p. 27) ressalta que a LDB “no
que “[...] alguns pontos presentes na LDB, vistos sob a ótica do Serviço Social,
relacionar com a comunidade e/ou vice-versa, mas para tanto é necessário que
ambos queiram.
Conselho Federal de Educação, porém não se tornou lei obrigatória por não ser
I – erradicação do analfabetismo;
Básicas de Aprendizagem.
30
os Municípios, com aprovação no prazo de um ano com metas para dez anos.
Valente e outros deputados, o mesmo, foi debatido durante muitos anos antes
17
FHC – Fernando Henrique Cardoso, presidente do Brasil de 1995-2002.
31
Substituto.
República para sanção. O mesmo vetou diversas metas, alegando ter sido
câmaras de vereadores.
O PNE engloba todos os níveis de ensino que uma pessoa pode ter.
Cada nível tem diretrizes, objetivos e metas para ser cumpridas. No primeiro
nível compreende:
Médio.
B – Educação Superior.
Educação Indígena.
que são:
educando.
países, dentre outros. Tudo isso, contribuiu com as inter-relações dos níveis de
dentre outros.
plano, e o mesmo plano ressalta que cada município tenha o seu Plano
fevereiro de 2008, decreto nº 7.538. Não iremos explanar todos os 127 artigos,
18
Todos os grifos encontrados são nossos, pois no regimento não há nenhum. Consideramos
importante destacar o que está relacionado ao Serviço Social, visto ser ele o eixo central deste
trabalho.
19
PREFEITURA DE AMERICANA. Disponível em: <http://devel.americana.sp.gov.br/American
aV5/americanaEsmv5_Index.php?ta=5&it=15&a=legislação>. Acesso em: 21 de fevereiro de
2008. Esta encontra-se anexa neste trabalho.
20
As atribuições e competências do Serviço Social na área da Educação será abordada
detalhadamente no item 2.4 Projeto Ético-Político Profissional e o Serviço Social na área da
Educação.
36
adequadamente;
saúde pública;
21
Os artigos que dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras providências, está
anexo na íntegra.
37
suplementadas, se necessário.
IV – Educação Especial;
22
A publicação da Lei foi em 15 de dezembro de 2003, porém até o ano de 2008, esta ainda
não entrou em vigor.
38
23
Sendo o total de 10 escolas: 6 CIEP’s, 1 CAIC e 3 EMEF’s. O horário
escolar (art. 12). O ensino tem duração de nove anos e são organizados em
preconceitos ou discriminações”.
Educação Básica:
culturais do país;
ministrado”.
Cada escola deve ter sua autonomia “em seus aspectos administrativos,
Classe nas Creches, EMEIS, Casa da Criança, EMEFs, CIEPs, CAIC e EJA;
39:
seguintes:
descentralização do poder;
aluno;
decisões coletivas;
o Projeto Político Pedagógico da Escola (art. 40), cada escola deve ter no seu
escola;
serem atingidas a curto, médio e longo prazo, bem como das ações a serem
Unidade Escolar.
conforme o artigo 17. Como parte desse processo as escolas terão que
Classe.
O CEC terá que ter caráter deliberativo (art. 20), contribuir com o
dos alunos, 40 % dos pais, 30% dos Professores e 10% servidores da unidade
CEC com direito a voz e voto”. As atribuições deste conselho estão no artigo 24
e são:
Educação Básica;
43
ligadas à Educação;
discussão da escola;
O Serviço Social poderá contribuir muito se, inserido no CEC, visto que é
Comunidade.
direito de voz, artigo 28. A finalidade deste conselho está descrita no artigo 32:
no âmbito da turma;
verificadas;
de experiências;
Além dos conselhos em cada escola, conta no regimento, artigo 67, algo
pela escola;
Pedagógico;
45
comunidade, bem como outros que venham a ser criados por legislação
podem desenvolver nada na escola. Eis a dúvida, será mesmo que nenhum
24
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) – referencial e instrumental para trabalhar com
temas transversais e atuais na sala de aula, tais como: ética, saúde, orientação sexual, meio
ambiente, trabalho e consumo.
46
educando.
compor o cenário escolar e quais são suas atribuições. Para não ficar extenso,
Professor I e Professor II, visto que são estes profissionais que estão próximos
espaço de intervenção.
47
- Atribuições do Diretor:
VII - cuidar para que o prédio escolar e suas instalações sejam mantidos
bom funcionamento;
equipamentos escolares;
unidade;
em que atua;
48
25
Há um equívoco quanto ao Serviço Social, a expressão usada no regimento “à assistente
social” se refere a uma profissão totalmente composta por mulheres, algo que não é
verdadeiro, ou o termo assistente era se referindo à assistência social.
49
social;
atividades afins;
comunidade;
unidade escolar;
pedagógicas extraclasse;
em que atua;
desempenho;
atividades afins;
comunidade;
Unidade Escolar;
pedagógicas extraclasses;
XXIV - elaborar metas próprias para a sua classe em conjunto com toda
a equipe;
e técnicos;
dos pais;
em que trabalha;
à consulta médica;
cotidianos;
preferência uniformizado.
artigo 88:
didáticos da escola;
55
A partir desse regimento verificamos que a escola tem sua função social,
Secretaria Municipal de Educação não está articulada para contribuir com essa
INTERDISCIPLINARIDADE
26
Modelo de sociedade que começou a surgir na primeira metade do século XV, e a se
expandir nos séculos XVII a XIX, criou as relações sociais, políticas, econômicas e culturais.
Transformou o mundo do trabalho no mundo da mercadoria, aumentando as desigualdades
sociais e o empobrecimento da classe subalterna, repercutindo negativamente no controle da
mesma pelo Estado.
27
[...] Questão social apreendida como o conjunto das expressões das desigualdades da
sociedade capitalista madura, que tem uma raiz comum: a produção social é cada vez mais
coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos
mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade. [...] (IAMAMOTO, 1998, p. 27,
grifo da autora).
57
ao próximo e vocação.
28
Prática profissional filantrópica e paternalista, no qual não objetiva a emancipação do
assistido, somente a superação momentânea de sua necessidade, reproduzindo a tutela,
controle político e ideológico.
58
Educação, faz com que não saibamos até quando o Assistente Social esteve
ressalta que,
reflexões sobre a formação da categoria, alguma coisa tinha que ser feita, e a
Ação Social de São Paulo (CEAS), ministrado pela Assistente Social belga
lutas sociais da classe trabalhadora que, cada vez mais, estavam se unindo,
29
Após muita pesquisa, encontramos só dois autores, Martins (2000) e Almeida (2007) que
abordam a gênese no Serviço Social na área da Educação, porém não aprofundam no contexto
histórico do mesmo. Martins cita o início e depois aborda os anos 80, Almeida aborda anos 80.
30
Citados acima e nas próximas linhas.
60
período varguista”.
contexto como agente apaziguador, em que tinha que controlar as revoltas com
país:
62
31
As expressões da questão social no Brasil fundamentam-se, principalmente, em
características marcantes, tais como: maior concentração de renda e riqueza do mundo, alto
índice de desemprego estrutural, desregulamentação e corte de gastos públicos na área social,
respondendo os ditames do projeto neoliberal, enfim, milhões de pessoas vítimas da exclusão
econômica, política, social e cultural. (MARTINS, 2000, p. 65)
63
este novo regime político que perdurou até 1985, obrigou os movimentos
populares a se retraírem.
insatisfeitos com a prática profissional se mobilizaram para lutar por mais uma
32
[...] prática empirista, reiterativa, paliativa e burocratizada, orientada por uma ética liberal-
burguesa, que, de um ponto de vista claramente funcionalista, visava enfrentar as incidências
psicossociais da “questão social” sobre indivíduos e grupos, sempre pressuposta a ordenação
capitalista da vida social como um dado factual ineliminável. (NETTO, 2005, p. 6)
33
Elaborado pelo Comitê Brasileiro de Conferência Internacional de Serviço Social (CBCISS),
no qual define a ação profissional do Serviço Social como um instrumento de desenvolvimento
humano tanto individual e coletivo.
34
Segundo Faleiros (2005, p. 23), “o Documento de Teresópolis, de 1970, põe ênfase no
conceito de necessidades humanas, segundo a formulação dada tanto pelo grupo de economia
e humanismo, como pelas Nações Unidas, buscando-se aquilatar a distância entre o
provimento de necessidades na realidade e os limites estruturais. Restringe-se, no entanto, à
consideração de uma realidade em seu movimento histórico mais imediato, sem relacioná-lo
com a dinâmica de classes, de opressão. As “funções” do Serviço Social foram elaboradas
ainda na perspectiva desenvolvimentista, articulando, no entanto, economia e cultura (ver
CBCISS, 1971). O Serviço Social, desse modo, deve buscar atenuar situações de carências e
adequar-se às formas de mudanças e de crescimento estabelecidas pelos grupos
hegemônicos”.
64
Serviço Social crítico, em que assumiu uma identidade junto aos movimentos
sociais, sendo seu objeto real o “não mudar o comportamento ou meio, mas
contribuir para organização e mobilização social nas lutas específicas, seja por
35
O Projeto Ético-Político Profissional será explanado no item 2.4.
66
[...] sabe-se já, por demasiado, que indivíduos sozinhos não têm
condições de se fortalecer. A construção das redes é processual e
dinâmica, envolvendo tanto a família como os amigos, os vizinhos, os
companheiros de trabalho, partido, sindicato, como redes formais das
organizações de saúde, de assistência, Educação ou outras [...]. (op.
cit. p. 24, grifo nosso).
tendências observadas no campo das políticas sociais a partir dos anos 1980:”
36
Segundo Faleiros, a rede é uma articulação de atores em torno, [...], de uma questão
disputada, de uma questão ao mesmo tempo política, social, profundamente complexa e
processualmente dialética. Trabalhar em rede é muito mais difícil do que empreender a
mudança de comportamento, bastando para isto um bom marketing, ou realizar a intervenção
no meio, ou estimular o eu, e mesmo reivindicar serviços. É a superação do voluntarismo e do
determinismo, da impotência diante da estrutura e da onipotência da crença de tudo poder
mudar. Na intervenção de redes, o profissional não se vê nem impotente nem onipotente, mas
como um sujeito inserido nas relações sociais para fortalecer, a partir das questões históricas
do sujeito e das suas relações particulares, as relações destes mesmos sujeitos para
ampliação de seu poder, saber, e de seus capitais. Trata-se de uma teoria relacional do poder,
de uma teoria relacional de construção da trajetória. (1999, 25).
67
como também vincula “no campo sócio-jurídico, das políticas para a infância e
porém foi vetado pelo governador de Paulo Maluf (ALMEIDA, 2000, p. 20). As
na esfera federal;
dele necessitarem.
37
Disponível em: http://www.cress-sp.org.br/index.asp?fuseaction=info&id=220. Acessado em
27 de junho de 2008.
38
Comissão de constituição e justiça e de cidadania. Redação final projeto de lei nº 3.688-c de
2000 [mensagem coletiva]. Mensagem recebida por <jaque.serv.social@gmail.com> em 17 de
outubro de 2007.
69
Art. 2º Esta lei entra em vigor um ano após a data de sua publicação.
39
Sabemos que o Estado de São Paulo não é o único a ter o Serviço Social na área
educacional, porém não conseguimos nenhum referencial que aborda a questão municipal e
muito menos estadual de outros Estados. Informalmente sabemos que Rio de Janeiro, Goiás,
Porto Alegre/RS possuem Assistentes Sociais na Educação.
70
segundo Martins, esse período “coincide com a instituição da LDB de 1996 que
Antonina.
Martins (p. 104 – 110) aponta seis motivos para essas implantações:
projetos sociais [Bolsa Família, Renda Cidadã, Ação Jovem] de iniciativa dos
cada município [...]” (p. 109), tais como: Franca - prestação de atendimento
municipais e as conveniadas.
Serviço Social vai muito além do que outras categorias profissionais conhecem
profissional interdisciplinar.
importante e cada vez mais vem se unindo em redes setoriais para dar
40
Segundo Faleiros (2005, p. 32), a “questão social” é definida formalmente como objeto do
Serviço Social.
73
profissional interdisciplinar.
antes era universal, homogênea e com vínculos entre si. Esta transformação
interdisciplinar.
atitude, atitude esta que não devem e nem é para anular a contribuição do
outro, e sim para reconhecer seus limites e dar abertura para novos saberes e
palavra em questão por não saber diferenciar. Vejamos as quais são e suas
diferenças:
diretrizes.
cada vez mais vem utilizando-a em seu campo de atuação (as instituições),
Psicólogos.
totalidade por não ser de sua “competência”, mas muito ajudaria em seu
trabalho se a percebesse.
ao diálogo constante.
desse mundo e fazer a grande diferença em uma vida. Sabemos que quanto
espaço nos locais onde já atua e vem lutando para concretizar sua inserção em
modo que nenhum ocupe o lugar do outro e que o Assistente Social realize seu
no sucesso escolar”.
dizia que cada tempo tem novas características. Na Idade Média a Educação
subalterna contemporânea.
41
No capítulo I deste, abordamos as transformações da Educação desde sua gênese à sua
contemporaneidade.
80
honra.
formação, e sim, como parte do contexto social e estimulá-las cada vez mais a
preparar a pessoa para ser cidadão e exercer a plena cidadania vivendo como
povo.
meio pela qual a sociedade renova sua própria existência de acordo com as
obrigações do Estado.
está totalmente relacionada ao Estado. Durkheim (op. cit., p. 48) defende que
tudo o que está relacionado à Educação deve ter influência do Estado, e este
obrigações para com ela, visto que ela é quem socializa o homem. Essa visão
Com isso o Estado vem se esquivando cada vez mais das suas
econômica e cultural.
dos problemas impostos pelo sistema capitalista e vem afirmando que ela tem
sociedade.
educativas e preventivas.
ensino-aprendizado ou pessoal-familiar.
do Serviço Social, cuja função está na luta pela conquista da cidadania através
do Serviço Social.
Educação
42
Os artigos que dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras providências, está
anexo na íntegra.
86
afirmar que essa outra categoria pode ser a dos profissionais da Educação -
“partilham” com a luta geral dos trabalhadores, visto que o educador passa a
maior parte do seu tempo em contato com seus filhos, e querendo ou não,
87
estes trazem para a Escola o contexto atual que sua família está vivendo, e,
Política Social.
Como também,
outros;
sociais;
profissão;
criança e adolescente;
89
cultural do educando;
interdisciplinar;
da Assistente Social43.
da escola.
que contribua com a sua mobilização social visando à conquista dos direitos
sociais.
onde a mesma se insere. “É nesse espaço de conflito e com este sentido, que
população sobre seus direitos sociais e meios de ter acesso aos mesmos”.
Americana.
91
CAMPO EDUCACIONAL
“Há escolas que são gaiolas. E há escolas que são asas, que existem
para dar aos seus alunos a coragem de voar”. (RUBEM ALVES).
que em seu artigo 1º "Institui o Serviço Social Escolar nas Escolas Municipais
nesse campo.
44
PREFEITURA DE AMERICANA. Disponível em: <http://devel.americana.sp.gov.br/American
aV5/americanaEsmv5_Index.php?ta=5&it=15&a=legislação>, Acesso em: 21 de fevereiro de
2008.
93
1826, possui uma área territorial de 581,0 km². Situa-se ao leste do Estado de
Conceição e Iracemápolis.
Tietê-Paraná, importante via que a liga aos estados do Sul do país e aos
países do Mercosul.
cidade é de 428,65 hab./km2. A mortalidade infantil (até 1 ano por mil) é de 9,5
45
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Limeira, Acesso em: 02 de novembro de 2008.
46
Fonte: PNAD/IBGE – 2005, Disponível em: http://www.todospelaeducacao.org.br/Numeros.a
spx?cidade=3526902&estado=SP&ano=2005&boletim=3&pesquisa=1&action=42, Acesso em:
02 de novembro de 2008.
94
máquinas e implementos.
capita de R$ 15.173,00.
autarquias municipal.
Transportes.
47
Disponível em: http://www.limeira.sp.gov.br/file/, Acesso em: 02 de novembro de 2008.
95
carente do município.
setoriais.
de Informática).
48
Disponível em: http://www.limeira.sp.gov.br/secretarias/ceprosom/files/oque/index.htm,
Acesso em: 02 de novembro de 2008.
49
Dados consultados em: http://www.limeira.sp.gov.br/secretarias/sme/, Acesso em: 02 de
novembro de 2008.
50
O Setor de Serviço Social Escolar será abordado no próximo item - Trajetória do Serviço
Social na área da Educação no Município de Limeira/SP.
96
Limeira/SP
51
Com base no texto disponível em: http://www.servicosocialescolar.com.br/textos.php. Acesso
em: 27 de outubro de 2008.
97
Social do Município.
52
O setor de Serviço Social de Limeira afirma que o termo correto a ser utilizado é “Serviço
Social na área da Educação”, já que o campo de atuação destas profissionais extrapola os
limites escolares. Entretanto, após inúmeros debates e discussões, inclusive com o órgão
representativo da categoria – CRESS/SP optou-se pela utilização do termo “Serviço Social
Escolar”, o qual caracteriza este determinado setor no município, tornando-se um referencial
para população na área da Educação.
98
escola.
comunitária.
Os 14 processos55 são:
54
Segundo o Setor de Serviço Social Escolar de Limeira, a rede de atuação se consolida por
meio de reuniões periódicas entre os diversos atores envolvidos com os equipamentos de
prestação de serviços em todas as regiões do município.
55
Dados coletados do site: http://www.servicosocialescolar.com.br/textos.php.
100
trabalho profissional.
saúde.
educacionais.
aprimoramento contínuo.
das unidades escolares, junto às famílias dos alunos sempre que necessárias.
Prefeitura.
de alunos das unidades escolares, por meio de parceria com uma cooperativa
projeto conta com um médico pediatra da rede pública que realiza visitas
legislação vigente.
possui uma área territorial de 134 km2. Está localizada na região centro-leste
Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo
e de 15 ou mais, 10,0%57.
em IDH do estado de São Paulo, e a 59º do Brasil, além de ser a cidade com a
América Latina. Americana é a 72ª cidade mais rica do Brasil e a 4ª mais rica
57
Fonte: PNAD/IBGE – 2005, Disponível em: http://www.todospelaeducacao.org.br/Numeros.
.aspx?cidade=3501608&=SP&ano=2007&boletim=3&pesquisa=1&action=42, Acesso em: 02
de novembro de 2008.
58
Disponível em: http://devel.americana.sp.gov.br/americanaV5/americanaEsmv5_Index.php,
Acesso em: 02 de novembro de 2008.
105
(CAIC).
ao Educando
são 10: Politec, Colégio Bandeirantes, Colégio D. Pedro II, Serviço Nacional de
Americana.
Educação em Americana/SP
Para amenizar e/ou até mesmo mudar o atual cenário, alguns municípios
anteriormente.
sancionado pelo Prefeito Sr. Erich Hetzl Junior, através da Lei municipal nº
Americana.
59
Dado extraído do artigo “Caracterização da Rede Municipal de Americana”, disponível em
http://www.seamericana.com.br/escolas/index.php?blog=57&cat=769. Acessado em 23 de julho
de 2008.
60
Este é abordado detalhadamente no capítulo 2, com detalhes sobre o Serviço Social no
campo Educacional, quais municípios do estado de São Paulo já implantaram e quais as
práticas profissionais que o Assistente Social na Educação Escolar deve realizar, dentre outros.
61
MOREIRA, Jaqueline Priscila Gonçalves; PENATTI, Neusa Maria Ferraz Costa. Artigo: A
Educação e o Serviço Social em Americana. 03 de junho de 2008. Disponível em
www.unisal.br/noticias.
108
âmbito escolar.
realizado.
disciplina.
62
Capacitação específica em que o discente de Serviço Social escolhe um tema de seu
interesse, dentre outros, para especializar-se durante um ano, cumprindo uma carga horária de
72 horas.
63
Este artigo está publicado na Revista de Ciências da Educação, ano IX – no. 16 – 1º.
Semestre/2007-Americana/SP.
109
Bazo, Raquel Costa de Oliveira, Ilza Luiz dos Santos Camargo, Cássia Ribeiro
Tópico Avançado em Serviço Social Escolar, ministrado pela mesma Profª Mst.
Nesse ano, por solicitação dos alunos foi realizado uma mesa de debate
Limeira e Itatiba.
desafios para a implantação da Lei por parte do poder público, foi entrevistado
Educação.
Social?
preciosas.
- Diretores de Limeira
em seu questionário.
64
A pesquisadora optou em aplicar os questionários através de entrevista pessoalmente aos
profissionais de Limeira. Por serem muitos, o Setor de Serviço Social Escolar de Limeira
preferiu que os questionários, demonstrados no apêndice, fossem enviados via correio, sendo
da responsabilidade do setor a entrega e recolhimento dos mesmos. O número de Assistentes
Sociais e Diretores foram informados pelo mesmo setor em agosto de 2008.
112
O início da coleta dos dados deu-se por meio de uma entrevista direta
Lei.
matriculados;
65
Dado coletado na Secretaria Municipal de Educação de Americana, em 28 de outubro de
2008.
66
Nomes das escolas extraído do site: www.seamericana.com.br e números de
matriculados informados pela secretaria de cada escola.
113
se a data e horário para ser recebida pelos Diretores nas escolas citadas
anteriormente.
com uma.
67
Optamos pelo total de 40 Professores para o resultado da pesquisa, que buscou verificar o
conhecimento que os Professores têm sobre o Serviço Social na Educação Escolar e quais as
dificuldades que os mesmos encontram nas escolas, ser mais legítimo cientificamente e
politicamente.
114
desarticulada.
2005, recebeu 9 respostas, sendo, 7 com o questionário, 1 que não mora mais
68
A docente do Tópico Avançado em Serviço Social Escolar entregou uma lista contendo os
nomes dos alunos que o cursaram. Com seu auxílio, de outra docente e alguns alunos, foi
verificado quem morou ou mora em Americana e seus respectivos e-mails de contato ou
telefone.
115
mesmo e-mail, entrou em contato por telefone com duas Assistentes Sociais, e
69
Os questionários utilizados para a coleta dos dados pesquisados e que, são demonstrados
neste capítulo, estão nos apêndices deste trabalho.
116
Já na pesquisa qualitativa,
o pesquisador participa, compreende e interpreta. Cada caso é tido
como único, particular e não-repetível. [...] a análise qualitativa toma
estes dados como parte de um contexto fluente de relações, não
apenas como coisas isoladas ou acontecimentos fixos captados num
instante de observação. Os dados não se restringem ao aparente,
mas contém ao mesmo tempo revelações e ocultamentos. Dá-se
importância tanto ao conteúdo manifesto das ações e falas, quanto ao
que é latente ou ocultado. (op. cit., 106, grifo dos autores).
dados coletados.
50%.
GêneroQtde.%Feminino
6100%Masculino00%Total 61
IdadeQtde.%31 a 40 anos116,7%41
Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
a 50 anos350,0%51 a 60 meses de agosto a outubro de 2008.
anos116,7%não
informou116,7%Total 6100%
Tempo de atuação
como Assistente SocialQtde.%01 a
05 anos350%06 a 10 anos233%20
anos117%Total 6100% Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
meses de agosto a outubro de 2008.
118
fazendo a análise junto com a tabela e gráfico 02, essa mesma porcentagem
escolha pela profissão aconteceu após terem mais experiência de vida pessoal
e social.
Tempo de atuação
na EducaçãoQtde.%6 meses a 5
anos583%6 a 10 anos117%Total
6100% Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
meses de agosto a outubro de 2008.
Já ouviram e/ou
estudaram sobre
Serviço Social na
Educação antes da Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
inserção nesta áreaQtde. meses de agosto a outubro de 2008.
%Sim233%Não467%Total 6100%
119
área da Educação não foi, e continua não sendo tão divulgado, 67% das
campo novo de atuação e que está sendo explorado por Assistentes Sociais
Opinião sobre
Educação
Pública de LimeiraQtde. Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
meses de agosto a outubro de 2008.
%Ótima350%Boa233%Regular117%
Ruim00%Total6100%
regular.
Relacionamento do
Assistente Social
com o alunoQtde.
%Ótimo467%
Ó B
Bom233% R
Regular00% Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
meses de agosto a outubro de 2008.
R
Ruim00% T
Total 6100%
T
considera bom.
Relacionamento do
Assistente Social
com profissionais da
EducaçãoQtde. Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
%Ótimo350%
Ó B
Bom233% Regular117 meses de agosto a outubro de 2008.
%Ruim00%
R Total 6100%
T
Nota-se que mais de 50% das Assistentes Sociais têm uma relação
atendidos.
Serviço Social na conquista dos Direitos Sociais àqueles que por si só não
conseguem a conquista.
Gráfico 09
Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos meses de agosto a outubro de 2008.
que vivemos.
Segundo o CFESS,
psicanalistas.
funcionários da escola.
essas dificuldades.
70
Dado coletado no IV Encontro Estadual de Serviço Social e Educação, no dia 8 de agosto de
2008, realizado no ISCA Faculdades pela Prefeitura Municipal e Secretaria Municipal da
Educação de Limeira/SP.
124
na relação do educador/educando.
O Serviço Social
contribui para que
os profissionais
da Educação se
atentem quanto às Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
meses de agosto a outubro de 2008.
dificuldades existentes na relação
educador/educandoQtde.
%Sim6100%Não00%Total 6100%
125
educador/educando.
descrições:
profissional.
126
(Zafira, 41 anos; Ametista, 51; Pérola, 60; Diamante, 46; e Turmalina, 47).
antiquada que, dependendo como for e de quem for essa visão, dificulta a
item, nos confirmam que o Serviço Social tem mais um espaço de atuação
GêneroQtde.%Feminino
343%Masculino457%Total 7100%
Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
meses de agosto a outubro de 2008.
IdadeQtde.%31 a 40 anos343%41 a
Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
50 anos229%51 a 60 anos114%não meses de agosto a outubro de 2008.
informou114%Total 7100%
Tempo de atuação
na EducaçãoQtde.%11 a 20
anos457%21 a 30 anos343%Total
7100% Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
meses de agosto a outubro de 2008.
anos.
idade e 29% entraram com 28 anos, ou seja, mais da metade iniciou o trabalho
bem jovens.
De acordo com a tabela e gráfico 14, 86% dos Diretores consideram boa
unânimes.
Diretor com o aluno e com o Assistente Social são considerados ótimo para
para com a Assistente Social, sendo ótimo para 57% dos Diretores e bom para
Escolar.
Gráfico 20
133
Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos meses de agosto a outubro de 2008.
encontradas nas escolas pelos Diretores, elas não se diferem muito das
sendo: - Lidar com a ansiedade dos pais por a U.E. ser nova! (Begônia, s/d).
encaminhamento.
escola.
135
escola que a direção não tem soluções adequadas para conseguir resolver e o
por eles.
Diretores:
Martins (2007):
escola:
município de Americana.
Educação.
nas escolas, citou o município de Limeira, mas não quis avaliá-lo, uma vez que
drogas.
140
por si só, realmente, não consegue resolver e é afetada totalmente por elas no
processo do ensino-aprendizagem.
interdisciplinar.
“Minha parte já foi feita. A Educação não tem que pagar toda
a conta... A Promoção Social quer que a Educação pague a
conta. Quem paga a conta dos dentistas na escola é a Saúde,
não a Educação... Sabemos que na escola bem ou mal tudo
funciona”.
mesma como um todo, pois a Lei é muito clara, consta que o Poder Executivo
141
política.
(...)
III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;
(...)
V – realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos
sistemas de ensino. (grifo do autor).
assistencial.
profissionais de Serviço Social que conhecem e militam por este novo campo
área.
Diretores.
- Diretores:
GêneroQtde.%Feminino
770%Masculino330%Total
Tabela 23: Faixa 10100%
etária Gráfico
Fonte: Pesquisa 23 realizada pela autora nos
documental
meses de agosto a outubro de 2008.
IdadeQtde.%31 a 40 anos440%41 a
Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
50 anos330%51 a 60 anos220%não meses de agosto a outubro de 2008.
informou110%Total 10100%
144
Tempo de atuação
na EducaçãoQtde.%10 a 19
anos550%20 a 29 anos330%30 a 39
Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
anos00%40 a 49 anos110%não meses de agosto a outubro de 2008.
informou110%Total 10100%
anos.
anos, 30% têm 20 a 29 anos, 10% têm entre 40 a 49 anos, e um Diretor não
respondeu.
boa.
Diretores com os alunos é considerado bom para 70% dos entrevistados e 30%
considera ótimo.
Relacionamento
do Diretor com os
Profissionais da EscolaQtde.
%Ótimo110%Bom880%Regular110 Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
%Ruim00%Total10100% meses de agosto a outubro de 2008.
Gráfico 28
Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos meses de agosto a outubro de 2008.
de funcionários.
Conhecimento sobre
a inserção do
Assistente Social na
Educação Qtde. %
Sim 5 50%
Não 5 50%
Total 10 100%
que 50% dos Diretores já ouviram falar e, 50% não ouviram nada.
Conhecimento
sobre a Lei
nº 3.950/03Qtde.
%Sim220%Não880%Total Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
10100% meses de agosto a outubro de 2008.
Diretores disseram que sim e, 80% dos Diretores não conheciam a Lei.
Obtivemos a resposta:
pesquisadora.
150
“- Estrutura familiar.
- Triagem p/ especialistas (Psicólogo/fonoaudiólogo).
- Intercâmbio entre escola/família”. (Artes, 41 anos)
“Visita as famílias onde atuando em equipe com a escola
ofereça relatos reais do meio onde a criança vive e assim,
ampliando as possibilidades da escola em alcançar os
objetivos propostos no processo ensino-aprendizagem dos
alunos partindo dessa nova visão, e claro a opinião de um
outro profissional com um outro ponto de vista enriquecerá a
discussão pedagógica”. (História, 32 anos)
seguinte dados:
aprendizado;
- 38% apontam que quem leciona na rede pública não ensina, mas ajuda
o aluno a sobreviver.
72
GENTILE, Paola. A Educação, vista pelos olhos do Professor. Revista Nova Escola. São
Paulo: Editora Abril, novembro de 2007, p. 33-39.
151
acredita que a inserção dos assistentes sociais nas escolas particulares é uma
questão de tempo.
- Professores:
Gênero Qtde. %
Feminino 33 82%
Masculino 7 18%
Total 40 100%
Idade Qtde. %
21 a 30 anos 9 23%
31 a 40 anos 8 20%
41 a 50 anos 14 34%
51 a 60 anos 3 8%
61 a 70 anos 2 5%
Não informou 4 10%
Total 40 100%
Opinião sobre
Educação
Pública de AmericanaQtde.
%Ótima1332%Boa2153%Regular615
%Ruim00%Total 40100% Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
meses de agosto a outubro de 2008.
155
alunos por sala e ouvir mais o corpo docente e discente. Como também,
Professores:
Relacionamento do Professor
com o alunoQtde.
%Ótimo1332%Bom2665%Regular
13%Ruim00%Total 40100% Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
meses de agosto a outubro de 2008.
Relacionamento do Professor
com os profissionais da Escola
Qtde.
%Ótimo1742%Bom2255%Regular
00%Ruim13%Total 40100%
Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
meses de agosto a outubro de 2008.
157
gráfico 27.
Gráfico 38
Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos meses de agosto a outubro de 2008.
158
Diante desses aspectos, tabela e gráfico 38, é correto afirmar que tanto
Social.
entre alunos e seus familiares foi mais citada pelos Professores (14%) e menos
as dificuldades:
próprio Professor:
pelo insucesso da garotada, mas a escola, que precisa rever sua missão e seu
enfrentados pela grande maioria dos educandos através de sua família, bem
família não deve ser totalmente deixada de lado, sua participação na vida
Conhecimento sobre
a inserção do
Assistente Social na
EducaçãoQtde.
%Sim2050%Não2050%Total Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
meses de agosto a outubro de 2008.
40100%
Social na área da Educação contribuiu e contribui muito para que cada vez
Social.
162
Conhecimento
sobre a Lei
nº 3.950/03Qtde.
%Sim512%Não3588%Total
Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
40100% meses de agosto a outubro de 2008.
Professora Lápis, 44 anos, respondeu que ouviu dizer “que fariam parte do
Pública poderá atender na escola, 85% dos Professores, assim como 80% dos
“- Relacionamento familiar;
- Evasão Escolar (quando ocorrer);
- Questões disciplinares graves;
- Encaminhamento para órgãos específicos que cuida da
Saúde do Educando”. (Papel, 40 anos)
seguinte resposta:
opinião dos Diretores: 80% acreditam que Sim, e 20% não responderam –
educador/educando e família.
Desenho, 40 anos:
73
“A ausência do Assistente Social na escola, mais as expressões da questão social do aluno
somado à função dos profissionais de Educação: escolarização de mais de 30 alunos em sala
de aula, dificulta que o educador/educando tenha um relacionamento mais “aberto”, em que o
professor perceba e conheça a raiz da dificuldade do aluno no processo de ensino-
aprendizado”.
166
Pública de Americana.
GêneroQtde.
%Feminino787%Masculino113%Tot
al 8100%
Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
meses de agosto a outubro de 2008.
Sociais entrevistadas.
gráficos 44, sendo que 64% estão atuando de 1 a 4 anos e 12% dos
desempregado.
Setor de atuaçãoQtde.
%Público340%Privado112%Terceiro
Setor112%Outros112%Não
Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
respondeu112%Desempregada112% meses de agosto a outubro de 2008.
Total 8100%
168
Segmento de atuaçãoQtde.
%Criança/Adolescente
112%Saúde112%Assistência Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
Social 340%Empresa112%Não meses de agosto a outubro de 2008.
respondeu112%Desempregada11
2%Total 8100%
respostas: por gostar de trabalhar com criança e adolescente, por ser um novo
uma Instituição Escolar Privada, por ter feito pesquisa nessa área e por
responderam que sim e 50% responderam que não – tabela e gráfico 48.
essa pesquisa, uma vez que dos membros que foram atuantes na Comissão,
A categoria profissional do
Serviço Social está
articulada para contribuir
com a implantaçãoQtde. Fonte: Pesquisa documental realizada pela autora nos
%Sim00%Não8100%Total meses de agosto a outubro de 2008.
8100%
considera Ótima, 12% consideram Boa, 50% acreditam ser Regular, 26%
3.950.
que Não.
município de Americana.
174
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sugerimos que este estudo não termine aqui, que venha suscitar aos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BONETTI (org)... [et. al.]. Serviço Social e Ética: Convite a uma nova práxis. 6ª
edição. São Paulo: Cortez, 2005.
CURY, Carlos Roberto Jamil; HORTA, José Silvério Bahia; BRITO, Vera Lúcia
Alves de. Medo à liberdade e compromisso democrático: LDB e Plano
Nacional de Educação. São Paulo: Editora do Brasil, 1997.
MELO, Ana Inês Simões Cardoso de; ALMEIDA, Gláucia Elaine Silva de.
Interdisciplinaridade: possibilidades e desafios para o trabalho profissional. In.:
Capacitação em Serviço Social e Política Social, módulo 4: O trabalho do
assistente social e as políticas sociais. Brasília: UnB, Centro de Educação
Aberta, Continuada a Distância, 2000, p. 225-239.
PENATTI, Neusa Maria Costa Ferraz. et. al. Expressões da Questão Social no
Espaço Escolar do Ensino Fundamental de Americana/SP. Revista de Ciência
da Educação. Publicação periódica do Centro UNISAL, sob a Coordenação do
Programa de Mestrado em Educação. Ano IX, nº 16, 1º semestre/1007.
Sites Acessados
APÊNDICES
I – Identificação:
Pseudônimo: Amor - Gênero: ( ) F ( ) M - Idade: _______
Quanto tempo atua como Assistente Social: ___________
Quantos anos está atuando na Educação: _____________
II – Perguntas:
1. Durante sua formação acadêmica, você ouviu e/ou estudou sobre o Serviço
Social na área da Educação?
( ) Sim ( ) Não
OBRIGADA!
Obs.: Pesquisa realizada por Jaqueline Priscila Gonçalves Moreira, aluna do 4º ano, Serviço
Social, UNISAL, Americana/SP, sob orientação da Profª Mst. Neusa M. Ferraz Costa Penatti,
intitulada: “Serviço Social e Educação na Interdisciplinaridade: avanços e desafios”.
186
I – Identificação:
Pseudônimo: Orquídea - Gênero: ( ) F ( ) M - Idade: _______
Escola de atuação: ______________________________________________
Quantos anos está atuando na Educação: _____________
II – Perguntas:
1. Para você a Educação Pública Municipal de Limeira é:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
( ) Violência
( ) Outras. Citar __________________________________________________
OBRIGADA!
Obs.: Pesquisa realizada por Jaqueline Priscila Gonçalves Moreira, aluna do 4º ano, Serviço
Social, UNISAL, Americana/SP, sob orientação da Profª Mst. Neusa M. Ferraz Costa Penatti,
intitulada: “Serviço Social e Educação na Interdisciplinaridade: avanços e desafios”.
188
I – Identificação:
Idade: _______ Quanto tempo atua na área: _________________
Local de atuação: _________________________________________
II – Perguntas:
1. Para o senhor como é a Educação Pública Municipal de Americana?
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
11. Para o senhor, como você pode contribuir para agilizar a regulamentação?
R. _____________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
OBRIGADA!
Obs.: Pesquisa realizada por Jaqueline Priscila Gonçalves Moreira, aluna do 4º ano, Serviço
Social, UNISAL, Americana/SP, sob orientação da Profª Mst. Neusa M. Ferraz Costa Penatti,
intitulada: “Serviço Social e Educação na Interdisciplinaridade: avanços e desafios”.
190
( ) Diretor/a ( ) Professor/a
Pseudônimo: Caneta - Gênero: ( ) F ( ) M - Idade: _______
Escola de atuação: __________________________________Série: ________
Quantos anos está atuando na Educação: _____________
II – Perguntas:
1. Para você a Educação Pública Municipal de Americana é:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
10. O Serviço Social pode contribuir para que os demais profissionais da área
educacional se atentem para as dificuldades existentes na relação
educador/educando?
( ) Sim ( ) Não
De que modo? ___________________________________________________
_______________________________________________________________
OBRIGADA!
Obs.: Pesquisa realizada por Jaqueline Priscila Gonçalves Moreira, aluna do 4º ano, Serviço
Social, UNISAL, Americana/SP, sob orientação da Profª Mst. Neusa M. Ferraz Costa Penatti,
intitulada: “Serviço Social e Educação na Interdisciplinaridade: avanços e desafios”.
192
I – Identificação:
Pseudônimo: Roxo - Gênero: ( ) F ( ) M - Idade: _______
Quanto tempo atua como Assistente Social: ___________
Qual setor : ( ) Público ( ) Privado ( ) Terceiro Setor ( ) Outros _________
Qual segmento: ( ) Criança/Adolescente ( ) Saúde ( ) Idoso ( ) Assistência
Social
II – Perguntas:
1. Comente como despertou seu interesse pelo Serviço Social na Educação.
R. _____________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
OBRIGADA!
Obs.: Pesquisa realizada por Jaqueline Priscila Gonçalves Moreira, aluna do 4º ano, Serviço
Social, UNISAL, Americana/SP, sob orientação da Profª Mst. Neusa M. Ferraz Costa Penatti,
intitulada: “Serviço Social e Educação na Interdisciplinaridade: avanços e desafios”.
194
ANEXOS
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da Educação Escolar, garantidos, na forma da lei, planos
de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das
redes públicas;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade;
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da Educação Escolar pública,
nos termos de lei federal.
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados
profissionais da Educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação
de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
Art. 208. O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de:
I - ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para
todos os que a ele não tiverem acesso na idade própria;
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente
na rede regular de ensino;
IV - Educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo
a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
74
Texto consolidado até a Emenda Constitucional nº 56 de 20 de dezembro de 2007.
Disponível em: http://www.senado.gov.br/sf/legislacao/const. Acessado em: 27 de outubro de
2008.
195
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais
das escolas públicas de ensino fundamental.
§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às
comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de
aprendizagem.
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada,
para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no caput deste artigo, serão considerados os
sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das
necessidades do ensino obrigatório, nos termos do plano nacional de Educação.
§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art.
208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros
recursos orçamentários.
§ 5º A Educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição
social do salário-Educação, recolhida pelas empresas na forma da lei.
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-
Educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na
Educação básica nas respectivas redes públicas de ensino.
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a
escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:
I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em
Educação;
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou
confessional, ou ao poder público, no caso de encerramento de suas atividades.
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o
ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de
196
recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da
residência do educando, ficando o poder público obrigado a investir prioritariamente na
expansão de sua rede na localidade.
§ 2º As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro do
poder público.
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de Educação, de duração plurianual, visando à
articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações
do poder público que conduzam à:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.
197
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à Educação, visando ao pleno desenvolvimento
de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho,
assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem
como participar da definição das propostas educacionais.
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede
regular de ensino.
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a
calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de
crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a
destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas
para a infância e a juventude.
75
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L8069.htm. Acessado em: 27 de
outubro de 2008.
198
Artigo 2º - O Serviço Social Escolar será exercido por profissionais habilitados nos termos da
Lei Federal nº 8.662, de 07 de junho de 1993, ficando o Poder Executivo autorizado a criar na
estrutura da Secretaria de Educação, pelo menos um cargo de Assistente Social por
equipamento educacional da rede municipal de ensino, ampliando-se proporcionalmente ao
número de alunos atendidos por equipamento.
Artigo 3º - As despesas decorrentes da aplicação da presente lei correrão à conta das dotações
próprias consignadas no Orçamento, suplementadas, se necessário.
76
Disponível em: <http://devel.americana.sp.gov.br/AmericanaV5/americanaEsmv5_Index.php?
ta=5&it=15&a=legislação>. Acesso em: 21 de fevereiro de 2008.
199
Art. 9º O fórum máximo de deliberação da profissão para os fins desta lei darse-á nas reuniões
conjuntas dos Conselhos Federal e Regionais, que inclusive fixarão os limites de sua
competência e sua forma de convocação.
Art. 10. Compete aos CRESS, em suas respectivas áreas de jurisdição, na qualidade de órgão
executivo e de primeira instância, o exercício das seguintes
201
atribuições:
I - organizar e manter o registro profissional dos Assistentes Sociais e o cadastro das
instituições e obras sociais públicas e privadas, ou de fins filantrópicos;
II - fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de Assistente Social na respectiva região;
III - expedir carteiras profissionais de Assistentes Sociais, fixando a respectiva taxa;
IV - zelar pela observância do Código de Ética Profissional, funcionando como Tribunais
Regionais de Ética Profissional;
V - aplicar as sanções previstas no Código de Ética Profissional;
VI - fixar, em assembléia da categoria, as anuidades que devem ser pagas pelos Assistentes
Sociais;
VII - elaborar o respectivo Regimento Interno e submetê-lo a exame e aprovação do fórum
máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS.
Art. 11. O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) terá sede e foro no Distrito Federal.
Art. 12. Em cada capital de Estado, de Território e no Distrito Federal, haverá um Conselho
Regional de Serviço Social (CRESS) denominado segundo a sua jurisdição, a qual alcançará,
respectivamente, a do Estado, a do Território e a do Distrito Federal.
§1º Nos Estados ou Territórios em que os profissionais que neles atuam não tenham
possibilidade de instalar um Conselho Regional, deverá ser constituída uma delegacia
subordinada ao Conselho Regional que oferecer melhores condições de comunicação,
fiscalização e orientação, ouvido o órgão regional e com homologação do Conselho Federal.
§2º Os Conselhos Regionais poderão constituir, dentro de sua própria área de jurisdição,
delegacias seccionais para desempenho de suas atribuições executivas e de primeira instância
nas regiões em que forem instalados, desde que a arrecadação proveniente dos profissionais
nelas atuantes seja suficiente para sua própria manutenção.
Art. 13. A inscrição nos Conselhos Regionais sujeita os Assistentes Sociais ao pagamento das
contribuições compulsórias (anuidades), taxas e demais emolumentos que forem estabelecidos
em regulamentação baixada pelo Conselho Federal, em deliberação conjunta com os
Conselhos Regionais.
Art. 14. Cabe às Unidades de Ensino credenciar e comunicar aos Conselhos Regionais de sua
jurisdição os campos de estágio de seus alunos e designar os Assistentes Sociais
responsáveis por sua supervisão.
Parágrafo único. Somente os estudantes de Serviço Social, sob supervisão direta de
Assistente Social em pleno gozo de seus direitos profissionais, poderão realizar estágio de
Serviço Social.
Art. 15. É vedado o uso da expressão Serviço Social por quaisquer pessoas de
direito público ou privado que não desenvolvam atividades previstas nos arts. 4º e 5º desta lei.
Parágrafo único. As pessoas de direito público ou privado que se encontrem na situação
mencionada neste artigo terão o prazo de noventa dias, a contar da data da vigência desta lei,
para processarem as modificações que se fizerem necessárias a seu integral cumprimento, sob
pena das medidas judiciais cabíveis.
Art. 16. Os CRESS aplicarão as seguintes penalidades aos infratores dos dispositivos desta
Lei:
I - multa no valor de uma a cinco vezes a anuidade vigente;
II - suspensão de um a dois anos de exercício da profissão ao Assistente Social que, no
âmbito de sua atuação, deixar de cumprir disposições do Código de Ética, tendo em vista a
gravidade da falta;
III - cancelamento definitivo do registro, nos casos de extrema gravidade ou de reincidência
contumaz.
§1º Provada a participação ativa ou conivência de empresas, entidades, instituições ou firmas
individuais nas infrações a dispositivos desta lei pelos profissionais delas dependentes, serão
estas também passíveis das multas aqui estabelecidas, na proporção de sua responsabilidade,
sob pena das medidas judiciais cabíveis.
§2º No caso de reincidência na mesma infração no prazo de dois anos, a multa cabível será
elevada ao dobro.
202
Art. 17. A Carteira de Identificação Profissional expedida pelos Conselhos Regionais de Serviço
Social (CRESS), servirá de prova para fins de exercício profissional e de Carteira de Identidade
Pessoal, e terá fé pública em todo o território nacional.
Art. 18. As organizações que se registrarem nos CRESS receberão um certificado que as
habilitará a atuar na área de Serviço Social.
Art. 20. O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais de Serviço
Social (CRESS) contarão cada um com nove membros efetivos:
Presidente, Vice-Presidente, dois Secretários, dois Tesoureiros e três membros do Conselho
Fiscal, e nove suplentes, eleitos dentre os Assistentes Sociais, por via direta, para um mandato
de três anos, de acordo com as normas estabelecidas em Código Eleitoral aprovado pelo fórum
instituído pelo art. 9º desta lei.
Parágrafo único. As delegacias seccionais contarão com três membros efetivos: um
Delegado, um Secretário e um Tesoureiro, e três suplentes, eleitos dentre os Assistentes
Sociais da área de sua jurisdição, nas condições previstas neste artigo.