Professional Documents
Culture Documents
Indicadores de
Maus-tratos a crianças e
jovens, observáveis em
contexto escolar
LAURA
SANTOS
Professora do Ensino Básico
Mestre em Ensino especial
‐
1
‐
1 Índice
1
Índice...................................................................................................................................2
2
Introdução ..........................................................................................................................3
3
Tipos
de
maus‐tratos .........................................................................................................3
3.1
Os
indicadores
de
situação
de
maus‐tratos
observáveis
na
criança ...................................4
3.2
Os
indicadores
de
situação
de
risco
observáveis
no
cuidador
ou
na
família......................4
4
Definição
das
situações
de
risco
e
dos
seus
Indicadores................................................5
4.1
NEGLIGÊNCIA ...........................................................................................................................5
4.1.1
As
acções
de
negligência
podem
incluir
.........................................................................5
4.1.2
Indicadores
FÍSICOS
observáveis
na
CRIANÇA ...............................................................5
4.1.3
Indicadores
COMPORTAMENTAIS
observáveis
na
CRIANÇA .........................................6
4.1.4
Indicadores
COMPORTAMENTAIS
observáveis
no
CUIDADOR ......................................6
4.2
ABUSO
FÍSICO ..........................................................................................................................7
4.2.1
As
acções
de
abuso
físico
podem
incluir:.........................................................................7
4.2.2
Indicadores
FÍSICOS
observáveis
na
CRIANÇA ...............................................................8
4.2.3
Indicadores
COMPORTAMENTAIS
observáveis
na
CRIANÇA........................................8
4.2.4
Indicadores
comportamentais
observáveis
no
CUIDADOR ......................................... 10
4.3
ABUSO
EMOCIONAL ............................................................................................................... 11
4.3.1
O
Abuso
Emocionais
pode
incluir ................................................................................... 11
4.3.2
Indicadores
FÍSICOS
observáveis
na
CRIANÇA ............................................................. 12
4.3.3
Indicadores
COMPORTAMENTAIS
observáveis
na
CRIANÇA...................................... 12
4.3.4
Indicadores
comportamentais
observáveis
no
CUIDADOR ......................................... 13
4.4
ABUSO
SEXUAL...................................................................................................................... 14
4.4.1
Indicadores
FÍSICOS
observáveis
na
CRIANÇA ............................................................. 15
4.4.2
Indicadores
COMPORTAMENTAIS
observáveis
na
CRIANÇA...................................... 15
4.4.3
Indicadores
comportamentais
observáveis
no
CUIDADOR ......................................... 16
‐
2
‐
2 Introdução
Foi
objectivo
deste
trabalho
disponibilizar
informação
de
suporte
à
actividade
dos
profissionais
do
Sistema
Educativo
na
identificação
das
situações
de
maus‐tratos,
através
de
indicadores
relacionados
com
as
crianças
e
indicadores
relacionados
com
os
seus
cuidadores.
No
decorrer
da
presente
compilação
procuramos
seleccionar
os
indicadores
passíveis
de
serem
observados
(com
maior
ou
menor
dificuldade)
em
especial
por
professores
e
auxiliares
de
Acção
Educativa,
na
escola,
mas
também
no
decurso
do
seu
relacionamento
com
as
famílias
e
com
a
comunidade.
Não
incluímos
indicadores
apenas
passíveis
de
ser
observados
a
nível
médico.
Da
análise
feita
aos
indicadores
comuns
aos
vários
tipos
de
maus‐tratos
parece‐nos
importante
realçar
o
facto
de
existirem
diversos
Indicadores
Comportamentais
observáveis
na
criança
que
são
indicadores
dos
4
tipos
de
situações:
Negligência,
Abuso
Emocional,
Abuso
Físico
e
Abuso
Sexual
.
A
explicação
poderá
estar
no
facto
de
os
comportamentos
reflectirem
as
vivências
mais
perturbantes
das
crianças
vitimas,
independentemente
do
tipo
de
situação
vivida,
embora
haja
de
facto
comportamentos
característicos
de
cada
um
deles.
3 Tipos de maus-tratos
As
situações
de
maus‐tratos
podem
ser
agrupadas
em
abuso
físico,
abuso
emocional,
abuso
sexual
e
negligência.
Esta
classificação,
não
sendo
unanimemente
aceite
é
a
mais
utilizada
no
âmbito
científico.
As
primeiras,
abuso
físico,
abuso
emocional,
abuso
sexual,
implicam
uma
acção
dirigida
à
criança
e
que
a
atinge
na
sua
integridade
física
o
psicológica,
enquanto
a
última,
negligência,
é
uma
situação
de
omissão,
falta
de
cuidados
ou
de
atenção.
Está
subjacente
a
qualquer
avaliação
a
consideração
da
idade
da
criança
e
do
seu
estado
de
desenvolvimento,
sem
a
qual
alguns
indicadores
perdem
validade.
Em
cada
tipo
de
maus‐tratos
é
possível
encontrar
indicadores
contraditórios
dado
que
as
reacções
das
crianças
são
por
vezes
opostas,
nem
todas
reagem
da
mesma
forma
a
situações
idênticas.
Atendendo
ao
conjunto
de
todos
os
indicadores
conhecidos,
que
tentaremos
descrever,
é
necessário
reforçar
que
a
observação
de
um
indicador
não
significa
necessariamente
que
exista
de
facto
uma
situação
de
maus‐tratos.
De
facto,
os
indicadores
deverão
ser
considerados
mais
como
peças
de
um
“puzzle”
que
quando
construído
permite
apenas
afirmar
que
há
razões
para
acreditar
que
uma
dada
criança
foi
ou
está
ser
mal
tratada.
O
quadro
seguinte
resume
os
tipos
de
indicadores
que
podem
ser
observados
e
que
constituem
indicadores
de
situações
de
risco.
‐
3
‐
- Físicos
Observáveis na criança
Indicadores - Comportamentais
Os
indicadores
observáveis
na
criança
poderão
ser
físicos
ou
comportamentais
.
Os
indicadores
físicos
sendo
observáveis
necessitam,
no
entanto,
de
exames
radiológicos
ou
laboratoriais
quando
se
pretende
conhecer
a
verdadeira
extensão
dos
maus
tratos,
por
exemplo
para
constituírem
prova
num
processo
crime.
Estes
indicadores
deverão
ser
considerados
à
luz
do
desenvolvimento
da
criança,
da
sua
história
clínica
e
da
capacidade
da
própria
criança
para
causar
acidentalmente
esses
ferimentos.
Os
indicadores
comportamentais
não
são
naturalmente
palpáveis
e
a
sua
percepção
depende
do
conhecimento
do
leque
de
comportamentos
esperados
para
cada
uma
dos
estados
de
desenvolvimento
das
crianças.
Um
comportamento
que
não
se
enquadre
nesse
conjunto
pode
ser
uma
pista
para
a
identificação
de
uma
situação
de
risco.
Os
indicadores
comportamentais
são
aqueles
que
os
professores
poderão
observar,
até
melhor
que
quaisquer
outros
profissionais,
dado
que
podem
estar
em
contacto
com
a
criança
na
Escola
por
longos
períodos
de
tempo
.
Os
indicadores
físicos
observáveis
na
criança
são,
na
maior
parte
dos
casos,
específicos
de
cada
tipo
de
maus
tratos.
Sabe‐se
hoje
que
os
maus
tratos
contra
crianças
e
jovens
estão
presentes
na
sociedade
sem
distinção
de
raças,
credos,
nacionalidades,
níveis
educacionais
ou
estratos
sociais.
Os
cuidadores
cujas
capacidades
parentais
estão
diminuídas,
ainda
que
revelem
algumas
atitudes
de
carinho
para
com
as
crianças
à
sua
guarda
em
público,
revelam
por
vezes
em
simultâneo
comportamentos
e
atitudes
que
constituem
indicadores
de
que
essas
crianças
vivenciam
situações
de
risco.
Os
indicadores
comportamentais
dos
cuidadores
e
das
famílias
são
o
resultado
de
muitas
observações
e
não
são
exaustivos.
O
historial
da
família
pode
constituir‐se
como
factor
de
risco
de
qualquer
tipo
de
maus
tratos.
‐
4
‐
4.1 NEGLIGÊNCIA
Falta
de
satisfação
das
necessidades
básicas
da
criança,
como
comida,
vestuário,
abrigo,
cuidados
médicos,
educação
e
vigilância1,
sentimento
de
segurança
ou
ainda
expô‐la
a
quaisquer
perigos.2
Os
indicadores
de
negligência
são
na
maior
parte
crónicos.
É
necessário
avaliar
se
os
indicadores
que
nos
parecem
negligência
são
ou
não
expressões
das
diferenças
culturais
ou
de
outros
estilos
de
vida3.
• Não
providenciar
para
a
criança
habitação
e
vestuário
adequado
à
estação
do
ano.
• Deixar
a
criança
só
por
longos
períodos
de
tempo.
• Não
providenciar
apoio
médico
quando
a
criança
está
doente
ou
se
fere.
• Colocar
a
criança
numa
situação
de
perigo
físico.
• Não
acompanhar
a
educação
da
criança
na
escola
4.1.2 Indicadores FÍSICOS observáveis na CRIANÇA
1. Tem
um
aspecto
desalinhado,
indicando
falta
de
higiene
corporal.
2. As
roupas
estão
sistematicamente
sujas.
3. Usa
roupas
desapropriadas
para
a
estação
do
ano
4. Apresenta
falhas
no
seu
desenvolvimento.
5. Baixo
peso
e
baixa
estatura
para
a
idade.
6. Não
está
sob
vigilancia
de
adultos
quando
não
tem
idade
para
estar
só.
7. Está
geralmente
muito
fatigada.
8. Tem
problemas
de
saúde,
por
exemplo
dos
dentes,
que
demoram
muito
tempo
a
ser
resolvidos
ou
nunca
o
são.
9. Ingere substâncias nocivas que estão ao seu alcance.
10. Dá sinais de ter sempre fome.
1.1 1CHILD ABUSE http://www.infoline-la.org/childabu.html QUICK CHECKLIST
2 http://www.swim-ulster.com/SI/asa-guide.htm
3 http://www.fortunecity.com/meltingpot/macau/1192/id48.htm
4 http://kidshealth.org/parent/emotions/feelings/signs_child_abuse_p3.html
Four Types of Abuse
‐
5
‐
13 . R e l a t a
q u e
n ã o
t e m
n i n g u é m
e m
c a s a
q u e
t o m e
c o n t a
d e l a .
14 . N ã o
r e c o r r e
a o s
p a i s
p a r a
p r o c u r a r
c o n f o r t o ,
n e m
e s p e r a
s e r
c o n f o r t a d a
p o r
e s t e s .
15 . I s o l a ‐ s e
c o m
f a c i l i d a d e
e
e x p r i m e
u m a
g r a n d e
n e c e s s i d a d e
d e
a f e c t o .
16. Adormece
frequentemente
fora
das
horas
normais
de
sono,
por
vezes
na
escola.
17. Tem
falta
de
interesse
pelo
que
a
rodeia,
indiferença
ou
apatia.
18. O
seu
choro
é
excessivo:
em
público
é
mínimo,
em
privado
é
descontrolado.
19. Apresenta
um
comportamento
adaptativo
extremo:
extrema
compreensão
e
passividade
ou
por
outro
lado
comportamento
agressivo
e
exigente.
20. Fica
apreensiva
quando
outras
crianças
choram
ou
fica
apreensiva
quando
um
adulto
se
aproxima
de
uma
criança
que
chora.
21. Pede
ou
rouba
comida.
22. Tem
um
baixo
auto‐conceito.
23. Consome
álcool
e
drogas
24. Raramente
vai
à
escola.
25. Chega
à
escola
muito
cedo
e
sai
muito
tarde.
26. Envolve‐se
em
actos
de
delinquência
como
por
exemplo
vandalismo
27. Demonstra
comportamentos
auto‐destrutivos
anti‐sociais
ou
hábitos
estranhos.
4.1.4 Indicadores COMPORTAMENTAIS observáveis no CUIDADOR
28. É
apático
29. Mostra
pouca
preocupação
pelas
necessidades
da
criança
30. As
suas
necessidades
pessoais
são
dominantes
em
relação
às
da
criança.
31. Demonstra
fúria
quando
confrontado
com
a
falta
de
satisfação
das
necessidades
da
criança.
32. Mostra
impulsividade
na
tomada
de
decisões.
33. As
suas
práticas
disciplinares
são
inconsistentes,
e
muitas
vezes
desajustadas.
34. É
demasiado
permissivo.
35. Pouca
vontade
de
modificar
as
suas
vivências
em
função
da
criança.
‐
6
‐
para
que
outros
as
pratiquem
.
O
abuso
físico
deixa
quase
sempre
marcas
e
é,
na
maior
parte
dos
casos,
indicado
por
ferimentos
não
explicáveis
por
motivos
casuais
,
em
que
explicações
dos
cuidadores
ou
da
criança
não
se
adequam
aos
factos.
É
preciso
um
certo
grau
de
força
para
causar
a
si
próprio
um
ferimento
e
dessa
forma
todos
os
ferimentos
deverão
ser
observados
à
luz
do
conhecimento
da
crianças
nomeadamente
da
sua
idade
e
fase
de
desenvolvimento
Por
outro
lado,
há
zonas
do
corpo
onde
é
maior
a
probabilidade
de
ocorrência
de
ferimentos
casuais
do
que
outras.
Dessa
forma,
todos
os
ferimentos
fora
dessas
zonas
deverão
ser
questionados.
É
conhecido
o
facto
de
que
muitos
cuidadores
que
abusam
fisicamente
infligem
ferimentos
em
zonas
do
corpo
que
são
facilmente
cobertas
pelas
roupas.
Os
indicadores
físicos
são
frequentemente
episódicos
e
aparecem
mais
frequentemente
depois
de
fins
de
semana,
férias
ou
outras
ausências
mais
prolongadas .
7
Os
abusos
quando
continuados
revestem‐se
cada
vez
de
maior
violência
pelo
é
frequente
aparecerem
em
vários
estados
de
cicatrização.
O
abusador
é
muitas
vezes
o
cuidador
ou
outro
membro
da
família
e
muitas
vezes
do
sexo
masculino. .
8
Bater,
atirar,
pontapear,
chocar,
morder,
queimar,
abanar,
prender,
queimar,
atirar
objectos,
manter
debaixo
de
água,
não
dar
alimentos.
O
“Bulling”
–
Acções
de
violência
entre
pares,
também
se
inclui
nessa
categoria
,assim
9
como
o
Shaken
baby
syndrome.
Descrito
como
o
acto
de
abuso
físico
geralmente
praticado
pelos
pais,
de
abanar
o
bebé
violentamente
por
um
período
de
5‐20
segundos. .
10
5
http://kidshealth.org/parent/emotions/feelings/signs_child_abuse_p3.html
Paul
Robins,
PhD
Four
Types
of
Abuse
6
CHILD
ABUSE
http://www.infoline‐la.org/childabu.html
QUICK
CHECKLIST
7
http://www.fortunecity.com/meltingpot/macau/1192/id48.htm
8
Child
abuse3
Gale
Encyclopedia
of
Medicine
Findarticles.com
9
http://www.swim‐ulster.com/SI/asa‐guide.htm
10
http://kidshealth.org/parent/emotions/feelings/signs_child_abuse_p3.html
‐
7
‐
4.2.2 Indicadores FÍSICOS observáveis na CRIANÇA
1. Marcas
de
chicotadas
ou
vergões.
2. Marcas
de
beliscões
(duas
meias
luas
viradas
uma
para
a
outra).
3. Marcas
de
mordeduras
humanas
4. Marcas
de
objectos
pontiagudo
5. Marcas
de
ter
estado
amordaçado
6. Marcas
resultantes
de
aperto
excessivo
localizadas
no
pescoço,
tronco,
ombros,
cotovelos,
joelhos
7. Ferimentos
dos
dentes:
Dentes
partidos
ou
em
falta.
8. Ferimentos
nos
genitais
9. Feridas
localizadas
apenas
em
certas
partes
do
corpo
como
nas
costas
e
nas
nádegas
10. Feridas
em
diversas
fases
de
cicatrização
11. Feridas
múltiplas
muito
frequentes
e
nunca
ou
quase
nunca
tratadas.
12. Fracturas
não
explicáveis
por
acidente.
13. Inchaços,
nos
lábios,
olhos
ou
na
face
em
geral
14. Hemorragias
da
retina
quando
acompanhadas
de
outros
sinais
resultantes
de
abanões
muito
violentos.
15. Má
disposição
devida
à
ingestão
de
grandes
quantidades
de
diuréticos,
laxantes
ou
sais
16. Queimaduras
de
cigarros
semelhantes
a
crateras,
nos
pés,
nas
palmas
das
mãos,
nas
costas
nas
nádegas
ou
nos
genitais.
17. Queimaduras
por
imersão
em
líquidos
quentes,
nos
pés
nas
mãos
ou
nas
nádegas.
18. Queimaduras
com
objectos
quentes
como
por
exemplo
um
ferro
de
engomar.
19. Queimaduras
causada
por
qualquer
tipo
de
amaras
20. Queimaduras
causadas
por
chamas
especialmente
na
ponta
dos
dedos
21. Queimaduras
na
boca
ou
na
língua.
22. Várias
queimaduras
em
diversos
estádios
de
cicatrização
23. Lesões
traumáticas
frequentes
sugerindo
um
abuso
físico
continuado.
24. Períodos
de
baixo
desenvolvimento
25. Ingestão
de
sedativos,
tranquilizantes,
narcóticos
ou
outras
drogas.
36. Relata
ela
própria
o
abuso
37. Tem
pesadelos
e
outros
distúrbios
do
sono
38. Grande
ansiedade
em
agradar
aos
outros
‐
8
‐
39. Tem
dificuldade
em
gostar
dos
outros
e
em
ter
confiança
neles.
40. Apenas
desenvolve
relações
superficiais
comparativamente
aos
seus
pares.
41. Está
muito
triste,
passiva,
isolada
ou
deprimida
42. Baixa
auto‐estima
43. Receio
do
cuidador
44. Chora
aflitivamente
45. O
seu
choro
é
excessivo:
em
público
é
mínimo,
em
privado
é
descontrolado.
46. Reacções
de
susto
exagerado.
47. Dá
mostras
de
grande
fúria.
48. Comportamento
adaptativo
extremo:
extrema
compreensão
e
passividade
ou
por
outro
lado
comportamento
agressivo
e
exigente.
49. Por
vezes
torna‐se
agressor
de
outras
crianças
50. Absentismo
escolar
e
falta
sistemática
de
pontualidade.
51. Quebra
súbita
do
rendimento
escolar.
52. Apresenta
um
rendimento
escolar
abaixo
da
média
ou
apresenta
um
desenvolvimento
lento.
53. Chega
cedo
à
escola
e
sai
tarde,
mostrando
receio
de
ir
para
casa.
54. Tem
hábitos
estranhos
ou
demonstra
comportamentos
auto‐
destrutivos
anti‐sociais
ou
suicidas.
55. Não
recorre
aos
pais
para
procurar
conforto,
nem
espera
ser
confortada
por
estes.
56. É
hiperactiva
e
reage
a
estímulos
mínimos.
57. Rejeita
ou
afasta‐se
do
contacto
físico
dos
pais,
parentes
ou
de
qualquer
pessoa.
58. Apresenta
pouca
resistência
à
frustração.
59. Inversão
de
papeis
com
os
cuidadores.
60. Consome
drogas
e
álcool
61. Está
constantemente
receosa
de
que
algo
lhe
aconteça,
numa
atitude
de
defesa
e
desconfiança.
62. Procura
com
muita
insistência
através
de
palavras
e
acções
saber
o
que
acontecerá
a
seguir.
63. Procura
sistematicamente
comida,
favores,
objectos,
serviços
e
afecto.
64. Fica
apreensiva
quando
outras
crianças
choram
ou
fica
apreensiva
quando
um
adulto
se
aproxima
de
uma
criança
que
chora.
65. É
cautelosa
quando
solicitada
a
explicar
ferimentos
estranhos.
66. É
um
fugitivo
crónico.
67. Quando
afastada
dos
cuidadores
parece
menos
assustada
do
que
seria
normal,
adapta‐se
facilmente,
e
mostra
pouco
interesse
quando
a
ida
para
casa
ocorre
ou
é
mencionada
.
‐
9
‐
68. Quando
afastada
dos
cuidadores
pergunta
“
Quando
vou
para
casa?”
ou
anuncia
”Eu
não
vou
para
casa”
em
vez
de
dizer”
Eu
quero
ir
para
casa”
4.2.4 Indicadores comportamentais observáveis no CUIDADOR
69. O
cuidador
admite
ter
causado
algum
mal
à
criança.
70. Evita
responder
a
perguntas
sobre
os
ferimentos
da
criança
71. Tem
expectativas
pouco
realistas
sobre
o
desenvolvimento
físico
ou
emocional
da
criança.
7 2 . P r o v o c a
d o e n ç a s
n a
c r i a n ç a
o u
p r o v o c a
a
a p a r ê n c i a
d e s s a s
d o e n ç a s 11.
73. Parece
pouco
preocupado
acerca
de
ferimentos,
tratamentos
ou
prognósticos
relativos
à
criança.
74. Aponta
características
negativas
da
criança
e
vê‐a
como
má,
diferente
ou
malévola
75. Mostra
preocupação
não
em
relação
à
criança
mas
em
relação
ao
que
lhe
pode
acontecer
a
si
a
outros
envolvidos
nos
ferimentos
ou
na
doença
da
criança.
76. Não
fornece
voluntariamente
informações
sobre
os
ferimentos
ou
da
doença
da
criança
77. Dá
explicações
ilógicas,
contraditórias
e
pouco
convincentes
acerca
da
doença
ou
dos
ferimentos
da
criança.
78. Demonstra
pouco
vínculo
com
a
criança
caracterizado
por
falta
de
contacto
visual,
ou
de
respostas
emotivas
ou
comovedoras.
79. Foi
maltratado
enquanto
criança.
80. Tem
uma
baixa
auto‐estima
e
vê‐se
a
si
próprio
como
inadequado
e
de
pouco
valor
81. Tem
baixa
resistência
à
frustração
82. Tem
falta
de
controle
da
sua
impulsividade.
83. Vê
impropriamente
a
criança
como
um
pequeno
adulto
capaz
de
satisfazer
as
suas
próprias
necessidades.
84. Disciplina
severamente
a
criança
e
sente
que
está
a
ser
recta
e
justa.
85. Isola‐se
emocionalmente
ou
até
fisicamente
do
contacto
social
e
tem
pouco
suporte
da
comunidade.
86. Inverte
os
papeis
com
a
criança
.
A
criança
faz
o
papel
do
cuidador.
87. Tem
uma
história
pessoal
e
familiar
de
alcoolismo,
psicose
o
violência
física.
88. Leva
sistematicamente
a
criança
a
médicos
diferentes
quando
necessitam
de
cuidados.
11
Child abuse3 Gale Encyclopedia of Medicine Findarticles.com
‐
10
‐
89. Não
se
envolve
nos
cuidados
da
criança
quando
está
a
ser
observada
nos
serviços
de
saúde.
90. Refere
demasiado
insistentemente,
que
a
criança
se
magoou
a
si
própria
ou
foi
magoada
por
terceiros.
91. Dá
explicações
ilógicas
sobre
os
ferimentos
da
criança.
92. Reage
desapropriadamente
à
gravidade
do
estado
da
criança,
ora
reagindo
exageradamente
demasiado
ou
de
menos
em
relação
aos
factos.
93. É demasiado disciplinadora
aterrorizar
culpar
insultar
rebaixar
humilhar
rejeitar
isolar
ridicularizar
expor
manipular
corromper
‐
11
‐
Aqui
se
incluem
o
uso
de
comentários
racistas
ou
de
índole
sexual,
assim
como
exigir
demasiado
das
capacidades
da
criança. ,
atitudes
de
castigo
excessivo
e
crueldade14.
12
13
Os
maus
tratos
emocionais
raramente
se
manifestam
de
uma
forma
física
mas
sim
sob
a
forma
de
indicadores
comportamentais
.15.
16
1. Paragem
de
crescimento
de
causa
não
orgânica
2. Distúrbios
do
sono
3. Alergias
severas
ou
asma.
4. Úlceras.
5. Problemas
circulatórios
6. Problemas
gastrointestinais
incluindo
diarreias
crónicas
7. Recusa
em
urinar.
8. Forma
ananisante
dos
membros
e
do
tronco
9. Atrasos
motores
10. Baixa
auto‐estima
11. Dificuldade
em
estabelecer
relacionamentos
positivos
12. Distúrbios
alimentares
como
bulimia
ou
obesidade
especialmente
na
adolescência.
13. Encomprese
ou
diurese
14. Distúrbios
da
fala
15. Distúrbios
do
sono.
16. Apatia.
17. Atitudes
de
desconfiança
sistemática,
ou
dificuldade
em
confiar
nos
outros.
18. Relata
situações
de
suicídio
19. Tenta
o
suicídio.
20. Afasta‐se
dos
outros
21. Tem
Comportamentos
antisociais
22. Demonstra
ansiedades
e
medos
12
http://www.swim‐ulster.com/SI/asa‐
13
Child
abuse3
;
Gale
Encyclopedia
of
Medicine
;
Findarticles.com
14
CHILD
ABUSE
http://www.infoline‐la.org/childabu.html
QUICK
CHECKLIST
15
Physical
and
Behavioral
Indicators
of
Abuse
http://www.ncac‐hsv.org/indicate.html
16http://kidshealth.org/parent/emotions/feelings/signs_child_abuse_p3.html
‐
12
‐
23. Tem
pouca
vontade
de
brincar
24. Relata
maus
tratos
emocionais
25. Tem
reacções
de
histeria,
obsessão
ou
comportamentos
compulsivos
26. Abusa
de
substâncias
tóxicas
27. Tem
hábitos
desadequados
à
idade
com
chupar,
morder,
ou
balançar‐se.
28. Comportamentos
de
autodestruição
ou
punição
29. Apresenta
um
comportamento
adaptativo
extremo:
extrema
compreensão
e
passividade
ou
por
outro
lado
comportamento
agressivo
e
exigente.
30. O
seu
comportamento
é
excessivamente
infantil
para
a
idade
ou
excessivamente
adulto.
31. Apresenta
uma
udança
repentina
e
drástica
no
aproveitamento
escolar,
no
comportamento
emocional
ou
no
seu
funcionamento
geral.
32. Comportamentos
de
apatia
e
de
falta
de
energia.
33. Comportamentos
sexuais
precoces.
34. Engana
e
rouba.
35. Mente,
não
para
se
proteger
mas
em
situações
em
que
nada
lhe
aconteceria
se
dissesse
a
verdade.
36. Procura
aceitação
afecto
fora
de
casa.
37. Falta
de
sentido
de
curiosidade
e
vontade
de
explorar
o
mundo.
38. Ataques
de
cólera
39. Comportamentos
bizarros.
40. Comportamentos
dominadores,
agressivos
ou
desafiantes
41. Controlador
dos
outros
mas
revelando
falta
de
auto‐controle
42. Rejeita
a
criança
expressamente
43. Está
psicologicamente
indisponível
para
a
criança.
44. Mostra
pouca
afeição
pela
criança
45. Tem
expectativas
irrealistas
sobre
a
criança,
ou
demasiado
altas
ou
demasiado
baixas.
46. Usa
ameaças
excessivas
por
vezes
ameaçando
bater‐lhe
fortemente
ou
até
matá‐la.
47. Ameaça
matar
o
seu
animal
de
estimação.
48. Ensina
comportamentos
socialmente
desviantes
49. Expõe
a
criança
a
más
influências.
50. Assusta
a
criança
verbalmente
criando
um
clima
de
medo.
51. Isola
sistematicamente
a
criança
do
contacto
social
52. Desvaloriza
sistematicamente
a
criança
na
sua
presença
e
na
sua
ausência.
53. Usa
de
castigos
exagerados
atendendo
à
falha
da
criança.
‐
13
‐
O
abuso
sexual
nunca
é
da
responsabilidade
da
criança
e
é
a
forma
de
abuso
mais
difícil
de
compreender
pela
sociedade.
18
Poucas
crianças
verbalizam
um
abuso
sexual,
mas
se
o
fazem
raramente
mentem.
Por
outro
lado,
em
muitos
casos,
não
existem
sinais
físicos
de
abuso
sexual,
apenas
cerca
de
40
%
dos
casos. .
Os
melhores
indicadores
de
abuso
sexual
são
comportamentais
e
na
19
maior
parte
dos
casos
estão
associadas
a
mudanças
bruscas
de
comportamento.
Cada
um
dos
indicadores
seguintes,
sendo
indicadores
de
“stress”
na
criança,
não
significam
que
tenha
tido
realmente
lugar
o
abuso
sexual,
no
entanto
poderão
constituir
peças
de
um
conjunto
que
permitem
identificar
mais
tarde
uma
situação
de
abuso.
20
A c ç õ e s q u e p o d e m s e r c o n s id e r a d a s a b u s o s e x u a l 21:
Mostrar
material
pornográfico
ou
permitir
que
a
criança
os
veja
Mostrar
os
órgãos
sexuais
Solicitar
à
criança
que
toque
nos
órgãos
sexuais
de
alguém
Solicitar
ou
forçar
a
criança
a
despir‐se
Persuadir
a
criança
a
mostrar
os
seus
órgãos
sexuais
Tocar
os
órgãos
sexuais
da
criança.
Contar
à
criança
situações
pornográficas.
Filmar
ou
fotografar
a
criança
em
posições
ou
contextos
pornográficos
Ter
relações
sexuais
com
a
criança
Forçar
a
criança
a
ter
relações
sexuais.
A
presença
ou
a
intensidade
destes
indicadores
de
abuso
sexual
variam
de
acordo
com
as
circunstâncias
e
de
acordo
com
os
seguintes
factores.
A
identidade
do
abusador
e
a
sua
relação
com
a
criança
17 Child abuse3 Gale Encyclopedia of Medicine Findarticles.com
18 Indicators of Child Maltreatment
19 CHILD ABUSE http://www.infoline-la.org/childabu.htmlQUICK CHECKLIST
1.2 20 CHILD ABUSE http://www.infoline-la.org/childabu.html QUICK CHECKLIST
21 http://kidshealth.org/parent/emotions/feelings/signs_child_abuse_p3.html
‐
14
‐
O
grau
de
medo
ou
vergonha
invocado
pelo
abusador
perante
a
criança.
O
grau
de
força
e
violência
da
actividade
sexual
exercida.
O
número
de
vezes
que
o
abuso
ocorre
sendo
certo
que
um
só
episódio
é
mais
fácil
de
integrar
pela
criança.
O
abuso
ser
verbalizado
pela
criança
ou
ser
observado
por
outros.
4.4.1 Indicadores FÍSICOS observáveis na CRIANÇA
1. Dificuldade
em
andar
ou
em
se
sentar
2. Dores
a
urinar
ou
a
evacuar.
3. Infecções
urinárias
recorrentes.
4. Apresenta
os
genitais
ou
o
recto
em
ferida
ou
inchados
5. Hemorragia
rectal
ou
genital
6. Manchas
de
sangue
na
roupa
interior.
7. Evidências
de
sémen
na
cara
ou
na
face
da
criança.
8. Apresenta
pus
estranho
no
recto
ou
na
uretra
9. Dores
ou
prurido
na
região
genital
ou
anal.
10. Cantos
da
boca
em
ferida
11. Evidências
de
sémen
nas
mãos
ou
na
face.
12. Baixo
tonos
do
esfíncter
anal
13. Uma
gravidez
com
menos
de
16
anos.
14. Sofre
de
uma
doença
sexualmente
transmissível
15. Súbita
alteração
do
peso.
16. Verbaliza
ainda
que
subtilmente
o
abuso
de
que
é
vitima.
17. Tem
conhecimento
ou
interesse
invulgar
pelos
actos
sexuais
18. Usa
uma
linguagem
sobre
a
sexualidade
desapropriada
para
a
idade.
19. Apresenta
um
comportamento
sedutor
para
com
os
pares
e
para
com
adultos
desapropriado
para
a
idade.
20. Comportamento
sexual
bizarro,
sofisticado
ou
raro
para
o
seu
nível
de
desenvolvimento.
‐
15
‐
21. Apresenta
comportamentos
sexuais
explícitos
e
agressivos
22. Pratica
excessivamente
a
masturbação
23. Desenha
figuras
humanas
com
os
órgãos
genitais.
24. Apresenta
distúrbios
do
sono
incluindo
pesadelos.
25. Toma
banhos
muito
frequentes.
26. Tem
comportamentos
obsessivos
por
exemplo
de
lavagem
das
mãos.
27. Expressa
medo
repentino
de
um
local
específico
ou
de
uma
pessoa
em
especial.
28. Relata
ter
vivenciado
uma
situação
de
abuso
sexual.
29. É
cruel
para
com
animais.
30. Relaciona‐se
mal
com
os
pares
31. Isola‐se.
32. Auto
agride‐se
33. Está
sistematicamente
deprimida
34. Usa
muitas
camadas
de
roupa
independentemente
da
estação
do
ano.
35. Evita
constantemente
a
casa
de
banho.
36. Apresenta
mudança
repentina
de
comportamentos
e
personalidade.
37. Apresenta
mudança
repentina
de
apetite.
38. Diurese
nocturna
após
logo
período
de
controle
39. Dorme
vestido
e
não
veste
o
pijama.
40. Falta
de
auto‐controle
emocional,
histeria.
41. Faz
queixas
de
saúde
que
se
verifica
não
terem
fundamento.
42. Está
demasiado
preocupado
pelos
irmãos.
43. Apresenta
comportamentos
de
auto‐mutilação
44. Apresenta
distúrbios
alimentares
45. Tenta
o
suicídio
ou
verbaliza
ideias
de
suicídio.
46. Manifesta
muito
pouca
vontade
de
realizar
actividades
físicas.
47. Não
quer
despir‐se
em
frente
aos
outros.
48. Pratica
actos
de
delinquência
como
roubar
ou
outros
comportamentos
de
risco.
49. É
demasiado
condescendente
ou
extremamente
dócil.
50. O
seu
comportamento
é
fantasioso
e
infantil
51. É
pouco
assíduo
e
pouco
pontual
na
escola.
52. Regride
na
sua
evolução.
53. Assume
o
papel
de
um
adulto
ou
por
outro
lado
assume
de
repente
um
comportamento
demasiado
infantil
54. Tem um historial de abuso físico ou sexual na infância.
‐
16
‐
55. Abusa
do
álcool
ou
de
drogas.
56. Tem
uma
baixa
auto‐estima.
57. É
demasiado
cioso
da
privacidade
da
família.
58. Exerce
uma
paternidade
demasiado
dominante
e
demasiado
protectora
e
restritiva.
59. Manipula
psicologicamente
a
criança.
60. Não
permite
o
envolvimento
da
criança
em
actividades
extra‐escolares
61. Não
permite
a
frequência
por
parte
da
criança
em
programas
de
apoio
psicológico
ou
outros
de
prevenção
de
abusos
62. Não
permite
o
envolvimento
da
criança
em
actividades
adaptadas
ao
seu
desenvolvimento
como
namorar
63. Encoraja
a
criança
ao
uso
de
substâncias
ou
permite
o
acesso
fácil
às
mesmas.
64. Encoraja
ou
permite
à
criança
a
vivência
de
situações
de
prostituição.
65. É
passivo
fora
de
casa.
66. A
família
está
isolada
da
comunidade
e
dos
sistemas
de
apoio.
67. A
vivência
de
casa
engloba
demasiadas
pessoas
exteriores
à
família.
68. Têm
uma
perspectiva
invertida
do
papel
da
criança
na
família
‐
troca
de
papeis.
69. Existem
outros
tipos
de
violência
na
família
70. Falta
ao
trabalho
com
frequência
com
a
desculpa
de
sofrer
de
doença
crónica.
71. Sofre
de
depressão
72. É
separado
ou
está
em
processo
de
divórcio.
‐
17
‐
CHILD
ABUSE
http://www.infoline‐la.org/childabu.html
QUICK
CHECKLIST
Child
abuse3
;
Gale
Encyclopedia
of
Medicine
;
Findarticles.com
http://kidshealth.org/parent/emotions/feelings/signs_child_abuse_p3.html
Four
Types
of
Abuse
http://www.fortunecity.com/meltingpot/macau/1192/id48.htm
http://www.swim‐ulster.com/SI/asa‐guide.htmIndicators
of
Child
Maltreatment
Physical
and
Behavioral
Indicators
of
Abuse
http://www.ncac‐hsv.org/indicate.html
‐
18
‐