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CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
ANALÍTICA E FÍSICO-QUÍMICA
MANUAL DE PRÁTICAS
7. EXPERIMENTOS ................................................................
............................................................ 14
EXPERIMENTO 1 PICNOMETRIA ......................................................
..................................... 14
EXPERIMENTO 2 REFRATOMETRIA ....................................................
................................. 16
EXPERIMENTO 3 POLARIMETRIA .....................................................
.................................... 18
EXPERIMENTO 4 VISCOSIDADE DE LÍQUIDOS ............................................
...................... 21
EXPERIMENTO 5 BALANÇA DE WESTPHAL E DENSÍMETROS ....................................
.. 24
EXPERIMENTO 6 CONCENTRAÇÃO MICELAR CRÍTICA CMC ..................................... 3
0
EXPERIMENTO 7 MEDIDA DO CALOR DE COMBUSTÃO .......................................
.......... 33
EXPERIMENTO 8 CINÉTICA ...........................................................
......................................... 38
8. ANEXOS ......................................................................
................................................................... 41
ANEXO NO 01 VALORES DE MASSA ESPECÍFICA DA ÁGUA DE 15 oC A 44 oC ............ 41
ANEXO NO 02 - VALORES DE VISCOSIDADE DA ÁGUA DE 0oC A 100oC ......................
.... 41
Sumario_Farmacia_090209.doc (09/02/09)
2
LEMBRETE AO ESTUDANTE DE FÍSICO - QUÍMICA
A finalidade do trabalho de Laboratório na parte experimental do curso é:
.
Ar = Soma das notas das argüições sobre os assuntos das práticas;
i=1
k
j
i 1
m
S=
L.E = Soma das notas de listas de exercícios => 18, nas duas listas escolhidas par
a correção;
i 1
k
S=
Ar = Soma das notas das argüições => 21, nas três argüições feitas;
i 1
M = Número de tarefas consideradas para a composição de APE => 2 listas de exercício cor
rigidas, 3
argüições e 4 relatórios tomados para correção, totalizando 9 tarefas;
APT = Média das notas das avaliações progressivas da parte experimental => 8,0, em dua
s avaliações
realizadas;
APE = Contribuição da média da parte experimental para a média final da disciplina => 2,
23;
(18 21 32)
+
+
S=
R = Soma das notas dos relatórios corrigidos => 32, nos quatro relatórios escolhidos
para correção;
20
APE
{(
)x[
]x0,3
8,0x0,7}x0,3
(1,82
5,60)x0,3
2,23;
caso todas as
+
26
X
Figura : Variação de Y em função de X.
Calcular os coeficientes angular (m) e linear (b) da equação da reta
Y = mX + b
a) Método Gráfico: do gráfico acima podem-se tomar os dois pontos sobre a reta, ou sej
a:
P1{X1=4,00;Y1=13,0} e P2{X2=18,00;Y2=47,8}, para os cálculos de m e b. Assim:
m = (y2 - y1)/ (x2 - x1) tem-se:
m = (47,8 - 13,0) / (18,00 - 4,00)
m = 2,49. A partir deste valor calculamos b conforme a seguir:
b1 = Y1 - mX1
b1 = 13,0 - 2,49 x 4,00
b1 = 3,04
b2 = Y2 - mX2
b2 = 47,8 - 2,49 x 18,00
b2 = 2,98
O valor médio de b será (3,04 + 2,98)/2 = 3,01. A equação da reta será então:
Y = 2,49X + 3,01
b) Método das Médias: Este método é baseado na suposição de que a soma dos resíduos é
igual a zero, ou seja Sr = 0.
Resíduo (r) é definido como a diferença entre o valor experimental de Y e o valor
calculado através da expressão mX + b. Pode-se expressar matematicamente como:
r = Y - (mX + b)
Para aplicar o método, dividem-se os dados em dois grupos. Isto fornece duas equações
que
podem ser resolvidas simultaneamente, para a obtenção de m e b. Atenção: quando o número
de pares coordenados for impar, o primeiro conjunto de equações deverá sempre ter um p
ar
coordenado a mais que o segundo conjunto. Neste exemplo, tem-se, no total, sete
pares
coordenados; portanto, o primeiro conjunto de equações tem quatro pares, enquanto qu
e o
segundo tem três pares. Utilizando-se os dados acima, divide-se o conjunto em duas
partes
com 4 e 3 equações, respectivamente.
1o GRUPO 2O GRUPO
5,4 = 1,00m + b
10,5 = 3,00m + b 28,1 = 10,00m + b
15,3 = 5,00m + b 40,4 = 15,00m + b
23,2 = 8,00m + b 52,8 = 20,00m + b
54,4 = 17,00m + 4b (1) 121,3 = 45,00m + 3b (2)
A partir das equações (1) e (2) obtém-se: m = 2,50 e b + 2,98. A equação da reta será:
Y= 2,50X + 2,98.
c) Método dos Mínimos Quadrados: O princípio deste método é baseado nas seguintes
suposições:.
22 22
(.
X )-
n(.
X )
(.
X )-
n(.
X )
tt
dLt =./ .
. Assim sendo, a massa específica do líquido é dada pela equação .=
dtx.t .
LHO L LHO
22
Determine a massa específica e a densidade das soluções analisadas.
No caso da aguardente e da amostra de álcool comercial determine, também, o teor alc
oólico,
..t
1 11
.
.
rel
==
()
2
.2 .2 t 3
onde ., . e t são, respectivamente, o coeficiente de viscosidade dinâmica, a massa e
specífica e o tempo
de escoamento de igual volume dos líquidos 1 e 2 (este último sendo o padrão).
As viscosidades dinâmica e cinemática podem ser calculadas, respectivamente, através d
as
equações . = k.t (4) e . = kt (5), caso a constante k do aparelho seja conhecida, e .
e t, já
definidos.
A viscosidade é uma propriedade importante, tanto em trabalhos práticos como teóricos.
Em
biologia e fisiologia o viscosímetro é utilizado no estudo das propriedades do sangu
e. Em tecnologia,
tem sido aplicado na solução de uma grande variedade de problemas relacionados com t
intas, fibras,
colas, borracha e outros produtos industriais. Em projetos de Engenharia Química,
a viscosidade é um
fator importante, pois o custo de bombas é muitas vezes considerável e isto depende
muito da
viscosidade dos líquidos ou gases a serem transportados.
2.3. MATERIAL NECESSÁRIO
Viscosímetro de Ostwald-Fenske (Figura 01),
cronômetro, conjunto de densímetros ou um picnômetro, tubo
de borracha, pipeta (seu volume depende do volume do
viscosímetro), termômetro 0 100 oC, banho termostático,
água, soro fisiológico, soro caseiro e soro para reidratação oral,
tabelas de massa específica e de viscosidade para a água.
V, ml C, mM Lobs , µ S Lf , µ S
2. Construa o gráfico da condutância elétrica final versus concentração do surfactante e d
etermine a
CMC do dodecilsulfato de sódio.
Um modelo para este gráfico deve ter o perfil semelhante ao do apresentado na Figu
ra 01 (página
seguinte), com duas retas distintas que acompanham os dois conjuntos de pontos d
iferentes e se
cruzam num ponto que corresponde, no eixo das abscissas, à CMC procurada.
FIGURA 01 Gráfico de um experimento de condutometria na determinação da CMC
CMC_090209.doc (09/02/09)
EXPERIMENTO 7: MEDIDA DO CALOR DE COMBUSTÃO
FIGURA 01 BOMBA CALORIMÉTRICA
1. INTRODUÇÃO:
Nesta experiência, mede-se o calor desprendido na combustão de um sólido em atmosfera
de
oxigênio. O processo ocorre num recipiente metálico de fortes paredes, cujo volume é p
raticamente
constante. Nestas circunstâncias, o calor desprendido na reação de combustão é a variação .
Daí se
pode calcular o .H da reação pela conhecida expressão .H = .E + .n.R.T. .n é a variação do
ero
de moles das substâncias gasosas que participam da reação, T é a temperatura do experime
nto, em
Kelvin.
O procedimento adotado é o de medir o calor evolvido na reação em um calorímetro adiabátic
o
de Parr. A combustão é realizada numa bomba calorimétrica. A armação esquemática da experiê
a é
a da figura abaixo:
A bomba calorimétrica B (bomba de Berthelot ou
Berthelot-Mahler) é imersa no banho de água contida na
cuba interna do calorímetro C; a temperatura da água nesta
cuba (que se mantém uniforme mediante o agitador A) é
lida no termômetro de Beckmann, T. A substância a ser
queimada é colocada na bomba num pequeno receptáculo,
ao qual chega um fio de ferro ligado a dois terminais
elétricos situados na tampa Ta. Este fio, percorrido por uma
corrente elétrica apropriada, inicia a combustão.
A bomba calorimétrica opera com atmosfera de
oxigênio sob pressão da ordem de 20 a 30 atm. Por isso,
suas paredes são reforçadas e a sua tampa é provida de
rosca forte e justa. O oxigênio é introduzido mediante
válvula de agulha.
Uma vez que o calorímetro opera a volume constante, o calor desprendido na reação de
combustão (Qr) é absorvido por ele (Qg) e se terá:
Qr = Qg = .E = - C.t,
onde .E é o calor de reação a volume constante, em calorias; C, a capacidade calorífica
de todo o
sistema (também conhecido como o equivalente de água do calorímetro), em caloria/grau
e .t a
variação de temperatura devido a combustão (em ºC).
Para a medição de .E é necessário conhecer, portanto, a capacidade calorífica total do
calorímetro; ela é determinada numa experiência preliminar, em que se faz a combustão do
ácido
benzóico, cujo calor de combustão serve de parâmetro para a medida (6.318 cal/g).
Uma vez conhecida a variação de temperatura produzida pela reação de combustão e a
capacidade calorífica total do calorímetro, pode-se determinar o calor de combustão da
substância em
estudo. No nosso experimento utilizamos a sacarose (C12H22O11), cuja reação de comus
tão é
C12H22O11(s) + 12O2(g) . 12CO2(g) + 11H2O(l).
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
1. Pese uma massa aproximada de 1,0g de ácido benzóico cristalino, preferivelmente p
astilhada.
2. Coloque a amostra pesada no receptáculo da bomba calorimétrica, fazendo o contato
entre o fio de
ignição e a pastilha (tendo pastilhador apropriado é possível empastilhar o ácido com o fi
o
embutido).
3. Coloque o receptáculo com a pastilha e o fio na bomba calorimétrica, faça as conexões
elétricas do
fio e atarraxe cuidadosamente a tampa rosqueada.
4. Admita oxigênio sob pressão à bomba calorimétrica, fazendo a conexão entre a válvula de
gulha do
balão de oxigênio e a câmara de combustão. Opere com cuidado e vagarosamente.
5. Depois de cheia a bomba calorimétrica, apure o ouvido para verificar se há algum
vazamento
grosseiro, procurando ouvir o ruído sibilante do gás a escapar. Para certificar-se d
e escapamento,
faça a imersão da bomba calorimétrica em um recipiente com água e observe se há ou não
desprendimento de bolhas.
6. Coloque a bomba calorimétrica na cuba adequada no interior do calorímetro e adici
one 1,8 litro (ou
o suficiente para cobrir adequadamente a bomba calorimétrica) de água.
7. Ajuste os demais pertences do calorímetro (termômetro de Beckmann, agitador etc.)
e anote, de
minuto a minuto, durante o intervalo de uns 5 minutos, a temperatura lida no ter
mômetro.
8. Depois deste intervalo, provoque a ignição da substância e continue a ler, a cada m
inuto, a
temperatura. Estenda esta leitura por uns 10 minutos.
9. Finda a série de leituras, retire a bomba calorimétrica do interior do calorímetro,
abra
cuidadosamente a válvula de agulha para deixar escapar o oxigênio excedente e os gas
es da
combustão e desatarraxe a tampa.
10. Repita então as operações anteriores com sacarose em lugar de ácido benzóico.
ATENÇÃO:
Não se esqueça de colocar na cuba do calorímetro quantidade de água igual à utilizada
anteriormente (1,8 litro). Use também fio de ignição de mesmo tamanho que o empregado
na
combustão do ácido.
3. CÁLCULOS - DETERMINE:
1. A capacidade calorífica total (C) do calorímetro;
2. O calor de combustão, a volume constante (.E), da sacarose;
3. A entalpia molar de combustão (.H) da sacarose.
OBSERVAÇÕES.
a.
A experiência pode ser feita também com qualquer substância orgânica cristalina (ácido
salicílico, antraceno etc.). No caso de utilizar um líquido, é preciso fazer a correção da
entalpia
de vaporização no cálculo da combustão.
b.
No item 3 Cálculos , retro, a estimativa de variação de temperatura é feita simplesmente p
la
diferença de leitura entre as temperaturas no início e no término da combustão. É a mais fá
il,
mas não a melhor. O procedimento adotado no item 4. Cálculo Sofisticado do Calor de
Combustão a seguir descrito (juntamente com um exemplo) é recomendável quando se quer
obter resultado mais significativo.
c.
Para apurar a experiência é preciso levar em conta a combustão do fio de ferro. Para i
sto, será
necessário pesá-lo ou medi-lo em cada experimento antes e depois da queima. A menos
que se
queiram resultados muito significativos, a correção introduzida não é muito importante.
Em
qualquer caso, no entanto, é conveniente utilizar o menor fio possível.
Evitar, na experiência, variações muito grandes ou muito pequenas da temperatura. O
conveniente é medir diferenças da ordem de 2 a 3 graus.
4. CÁLCULO SOFISTICADO DO CALOR DE COMBUSTÃO
O calor de combustão da amostra é dado pela expressão abaixo
C(Tm +
X -
T0 )+Sb
.E =-
, onde:
G
.E = Calor de combustão da amostra, cal/g;
C = constante do calorímetro, também conhecida como equivalente de água do
calorímetro ou ainda, capacidade calorífica total do calorímetro, cal/grau;
Tm = Temperatura final do teste principal, grau;
X = Fator de correção para a temperatura, grau;
To = Temperatura inicial do teste principal, grau;
Sb = Soma das correções para as quantidades de calor não relacionadas com a combustão
da amostra, (ex.: queima do fio metálico etc.), cal;
G = Peso da amostra, g.
T -1
m
ti = Soma das temperaturas do teste principal, excluindo a 1ª leitura (To + 1) e a
i=T +1
0
última leitura (Tm -1), grau;
OBS:
a) Se o crescimento da temperatura durante o 1º minuto do teste principal for maio
r do que o
crescimento durante o 2º minuto, F = 1,00;
b) Se o crescimento da temperatura durante o 1º minuto do teste principal for apro
ximadamente igual
ao crescimento durante o 2º minuto, F = 1,25;
c) Se o crescimento da temperatura durante o 1º minuto do teste principal for meno
r do que o
crescimento durante o 2º minuto, F = 1,50.
Calor_combustao_090209.doc (090209)
UNIVERSIDADEFEDERALDO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DEQUÍMICAANALÍTICAE FÍSICO-QUÍMICA
DADOSDEENTRADA: 19-jul-07
Temperaturaambiente: 28,5ºC 05:37:35PM
MATERIALUTILIZADO: Sacarose(
C
12H22O11)
St
=
23,080 º (do7ºao13ºmin)
Cálculodofatorde correçäo "F" ====> 2,6085 min
OBSERVAÇÃO:COMO APROXIMAÇÃO,AS REGRAS ABAIXO PODEM SERUSADAS
Se(T2-T1)>(T3-T2),F=1,00 min
Se(T2-T1)=(T3-T2),F=1,25 min
Se(T2-T1)<(T3-T2),F=1,50 min
2-DADOSPARA O CÁLCULO DE"X"
Decresc.médiode temp.,porminuto,duranteopós-teste,n =======> -0,00075 º/min. (de 15a19
min)
Aumentomédiodetemp.,porminuto,duranteopré-teste,v =======> 0,00200 º/min. (de 0 a5 min
)
Cálculodofatorde correçäo "X":==================> -0,01001059
º
CinSapAcEtila_090209.doc (09/02/09)
ANEXOS
ANEXO No 01 VALORES DE MASSA ESPECÍFICA DA ÁGUA DE 15 oC A 44 oC