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Conteúdo Básico CP/ CAEM 2010

3. O DINAMISMO ECONÔMICO DO CENTRO-SUL

A regionalização que divide o território brasileiro em três regiões


- Centro-Sul, Amazônia e Nordeste - toma por referência critérios
geoeconômicos que se fundamentam no agrupamento das porções do
território de acordo com os níveis de desenvolvimento dos diversos
setores da economia. Desta forma, o Centro-Sul engloba os estados da
região Sul; a maior parte da região Sudeste (exceção para o norte do
estado de Minas Gerais); e partes das regiões Centro-Oeste e Nordeste.
O Centro-Sul, em especial estado de São Paulo, concentra as
atividades econômicas mais dinâmicas, seja no setor primário, no
secundário ou no terciário. Este desenvolvimento está diretamente
relacionado ao processo histórico de ocupação da região. A produção de
café e, em seguida, a industrialização alavancaram a economia do eixo
Rio - São Paulo. Ainda na primeira metade do século XX, o entorno de
Belo Horizonte se desenvolveu de forma complementar à economia do
centro dinâmico do país.
Desde os anos 70, verificou-se um espraiamento da
concentração industrial de São Paulo, criando assim uma área densa,
altamente tecnológica que vai de Belo Horizonte a Porto Alegre. A
concentração da produção no Centro-Sul apresenta variações de acordo
com os setores produtivos e suas características. O processo de
reestruturação produtiva e a expansão das trocas comerciais associadas
a um melhor funcionamento do Mercosul têm influído nas
determinações para a alocação dos investimentos na região Centro-Sul.
Historicamente, a região Sul foi povoada com médias e pequenas
propriedades, constituindo cidades relativamente prósperas baseadas
na agroindústria, com menor disparidade social e boa produtividade.
Atualmente, a produção industrial da região se concentra em um trecho
que vai da Grande Porto Alegre à cidade de Caxias do Sul, no estado do
Rio Grande do Sul, e na região metropolitana de Curitiba. No estado de
Santa Catarina destaca-se o Vale do Itajaí e o interior, que possui
municípios com expressiva produção no setor frigorífico.

No contexto do Centro-Sul, a porção que pertence aos estados


da região Nordeste apresentam economia mais frágil, baseada na
agropecuária e no desenvolvimento recente da agroindústria. Muita
produção local, nessa área, é destinada à subsistência.
No Centro-Oeste, destaca-se a nova fronteira agrícola
estabelecida nos estados de Mato-Grosso e Mato-Grosso do Sul, com a
exploração da soja, da cana-de-açúcar e da pecuária. Um aspecto
contestado dessa expansão tem sido a ocupação de biomas frágeis,
particularmente o cerrado, o pantanal e o sul amazônico, o que deverá
colocar, nos próximos anos, a região no foco do embate político entre as
políticas desenvolvimentista e de preservação ecológica do governo.
O estado de Goiás tem se destacado pela atração de indústrias
do setor automotivo, como as asiáticas Mitsubishi e Hyundai, bem
como, no crescimento do agronegócio.
BRANQUINHO 97

1.1. REGIÃO CENTRO-OESTE

A região abrange os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul


e Distrito Federal, ocupando 22% do território nacional.
É importante lembrar que o Centro-Oeste ainda é uma área vazia em seu
todo, embora seja a região brasileira que, nos últimos anos, recebeu o maior
efetivo populacional oriundo dos outros estados.
De modo geral, apresenta um clima tropical de duas estações - seca no
inverno e chuvosa no verão - contribuindo para as atividades agropastoris.
As condições favoráveis de solo na região (fertilidade, topografia,
recursos hídricos e valor econômico) têm atraído vultosos recursos da iniciativa
privada, que busca no Brasil Central uma alternativa de investimentos no setor
agrário.
A agropecuária da Região Centro-Oeste ocupa, hoje, uma posição
destacada no cenário nacional graças às mudanças que ocorreram na década de
setenta, quando surgiu a perspectiva de que caberia à agricultura contribuir para
superação dos grandes problemas da economia nacional, através do atendimento
à demanda do mercado interno e às metas de aumento e diversificação das
exportações, contidas no Programa dos Corredores de Exportação. Daí a
redefinição da posição do Centro-Oeste no cenário nacional.
Na prática, as modificações ocorridas foram
- incorporação de novos espaços à agropecuária,
- modernização do processo produtivo,
- ampliação das vias de transporte,
- cooperativismo.

a) Incorporação de Novos Espaços à Agropecuária


No processo de evolução espacial da agricultura regional, merece
destaque a expansão das áreas em pastos plantados e em lavouras temporárias,
cujo ritmo foi tão intenso a ponto de o aumento absoluto das áreas com esses
usos da terra terem constituído respectivamente 30% e 50% do crescimento
ocorrido em escala nacional.
Na década de 70, 60% da superfície incorporada aos estabelecimentos
rurais no Centro-Oeste foi destinada à formação de novos pastos e à expansão
das lavouras temporárias.
Em face do aumento de 15,5 milhões de hectares de pastos plantados, a
participação desse uso da terra na área total dos estabelecimentos elevou-se de
11% para 22%.

Área de Pastagens Área de Lavouras



Ultrapassou 25 milhões de hectares, Ultrapassou 7 milhões de hectares o que
comprovando a participação dessa modalidade significou um salto de 5,7% para 6,8%. Essa expansão das
de uso do solo para 30%, em relação à área total lavouras temporárias decorre da difusão do cultivo
dos estabelecimentos. Tal expansão repercutiu comercial de grãos, com base em tecnologia moderna.
diretamente no aumento do efetivo do rebanho,
dada a ampliação que provocou na capacidade
de suporte de bovinos por hectare.

b) Modernização dos Processos de produção


A incidência do uso de elementos modernos no processo produtivo -
mecanização da lavoura e emprego de insumos - está mais restrita à porção
sul da Região Centro-Oeste, sendo empregados mais largamente na produção
agrícola do que na formação de pastos.
Em seus grandes traços, as áreas de agricultura mais modernas são
aquelas nas quais se desenvolveu o cultivo comercial de grãos, particularmente
da soja.
Nos Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul, a alta incidência da
modernização ocorreu na porção meridional.
No final da década de oitenta, havia na Região Centro-Oeste
aproximadamente 900 mil tratores, o que correspondia a 13% do total nacional.
Em termos de mecanização, a região ocupa a terceira posição, atrás das Regiões
Sul e Sudeste. Quanto ao emprego de fertilizantes e defensivos os números são
baixos, colocando a Região apenas à frente da Região Norte.
A partir de 70, o Centro-Oeste participou de um projeto mais amplo de
expansão do crédito agrícola.
Podemos exemplificar com o Programa de Desenvolvimento dos
Cerrados - POLOCENTRO, instrumento criado em 1975 com o objetivo de
propiciar uma incorporação ampla de terras ao processo produtivo, através de
concessão de crédito rural subsidiado e do fortalecimento de infra-estrutura,
representada pela pesquisa e experimentação agropecuária, assistência técnica,
armazenamento, estradas rurais e energia elétrica.
c) Ampliação das Vias de Transporte
Basicamente, todo o transporte da região é realizado por rodovias
federais, as principais vias de escoamento de produção.
Existem grandes eixos rodoviários que cortam a Região, integrando Sul
e Sudeste à Amazônia. Dessa forma, foram criadas as condições que permitiram
a incorporação de espaços periféricos e a reestruturação econômica de áreas
antes voltadas para a pecuária extensiva e para o extrativismo vegetal.
O Governo Federal e empresários de renome nacional, cientes da
importância desta área no crescimento agropecuário, deram ênfase especial na
ampliação do transporte ferroviário, através da construção das ferrovias Norte-Sul
e Leste-Oeste, para proporcionar economia no frete e facilitar o escoamento da
produção para países da América do Sul e estados da federação. Atualmente
PAC.
d) Cooperativismo
A cada dia, um número crescente de agricultores filia-se às cooperativas
agrícolas. Em âmbito nacional, o Centro-Oeste ocupa a terceira posição nesta
atividade, o que tem favorecido a estocagem das colheitas e a circulação de suas
culturas.

1.1.1. Atividades Agrícolas


Os indicadores de crescimento da agricultura na região apresentam
índices bastante superiores à média nacional, revelando ser uma área importante
e promissora para a economia brasileira. Isto pode ser confirmado pelo fato de
ter, em safras recentes, contribuído com quase metade da produção brasileira de
soja.
Tendendo para a policultura, as culturas tradicionais são ampliadas e
novos cultivos são introduzidos em sua área plantada.
O Estado de Mato Grosso apresenta, por sua pujança e produção, um
notável impulso que foi obtido pela expansão do complexo soja, difundindo-se do
sul para o centro-oeste.

1.1.2. Pecuária
O Centro-Oeste merece destaque na atividade pecuária nacional por
apresentar o maior rebanho bovino do País. Desenvolve técnicas mais modernas
de manejo e participa decisivamente nas economias nacional e estadual.
A atividade desenvolvida é predominantemente extensiva e destina-se, na
maior parte, ao abastecimento do mercado paulista.
No Mato Grosso do Sul, encontra-se em experiência a prática da pecuária
intensiva, mediante o confinamento do gado. Desta forma, aumenta-se a
produtividade, conseguindo uma maior engorda do gado em menor espaço de
tempo, de modo a gerar maiores lucros ao pecuarista.
A tendência da região é a de obter, a médio prazo, um rebanho de melhor
qualidade face à evolução tecnológica, à pesquisa e à formação de pastagens
artificiais.
A pecuária leiteira regional é destinada apenas ao consumo da
população local e a sua produção média anual gira em torno de 1 bilhão e meio
de litros.
Centro-Oeste é umas das cinco grandes regiões em que é dividido o
Brasil.

A Região Centro-Oeste é dividida em quatro unidades federativas: Mato


Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, onde fica Brasília, a capital
do país. Com uma área de 1.606.371,505 km², a Região Centro-Oeste é um
grande território, sendo a segunda maior região do Brasil em superfície territorial.
Por outro lado, é a região menos populosa do país e possui a segunda menor
densidade populacional, perdendo apenas para a Região Norte. Por abrigar uma
quantidade menor de habitantes, apresenta algumas concentrações urbanas e
grandes vazios populacionais.

1.2. HISTÓRIA

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, no município colonial de


Pirenópolis, tombada pelo IPHAN como Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro.

Os indígenas foram os primeiros habitantes da Região Centro-Oeste.


Depois chegaram os bandeirantes. Eles descobriram muitas minas de ouro e
fundaram as primeiras vilas: Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá, atual Cuiabá
capital do Estado de Mato Grosso, Vila Boa, atual estado de Goiás e Meya Ponte,
hoje, município de Pirenópolis. Surgiram arraiais que se tornaram municípios
importantes. A descoberta de diamante deu origem a vila chamada corrutela.

Os fazendeiros de Minas Gerais e de São Paulo, também povoaram a


região. Eles organizaram grandes fazendas de criação de gado.

Para defender as fronteiras do Brasil com os outros países, foram criados


fortes militares. Entre eles, destaca-se o Forte de Coimbra, hoje o município de
Corumbá. Em volta desses fortes surgiram povoados.

O povoamento aumentou com a construção de estradas de ferro e, mais


tarde, com o aparecimento das rodovias e das hidrovias.

A construção de Brasília como sede do governo brasileiro, também


contribuiu para o povoamento e o desenvolvimento sócio-econômico da Região
Centro-Oeste.

O Mato Grosso do Sul lutou vária veses para se tornar independente do


Mato Grosso, nada se fazia o governo de Cuiabá para o desenvolvimento do sul
do Mato Grosso, sem falar que Campo Grande era e é mais populosa e
desenvolvida que Cuiabá, fazendo uma grande oposição a Cuiabá.
Os Europeus tiveram uma enorme influência no Mato Grosso do Sul, seus
principais povoadores form os portugueses, italianos, Alemães, Armênios e
Tchecos.

1.3. GEOGRAFIA

1.3.1. Relevo

Como em quase todo o território brasileiro, o relevo da região é marcado


por unidades suaves, raramente ultrapassando mil metros de altitude. O relevo da
Região Centro-Oeste é composto por três unidades dominantes:

• Planalto Central
• Planalto Meridional
• Planície do Pantanal

1.3.1.1. Planalto Central

O Planalto Central é um grande bloco rochoso, formado por rochas


cristalinas, sobre as quais se apoiam camadas de rochas sedimentares. Existem
trechos em que as rochas cristalinas aparecem livres dessa cobertura sedimentar,
surgindo aí um relevo ondulado. Nas áreas em que as rochas cristalinas estão
cobertas pelas camadas sedimentares, são comuns as chapadas, com topos
planos e encostas que caem repentinamente e recebem o nome de ‘’serras’’.
Nestas regiões, as chapadas possuem a denominação de chapadões.

As chapadas estão presentes na maior parte da região, e em Mato


Grosso podem ser citados a Chapada dos Parecis, a oeste, e a Chapada dos
Veadeiros, a nordeste; em Goiás, pode ser citado a Chapada dos Veadeiros, ao
norte; na divisa com o Nordeste destaca-se o Espigão Mestre, que funciona como
divisor de águas da bacia do Tocantins e da bacia do São Francisco.

1.3.1.2. Planície do Pantanal


Pantanal.

O Pantanal é uma planície inundável de formação recente, cuja altitude


média é de aproximadamente 110 metros. É, portanto, uma depressão relativa
situada entre os planaltos Central, Meridional e relevo pré-andino.
Periodicamente, a Planície do Pantanal é inundada pelo Rio Paraguai e seus
afluentes. O relevo da planície tem duas feições principais:

• Cordilheiras: Pequenas elevações que não sofrem inundações;


• Baías ou lagos: Partes mais baixas, de formatos circulares,
inundadas durante a estação chuvosa, formando lagoas.
1.3.1.3. Planalto Meridional

O Planalto Meridional se estende da Região Sul até os Estados de Mato


Grosso do Sul e Goiás. Nele são encontrados os solos mais férteis de todo o
Centro-Oeste – a terra roxa que aparece em forma de manchas no sul de Goiás e
em Mato Grosso do Sul.

1.3.2. Clima

O clima da região Centro-Oeste do Brasil é tropical, quente e chuvoso,


sempre presente nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. A
característica mais marcante deste clima quente é a presença de um verão
chuvoso, entre os meses de outubro a março, e um inverno seco, entre os meses
de abril a setembro.

O noroeste da região, ocupado pela Amazônia, é abrangido pelo clima


equatorial, e o restante pelo clima tropical. As temperaturas, são mais altas do
que no sul. O inverno apresenta temperaturas acima de 18°C; durante o verão, a
temperatura pode alcançar temperaturas superiores a 25°C. Existe declínio
sensível de temperatura quando ocorre o fenômeno da friagem, que é a chegada
de uma massa polar atlântica que através do vale do rio Paraguai, atinge todo o
oeste dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

As chuvas, além de concentradas em apenas uma estação do ano, se


distribuem irregularmente na região, atingindo-se mais de 2.500 mm a noroeste
de Mato Grosso e reduzindo-se a pouco mais de 1.200 mm grande parte do
território.

Nas regiões mais elevadas do Planalto Central ocorre o clima tropical de


Altitude e as mínimas são menores podendo ocorrer geadas nessas regiões. Em
outras partes da região também é normal ocorrer geadas.

Os meses de verão são úmidos, porque nessa época, a Planície do


Pantanal é uma das áreas mais quentes da América do Sul, e por esse motivo,
forma um núcleo de baixa pressão que atrai os ventos úmidos conhecidos como
alísios de nordeste. A chegada desses ventos corresponde às chuvas fortes que
caem na região.

O norte da região, de altas temperaturas e grande quantidade de chuvas,


engloba características do clima equatorial. No restante da região, o efeito da
continentalidade faz com que o clima tropical apareça mais seco, e por
consequência, a paisagem vegetal revele densidade menor, apresentando sob a
forma de cerrado.

1.3.3. Hidrografia

A Região Centro-Oeste é drenada por muitos rios, agrupados em três


grandes bacias hidrográficas:
• Bacia Amazônica:, em Mato Grosso, para onde se deslocam rios
colossais, como o Xingu, ou rios que formam principais afluentes do rio
Amazonas, como o Juruena e o Teles Pires que formam o rio Tapajós;
• Bacia do Tocantins-Araguaia, ocupando o norte e o ponto mais a
oeste de Goiás e o extremo leste de Mato Grosso;
• Bacia Platina, subdividida em suas bacias hidrográficas: a bacia do
rio Paraná e a bacia do rio Paraguai, no restante da região.

1.3.3.1. Bacia do rio Paraná

Na divisa com os estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, o


Centro-Oeste é banhado pelo rio Paraná e por um de seus formadores, o Rio
Paranaíba, no extremo sul de Goiás. A porção sudeste da região é drenada por
afluentes menos extensos da margem direita do rio Paraná, como os rios Verde,
Pardo, Ivinhema, Amambaí e Iguatemi.

1.3.3.2. Bacia do rio Paraguai


Rio Paraguai.

A maior bacia hidrográfica em extensão da região Centro-Oeste é a bacia


do rio Paraguai, que nasce na Chapada dos Parecis, no Estado de Mato Grosso.
Seus principais afluentes são os rios Cuiabá, Taquari e Miranda. A bacia do rio
Paraguai ocupa uma imensa baixada que forma a Planície Paraguaia, na qual a
parte alagada é composta pelo Pantanal Mato-grossense. Como o clima da região
intercala estações secas e estações chuvosas, essa planície fica coberta por um
lençol de água durante aproximadamente seis meses. Nos meses secos, as
águas represam-se em pequenas lagoas semicirculares, chamadas de baías.
Quando as cheias são mais violentas, as baías ampliam-se e ligam-se umas com
as outras através de canais chamados de corichos.

O norte de Goiás e o leste do Estado de Mato Grosso, são banhados


pelas nascentes dos rios que formam a Bacia do Tocantins. Na divisa da Região
Nordeste com o Estado de Goiás, estendendo-se até o Estado de Tocantins, na
Região Norte, destaca-se o Espigão Mestre, que funciona como divisor de águas
separando a bacia do Tocantins, no oeste, e a bacia do rio São Francisco no
leste.

1.3.4. Vegetação

A vegetação do cerrado é a paisagem típica da região.

No Centro-Oeste existem formações vegetais bastante diferentes umas


das outras. Ao norte e oeste aparece a Floresta Amazônica, praticamente
impenetrável, composta por uma vegetação densa e exuberante. A maior parte da
região, entretanto, é ocupada pelo cerrado, tipo de savana com gramíneas altas,
árvores e arbustos esparsos, de troncos retorcidos, folhas duras e raízes longas,
adaptadas à procura de água no subsolo. O cerrado não é uniforme: onde há
mais árvores que arbustos, ele é conhecido como cerradão, e no cerrado
propriamente dito há menos arbustos e árvores, entre os quais se espalha uma
formação contínua de gramíneas.

Em Mato Grosso do Sul, existe uma verdadeira "ilha" de campos limpos,


conhecidos pelo nome de campos de Vacaria, que lembram vagamente o pampa
gaúcho. A região do Pantanal, sempre alagável quando nas cheias de verão,
possui uma vegetação típica e muito variada, denominada Complexo do Pantanal.
Aí aparecem concentradas quase todas as variedades vegetais do Brasil:
florestas, campos e até mesmo a caatinga.

Podem ser identificadas ainda as matas galerias em alguns trechos do


cerrado, que se caracterizam por serem densas apenas nas margens dos cursos
d'água ao longo dos quais se desenvolvem e cuja umidade as mantém. A floresta
tropical que existia na região está praticamente extinta.

1.4. DEMOGRAFIA

Com 14.050.340 habitantes, conforme dados contabilizados pelo Censo


do IBGE em 2010, a Região Centro-Oeste é pouco povoada. Sua população total
é menor que a de estados como Rio de Janeiro ou Minas Gerais, cujas
superfícies são bem menores que a do Centro-Oeste. Com 8,75 hab./km², reúne 7
em cada 100 brasileiros. Goiás é o estado mais populoso, enquanto Mato Grosso
e Mato Grosso do Sul, os maiores estados da região em superfície, têm
população parecida com a do Distrito Federal, onde se localiza Brasília.

1.4.1. Povoamento

As primeiras estradas e vilas criadas na região foram obras dos


bandeirantes que, durante os séculos XVII e o XVIII, desbravaram territórios à
procura de minérios ou para capturar indígenas. Mas o efetivo povoamento
regional somente começou quando o desenvolvimento do Sudeste fez surgir um
forte mercado consumidor para a pecuária e a agricultura na parte sul da região.

Em 1935, Goiânia foi construída para ser a nova capital de Goiás, o que
se tornou um atrativo ao povoamento da área. Outros municípios foram crescendo
em importância, como Anápolis, por exemplo, ligada a Minas Gerais através de
várias rodovias e ferrovias. A construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil,
concluída em 1950, que liga Bauru, em São Paulo, a Corumbá, em Mato Grosso
do Sul, facilitou o escoamento dos produtos e consolidou o desenvolvimento de
todo o extremo sul de Goiás e de Mato Grosso.

A parte norte, até o início da década de 1960, permanecia praticamente


selvagem e mal conhecida pelo homem, até que a construção de Brasília,
inaugurada em 21 de abril de 1960 e a abertura de estradas — como a Rodovia
Belém-Brasília, por exemplo — acabaram atraindo contingentes de migrantes de
todo o Brasil para o Planalto Central. A migração, porém, ultrapassou os limites
esperados e teve como consequência o surgimento de bairros de trabalhadores
ao lado da nova capital, esses bairros que se transformaram nas atuais cidades-
satélites, como Gama, Taguatinga, Brazlândia, Sobradinho, Planaltina e Paranoá.

1.4.2. Etnias

Entre os tipos humanos característicos do Centro-Oeste estão: o vaqueiro


do Pantanal, o boiadeiro de Goiás, os peões das fazendas de gado, os
garimpeiros, os índios com as suas múltiplas formas de cultura como a influência
sulista no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e nordestina em Brasília. O Mato
Grosso do Sul é o único estado do Centro-Oeste que é de maioria branca

1.4.3. Migrações internas

Um importante grupo do Centro-Oeste é o grupo dos sulistas (gaúchos,


catarinenses, paranaenses) que se instalaram sobretudo no sul de Mato Grosso
do sul. Na região, foram os responsáveis pela organização da agricultura, abriram
rodovias, montaram serrarias, fundaram vilas e municípios.

Desde que Brasília foi concluída, a população do Centro-Oeste vem


acusando expressivos índices de crescimento. Essa tendência deve-se
especialmente às frequentes migrações de habitantes de outras regiões. Terras a
preços mais acessíveis, a expansão agrícola, boas estradas e oportunidades de
progresso relativamente rápido são fatores responsáveis por essa atração. O
Centro-Oeste formou sua população com migrantes vindos de todas as demais
regiões do país, caracterizando-se assim pela heterogeneidade humana.
Entretanto, há equilíbrio entre a porcentagem de brancos (50,1%), concentrados
sobretudo no sul, e a de mestiços (46,3%), principalmente mamelucos,
encontrados nas partes norte e central. As outras etnias compõem os restantes
3,6% da população.

1.4.4. Grupos indígenas

A presença indígena é muito intensa no Centro-Oeste. Habitam


numerosas tribos inóspitas e em algumas reservas e parques indígenas que
podem ser citados: o Parque Indígena do Xingu, que reúne cerca de 20 tribos
diferentes, o Parque Indígena do Araguaia, na ilha do Bananal, a Reserva
Indígena Xavante e a Reserva Indígena Parecis.

Os índios se dedicam, em geral, a agricultura, pecuária, artesanato,


garimpagem, caça e pesca. Mas sofrem com as frequentes invasões de seus
territórios.

1.4.5. Distribuição populacional


Várzea Grande , MT uma das cidades mais densas do Centro-Oeste.

Brasília sozinha possui mais habitantes que o estado de Mato Grosso.


Além disso, há uma diferença notável entre a parte norte da região, praticamente
vazia, e a parte sul, onde se localizam os maiores municípios e também as áreas
mais expressivas demograficamente. As densidades demográficas do Centro-
Oeste são aproximadamente as seguintes:

1.5. ECONOMIA

A Região Centro-Oeste apresenta população urbana relativamente


numerosa. No meio rural, entretanto, predominam densidades demográficas muito
baixas, o que indica que a pecuária extensiva é a atividade mais importante. A
agricultura comercial, por sua vez, vem ganhando grande destaque nos últimos
anos e já supera o extrativismo mineral e vegetal. As atividades industriais,
entretanto são ainda pouco expressivas.

1.5.1. Setor primário

1.5.1.1. Agricultura
Muitos cultivos, antes restritos às regiões Sul e Sudeste, mostram-se
promissores em áreas do Centro-Oeste. É o caso da soja, do trigo e do café. Na
fotografia, aparecem os grãos torrados de Coffea arabica.

A agricultura de subsistência, com o cultivo de milho, mandioca, abóbora,


feijão e arroz, através de técnicas primitivas, sempre se constituiu em atividade
complementar à pecuária e ao extrativismo. O crescimento populacional que vem
caracterizando a região, a melhoria das vias de comunicação e o mercado
consumidor sempre expressivo do Sudeste têm aumentado muito o
desenvolvimento da agricultura comercial.

As áreas agrícolas de maior expressão no Centro-Oeste são:

• O "Mato Grosso de Goiás", área de solos férteis localizada no


sudeste de Goiás, que é destacado centro produtor de arroz, algodão, café, milho
e soja;
• O Vale do Paranaíba, no extremo sul de Goiás, onde solos de solos
vermelhos favorecem o desenvolvimento agrícola de municípios como Itumbiara e
Goiatuba, com o cultivo de algodão, amendoim e principalmente arroz;
• O sul de Mato Grosso do Sul, região que se caracteriza pela
produção de soja, arroz, café, algodão, milho e, recentemente, até mesmo trigo.
• A Região de Campo Grande e Dourados (MS), destacam-se as
produções de soja, milho, amendoim e trigo;
• Área do cerrado, abrange terras nas quais se pratica, em grandes
propriedades, a pecuária extensiva de bovinos, com destaque para os estados de
Goiás e Mato Grosso, que juntos abrigam 15% do rebanho nacional. Também se
criam equinos, porém em menor proporção;
• Pantanal (MS), tradicional área pecuarista, onde se pratica uma
pecuária ultra-extensiva de baixa qualidade, com numerosos rebanhos de bovinos
e bufalinos.
Essas são as seis regiões mais importantes, mas não são as únicas em
que se pratica a agricultura comercial. Ao longo da Rodovia Belém-Brasília,
próximo a Campo Grande e a oeste de Brasília, novas áreas agrícolas se
destacam, valorizadas por incentivos fiscais do governo, criação de condições de
armazenamento, técnicas de controle da erosão, abertura de novas estradas e
assistência técnica e financeira ao agricultor. Novos conceitos de agronomia e
introdução de modernas técnicas de recuperação do solo têm tornado
extremamente otimistas as perspectivas de cultivo nas vastas extensões de
cerrado que recobrem o Centro-Oeste, antes pouco valorizadas e utilizadas
apenas para a pecuária.

1.5.1.2. Pecuária

A pecuária de corte é a atividade econômica mais importante da Região


Centro-Oeste do Brasil. Na fotografia, um touro da raça Nelore.

Possuindo em média mais de quatro cabeças de gado para cada


habitante, o Centro-Oeste dispõe de um enorme rebanho, destacando-se o gado
bovino, criado geralmente solto, o que caracteriza a pecuária extensiva. Esse tipo
de criação dificulta o aproveitamento do leite e, assim, praticamente todo o
rebanho é destinado ao corte e absorvido pelo mercado consumidor paulista e
pelos frigoríficos do oeste do estado de São Paulo. Apenas no sul da região é que
a pecuária leiteira apresenta maior expressão, sobretudo em áreas mais
urbanizadas e que dispõem de uma boa rede de transportes, facilitando a
comercialização da produção. Parte do leite é industrializado por laticínios da
própria região e do Sudeste.

A vegetação do cerrado não é de boa qualidade para a alimentação


animal e por isso os rebanhos têm baixo rendimento, produzindo pouca carne.
Para contornar esse problema, recorre-se às chamadas invernadas, fazenda de
engorda onde o gado passa um período para ganhar peso. Embora o gado seja
abatido em Mato Grosso, as invernadas estão localizadas geralmente em Minas
Gerais e São Paulo.

As áreas de campo do Pantanal, o cerrado próximo à Campo Grande e da


parte sul de Goiás constituem as áreas pastoris de maior importância na região,
onde, inclusive, se desenvolvem muitas pastagens artificiais. Essa atividade
econômica enfrenta sérios problemas na área do Pantanal, onde as cheias
frequentes forçam a entrada do gado para áreas mais altas. Recentemente,
importantes áreas de pecuária têm sido implantadas ao longo das rodovias que
ligam o Centro-Oeste à Região Norte.

Além dos bovinos, que representam 80% dos rebanhos do Centro-Oeste,


destaca-se ainda o rebanho suíno, em Goiás.

1.5.1.3. Extrativismo
Extrativismo mineral
O ouro é um dos produtos econômicos mais importantes da Região
Centro-Oeste do Brasil, ao lado do diamante e do ferro.

As riquezas minerais do Centro-Oeste são ainda mal conhecidas, mas


mesmo assim a região se projeta como possuidora de excelentes reservas de
ferro, manganês, níquel, cristal de rocha, ouro e diamante. O ferro e o manganês
são encontrados em um grande bloco de rochas cristalinas, o Maciço do Urucum,
que aflora em plena horizontalidade da Planície do Pantanal, em Mato Grosso do
Sul. Embora abundantes, essas reservas são de baixa qualidade. Destinam-se ao
abastecimento da usina siderúrgica Sobrás, em Corumbá, e o excedente é
exportado para os Estados Unidos, Argentina e Uruguai. O cristal de rocha
aparece em Goiás e também é destinado à Sobrás e à exportação, principalmente
para o Japão. Em Goiás é encontrado ainda o níquel, enquanto o ouro e o
diamante são extraídos, através do garimpo, principalmente em Mato Grosso.

Extrativismo vegetal
Coleta do látex da seringueira.

O extrativismo vegetal é uma atividade econômica importante sobretudo


em áreas mais distantes dos grandes centros. Da imensa Floresta Amazônica,
que recobre a parte norte da região, extraem-se borracha e madeiras de lei, como
mogno, cedro, imbuia e outras. No sudoeste de Mato Grosso extraem o angico e
a poaia, cujas raízes fornecem matéria-prima para a indústria farmacêutica; no
Pantanal, a espécie de maior aproveitamento é o quebracho, do qual se extrai o
tanino, utilizado no curtimento do couro; e no sul de Mato Grosso do Sul alternam-
se o extrativismo vegetal e plantações de erva-mate.

Extrativismo animal
O jacaré é uma das vítimas da caça predatória.

O extrativismo animal, representado pela caça, não possui expressão


comercial regular e oficializada. Entretanto, praticam-se intensamente as
atividades extrativas ilegais. A caça predatória tem como consequência a
matança indiscriminada de jacarés e a extinção de inúmeras outras espécies de
aves e animais terrestres, ocasionando grave desequilíbrio ecológico na região.

Entre os animais mais dizimados estão: a garças, caçadas por causa de


suas penas; as lontras e ariranhas, devido à grande procura de suas peles no
exterior; e os jacarés, cuja pele é utilizada na fabricação de cintos, bolsas,
calçados etc.

É também relevante a pesca de grandes peixes de água doce em


importantes rios.
1.5.2. Setor secundário

1.5.2.1. Indústria

Trata-se de uma atividade pouco significativa no Centro-Oeste. As


indústrias mais expressivas são recentes, atraídas pela energia abundante
fornecida pelas usinas do complexo de Urubupungá, no rio Paraná (Mato Grosso
do Sul), de São Simão e Itumbiara, no rio Paranaíba, de Cachoeira Dourada (em
Goiás) e outras menores. As indústrias mais importantes são as de produtos
alimentícios, de minerais não-metálicos e a madeireira.

A área mais industrializada e desenvolvida do Centro-Oeste estende-se


no eixo Goiânia-Anápolis-Brasília. Tem como destaque as indústrias
automobilística, farmacêutica, alimentícia, têxtil, de produtos minerais e bebidas.
Outros centros fabris importantes são Campo Grande (indústria alimentícia),
Cuiabá (indústria alimentícia e de borracha), Corumbá, favorecida pela
proximidade do Maciço do Urucum para a obtenção de matérias-primas minerais,
Catalão e Rio Verde em goiás e Três Lagoas (Mato Grosso do Sul), que sozinha
foi responsável por 0,15% do crescimento PIB brasileiro em 2007.

Goiás é o estado mais industrializado da Região, neste estado está


localizado o DAIA(Distrito Agro-Industrial de Anápolis) que na última década
recebeu diversos tipos de indústrias, principalmente de medicamentos (o que faz
do município maior polo farmo-químico do Brasil) e a montadora de automóveis
sul-coreana Hyundai, além de Catalão, importante polo mínero-químico e metal-
mecânico, com destaque para montadores de automóveis Mitsubishi e a
montadora de máquinas agrícolas John Deere, além de Rio Verde, Itumbiara,
Jataí, Mineiros e Mozarlândia, com importantes indústrias alimentícias; Uruaçu,
Minaçu e Niquelândia, com indústrias de extração e processamento de minérios;
Jaraguá, um polo da indústria do vestuário e Senador Canedo, com a indústria
calçadista.

No estado de Mato Grosso do Sul, as indústrias se baseiam no


extrativismo mineral já que nessa região a concentração de minérios de ferro é
muito grande. Além disso em Três Lagoas é de considerável vulto a produção de
papel e celulose.

1.5.3. Setor terciário

1.5.3.1. Transportes

Situada no centro geográfico do Brasil, a Região Centro-Oeste possui


uma rede de transportes pouco desenvolvida, mas em franca expansão. Devido a
seu desenvolvimento recente, manifesta os efeitos de uma política de transportes
claramente influenciada por uma mentalidade rodoviária. Assim ganham destaque
as ligações de Brasília com todas as outras capitais através de estradas imensas,
como a Brasília-Acre e Belém-Brasília. Além dessas, temos a Cuiabá-Porto Velho,
a Cuiabá-Santarém e a Transpantaneira, projetada para ligar Corumbá a Cuiabá,
porém a partir de Cuiabá a rodovia para na localidade de Porto Jofre e a muitos
outros trechos do Pantanal Mato-grossense. Em termos de ferrovia, destaca-se
que se estabelece a ligação entre o Sudeste e a Bolívia.

A região dispõe, ainda, de aeroportos de grande movimento e é servida


também por pequenos aviões que a cruzam em todos os sentidos.

Beneficiado por apresentar rios de planície que facilitam a navegação, o


Centro-Oeste tem no município de Corumbá o seu principal porto fluvial.

O estado de Goiás possui a segunda melhor e mais conservada malha


rodoviária do país, apenas atrás de São Paulo. Nos últimos anos o Governo
Federal vem investindo na duplicação de rodovias que ligam Goiânia a Brasília
(BR-060), mas a BR-153, principal acesso ao norte do país, está há anos sem
receber manutenção, principalmente no trecho entre Anápolis e Porangatu, na
divisa com o Tocantins, neste trecho ela está esburacada e abandonada pelo
Governo Federal.

No Mato Grosso, o transporte é deficiente devido às grandes distâncias e


a falta de ajuda do governo federal. As estradas não oferecem segurança em
grande parte devido ao descaso das autoridades. No Mato Grosso do Sul houve
sensível melhora das rodovias nos últimos 10 anos, principalmente as rodovias
federais e próximas de Campo Grande.
REGIÃO CENTRO-OESTE

A região Centro-Oeste corresponde a


cerca de 22% do território brasileiro, com
1.604.852 Km². Compreende os estados de
Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o
Distrito Federal (onde está localizada a
capital do país – Brasília). A população do
Centro-Oeste é de cerca de 13.895 milhões
de habitantes (2010), o que perfaz 7,3%
(2010) da população brasileira.

Sul de Goiás. Área agrícola importante, pois abastece Brasília, Anápolis


e até São Paulo, com sua produção de arroz e soja.
Mato Grosso do Sul. Vem paulatinamente crescendo, tanto na pecuária
de corte quanto na cultura de soja, trigo e arroz. Com isso, cidades como a capital
Campo Grande, estão crescendo; novos bairros estão surgindo e se
modernizando; a prestação de serviços (bancos, lojas, escolas, etc), também
evoluiu, tornando a cidade um importante centro regional.
Pantanal. Além das belezas naturais da região, essa área é importante
pela criação de gado extensiva, que ocupa vastas regiões da planície do rio
Paraguai e seus afluentes.
A região pantaneira pode ser considerada como área periférica e
abastece de carne as invernadas paulistas (área de engorda de gado) de
Araçatuba e Presidente Prudente, que posteriormente vão abastecer a Grande
São Paulo.
Mas a região está sofrendo um processo acelerado e assustador de
destruição do meio ambiente:
- a extração indiscriminada de minériros vem destruindo gradativamente
segmentos da fauna e da flora regionais;
- a caça indiscriminada de espécies como o jacaré, para uso comercial,
vem ameaçando de extinção essa espécie;
- o desmatamento e a descaracterização das áreas florestais, vêm
ameaçando o ecossistema.
É urgente que as autoridades percebam, enquanto é tempo, a
necessidade de se tomar medidas drásticas, imediatas e efetivas, para preservar
uma das maiores reservas ecológicas do mundo.
Ler ALMANAQUE ABRIL
- 2010 ou 2011: Pag 654 – 656
Região Centro-Oeste
- 2011: Pag 103 – 104
Gargalos do crescimento

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