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13/9/2010 acústica arquitetônica

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autor arquitetura urbanismo paisagismo informações historia

arquitetando
aluno ACÚSTICA ARQUITETÔNICA
desenho
desenho arquitetônico
proj. arquitetônico I
proj. arquitetônico II Introdução
proj. arquitetônico III
A conexão entre Acústica e Arquitetura se dá na pluralidade do melhor
proj. arquitetônico IV aproveitamento do espaço quando se busca a qualidade em sua ocupação. A
maquete e modelos relação entre ambas se dá através da estética proporcionada pela "sofisticação"
construções rurais da geometria encontrada, cores, dimensões e funcionalidade associado ao
conforto e o prazer na vivência de sua ocupação.
trabalho de graduação
Não basta somente a beleza, é preciso buscar a humanização plena da ocupação.
A possibilidade de silêncio faz com que tudo se organize. A definição acústica de
irajá cada unidade de ambiente interno, no que diz ou pretenda se estabelecer, torna-
se a percepção auditiva de tudo que se venha gerar ou reproduzir particularizado
e cada ambiente possuirá sua dimensão privativa, individualizada de acordo com
as características de quem vier vivenciá-lo em sua plena ocupação. As áreas
destinadas ao descanso com seu índice de conforto acústico próprio,
recomendado para aquela atividade. As áreas destinadas a serviço, circulação,
leitura, trabalho etc, respectivamente também com seus índices de conforto
recomendado. Tornando-se assim o espaço lapidado, definido, próprio para cada
atividade e personalidade de quem o ocupará.
calendário Esta integração contudo também revela os limites da capacidade do
empreendimento/empreendedor quando se tratar de um projeto coletivo e,
« September 2010 »
Mo Tu We Th Fr Sa Su
também os limites da extensão do conceito de ocupação humana em ambientes
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fechados de seu arquiteto. Hoje há de se buscar mais do que pura funcionalidade
e estética mas, resultados saudáveis na qualidade na ocupação. Sentir-se seguro
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de que a ocupação será plena. O que adianta termos torneiras banhadas a ouro
13 14 15 16 17 18 19 se não se consegue conviver com os ruídos espúrios? Ruídos advindos do
20 21 22 23 24 25 26 tráfego viário, das atividades ruidosas do vizinho do andar superior, do inferior e
27 28 29 30 como se não bastasse da vizinhança externa?

Som em espaço fechado

arquivos Um ambiente fechado é entendido como um ambiente em que temos o controle


de suas condições físicas como temperatura, umidade, ventilação, tempo de
artigo 01 reverberação entre outros. Em alguns até privacidade, segurança etc. Uma sala,
um quarto, uma cozinha, um banheiro (toalete), uma sala de concerto, um
artigo 02 escritório entre tantos podem ser considerados um ambiente fechado. Pois bem,
artigo 03 todos os estudos para que possamos compreender as características de algumas
artigo 04 propriedades acústicas de uma sala se deram de forma empírica. Buscou-se um
parâmetro de referência para estabelecer relações físicas, materiais e geométricas
artigo 05 com todas as particularidades de cada item que compõem o espaço arquitetônico.
artigo 06
Desta forma, a referência mais usual e já consolidada adveio de uma relação
empírica através de características de reverberação no espaço fechado, seu
volume e materiais absorvedores e/ou reflexivos presentes. Estabeleceu-se
conceitualmente como parâmetro o tempo de reverberação como o tempo
necessário para a pressão sonora decair 60 dB.

Fatores Acústicos no design arquitetônico

Na concepção arquitetônica de uma sala de concerto, salas de música, salas de


conferências, salas de leitura, bibliotecas, casas de espetáculos, salas de aula e

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"home theatre", vários fatores deverão ser considerados para um bom resultado
quanto ao conforto acústico em relação às propostas de projeto e execução:

A Radiação Direta: - Em qualquer ambiente fechado existirá uma projeção


direta da fonte sonora assim como uma clara linha eqüidistante entre ela e os
ouvintes (audiência). Psicologicamente além de ser um fator importante, também
garante que existirá uma bem definida chegada da radiação sonora direta. Nos
grandes espaços isto requer que as áreas destinadas aos assentos, incluindo
balcões, sejam desalinhadas lateralmente em relação ao de frente e ao de costas.
Freqüentemente, o palco é elevado no sentido de poder realçar as propagações
sonoras de incidência angular, tanto no sentido horizontal quanto vertical sobre a
área dos assentos. Também poder-se-á utilizar plataformas na forma de degraus
de elevação dos assentos ao longo da distribuição na sala.
Reverberação à 500hz: - Busca-se um equilíbrio apropriado entre a
radiação direta e o campo sonoro reverberante. Ambos deverão adequar-se aos
limites da sala para que não se interfiram entre si.

Sobre os espaços relacionados com a música

Ambientes fechados designados prioritariamente para reproduzir música são bem


mais complexos do que os destinados para a fala. É sempre difícil especificarmos
o melhor tempo de reverberação, ou o tempo de reverberação ideal, o qual varia
com o volume da sala, o tipo de música e o efeito desejado.

Os ambientes destinados à música poderão ser um pouco mais reverberantes do


que salas de leitura, biblioteca ou salas de conferências.

O melhor tempo de reverberação está na faixa de 0,5s para salas de estar, cerca
de 1,0s para uma pequena sala usada para um solista de música de câmara e,
acima de 2,5s para música de órgão ou oratórios nas grandes catedrais.

Música clássica e barroca (sem órgão) geralmente requer um tempo de


reverberação na faixa de 1,0s a 1,4s; entretanto orquestras musicais do século
XIX têm requerido cerca de 2,0s de reverberação para produzir o melhor efeito.
Estes valores são subjetivos para indivíduos com "bom" gosto e atitude cultural.

Em projetos de estúdios de gravação de música que não seja clássica


[especialmente rock, pop rock, country, mpb (sem que seja bossa) e similares]
ou um estúdio de radiodifusão, é aconselhável possuir um tempo de reverberação
de pequeno valor, particularmente se estes estúdios são compostos por uma
ampla variedade de equipamentos eletrônicos com limitador de amplitude,
reverberação artificial e controle de freqüências. Para gravações de rock,
especificamente, o espaço não poderá ser pequeno, pois há uma predominância
da bateria que é um instrumento de percussão com emissão de baixas
freqüências em alta intensidade e, para compensá-la, deve-se usar muita
absorção, fazendo com que alguns elementos menores de percussão possam ser
mascarados ou ofuscados. Os limites do ambiente - paredes e teto deverão
possuir alta densidade para evitar vazamento para o meio exterior.

Uma sala de concerto poderá apresentar uma reverberação capaz de aumentar a


energia sonora reverberante em até 15 vezes maior que a energia radiada direta.
Subjetivamente, o campo sonoro poderá causar uma sensação acústica duas
vezes maior que a proporcionada pelo campo direto. Este fator é que gera a
sensação de potência ou grandiosidade associada com a música feita no período
romântico.

Sobre os espaços relacionados com a fala

Num projeto de auditório, os efeitos sob a audiência relativo ao tempo de


reverberação são um fator que não pode deixar de ser considerado. As variações
como a dinâmica da ocupação no ambiente podem produzir grandes mudanças no
tempo de reverberação para todas as freqüências, particularmente abaixo de
250Hz. Esta mudança é mais aparente quando a sala de conferência está vazia e
seus assentos não possuem estofamento. Condutores com pouca experiência
com este efeito podem causar uma reação rude devido os resultados
catastróficos que resultam na performance devido a estes efeitos.

A influência da variação do tamanho de uma audiência pode ser compensada com


o uso de assentos bem estofados com fundos perfurados, resultando em
absorção das baixas freqüências estando ou não ocupado. Se por motivos de
economia não puder sê-lo, deverá admitir que a sala só estará boa quando pelo
menos 1/3 dela estiver ocupada.

Têm-se muitos recursos para adequar uma sala destinada à fala mesmo que se
encontre muito deficiente. Há como introduzir painéis acústicos suspensos ou
mesmo até fixos. Hoje há uma abordagem mais moderna quanto às reflexões
difusas, caóticas, proporcionadas por superfícies irregulares. Utiliza-se recursos a
partir de uma geometria não Euclidiana.

Acústica arquitetônica

Muito se espera dos arquitetos.


Dos arquitetos muito se espera.
É de se esperar muito dos arquitetos?

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Em todo o mundo, dito civilizado, ou dito desenvolvido, há um consenso de que
existe um orgulho em suas arquiteturas antigas - hoje consideras "patrimônio".
No Brasil, o vemos em Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, São João Del Rei, Olinda,
Brasília e nos vários empreendimentos arquitetônicos singulares que existem
neste país afora. Alguns se distinguem pelas deferentes épocas e
conseqüentemente pelos conceitos, formas, estilos etc. Entretanto, as
populações futuras considerarão as construções deste século como parte destes
patrimônios. Algumas possuem a capacidade de causar impacto imediatamente
após sua conclusão. Pela sua grandiosidade, ineditismo, opulência, tecnologia
empregada e utilizada, conceitos revolucionários, entre outros, causam emoções
que mexem com os sentimentos das pessoas ao olharem e pensarem a respeito,
levantando o seu estado de espírito. Nestas obras magníficas há outras coisas
que não são somente arquitetura sem dúvida. A criação humana foi combinada
com a exuberância da natureza, com os processos de desenvolvimento intelectual
das outras áreas e com a sua própria formação histórica. Cidades como Viena,
Londres, York, Edimburgo, Paris, Moscou, Roma, Atenas, Madri, Berlin, Délhi e
Lisboa nos fazem sentir o significado da criação arquitetônica no mundo. Suas
escalas, suas proporções, seus detalhes, suas propostas, tornaram-se
referências da dimensão do poder e da criação intelectual do homem.

Hoje, como no passado, as construções estão vinculadas com o presente, tanto


para serem usadas e viver-se próximo delas como para despertar desejos,
fomentar o poder, realizar e materializar os conceitos. A criação arquitetônica está
se vinculando aos recursos dinâmicos da tecnologia eletrônica, micro-eletrônica e
informática. Não são criadas para durar mas para serem funcionais no agora.
Serem destruídas e construídas, marcando como as outras o progresso das
civilizações. Nas palavras de Le Corbusier:

"A arquitetura é condicionada pelo espírito da época e, o espírito da época é


formado pela intensidade da história, a idéia do presente e o discernimento do
futuro."

Não se apreende o presente e o compreende de imediato hoje em dia. Perdemos


esta capacidade, não há tempo de compreender o futuro através de seu
discernimento. Estabeleceu-se uma dinâmica de conveniências para o futuro
breve, para o consumo ininterrupto, compulsivo, irracional, que influencia
totalmente no desejo dos projetos de aquisições humanas.

As construções modernas são muito criticadas pelo que as mesmas aparentam,


pela impessoalidade, pela brevidade de sua duração, pela falta de humanidade,
por inabilidade para funcionar satisfatoriamente, pela fragilidade de seu vínculo
com as disponibilidades públicas. Elas não estabelecem mais aquele senso de
"bem-feito" tanto para as pessoas de dentro como de fora de seus ambientes.
São mais aparentes do que reais. São superficiais - sem profundidade estética,
sem profundidade conceitual, efêmeras. Apesar da disponibilidade da informação e
abundância de conhecimento não há interesse numa evolução para que se
aprimore.

A física nos trouxe grande evolução científica através de sistemas ultra-


sofisticados operando no espaço, na terra e no mar. Hoje há uma incrível
tecnologia nos processos de informação e comunicação por satélites, nos
segmentos da física nuclear, na biologia molecular e nos sistemas de defesas
aéreas por mísseis, mas, para sentirmos o equilíbrio e a elegância funcional da
boa arquitetura, teremos de olhar para trás.

Tem-se que compreender que a arquitetura é uma arte social, é uma arte
industrial, é uma arte de bem servir a todos no sentido de que todos poderão
usá-la. De que terão de usá-la. A arquitetura remete a noção de proteção, de
proporcionar prazer, proporcionar segurança, de bem estar, de realização, de
compensação de esforços.

A arquitetura é a materialização de vários conceitos matemáticos através das


relações geométricas: linear, espacial e diferencial. É uma relação entre
proporções e quantidades iluminadas. Suas revelações são contínuas, se dão em
"quantuns" tonais numa espiral temporal.

Visão do presente, intuição sobre o futuro, necessidades humanas, equilíbrio


requerido entre o homem e seu meio ambiente, habilidade criativa e prática fazem
da arquitetura a sua natureza inata. Só assim tornar-se-á bem sucedida.

Hoje, há pouco tempo para pensar-se sobre o que nós estamos criando dentro
de nossos segmentos, há pouco dinheiro disponível para as realizações. Na
maioria das vezes isto castra o desenvolvimento ou a extensão de um novo
conceito com profundidade. Nossos investidores têm pressa, estão ávidos por
resultados financeiros imediatos. É uma dura realidade pois as cidades sentem o
reflexo desta obsessão monetária da manipulação financeira. Os sistemas
burocráticos interceptam todos os impulsos criativos e a arquitetura não é mais
concebida, nasce morta ou com pouca intelectualidade.

GEORGE OLDHAM, vice-presidente do Royal Institute of British Architects


comentou certa vez:

"Eu posso oferecer somente três limitações que conspirem novamente contra a
inspiração e o encanto arquitetônico:

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- Primeiro, a legislação de construção é agora tão complexa que até o tamanho e
número de janelas é tratado por um formulário prescrito um tanto sem
considerações estéticas. Existe um histórico significativo de obras-primas atuais
que não se encontram em conformidade com a regulamentação de construção de
hoje.
- Segundo, planejamento de procedimentos são tão extensos e prolixos que
raramente um desenho original de um arquiteto escapa intocado de ambas as
mãos mortas do oficialismo ou do conservadorismo das comissões(...).
- Terceiro e mais importante de todas, são os custos das limitações impostas.
Isto é um "truism" que você pega e que você paga, e se prova ser necessário
somente considerando uma cidade do tamanho da medieval Salisbury e então se
espanta nesta proporção de riqueza que sempre devotam para esta catedral. Os
bons prédios do passado eram dependentes do trabalho barato (escravo) e dos
patrões educados. Hoje um trabalhador pode ganhar mais que seu gerente, os
maiores "patronos" são empreendedores especulativos, os quais tem interesse
somente no alto lucro para um baixo investimento, e o setor público, controlado
por burocratas para os quais a principal atividade está em balançar livros."

Queixam-se de que hoje há arquitetos demais. Poucos de valor com


personalidade própria e caráter ilibado, poucos bem formados e bem informados,
menos ainda politizados e quase nenhum criativo e revolucionário.

Acústica e história da arquitetura

O "A" da Arquitetura no tempo

Associada à sensibilidade humana, aberta à expressão emocional e à racionalidade


do homem, transformando a matéria na medida que se constrói espaços,
materializando a ordem, a harmonia, a beleza, isolando ou integrando o homem,
ora o protegendo, ora o expondo, a arquitetura torna-se tão dinâmica a ponto de
nos anexar às suas formas e estabelecer em nossas mentes uma extensão de
alguns de nossos desejos e intelecto. A arquitetura expressa então um conteúdo
político-social, político-econômico e intelectual através de suas obras constituídas,
edificadas, consolidadas.

Hoje a arquitetura estabelece vínculos multidisciplinares. Com a engenharia


melhorou o nível técnico das construções; com as artes plásticas melhorou o seu
"traço", suas formas espaciais e conseqüentemente suas imagens; com a
eletrônica conheceu as possibilidades da iluminação artificial, automação e
recursos de funcionalidade; com a acústica, consolidou o conforto, estendeu as
percepções e as reflexões, proporcionou o silêncio tão necessário para recompor
o intelecto; com as ciências térmicas, o controle da temperatura no interior dos
ambientes, os tornando confortáveis, dinâmicos e aconchegantes.

Sua evolução histórica inicia-se no período neolítico, já quando não havia mais
necessidade de construir só para proteger-se. Neste período houvera
necessidade de construir moradias e o desejo de erigir monumentos simbólicos
ou espirituais, estes últimos encontrados através dos monumentos megalíticos. A
partir dos séculos IV a I a.C. com a civilização surgida entre os rios Tigre e
Eufrates, houve a hierarquização dos elementos da construção. Havia naquele
tempo uma ordem estabelecida pelo meio de maneira que a recriação das formas
passaria pelo conceito da forma piramidal, a consolidação dessa forma é
encontrada nas pirâmides dos palácios suntuosos.

Os arquitetos da mesopotâmia não mais podiam trabalhar com a pedra e a


madeira, acabaram produzindo estruturas e formas artísticas com uma arte
ancorada no tijolo. Introduzindo a cerâmica nas suas grandiosas obras, porém,
também estabelecendo ao mesmo tempo sua fragilidade fazendo com que não
resistisse à passagem do tempo.

No Egito antigo, a pedra era o símbolo da estabilidade e da duração eterna.


Conotava ao mesmo tempo a idéia de força e segurança. A criação oficial do Egito
tinha que ser voltada para o culto da personalidade do faraó - autoridade religiosa
e política máxima numa só pessoa. A pedra serviu como suporte para construir e
decorar; era forte o suficiente para coibir a atuação dos "sacrílegos" que tentavam
Vilar os túmulos reais, foi também a base de gravação dos hieróglifos que acabou
solidificando no tempo a vida social, espiritual e política dos egípcios.

Na Grécia, houve o rompimento desta forma de criação arquitetônica. O homem


grego se estruturou em si mesmo, sem essa de uma única autoridade política e
religiosa. Era mais individualista, criava sua própria essência, sua sociabilidade,
sua ordem harmônica no pensamento, na criatividade e na busca da beleza.

A função do arquiteto foi "descoberta" na civilização helênica. Era protegido pelos


filósofos e intelectuais com quem compartilhava o prazer pelos números e pela
geometria. Criou obras para a comunidade, para um grupo social. As construções
urbanas não obedeciam a um esquema simétrico e ordenado: eram obras únicas -
de personalidade própria.

Durante o período helenístico, o arquiteto começou a manifestar-se como um ser


"serviu", disciplinado servidor do gosto estético de políticos, como os sátrapas da
Anatólia, e adquiriu funções semelhantes à do engenheiro moderno. Em Roma,
essa tendência se acentuou. Roma era impotente, possuía o dito Império
Romano, caracterizado por um poder político e militar sempre em expansão,

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Roma era imponente porque era muito dinâmica, necessitava da participação dos
artistas e pessoas cultas em seus empreendimentos. A cidade se consolidou
dentro de um planejamento estratégico em que suas construções eram
articuladas através de vias de comunicação com seus territórios conquistados. O
arquiteto então, sem a devida formação política, mercadológica daquela época,
transformou-se num simples artesão ou, quando muito, especialista numa
determinada tarefa.

Contudo, o desenvolvimento da arquitetura continuou na Idade Média e no


Renascimento. Houve então o desmembramento do Império Romano, o
surgimento de novas composições de forças que impuseram suas idéias políticas
e intelectuais transformando o conceito da arquitetura medieval. Tiveram
influência os conceitos dos povos bárbaros que materializou as concepções
econômicas, sociais e espirituais da época.

A Igreja desempenhou um papel determinante como dinamizadora da cultura e da


arte da época. Os arquitetos das obras deste período trabalharam nas
concepções dos mosteiros que se tornara o foco da cultura de então. Os
mosteiros, até hoje admirados por muitos, abrigavam toda a sofisticação do
conhecimento medieval. Os arquitetos eram inexpressivos, figuras anônimas,
identificados só pelo nome da oficina a que pertenciam, dizem que assistiram
como meros trabalhadores braçais o seu próprio trabalho arquitetônico, sem
qualquer reconhecimento intelectual ou social.

A Itália, à parte dos segmentos artísticos medievais, deu início desde o final do
século XIII, aos monumentos mais gloriosos da história da arquitetura.
Estabeleceu a recuperação da cultura clássica grega e latina. O papel então do
arquiteto adquiriu conotação intelectual e prestígio social nunca alcançados
anteriormente. Iniciava-se a secularização da arte com a tradição cristã. Iniciando-
se a "elitização" da arte - a grande maioria tornara-se então meros espectadores
sem a menor possibilidade de alcance. Estabeleceu-se um fosso entre as
possibilidades reais da vida comum e a do mundo da arte.

Uma outra corrente era o Barroco e o Neoclassicismo. A Igreja avançava como


poder absorvente e demasiado centralizador. Ressurgida do Concílio de Trento
tornou-se poderosa e triunfante. Consolidara-se como estrutura de poder e deu
início a uma nova forma de expressão através das expressões artísticas. Roma,
capital do papado, tornou-se paradigma da cidade barroca. No barroco, a aliança
entre pontífices e os arquitetos, embora iniciada no renascimento, aqui atingiu
seu auge.

A ordem estética barroca, teatral e musical, rompeu com a frieza das normas
clássica, expandiu as liberdades sem limites. Permitiu-se estruturas curvilíneas e
uma multiplicidade de elementos decorativos que provocavam tensões, fugas e
desequilíbrios no ritmo da obra. Aproveitavam a iluminação natural
proporcionando jogos entre claros-escuros. O urbanismo e o paisagismo eram
integrados à obra final. O barroco teve o estilo rococó como sua última fase. Foi a
mais ostensiva e agressiva manifestação do luxo e suntuosidade de uma
monarquia fechada em si mesma. Evidentemente não conseguiria ser aceita. Já
então a partir desta época tínhamos novos continentes estruturados nos idos
séculos XVIII e início do século XIX. Surgiu então o neoclassicismo.

No neoclassicismo, as edificações assim como as construções tinham uma


finalidade muito própria de acolher em seus interiores as instituições e os chefes
de uma ordem política emergente e cheia de vitalidade, fé e confiança no futuro.
Surgiu o interesse pela decoração dos interiores, pelo mobiliário, pintura mural e
os elementos decorativos.

Com o advento da revolução industrial, os elementos arquitetônicos do passado


foram abandonados e privilegiou-se as concepções do espaço habitável que
acabou por transcender as questões artísticas ou estéticas. As cidades tornaram-
se "corpos vivos" com referências e necessidades próprias. Surgiu os "arranha
céus" devido o crescimento urbano evidente. Estabeleceu-se a funcionalidade, a
necessidade de resolver o problema da falta de habitação e conforto do conjunto
da sociedade.

A tecnologia permitiu o uso do concreto e a utilização do vidro. Deu-se


credibilidade aos novos materiais que marcam a formação do novo arquiteto.
Aboliu-se o elemento decorativo e valorizou-se o "fato construtivo", último
momento no qual o arquiteto sentiu-se artesão de sua própria obra - A
decoração morreu! Os arquitetos do século XX chegaram!

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