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Teologia do Amor

Tendo reconhecido o chamado ministerial em minha vida, iniciei a minha preparação


para obedecer ao Senhor.
Neste inicio de caminhada eu acreditava que Deus me usaria para trazer uma mensagem
de dura exortação à sua igreja. Imaginava-me em cima no púlpito reafirmando a sã
doutrina de Cristo, apontando as falhas e indicando o caminho de restauração. Pensava
em mim como o pastor que estaria sempre pronto para “descer o cajado” na cabeça das
ovelhas mais rebeldes, quando e quantas vezes fosse preciso, para zelar pela santidade
da Noiva de Cristo. A impureza dentro da igreja sempre me incomodou profundamente.
Mas logo no começo desta jornada, Deus me ensinou que eu estava preocupado com as
coisas certas, mas da forma errada. É lindo como Deus trabalha em nossas vidas para
ensinar lições preciosas. No meu caso, o início deste aprendizado ocorreu de forma
inusitada.
O primeiro impacto que tive com a verdade que Deus queria me revelar aconteceu em
um dos cultos de domingo à noite em minha igreja. Neste dia, um dos pastores
auxiliares foi convidado a ministrar a palavra. Creio que a mensagem que ele pregou foi
preparada ao longo de muito tempo, fruto do mesmo zelo pela santidade que sinto em
minha alma. A mensagem falou muito do que eu pensava em dizer quando fosse
consagrado pastor. Fui profundamente tocado por aquela palavra, pois além de
necessária, era uma confirmação das coisas que eu sentia em meu coração, mas parecia
que ninguém mais estava preocupado com estas coisas, ou, ao menos, não da forma que
eu estava. E ali estava o pastor falando o que estava em meu coração de forma tão
eloqüente.
Porém, passada a primeira empolgação, percebi que apenas mostrar as feridas e chamar
ao arrependimento não é suficiente. Jesus não veio como juiz em sua primeira vinda.
Ele veio anunciar a chegada do Reino de Deus e o Juízo, mas não se colocou, naquela
oportunidade, na condição de juiz. Ao contrário, Ele veio e sentou-se à mesa com os
mais rejeitados da sociedade, demonstrando amor pelos pecadores.
O Amor é o ponto fundamental. A palavra fala, em ???, que o maior mandamento é
Amar ao Senhor Nosso Deus sobre todas as coisas e o segundo mandamento é amar ao
nosso próximo. Santidade e obediência só são obtidas através do amor. A palavra fala
que Deus é amor.
O amor é fruto do Espírito Santo. O Amor como Fruto pressupõe que o Espírito
trabalhou aquele ser, como o agricultor trabalha a terra, até que ela esteja em condições
de fazer germinar e crescer a semente, tornando-se árvore adulta apta à produção de
frutos. Os frutos do Espírito são demonstrados por aqueles que se entregam ao cuidado
do Espírito Santo e por Ele são tratados e preparados. Hoje em dia muito se fala em
“dons” do Espírito, sem se considerar que o dom é algo imerecido, que o Espírito dá
para a concretização de um objetivo específico no Reino de Deus. Neste aspecto os dons
se mostram inferiores aos frutos. Conforme já disse Billie Graham, não se trata de
quanto você tem do Espírito Santo, mas sim de quanto de você o Espírito Santo tem.
Hoje muitos buscam os dons sem se preocupar em ter em suas vidas os frutos
espirituais. Como disse João, ainda que eu falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada
seria. Busquemos receber de Deus os dons necessários para o trabalho que Ele planejou
para nós, mas busquemos mais ainda nos entregarmos ao Espírito Santo, para receber o
cuidado de Deus e dar frutos espirituais. Como diz a palavra: pelos frutos conhecereis a
árvore. Isto é importante, pois o inimigo consegue imitar e simular muitos dos dons,
mas não consegue nem de longe se aproximar do maior dos frutos: o amor.

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