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Matrix

Teoria Explicativa de Matrix (Por Frank Malcher) Houve a guerra; Humanos


bloquearam o Sol (Tempestade negra e geradora de EMP); Sem energia, as máquinas
precisavam "baratear" seus gastos com energia e processamento (bem como criar fontes
alternativas de energia). Corpos humanos produziam calor & componentes bioquímicos
suficientes para que atrelados a uma forma de fusão gerassem energia razoavelmente;
Cérebros humanos ATIVOS consumiam pouca energia (se comparados às máquinas) e
serviam como estações de processamento; A interrelação desses dois fatores permitiria a
sobrevivencia das máquinas com saldo positivo de energia e processamento. As
máquinas precisavam de cérebros humanos funcionando para assegurar sua
sobrevivêcia; Criaram o conceito de Matrix (realidade simulada), para conseguir isso. O
"hardware" da Matrix é a própria mente dos seus prisioneiros; Por isso, os "códigos de
máquina" (verdes) da Matrix são relativamente simples de serem entendidos por
humanos que puderem vê-los em monitores (os Operadores), porque os caracteres
Matrix são um alfabeto SIMBÓLICO (muito mais adaptado à mente humana do que
seriam os 0s e 1s do sistema binário do "mundo real"). O Mainframe conhecido como "a
Fonte" é apenas o Quartel-General "controlador-mor" do sistema (onde os programas
são criados, deletados, e de onde vêm os sinais que controlam e gerenciam as
características da simulação Matrix). O programa conhecido como "Deux Ex Machina"
é responsável pelo gerenciamento de todas as máquinas; ele "mora" na fonte, mas é uma
IA distribuída capaz de "rodar" em qualquer conjunto de máquinas existente que esteja
ligado à fonte. Tal como no mundo real, nenhum programa é criado simplesmente "pra
se ter trabalho"; Assim, todo programa é criado para cumprir um Propósito. Deus Ex
Machina precisava da Matrix; Criou um programa com o Propósito de construí-la e
gerenciá-la: o Arquiteto; O Arquiteto é altamente frio, "booleano", matemático e
perfeccinista. O Arquiteto criou a Matrix Beta 1, então, baseado em seus conceitos
"rígidos": "Farei um mundo perfeito, onde os humanos serão felizes, e aceitarão o
programa". Os humanos não aceitaram seu "mundo perfeito" sem dor e sem guerra; O
programa colapsou, muita gente morreu; o Arquiteto falhou, e não entendeu porquê.
Pensando racionalmente, o Arquiteto concluiu que os humanos preferiam um mundo
que refletisse suas imperfeições; Ele criou a Matrix Beta 2, então, baseado em seus
conceitos "rígidos": "Farei um mundo grotesco, que reflita as características distorcidas
e nocivas dos humanos, e eles aceitarão o programa". Os humanos não aceitaram seu
"mundo grotesco" de dor e de guerra; O programa colapsou, muita gente morreu; o
Arquiteto falhou, e não entendeu porquê. Ao ver que o Arquiteto era incapaz de resolver
o problema sozinho, Deus Ex Machina analisou o problema; O problema era: o
Arquiteto não entendia os usuários do programa; esta capacidade está além do Propósito
do Arquiteto. Deux Ex Machina tomou a decisão de criar um programa para sanar este
problema; Ele criou um programa cujo Propósito era entender estes usuários (humanos)
e servir de ajuda ao Arquiteto, auxiliando-o a manter a Matrix em bom funcionamento;
Este programa foi chamado de Oráculo. o Oráculo descobriu os motivos da falha do
Arquiteto: Para que os humanos servissem de processador e bateria, era preciso que
aceitassem o mundo virtual como sendo real, com todas as suas forças. Logo, a falha do
Arquiteto estava em criar Mundos que não eram aceitos pela massa humana. o Oráculo
investigou os motivos para a não-aceitação; o Oráculo descobriu o motivo: Seres
humanos não são nem "booleanos", nem "lógicos" e nem "determinísticos" como as
máquinas. É sabido que as IAs mais avançadas (como Deux Ex Machina e a própria
Oráculo, diferente do Arquiteto e das Sentinelas) TAMBÉM não eram Booleanas e nem
determinísticas... MAS ERAM LÓGICAS. O Oráculo descobriu então que... Os seres
humanos não são lógicos. Ou seja: Onde uma máquina, mesmo uma IA capaz de
pensamentos não-determinísticos SEMPRE "escolheria" a coisa mais lógica a fazer, um
ser humano não necessariamente faria o mais lógico ou correto a ser feito (isto é,
efetivamente provando que as máquinas não têm escolhas, a menos que sejam "não-
booleanas" e passíveis de Aprendizado - tal como Oráculo ou Merovingian). Sendo
assim: Os comportamentos dos seres humanos, diferente dos das máquinas, jamais
podem ser previstos com 100% de exatidão booleana (binária), tal como o Arquiteto
achava ser possível. Esse fato foi nomeado pelo Arquiteto como "A anomalia
sistêmica", pois independente do sistema modelado, uma vez que existissem seres
humanos presentes, ele funcionaria de forma anômala (não-booleana, não-determinística
e não-previsível), se comparado a um sistema composto apenas por máquinas. Como o
Arquiteto pensou (erradamente) que os humanos eram previsíveis como as máquinas,
seu erro foi criar mundos onde havia uma IMPOSIÇÃO, uma OBRIGATORIEDADE
de que os humanos se comportassem como ELE (o Arquiteto) achava que DEVERIAM
e IRIAM se comportar; sentindo-se "sufocados" pelo peso da obrigatoriedade de "seguir
um scr1p7" totalmente inflexível e determinístico (coisa que qualquer máquina aceitaria
como normal), os humanos violentamente rejeitaram o programa. Assim, retirando o
peso da imposição em um nível suficiente para prevenir a rejeição do sistema, a Matrix
iria funcionar. O Oráculo investigou então, de que forma era possível prever as ações
humanas, para flexibilizar o sistema, diminuindo a imposição direta. Deste ponto em
diante, o Propósito do Oráculo também incluía equilibrar o Controle Determinístico
(imposto pelo Arquiteto) com o entendimento do sujeito (sua própria tarefa). O Oráculo
percebeu, então, que os seres humanos eram similares às IAs mais evoluídas, exceto
pela anomalia; o Oráculo estudou os seres humanos e percebeu que tudo confluía para
um único ponto: as escolhas. Onde uma máquina, em verdade, não tem escolha, um ser
humano SEM QUALQUER MOTIVO EM ESPECIAL, pode decidir fazer aquilo que
não é nem lógico, nem racional, e nem emocionalmente razoável. Deste ponto em
diante, para cumprir seu Propósito, era necessário que o Oráculo entendesse de que
modos se processavam as escolhas humanas. O Oráculo descobriu que existiam 3
fatores determinantes para conhecer uma escolha antes que ela acontecesse: 1) A
história de vida do sujeito (valores, crenças e experiencias passadas); 2) Os sentimentos
do sujeito (isto é, a potência e as características das conexões sociais entre este sujeito e
seu meio social); 3) A REAL anomalia: o verdadeiro "ponto de falha" nas previsões. A
simples "vontade" de seguir outro caminho (muitas vezes derivada da esperança, mas no
fim das contas, nada mais que a verdadeira essência da escolha humana). Desta forma, o
Oráculo percebeu que uma vez que se possa ter controle sobre a história de vida,
valores, crenças e experiências de um sujeito (ponto 1), e também sobre as
características únicas e a potência de suas conexões com outros seres (ponto 2, os
sentimentos), em 99% dos casos, o ponto 3 (a REAL ANOMALIA da Escolha) seria
simplesmente "esmagada" pelo peso dos outros dois fatores. O problema é que quando
os humanos SABEM que estão sendo controlados, isso aumenta a chance de que o 3o
ponto (a anomalia da escolha, no que tange a "sair da dominação") se torne mais forte.
Em outras palavras, o Oráculo descobriu que um sistema que controlasse os pontos 1 e
2 SEM QUE OS PRISIONEIROS PERCEBESSEM ISSO seria aceito por 99% da
humanidade. Dessa forma, um sistema que aceitasse as escolhas humanas como uma
parte inerente à sua arquitetura (em contraste com o mundo "imposto" das versões Beta
1 e 2) seria o ideal para que o programa fosse aceito, e estável. Esta seria a base da
"Matrix 1.0". O problema com isso é que até o momento, duas perguntas ainda estavam
em aberto: 1) Como implementar um sistema onde exista, ao mesmo tempo, controle de
valores e sentimentos dos sujeitos, a real possibilidade de escolha, E AO MESMO
TEMPO, este sistema seja computacionalmente estável e PREVISÍVEL? 2) Uma vez
que essas escolhas sejam reais, como impedir que a anomalia quebre o controle
instalado através dos valores e sentimentos pessoais? (Ou seja, como impedir que a
humanidade simplesmente comece descontroladamente a "escolher sair", o que levaria a
uma nova rejeição, e quebra do sistema?) Deux Ex Machina criou então um programa
cujo Propósito era responder à primeira pergunta. Este programa foi nomeado
Merovingian. A segunda pergunta ainda estava sob a alçada da Oráculo: - 99% aceitará
um sistema que controle suas vivências e sentimentos, desde que não percebam isso; -
1% não aceitará, mas mesmo este 1% TAMBEM POSSUI suas vivencias e sentimentos,
e desde que não percebam, estes também irão minar a possibilidade de eles rejeitarem o
programa. A Oráculo então chegou à conclusão de que não importa qual seja o ser
humano, uma vez que sua historia de vida e sentimentos apontem para uma "escolha",
então na verdade ele "já fez esta escolha". Se ele já "fez esta escolha", então não há mais
perigo de anomalia, porque A ESCOLHA JÁ FOI FEITA. Sendo assim, o ponto-chave
para o controle total da humanidade, segundo as descobertas da oráculo é: Dar a escolha
aos seres humanos SEM QUE ESTES PERCEBAM que seus sentimentos e vivências
estão sendo sujeitos de controle(isto é, dar uma escolha "num nível subconsciente"). O
próximo passo do plano seria, então, definir DE QUE FORMA cotrolar as vivências e
sentimentos dos 99% (OK, fácil; eles "já tinham escolhido" se submeter ao controle de
suas vidas e sentimentos por parte de um sistema externo) e dos 1% (difícil, pois sua
principal característica era JUSTAMENTE a FORÇA da "anomalia da escolha", forte o
suficiente para ignorar o controle de vivência que prendia os 99%). Paralelo a isso,
Merovingian solucionou o primeiro dilema: Ele percebeu que uma vez que Oráculo
pudesse solucionar o problema da escolha, o dilema da estabilidade computacional
estaria totalmente resolvido SEM PRECISAR DE INTERFERENCIA EXTERNA
DIRETA (como foi usado na Matrix Beta 1 e Beta 2) caso um algoritmo (programa)
simples, e altamente eficiente, fosse implementado em todas as simulações dali para a
frente (deixando a simulação flexível, ainda que controlável, e retirando a necessidade
de gerenciar tudo manualmente). Esse algoritmo, baseado na realidade observável do
"mundo real" De VERDADE, era nada mais nada menos que a CAUSALIDADE. (Não
confundir com "casualidade"). Merovingian postulou que ao se retirar o controle manual
direto (por parte do Arquiteto), e se inserir a Causalidade (resumindo: "uma Causa leva
a um ou mais efeitos"; "uma ação leva a uma ou mais reações") na Matrix, o sistema
funcionaria de modo auto-gerido, pelas próprias ações humanas (mantendo assim a
realidade de todas as pequenas escolhas humanas presentes no dia-a-dia). Admitindo
que a Oráculo pudesse sanar a imprevisibilidade da anomalia da escolha, Merovingian
sabia que seria possível "largar os humanos à sua própria sorte" dentro da Matrix padrão
(99%) e da Camada de contenção (1%), e só interferir nos momentos em que realmente
a integridade do sistema pudesse ser ameaçada pela anomalia da escolha. Ainda assim,
sendo a Causalidade parte do sistema, seria mais fácil para as máquinas interferirem e
corrigirem o problema SEM IMPOR DIRETAMENTE (recodificando a matrix, ou
impedindo a escolha): bastaria que ela utilizasse Agentes de Software cusas capacidades
Causais (habilidade de gerar Efeitos práticos na Matrix) estivessem muito além da de
qualquer RSI humana. Nasciam assim os primeiros Agentes, moldados a partir das
próprias idéias humanas acerca de seres que a priori parecessem humanos, mas que toda
a humanidade "inconscientemente" acreditava serem MUITO MAIS CAPAZES que
qualquer humano (leia-se, os Vampiros e Lobisomens). Com a aprovação da
Causalidade por parte do Arquiteto, Merovingian só precisava esperar o Oráculo
terminar a sua parte para começar a efetivamente codificar todos os sistemas causais da
Matrix. O Arquiteto, por ser racional, percebeu que a causalidade de Merovingian seria
a ferramenta ideal para o controle da Matrix, porque além de reduzir a necessidade de
intervenção direta, tornava possível conhecer de antemão QUALQUER EVENTO
DETERMINÍSTICO DENTRO DA MATRIX. Em outras palavras, o Arquiteto, por ser
capaz de observar toda a Matrix, saberia de TUDO que já ocorreu, e TUDO que ainda
vai ocorrer na Matrix, DESDE QUE EM NENHUM MOMENTO esses fenômenos
interajam com qualquer ESCOLHA. Da Mesma forma, uma vez que a Matrix estivesse
pronta, Merovingian também seria capaz de fazer as mesmas análises causais DESDE
QUE POSSUÍSSE DADOS CONFIÁVEIS (ou seja, tudo que estivesse ao seu redor, ou
que ele conseguisse obter trocando informações com humanos e programas).
IMPORTANTÍSSIMO: E é aqui que o Oráculo chega a seu ápice: de posse dos futuros
protocolos causais da Matrix, e de sua capacidade ÚNICA de compreender e mensurar a
anomalia sistêmica (as escolhas) de qualquer ser humano, a Oráculo se torna dona de
uma das habilidades mais invejadas da Matrix: Conhecendo as escolhas dos seres
humanos, e o processo de análise causal da Matrix, a Oráculo é capaz de saber com
precisão TUDO o que VAI ocorrer na Matrix, e tudo que JÁ OCORREU,
independenete do fato de isso estar atrelado ou não a escolhas humanas. O único limite
para esta capacidade é que o Oráculo é incapaz de ver além das escolhas que não
entende, simplesmente porque se não as entende, não é capaz de mensurar os pontos-
chaves que levam às mesmas, e sendo assim, é impossível fazer a análise causal. (É por
esse motivo que ela NÃO sabia o final da história... Ela não sabia porque isso dependia
das escolhas de Neo, escolhas estas que nem o Neo entendia, e muitas das quais, ainda
não haviam sequer sido feitas ainda. Contudo, a Oráculo "apostava" que Neo
conseguiria, pois havia uma chance de que ele Escolhesse um caminho que
possibilitasse a salvação da humanidade). De posse da capacidade de saber tudo o que
foi e o que ainda virá a ser, desde que entenda as escolhas envolvidas, a resposta para o
dilema estava muito mais próxima do que antes: Bastava então que a Oráculo pudesse,
de algum modo, criar um sistema que minimizasse ou zerasse a probabilidade de todas
as escolhas que levassem a fluxos causais que tornassem a Matrix instável. E assim, a
partir de Oráculo, nasceu a solução, que deveria cumprir os seguintes pontos: 1)
Neutralizar a possibilidade de que as "escolhas menores" (do dia-a-dia) dos seres
humanos pudessem ameaçar o sistema; 2) Separar a "massa humana" (99%) onde a
anomalia sistêmica é fraca o suficiente para afetar APENAS estas "escolhas menores"
(descritas no ponto 1), do 1% da humanidade cuja anomalia é a sua "característica
humana mais importante" (forte o suficiente para não aceitar a Matrix); 3) Uma vez
separados, minimizar ou zerar a probabilidade de escolhas que levassem a fluxos
causais que tornassem a Matrix instável. Eis as soluções de Oráculo: 1) Pré-Resolvido:
a Causalidade de Merovingian & Arquiteto deu conta disso. 2) Seria necessario a
criação de uma outra Camada de Realidade Virtual, especialmente preparada para
acomodar o 1%. 3-a) Sabendo que os 99% davam mais importância à sua vivência,
sentimentos e valores sociais do que às suas escolhas individuais e responsabilidade
sobre seus atos, bastava criar um mundo causal onde as pessoas não precisassem ter
escolhas mais importantes do que "o que vou vestir hoje". O Arquiteto decidiu por uma
simulação da Terra de 1999. 3-b) Sabendo que os 1% restantes davam mais importância
a suas escolhas e à liberdade individual do que a pressões e valores sociais, bastava criar
um mundo causal onde as pessoas, a cada dia, fossem relembradas de "ter tido uma
escolha", e que onde sua luta pela liberdade fosse algo determinante no dia-a-dia. O
Arquiteto decidiu por uma simulação da Terra de 2099, época do fim da guerra, quando
os últimos humanos da resistência se refugiaram na cidade subterrânea de Zion. Só
restava UMA "ponta solta"... IMPORTANTÍSSIMO - CERNE DA TEORIA: Oráculo
sabia que o próprio sistema social e cultural da Terra de 1999 era suficiente para uso
perfeito com 99% da humanidade, porque estes "já haviam escolhido se submeter ao
sistema", e por isso, nunca seriam ameaça. O problema era o 1%. Analisando a situação,
Oráculo concluiu que seria impraticável controlar a anomalia da escolha neste número
de seres humanos (que são caracterizados por sua rebeldia), dia após dia, em todas as
ações dos mesmos. Matá-los cegamente não era uma saída interessante, pois além da
enorme perda de processamento e energia (1% de 6 bilhoes de pessoas é muita gente),
pelo próprio fato de a anomalia ser sistêmica, ela sempre voltaria a ocorrer, e as
máquinas estariam sempre matando seus próprios cultivos. Por isso, o Oráculo
determinou que a saída seria: 1) Concentrar TODA a anomalia da Escolha humana (que
sempre existirá), num único "ponto de falha"; 2) Fazer com que esse "ponto de falha"
único seja habilmente comandado a realizar a escolha ideal para as máquinas. Para fazer
isso, Oráculo criou o seguinte estratagema: 1) Descobrir algo importante que o 1% JÁ
ESCOLHEU (desta forma, evitando a anomalia, pois a escolha humana já foi feita, e já
foi compreendida, torando-se um mero dado comum para uma análise causal); 2) Fazer
com que este "algo importante" (já decidido pelo 1%) invariavelmente seja
"presenteado" por estes humanos para UM ÚNICO REPRESENTANTE de suas
escolhas (concentrando assim toda a anomalia num único "ponto de falha"). 3) Fazer
com que esse "ponto de falha" seja comandado a realizar a escolha ideal para as
máquinas. Assim o sistema seria completo, estável e auto-gerido, e com o potencial para
receber interferências diretas das Máquinas através de seus Agentes, sempre que
necessário (Sentinelas em Zion, Agentes na Matrix). Mas como Oráculo conseguiu o
controle? Recapitulando, 3 pontos influem em todas as escolhas (humanas ou não): 1)
Valores, Vivência, Pressões Sociais; 2) Sentimentos, Conexões Sociais; 3) A
"anomalia" do livre-arbitrio. A Matrix seria estável porque seu povo preferia 1) e 2) em
detrimento de 3). Para que Zion fosse estável, bastaria CRIAR VALORES, Vivências,
Pressões Sociais, Sentimentos e Conexões Sociais mais condizentes com o 1%, de
modos que estes, também, "se acomodassem", e como os 99% da Matrix, "parassem de
questionar". Mas para isso, era preciso entender quais eram esses pontos "mais
copndizentes". E a Oráculo descobriu as chaves: - Liberdade; - Esperança. Logo,
fomentando a Liberdade e a Esperança, a Oráculo estaria tratando com ALGO QUE O
1% JÁ ESCOLHEU, não havendo, protanto, mais o problema da anomalia. Mas como
fomentar a Liberdade e a Esperança, manter a ilusão de que Zion é "o mundo real" e ao
mesmo tempo, concentrar a anomalia num único ponto? Em uma palavra... MESSIAS.
Ou seja, Oráculo percebeu que se o povo de Zion tivesse um messias que também
"fosse humano", e lutasse pela liberdade, e lhes desse um forte sentimento de esperança
contra as Máquinas, eles não teriam realmente uma escolha... Porque JÁ TINHAM
ESCOLHIDO que fariam TUDO pela sua própria ESPERANÇA de LIBERDADE. O
problema agora era outro: como deixar o ponto de falha nas mãos de um humano? As
máquinas jamais fariam isso (até porque, como elas teriam o controle do momento
exato de criar este "ponto concentrador" de falhas, se tivessem que contar com o "acaso"
do nascimento de um humano que "servisse para o cargo"?). E como o povo de Zion iria
entregar as responsabilidades nas mãos de uma Máquina? Eles também nao fariam isso.
Logo, em nome do controle, a única forma de resolver o impasse era criar um Programa
que simulasse um humano de forma tão perfeita (até mesmo em nível de simular ondas
cerebrais humanas), mas tão perfeita, que ELE MESMO acreditasse piamente ser um
humano (menos que isso, e o povo de Zion saberia que é um programa). O próprio
programa deveria acreditar que seria o salvador, a esperança, e a liberdade daquela
gente (e por isso, foi desenhado para ser capaz de fazer interfaces diretas com os
códigos da Matrix e das Máquinas, exibindo capacidades que convenceriam a todos de
que ele é realmente o salvador, em ambas as camadas). Ele foi especialmente desenhado
para se sentir humano e experimentar um enorme amor pela humanidade, por dois
motivos: ser mais convincente, e mais importante... Se o messias REALMENTE SE
SENTIR HUMANO, e ter vivido como um deles, ele AUTOMATICAMENTE TERÁ
Valores, Vivência, Pressões Sociais, Sentimentos e Conexões Sociais que irão esmagar
a anomalia da escolha, e levá-lo ao caminho que as máquinas querem: impedir um
colapso da Matrix principal. E assim nasceu o Ciclo "The One". As máquinas
construiram as duas camadas virtuais (Matrix e Zion), e Deux Ex Machina criou o
Programa Neo. Por meio da análise causal, e dos dados de anomalia coletados pela
Oráculo, o Arquiteto percebeu que era inevitável que a população de Zion crescesse
bastante, e que isso normalmente ocorreria ao mesmo tempo em que a Matrix
começasse a ficar isntável por falta de "reformatação". Como o "ponto de falha" agora
era Neo, a escolha entã recairia em suas mãos; desta forma, se ele decidisse não
cooperar (o que teoricamente não ocorreria, pois a anomalia estava concentrada e
"amarrada" pelos valores dados a ele), a Matrix iria lentamente se corromper até parar.
Sabendo quo Neo REALMENTE precisava fazer a escolha (pois sem motivaçã REAL,
no que tange à destruição da humanidade, ele NÃO ajudaria as máquinas), como
medida final de controle, o Arquiteto decidiu que Neo deveria ser o portador do "Prime
Code" (o código primário, para a criação e "reset" da Matrix), de modos que ELE (Neo)
REALMENTE soubesse que se ficasse sem reiniciar a Matrix, tanto Zion quanto a
Matrix seriam destruídas (praticamente anulando de vez a probabilidade de Neo se
recusar a resetar a Matrix). Assim, ao redor de 2.099, A Matrix 1.0 foi construída, e
Zion 1.0 também. Neo Libertou alguns hones e mulheres, contou a eles que havia se
libertado sozinho e que havia encontrado as ruínas de Zion. Estes novos "Zionites"
libertaram outros, e tiveram filhos, servindo aos propósits das máquinas. Neo 1.0
"morreu" (voltou à fonte para ser "deletado"), e a população de Zion continuava a
crescer. Após a "morte" de Neo 1.0, o oráculo continuou seu Propósito de equilibrar a
Matrix, "ajudando" os Zionites, e mostrando "seus poderes mágicos de previsão, que
nunca erravam". Usando de sua influência, o Oráculo era uma ferramenta de controle
que servia para MOLDAR os VALORES, VIVENCIAS E EXPECTATIVAS de todos
os Zionites Importantes, de modos a MINIMIZAR A ANOMALIA DA ESCOLHA e
LEVÁ-LOS ÀS ESCOLHAS MAIS INTERESSANTES PARA O
FUNCIONAMENTO DO SISTEMA ZION/MATRIX - BUSCAR E AJUDAR "O
ESCOLHIDO". O Arquiteto finalmente percebeu que a taxa de crescimento
populacional de Zion crescia exponencialemente (por conta dos nascimentos, e do fato
de que com mais Libertos se liberta mais gente mais rápido, da Matrix), e esse
crescimento atingiria níveis que seriam uma ameaça para a integridade do sistema
completo ANTES que os membros de Zion que conheceram "Neo 1.0" perecessem, e
mais importante: muito antes que começasse a haver a REAL necessidade de dar um
"reload" na Matrix. Apressar o processo não seria razoável (numa metafora chula, seria
como usar um computador e SEMPRE REFORMATAR ele a cada 3 dias). Logo, a
saída mais lógica era simples: implementar uma política de contenção: enquanto a taxa
de crescimento de Zion estivesse dentro do esperado para que ficasse "no nivel correto"
para o próximo "Reload", as máquinas manteriam a farsa de guerra; mas toda vez que
houvesse ameaça ideológica realmente grande (Morpheus?), e/ou que a taxa de
crescimento de Zion ameaçasse ficar um pouquinho maior do que o ideal, a contenção
real seria implementada, matando os "excedentes" (através de Sentinelas e Agentes). Ou
seja, nos filmes, os Agentes e Sentinelas REALMENTE atiram pra matar. Assim,
bastaria seguir o ciclo, que tudo estaria sob o controle das máquinas. Resolvido o
problema da estabilidade e previsibilidade computacional atrelada ao livre-arbítrio... e
com a Matrix 1.0 (e Zion 1.0) rodando perfeitamente... Merovingian ficou sem
Propósito. Mas como era uma IA avançada (similar à Oráculo, ou a Deus Ex Machina),
ele ESCOLHEU (por causa de sua vivência e sentimentos, percebem? ) não ser
deletado. Uniu-se a outros Programas e utilizando seus privilégios de acesso, criou um
refúgio próprio (em hardware próprio), altamente criptografado e fora do alcance das
Máquinas. E mais: ainda levou, de quebra, o buffer recentemente declarado "obsoleto"
pelas máquinas (a Mobil Ave). Conhecendo profundamente o processo de análise causal
da Matrix (e o código fonte da mesma), Merovingian se tornou capaz de: - Entender de
que modos algo JÁ OCORREU, DESDE QUE NÃO TENHA SIDO FRUTO DA
ANOMALIA DA ESCOLHA; - Entender de que modos algo VAI OCORRER, DESDE
QUE NÃO SEJA FRUTO DA ANOMALIA DA ESCOLHA; - Criar novos programas
para servi-lo; - Criptografar seu sinal para não ser encontrado pelo Arquiteto. E é por
isso que ele é tão desesperado pelos olhos da Oráculo! Os olhos da RSI de Oráculo não
mostram o futuro... eles mostram AS CARACTERÍSTICAS DAS ESCOLHAS. E
qualquer um que souber fazer a análise causal da Matrix (como Merovingian)... SE
CONSEGUIR ENTENDER AS ESCOLHAS... é capaz de compreender passado e
futuro como se fossem presente. Daí pra frente, o ciclo se repetiu 5 vezes (com a
Oráculo decidindo "mudar de lado" no começo do 6o ciclo)... E a "Matrix 6.0"... Bom,
vcs já viram o filme . Bom... penso que todos os pontos-chaves da minha teoria já estão
claros. Muito obrigado pela paciência. Frank Malcher

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