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profissional
de
Técnico
em:
Enfermagem,
Segurança
do
Trabalho,
Radiologia,
Meio
Ambiente,
Automação
e
Química.
MÓDULO III
HIGIENE,
SEGURANÇA DO TRABALHO E
COMBATE À INCÊNDIO
APOSTILA GERAL
SEMESTRE 2010/1
Disciplina: Higiene, Segurança do Trabalho e Combate a incêndio
Professor: Marcio Fanchiotti
Habilitação
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SUMÁRIO
Capitulo 1.0 -FUNDAMENTOS DA SEGURANÇA NO TRABALHO
1.1 Introdução
1.2 -Principais fatores que causam os acidentes e doenças profissionais
1.3 Definições importantes
Capitulo 2.0 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO
2.1 -Histórico do fogo
2.2 -Combustão
2.3 -Triângulo do fogo
2.3.1 -Tetraedro do fogo
2.3.2 -Combustível
2.3.3 -Fonte de Calor
2.3.4 -Comburente (Oxigênio O2)
2.3.5 -Reação em Cadeia
2.4 -Produtos da Combustão
2.5 -Pontos Notáveis da Combustão
2.6 -Classes de incêndio
2.7 -Causas de incêndio
2.8 -Principais causas de incêndio
2.9 -Propagação do incêndio
2.10 -Métodos de extinção
2.11 -Agentes extintores de incêndio
2.12 -Extintor de Incêndio Portátil
3.0 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS CLASSIFICADAS OU
POTENCIALMENTE EXPLOSIVAS (EX)
3.1 Atmosfera explosiva
3.2 -Áreas Classificadas (EX)
3.3 Risco de explosão
3.4 Limites de inflamabilidade
3.5 Classe de temperatura
3.6 Grupo dos gases
3.7 Plano de áreas classificadas
3.8 Uso de equipamentos elétricos em Áreas Classificadas (EX)
3.9 Relação de alguns produtos que podem tornar uma Área Classificada (EX)
Cápitulo 04 ELETRICIDADE E A NR-10.
4.1 -Objetivo e Campo de aplicação da NR-10;
4.2 -Choque Elétrico;
4.3 -Arco Elétrico
4.4 -Medidas de controle;
4.5 Medidas de proteção coletiva;
4.6 Medidade de proteção individual;
4.7 -Segurança em novos Projeto;
4.8 -Segurança na Montagem, Operação e Manutenção;
4.9 -Segurança em Instalações Desenergizadas;
4.10 -Segurança em Instalações Energizadas;
4.11 -Trabalho envolvendo alta tensão;
4.12 Recomendações adicionais;
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LISTA DE SIGLAS
ASO Atestado de Saúde Ocupacional
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
CA Certificado de Aprovação
CAT Comunicação de Acidente do Trabalho
CBO Classificação Brasileira de Ocupações
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CLT Consolidação das Leis do Trabalho
CTPP Comissão Tripartite Paritária Permanente
DORT Doença Osteomuscular Relativa ao Trabalho
DRT Delegacia Regional do Trabalho
EPC Equipamento de Proteção Coletiva
EPI Equipamento de Proteção Individual
FISPQ Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos
FUNDACENTRO Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho
GLP Gases Liquefeitos de Petróleo
INSS Instituto Nacional do Seguro Social
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
ISO International Organization for Standartization (Organização Intern. de Normalização)
LER Lesão por Esforços Repetitivos
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
NBR Normas Brasileiras (da ABNT)
NR Norma Regulamentadora
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
SAT Seguro de Acidentes do Trabalho
SESMT Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
SIPAT Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
SSO Segurança e Saúde Ocupacional
SST Segurança e Saúde do Trabalho
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ERGONOMIA
É o estudo científico de adaptação dos instrumentos, condições e ambiente de
trabalho ás capacidades psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas do homem.
Ciência relacionada ao homem e seu trabalho, incluindo os fatores que afetam o uso
2.2 -Combustão
Combustão é uma reação química, na qual uma substância combustível reage com o
oxigênio, ativada pelo calor (elevação de temperatura), emitindo energia luminosa (fog
o),
mais calor e outros produtos.
A combustão pode ser classificada em:
a) Combustão Lenta: Ocorre quando a oxidação de uma determinada substância não
provoca liberação de energia luminosa nem aumento de temperatura. Ex: ferrugem,
respiração, etc.
b) Combustão Viva: Ocorre quando a reação química de oxidação libera energia
luminosa e calor sem aumento significativo de pressão no ambiente. Ex: Queima de
materiais comuns diversos.
c) Combustão Muito Viva: Ocorre quando a reação química de oxidação libera
energia e calor numa velocidade muito rápida com elevado aumento de pressão no
ambiente. Ex: Explosões de gás de cozinha, Dinamite, etc.
2.3 -Triângulo do fogo
O Triângulo do Fogo é uma forma didática, criada para melhor ilustrar a reação
química da combustão onde cada ponta do triângulo representa um elemento participante
desta reação.
Para que exista Fogo, 3 elementos são necessários: o combustível, o comburente
(Oxigênio) e a Fonte de Calor (Temperatura de Ignição).
2.3.2 -Combustível
É toda substância capaz de queimar, servindo de campo de propagação do fogo.
Para efeito prático as substâncias foram divididas em combustíveis e incombustíveis, sen
do
a temperatura de 1000ºC para essa divisão, ou seja, os combustíveis queimam abaixo de
1000ºC, e os incombustíveis acima de 1000ºC, isto se deve ao fato de, teoricamente, to
das
as substâncias poderem entrar em combustão (queimar).
Os materiais combustíveis maus condutores de calor, madeira por exemplo,
queimam com mais facilidade que os materiais bons condutores de calor como os me
tais.
Esse fato se deve a acumulação de calor em uma pequena zona, no caso dos materiais
maus condutores, fazendo com que a temperatura local se eleve mais facilmente, já
nos
bons condutores, o calor é distribuído por todo material, fazendo com que a temperat
ura se
eleve mais lentamente.
Os combustíveis podem estar no estado sólido, liquido e gasoso, sendo que a
grande maioria precisa passar para o estado gasoso, para então se combinarem o
comburente e gerar uma combustão. Os combustíveis apresentam características conforme
o seu estado físico, conforme vemos abaixo:
Sólidos Ex: Madeira, Tecido, Papel, Mato, etc.
Líquidos Ex: Gasolina, Álcool Etílico, Acetona, etc.
Gasosos Ex: Acetileno, GLP, Hidrogênio, etc.
Combustíveis sólidos -A maioria dos combustíveis não queima no estado sólido,
sendo necessário transformar-se em vapores, para então reagir com o comburente, ou
ainda transformar-se em líquido para posteriormente em gases, para então queimarem.
Como exceção podemos citar o enxofre e os metais alcalinos (potássio, magnésio, cálcio,
etc...), que queimam diretamente no seu estado sólido e merecem atenção especial como
veremos mais a frente.
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A maioria dos líquidos inflamáveis é mais leves que a água, sendo assim flutuam
sobre ela;
-Os líquidos derivados de petróleo têm pouca solubilidade em água;
-Na sua grande maioria são voláteis (liberam vapores a temperatura menores que
20ºC).
Combustíveis gasosos -Os gases não têm volume definido, tendendo,
rapidamente, a ocupar todo o recipiente em que está contido.
Para que haja a combustão, a mistura com o comburente deve ser uma mistura
ideal, isto é, não pode conter combustível demasiado (mistura rica) e nem quantidade
insuficiente do mesmo (mistura pobre).
Defini-se então para cada combustível os limite da sua mistura ideal, chamados de
limites de inflamabilidade, que estão dispostos a seguir:
-Limite inferior de inflamabilidade (LII) é a concentração mínima de uma mistura
onde pode ocorrer a combustão.
-Limite superior de inflamabilidade (LSI) é a concentração máxima de uma
mistura onde pode haver a combustão.
Combustão
13% Mínimo para chamas
04% Mínimo para brasas
2.3.5 -Reação em Cadeia
A combustão é uma reação que se processa em cadeia, que após a partida inicial, é
mantida pelo calor produzido durante o processamento da reação.
A cadeia de reações, formada durante a combustão, propicia a formação de produtos
intermediários instáveis, principalmente radicais livres, prontos a se combinarem co
m outros
elementos, dando origem a novos radicais, ou finalmente, a corpos estáveis.
Conseqüentemente, sempre teremos a presença de radicais livres em uma combustão. A
estes radicais livres cabe a responsabilidade de transferir a energia necessária à
transformação da energia química em calorífica, decompondo as moléculas ainda intactas e,
desta vez, provocando a propagação do fogo numa verdadeira cadeia de reação.
2.4 -Produtos da Combustão
Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma .
Lei de Lavoisier
Quando duas substâncias reagem quimicamente entre si, se transformam em outras
substâncias. Estes produtos finais resultantes da combustão, que dependerão do tipo do
combustível, normalmente são: Gás Carbônico (CO2), Monóxido de Carbono (CO), Fuligem,
Cinzas, Vapor d água, mais Calor e Energia Luminosa.
Dependendo do combustível poderemos ter vários outros produtos, inclusive tóxicos
ou irritantes.
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Exemplos:
PVC ................................................................ CO e Ácido Cl
orídrico (HCI)
Isopor e Outros Plásticos ............................... CO
Poliuretano ..................................................... CO e Gás Cianídric
o (HCN)
Reação Química da Combustão
A fumaça
É um dos produtos da combustão, sendo o resultado de uma combustão incompleta,
onde pequenas partículas sólidas se tornam visíveis. A fumaça varia de cor conforme o ti
po
de combustão, como vemos a seguir:
Fumaça de cor branca indica que a combustão é mais completa com rápido
consumo do combustível e boa quantidade de comburente;
Fumaça de cor negra combustão que se desenvolve em altas temperaturas,
porém com deficiência de comburente;
Fumaça amarela, roxo ou violeta presença de gases altamente tóxicos.
Gases
São o resultado da modificação química do combustível, associado com o
comburente. A combustão produz, entre outros, monóxido de carbono (CO), dióxido de
carbono (CO2) e o acido cianídrico (HCN).
CO2: Em alta concentração provoca asfixia.
CO: Venenoso, podendo provocar morte.
Gás cianídrico: Altamente venenoso, provoca morte.
Classe B:
São incêndios envolvendo líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis. É
caracterizado por não deixar resíduos e queimar apenas na superfície exposta (queimam
só
em superfície ).
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Classe C:
Qualquer incêndio envolvendo combustíveis energizados. Alguns combustíveis
energizados (aqueles que não possuem algum tipo de armazenador de energia) podem s
e
tornar classe A ou B, se for desligado da rede elétrica.
Classe D:
Incêndios resultantes da combustão de metais pirofóricos, são ainda caracterizado
pela queima em altas temperaturas e reagirem com alguns agentes extintores
(principalmente a água).
Classe E:
Incêndios resultantes de produtos radioativos.
Observação: Existe ainda uma classe de incêndio ainda não normalizada no Brasil.
Classe K:
Incêndios resultantes de óleos ou gorduras animais saturadas em cozinhas, tanto
residenciais ou industriais. Utiliza-se os extintores de agente úmido Classe K, co
m uma
solução especial de Acetato de potássio diluída em água.
.
2.7 -Causas de incêndio
É de enorme interesse saber a origem dos incêndios quer para fins legais, quer para
fins estatísticos e prevencionistas. Daí a importância de preservar-se o local do incênd
io,
procurando não destruir possíveis provas nas operações de combate. Dessa forma, os
peritos poderão determinar com maior facilidade a causa do incêndio.
Classificação das causas de incêndios
Naturais
Artificiais: Acidentais e Propositais
Causas Naturais
Quando o incêndio é originado em razão dos fenômenos da natureza, que agem por
si só, completamente independente da vontade humana.
Causas Artificiais
Quando o incêndio irrompe pela ação direta do homem, ou poderia ser por ele
evitado tomando-se as devidas medidas de precaução.
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Como agente extintor a espuma age principalmente por abafamento, tendo uma ação
secundária de resfriamento, face a existência da água na sua composição. Existem vários
tipos de espuma que atendem a tipos diferentes de combustíveis em chamas. Alguns t
ipos
especiais podem atender uma grande variedade de combustíveis.
A Espuma apresenta excelente resultado no combate a incêndios das Classes A e
B, não podendo ser utilizado na Classe C, pois conduz corrente elétrica.
Pó químico seco (PQS) -É um grupo de agentes extintores de finíssimas
partículas sólidas, e tem como características não serem abrasivas, não serem tóxicas, mas
pode provocar asfixia se inalado em excesso. Também não conduz corrente elétrica, mas
tem o inconveniente de contaminar o ambiente sujando-o, podendo danificar inclus
ive
equipamentos eletrônicos. Desta forma, deve-se evitar sua utilização em ambiente que
possua estes equipamentos no seu interior e ainda dificultando a visualização do amb
iente.
Atua por abafamento e quebra da reação em cadeia (assunto não abordado nesse
manual).
Os PQS são classificados conforme a sua correspondência com as classes de
incêndios, conforme as seguintes categorias:
Pó ABC composto a base de fosfato monoamônico, sendo chamado de
polivalente, pois atua nas classes A, B e C;
Pó BC à base de bicarbonato de sódio ou de potássio, indicados para incêndios
classes B e C;
Pó D usado especificamente na classe D de incêndio, sendo a sua composição
variada, pois cada metal pirofórico terá um agente especifico, tendo por base a graf
ita
misturada com cloretos e carbonetos.
Dióxido de Carbono (CO2 -Gás Carbônico) -É um gás incombustível, inodoro,
incolor, mais pesado que o ar, não é tóxico, mas sua ingestão provoca asfixia. Atua por
abafamento, dissipa-se rapidamente quando aplicado em locais abertos. Não conduz
corrente elétrica, nem suja o ambiente em que é utilizado.
O Dióxido de Carbono apresenta melhor resultado no combate a incêndios das
Classes B e C. Na Classe A apaga somente na superfície.
2.12 -Extintor de Incêndio Portátil
Geralmente, o gás propelente está acondicionado junto com a carga extintora (água,
pó químico, espuma mecânica), mantendo o aparelho pressurizado permanentemente ou
pressurizando o mesmo no momento da utilização.
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Dados Técnicos
1) Mangueira c/ Esguicho 5) Tubo Sifão
2) Gatilho 6) Recipiente
3) Alça para transporte 7) Manômetro
4) Pino de Segurança 8) Difusor
Técnicas de Utilização
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo,
observando no manômetro se está carregado.
Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja
acondicionado.
Retire o lacre e o pino de segurança.
Empunhe a mangueira para baixo e gire o volante da ampola externa no sentido
anti-horário (quando for extintor a pressurizar) e aperte o gatilho, rapidamente,
a fim de
confirmar o agente extintor, neste momento afaste qualquer parte do corpo da tra
jetória da
tampa, caso esta seja projetada mediante o aumento da pressão no interior do apare
lho.
Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado.
Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma d
e
"ziguezague" horizontal.
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Se temos:
Ts = Temperatura máxima na superfície do equipamento em operação/informação
marcada na placa do equipamento
Tig = Temperatura de Auto ignição do Gás
Sempre teremos que ter a seguinte condição:
Ts <Tig
É uma informação tão importante que é um dos itens de marcação obrigatória dos
equipamentos Ex.
3.6 Grupo dos gases
O conceito de grupo é baseado nas circunstancias de que substâncias de um mesmo
grupo comportam-se de forma similar quando submetidas a um processo de combustão.
Grupo I : Industria de mineração subterrânea.
Grupo II : Industrias de superfície em geral (gás).
Grupo III : Industrias de superfície em geral (poeiras).
Equipamentos do grupo IIC podem ser usados para IIC, IIB e IIA
Equipamentos do grupo IIB podem ser usados para IIB e IIA.
Equipamentos do grupo IIA só podem ser usados para IIA
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CERTIFICAÇÃO
Indica que a Certificação é
Brasileira
PROTEÇÃO
Indica que o equipamento possui
algum tipo de proteção para
atmosfera potencialmente explosiva
TEMPERATURA
Indica a classe de temperatura
de superfície do equipamento
T1 (450º), T2 (300º), T3 (200º),
T4 (135º), T5 (100º), T6 (85º)
GRUPO
Indica o grupo para o qual o
equipamento foi construído
GRUPO IIC
GRUPO IIB
GRUPO IIA
TIPO DE PROTEÇÃO
Indica o tipo de proteção que o equipamento possui:
d À prova de Explosão
p Pressurizado
m Encapsulado
o Imerso em Óleo
q Imerso em Areia
e Segurança Aumentada
ia Segurança Intrínseca, categoria a
ib Segurança Intrínseca, categoria b
n Não Acendível
MARCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS EX (ABNT)
1 Identificação do fornecedor
2 Identificação do modelo ou tipo
3 Símbolos: BR-Ex, tipo de proteção, grupo do equipamento elétrico, classe de
temperatura e/ou temperatura máxima de superfície e marcações adicionais exigidas pela
norma específica para o respectivo tipo de proteção
4 Nº do certificado, incluindo as letras "X" ou "U" quando aplicável
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3.9 Relação de alguns produtos que podem tornar uma Área Classificada
(EX)
Gases ou vapores inflamáveis: Qualquer produto inflamável que possua ponto de
fulgor abaixo de 37,5° C na CNTP, tais como: gás aquecido, hidrocarbonetos, solvente
s,
cola, tintas, thinners, verniz, resinas, aditivos para produtos farmacêuticos, per
fumes,
aromatizantes, produtos utilizados no tratamento de álcool e derivados.
Poeiras inflamáveis de: Algodão, alumino em pó, arroz, trigo, enxofre, semente de
cereais, carvão mineral, cacau, milho, papel, madeira etc.
3.10 Cuidados especiais quanto ao uso de equipamentos em Área
Classificada (EX)
Lâmpadas -Luminária do tipo Ex-d (à prova de explosão) e Ex-e (segurança
aumentada) são certificadas para o tipo e potência da lâmpada indicada na plaqueta do
equipamento. Nenhuma lâmpada de tipo diferente ou de potência maior que a original
especificada poderá ser utilizada na substituição lâmpada de maior potência poderá
causar aumento de temperatura, que pode ultrapassar a máxima temperatura superfici
al
admissível para a classe de temperatura da luminária, podendo torná-la inadequada para
uso em atmosferas explosivas, para a qual foi certificada.
Equipamentos Cada equipamento é especificado para cada condição, pois cada
grupo de produto inflamável, possui energia liberada diferenciada no momento da ex
plosão.
Assim, para retirar um equipamento de um ambiente e instalar em outro local, dev
e ser feito
uma análise prévia: Exemplo: Equipamento à prova de explosão para Grupo IIA (metano)
aplicado em área de Grupo IIC (sala de baterias);
4 ELETRICIDADE E A NR-10
4.1 Objetivo e Campo de aplicação da NR-10
Esta Norma Regulamentadora NR estabelece os requisitos e condições mínimas
objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma
a
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, inter
ajam em
instalações elétricas e serviços com eletricidade.
Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo,
incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das
instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observan
do-
se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou
omissão destas, as normas internacionais cabíveis.
4.2 -Choque elétrico
4.2.1 Conceitos
Eletricidade
Eletricidade é uma manifestação de uma forma de energia associada a cargas elétricas,
paradas ou em movimento. O que possui cargas elétricas são os elétrons, partículas
minúsculas que giram em volta do núcleo dos átomos que formam as substâncias.
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Contato Indireto
-Dispositivos de Seccionamento Automático (disjuntor, fusível);
-Condutor de aterramento (terra);
-Equipotencialização de malhas de aterramento;
-DR Disjuntor Residual.
Categoria II Categoria IV
4.4 -Tipos de Medidas de Controle (10.2)
Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas
preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante
técnicas de
análise de risco (ex. APR), de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.
As empresas estão obrigadas a manter Esquemas Unifilares atualizados das
instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de
aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção. (10.2.3)
Esquema Unifilar Esquema Multifilar
Condutibilidade;
Inflamabilidade;
Influências Externas.
Obs.: É proibido o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas
ou em suas proximidades.
4.7 Segurança em novos projetos (10.3)
É obrigatório para os novos projetos de instalações elétricas :
-Dispositivos de desligamento de circuitos,
-Impedimento de reenergização,
-sinalização de advertência com indicação da condição operativa;
-Considerar o espaço seguro, para operação e manutenção;
-Se for tecnicamente viável e necessário, incorporar recursos fixos de aterramento
do circuito seccionado.
-Prever condições para a adoção de aterramento temporário.
adequados para operação, podem ser realizadas por qualquer pessoa não advertida.Devem
ser suspensos os serviços quando tais incorrerem em situações de perigo. E deverá haver
análise de risco (APR) para as diversas situações de operação e manobra.
4.11 -Trabalhos envolvendo alta tensão (AT)
Segundo a NR10 qualquer tensão alternada acima de 1000 Vac é considerada alta-
tensão.
As atividades na zona controlada só poderão ser feitas por profissional Habilitado
e/ou Qualificado, com o curso complementar (Pessoal que trabalha no SEP). E some
nte
poderão ser executados em dupla , nunca individualmente;
Deve sempre existir uma Ordem de Serviço para a realização do trabalho,
informando data e local, com assinatura do supervisor responsável. Sempre deve ser
elaborada uma APR (Análise Preliminar de Risco) e haver procedimentos específicos pa
ra a
atividade a ser realizada.
Referências:
-http://www.cetestrio.com.br/forum/pdf/palestra_nr10.ppt
-http://www.mte.gov.br
-http://www.dgei.cbmerj.rj.gov.br
-http://www.cb.es.gov.br/
-http://www.fundacentro.gov.br
-http://www.segurancanotrabalho.eng.br
Tudo é loucura ou sonho no começo, nada do que o homem fez no mundo teve
início de outra maneira.
Mas já tantos sonhos se realizaram, que não temos o direito de duvidar de nenhum .
Monteiro Lobato
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Professor: Marcio Fanchiotti