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RESUMO
É hoje bastante conhecido o processo de endogeneização nas teorias macroeconômicas de
crescimento. Esse processo, todavia, é bem menos conhecido no campo das teorias de
desenvolvimento econômico regional, embora tenha sido muito importante. Sem a preten-
são de esgotar o assunto, este trabalho investiga o exercício realizado pelos pesquisadores
no sentido de endogeneizar o desenvolvimento regional e de apontar novas estratégias de
desenvolvimento regional e local. Na investigação procurou-se estabelecer uma ponte
entre autores da corrente da economia imperfeita, que romperam com a “teoria da locali-
zação tradicional”, e os autores evolucionistas e institucionalistas, os quais se debruçaram
nos estudos dos novos fenômenos e modelos de desenvolvimento regional e local, tais
como os dos distritos industriais. O objetivo é verificar as novas formas de desenvolvimento
local e regional, bem como os instrumentos de ações públicas e privadas.
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos as teorias de desenvolvimento regional sofreram grandes
transformações, de um lado provocadas pela crise e pelo declínio de muitas
regiões tradicionalmente industriais e, de outro, pela emergência de regiões
portadoras de novos paradigmas industriais.
Esse fenômeno está associado às mudanças radicais nas formas e nos mo-
dos de produção e de organização industriais, bem como à globalização e à
abertura das economias nacionais. Quanto ao primeiro fenômeno devem ser
considerados os aspectos da flexibilização e da descentralização, dentro e fora
das organizações, os quais ocasionam impactos importantes em termos de
reestruturação funcional do espaço. Quanto ao segundo fenômeno, esse tem
provocado impactos consideráveis sobre os custos e sobre os preços relativos
das empresas, as quais têm levado cada vez mais em conta fatores locacionais
em suas estratégias de competitividade.
O que tem sido observado, desde o fim da década de 1980, é que, ao
mesmo tempo em que ocorre um movimento de extroversão por parte das
empresas (subcontratações, alianças e fusões) e dos países (abertura comercial
e aumento do volume do capital em circulação mundial), as regiões no inte-
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1
Para uma revisão dessas teorias, ver, por exemplo, Richardson (1969).
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2
Separam-se as “economias externas” em duas partes [Catin, 1994]: economias externas pecuniárias e
economias externas tecnológicas. A diferença entre os dois tipos está no fato de a primeira ser
transmitida via mercado, mediante a intermediação dos preços, e a segunda não; essa é transmitida
diretamente pelas empresas. Ainda segundo Catin, nas definições mais recentes consta que as
externalidades tecnológicas se caracterizam pela ausência de controles sobre as quantidades recebi-
das dessas externalidades (positivos ou negativos), e sobre a decisão do agente que as emite.
Segundo Scitovsky (1969), a rigor as economias externas pecuniárias não se verificam na teoria do
equilíbrio. Embora Perroux, Myrdal e Hirshman não fossem filiados à teoria do equilíbrio, seus
conceitos tinham uma certa influência das economias externas tecnológicas definidas por Meade como
interdependências entre os produtores.
3
O empenho desses autores parece fazer parte de um movimento, observado a partir da segunda metada
dos anos 1980, no sentido de se atualizar e de se formalizar alguns conceitos da chamada high
development theory dos anos 1950. Ponto marcante desse movimento é o trabalho de Murphy, Shleifer
& Vishny (1989) a propósito do conceito de “Big Push”, de Rosenstein-Rodan.
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4
Esse é um ponto de controvérsia porque há uma corrente [Veltz,1996], por exemplo] que entende que não
só a grande produção se adaptou à produção flexível, como também a globalização das economias deverá
provocar um processo de concentração e de polarização regionais, e, nesse último aspecto, haveria uma
situação em que as regiões desenvolvidas de um país tenderiam a intensificar as ligações entre elas
próprias ou delas com regiões desenvolvidas de outros países.
5
Entendemos que o conceito de “alta tecnologia” não está limitado apenas aos setores específicos e
emergentes de ponta (informática, microeletrônica, etc.), ele abrange também a maioria dos setores e
das atividades econômicas, mesmo aqueles considerados “tradicionais”.
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desenvolvimento passa a ser estruturada a partir dos próprios atores locais, e não
mais por meio do planejamento centralizado ou das forças puras do mercado.
Mais do que isso, o aspecto novo trazido pelas novas abordagens na Eco-
nomia Regional está na recuperação vigorosa das noções de intertemporalidade
e de irreversibilidade na trajetória do desenvolvimento econômico. O que
significa dizer que o passado influencia o presente, que esse influencia o futuro
(intertemporalidade), que as propriedades do tempo zero não coincidem com
as propriedades do tempo um, e assim sucessivamente (irreversibilidade), de
tal forma que a situação de equilíbrio no tempo zero dificilmente será recupe-
rada no tempo um, tal como preconizado por Schumpeter (1982).
Como resultado, a estruturação do modelo alternativo de desenvolvimento
regional, como sugerido por evolucionistas e institucionalistas, é realizada por
meio de um processo, já definido por Boisier (1988), de “organização social
regional” ou, como o define Schmitz (1997), de “ação coletiva”. Esse processo
tem como característica marcante a ampliação da base de decisões autônomas
por parte dos atores locais; ampliação que coloca nas mãos desses o destino da
economia local ou regional. Com base em valores tácitos ou subjacentes, os
atores locais podem antecipar ou precipitar um “acidente histórico” positivo;
podem evitar um “acidente histórico” negativo; assim como podem coordenar
um processo em curso. É certo que a importância da história (condições iniciais)
e das externalidades dinâmicas estão presentes tanto em Krugman quanto nos
evolucionistas e institucionalistas. No entanto, esses últimos reservam um lu-
gar especial às estruturas sociais e às escolhas políticas.
A abordagem mais abrangente realizada por essa última corrente é possí-
vel, tendo-se em vista que ela toma um caminho metodológico semelhante
àquele trilhado por Albert O. Hirschman, o qual pode ser caracterizado como
um caminho holístico, sistêmico e evolutivo. 6 Nesse sentido, pode-se dizer
que essa abordagem toma (como também o fez H. Simon) certa distância em
relação aos pressupostos da “racionalidade econômica pura”, não aceitando,
portanto, os preços e os mercados como os únicos mecanismos sociais de trans-
missão de informação ativa [Nelson e Winder, 1982].
O modelo alternativo de desenvolvimento sugerido pelas correntes exa-
minadas pode ser definido como um modelo endógeno construído “de baixo
para cima”, ou seja, que parte das potencialidades socioeconômicas originais
6
Segundo Wilber e Francis (1988), “A metodologia de Hirschman é holística porque tem como foco
primário as relações entre as partes de um sistema e o todo. É sistêmica porque aquelas partes
constituem um todo coerente e podem ser entendidas, tão somente, nos termos do todo. O método de
Hirschman é evolutivo porque as mudanças do padrão de relações são vistas como a própria essência da
realidade social. Há uma interconexão entre os elementos que formam o sistema econômico e o
contexto social e político em que esses elementos funcionam”.
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A esse propósito ver Stöhr e Taylor (1981).
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O conceito de “distrito industrial” foi retomado com muita força na década de 1980 por alguns autores
[Piore e Sabel, 1983 e 1984; Scott e Storper, 1988 e 1989; Garofoli, de 1983 a 1987; Becattini, 1987 e
1989; Brusco, 1990; e Schmitz e Musyck, 1994], para a realização de vários estudos de caso de industrialização
e de desenvolvimento locais (da Itália principalmente). Desses estudos resultaram tanto uma atualização
teórica do conceito originalmente cunhado por A. Marshall como também propostas de desenvolvimento
regional e local baseadas nesses novos paradigmas. Essas novas teorias e propostas (em especial a de
Piore e Sabel) tiveram muita influência nas pesquisas e nas políticas de desenvolvimento local. As caracte-
rísticas “distritalistas” consistem basicamente no regime de especialização flexível baseado em tecnologias
flexíveis, em trabalhadores flexíveis e em novas formas de comunidades industriais.
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3.2.3 Cluster
O “cluster” (literalmente, agrupamento, cacho, etc.), de origem anglo-saxônica,
pretende funcionar como uma espécie de síntese das estratégias anteriores.
Ele é mais abrangente não só porque incorpora vários aspectos das duas estratégias
precedentes, mas porque não fica restrito às pequenas e às médias empresas.
Segundo Rosenfeld (1996), um grupo de especialistas americanos deu,
em 1995, a seguinte definição para cluster:
... uma aglomeração de empresas ( cluster) é uma concentração sobre um territó-
rio geográfico delimitado de empresas interdependentes, ligadas entre si por
meios ativos de transações comerciais, de diálogo e de comunicações que se
beneficiam das mesmas oportunidades e enfrentam os mesmos problemas.
Parece não haver dúvida de que a estrutura de um cluster, tal como é veiculado,
sobretudo pelas empresas internacionais de consultoria, guarda íntima relação
com o “diamante” de Porter. 11
Ao que parece, o conceito de cluster procura recuperar alguns conceitos
tradicionais, como “pólo de crescimento” e “efeitos concatenados”, de Perroux
e de Hirschman respectivamente, notados, principalmente, na idéia da indús-
tria-chave ou indústria-motriz, conjugada com uma cadeia de produção e adi-
cionado o máximo de valor possível. Não é mera coincidência encontrar na
bibliografia de The Competitive of Nations (1990), de Porter, duas referências
clássicas do desenvolvimento econômico regional − A. Hirschman (The Strategy
of Economic Development, 1958) e F. Perroux (“L’effet d’entraînement: de
l’analyse au repérage quantitatif”, Economie appliquée, 1973).
Essa recuperação é processada mediante a incorporação de vários elemen-
tos que aparecem naqueles exemplos exitosos de desenvolvimento endógeno,
os quais estavam ausentes nos conceitos e nas estratégias tradicionais que, aliás,
serviram para esses como pontos críticos, quais sejam: (i) articulação sistêmica
da indústria com ela mesma, com o ambiente externo macroeconômico e infra-
estrutural, e com as instituições públicas e privadas, tais como universidades,
institutos de pesquisa, etc., a fim de maximizar a absorção de externalidades,
principalmente tecnológicas; (ii) plasticidade na ação conseguida via uma forte
associação entre a indústria, os atores e os agentes locais, que permita proces-
sos rápidos de adaptações em face das transformações do mercado; e (iii) forte
vocação externa, sempre buscando o objetivo da competitividade exterior.
A idéia central é formar uma indústria-chave, ou indústrias-chaves, numa de-
terminada região, transformá-las em líderes do seu mercado, se possível inter-
nacionalmente, e fazer dessas indústrias a ponta-de-lança do desenvolvimento
dessa região; objetivos esses a ser conseguidos por meio de uma mobilização
integrada e total entre os agentes dessa região.
A estratégia, aparentemente hegemônica, de cluster está muito mais pró-
xima da grande produção flexível do que propriamente da pequena produção
flexível, sem demonstrar, no entanto, qualquer tipo de discriminação pela pe-
quena e pela média empresa.12 Assim, a abordagem associada ao cluster conse-
11
A solução do “diamante” é um esquema desenhado por Porter, em forma de uma pedra de diamante
lapidado em que ele une alguns pontos ou fatores responsáveis pela criação de vantagens competitivas
para uma indústria-nação/região: (i) estratégia, estrutura e rivalidade da empresa; (ii) condições dos
fatores; (iii) setores conexos e de apoio; e (iv) condições da demanda.
12
Oportuno registrar que uma corrente marshalliana muito forte utiliza também o conceito cluster para
tratar de aglomerações de pequenas e de médias empresas, tal como o fazem os adeptos do distrito
industrial. Nessa corrente podemos encontrar inúmeros autores, entre os quais R. Smith (já citado),
M. Amorim (1998), etc.
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13
Uma edição especial da Revue d’Économie Régionale et Urbaine, no 3, sobre o tema “economias de
proximidades”. Na introdução, feita por Bellet, Colletis & Lung (1993), “proximidade organizacional” foi
definida como a tradução da separação econômica entre os agentes, os indivíduos e as diferentes
organizações e/ou instituições. Ela depende principalmente das representações em razão das quais os
agentes inscrevem suas práticas (estratégias, decisões, escolhas, etc.). E engloba as relações
interindividuais, sobretudo a dimensão coletiva, no interior das organizações ou entre as organizações.
A proximidade organizacional é, dessa maneira, múltipla, podendo ser apreendida no plano tecnológico,
industrial ou financeiro (tradução do autor).
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14
Tradução do autor.
15
Pela definição de Morvan (1991), “O sistema produtivo é composto de unidades muito numerosas e muito
variáveis: grupos, empresas, estabelecimentos... As relações complexas, múltiplas e mutantis estabelecidas
entre elas − e com o ambiente, porque o ‘sistema é aberto’ − traduzem escolhas estratégicas importantes
e participam largamente na definição das performances econômicas desse sistema: é claro que pelo jogo
das relações diversas, estabelecido entre elas de maneira voluntária e involuntária, essas unidades criam
permanentemente estruturas que desempenham um papel principal na determinação da eficiência global;
e, simultaneamente, a capacidade com a qual elas participam para fazer evoluir permanentemente essas
estruturas constitui cada vez mais a condição do reforço da competitividade do sistema, até mesmo da sua
sobrevivência”. (tradução do autor).
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Uma excelente tentativa de fusão dessas duas grandes áreas está representada pelo livro Économie
Industrielle et Économie Spatiale, sob a direção de Rallet e Torre (1995).
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5 CONCLUSÃO
O aspecto interessante na evolução das pesquisas recentes sobre crescimento
em geral, e sobre desenvolvimento regional em particular é o fato de existir,
numa certa época, uma convergência de preocupações entre os teóricos novos
clássicos (Lucas, Romer, etc.), aqueles próximos da concorrência imperfeita
(Krugman, Arthur, etc.) e os evolucionistas-institucionalistas regionais (Schmitz,
Becattini, Brusco, Aydalot, Maillat, etc.). Por vias metodológicas diferentes to-
dos tentaram chegar ao mesmo objetivo, qual seja, o de endogeneizar as fontes
de crescimento e de desenvolvimento.
A teoria econômica regional experimentou, nesses últimos anos, profun-
da transformação, em virtude da reestruturação produtiva e espacial, assim
como da emergência de novos paradigmas teóricos que encontram nas fontes
internas da região (história, antecipações e ações dos agentes locais) as princi-
pais causas do desenvolvimento. Em relação a esses novos paradigmas ficou claro
que as matrizes teóricas estão, de um lado, no campo dos economistas adeptos à
concorrência imperfeita e, de outro lado, no campo dos economistas, dos sociólo-
gos e dos geógrafos regionais marshallianos e schumpterianos (evolucionistas e
institucionalistas) que primeiro estudaram os distritos industriais italianos.
Ao mesmo tempo, essas correntes ganharam importante reforço dos
novos clássicos, esses preocupados em incluir na função de produção
neoclássica novos fatores de produção, de forma que função explicasse com
mais realismo as flutuações e o crescimento. Embora não ter surgido especi-
ficamente no campo dos estudos sobre a região, e apesar de não ter sido
objeto de análise deste trabalho, a Teoria do Crescimento Endógeno contribuiu
enormemente para a legitimação da endogeneização no âmbito da Teoria do
Desenvolvimento Regional.
O aspecto interessante a observar é que, apesar das diferenças metodológicas,
há, entre essas correntes, uma convergência no que se refere à fonte de abasteci-
mento, a qual pode ser reconhecida nas economias externas e nos rendimentos
crescentes. A convergência não se limita apenas a esse aspecto; ela pode ser
encontrada também em outro, na importância que todos atribuem ao aspecto
da intertemporalidade no processo de crescimento ou de desenvolvimento, ou
seja, na dependência que um dado tempo tem em relação a outro. Com algumas
variações de enfoque todas as correntes são unânimes em atribuir peso impor-
tante à história, responsável pelas condições iniciais do desenvolvimento; as-
sim como ao futuro, fruto da construção de atitudes e de antecipações presen-
tes dos agentes.
O desenvolvimento regional endógeno não deve ser visto como um mo-
delo apriorístico nem como um sistema fechado em sua própria carapaça.
Por outro lado, qualquer definição a ser dada ao desenvolvimento da região
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