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Biologia

Resumo 10º ano

Produtores: seres vivos capazes de elaborar matéria orgânica a partir de matéria inorgânica,
para isso, uma fonte de energia externa – seres autotróficos.

Consumidores: seres vivos incapazes de produzir compostos orgânicos a partir de compostos


inorgânicos – seres heterotróficos – e, por isso, alimentam-se directa ou indirectamente da
matéria elaborada pelos produtores.

Decompositores: seres vivos que obtêm a matéria orgânica a partir de outros seres vivos,
decompondo cadáveres e excrementos. Desta forma, transformam a matéria orgânica em
matéria inorgânica, assegurando a devolução dos minerais (inicialmente incorporados pelos
produtores) ao meio.

Critérios de Classificação
Tipo de Organização Interacção nos
Reinos Nutrição Exemplos
Células Celular Ecossistemas
Autotróficos
(fotossístese e
Produtores Bactérias
Monera Procarióticas Unicelulares quimiossíntese)
Microconsumidores do iogurte
Heterotróficos
(absorção)
Unicelulares, Autotróficos
alguns (fotossíntese) Produtores
Protista Eucarióticas coloniais e Heterotróficos Microconsumidores Amibas
outros (absorção e Macroconsumidores
pluricelulares ingestão)
Pluricelulares,
Heterotróficos
Fungi Eucarióticas alguns Microconsumidores Penicillium
(absorção)
unicelulares
Autotróficos
Plantae Eucarióticas Pluricelulares Produtores Musgos
(fotossíntese)
Heterotróficos
Animalia Eucarióticas Pluricelulares Macroconsumidores Medusas
(ingestão)

Ecologia: o estudo das relações entre os organismos e entre os organismos e o meio em que se
encontram é feito pela ecologia.

As cadeias alimentares: num ecossistema os seres vivos apresentam-se ligados por um


conjunto de relações tróficas.

Redes tróficas: cada ser vivo tem várias fontes de alimenta e é ele próprio fonte de alimento
de outros; as cadeia alimentares intercomunicam de forma mais ou menos complexa,
dormando assim as redes tróficas.

Gonçalo Lobo
Os organismos captam e transformam a matéria e energia para suprimir as suas
necessidades.

Sobrevivência

Crescimento

Reprodução

Ocorre entre seres vivos da mesma espécie

População

Comunidade Biótica

Ecossistema

População: Conjunto de indíviduos da mesma espécie, vivendo num mesmo local e na mesma
época.

Comunidade Biótica: o conjunto de todos os organismos vivos vivendo em conjunto e


interactuando numa determinada área.

Ecossistema: designa o conjunto formado por todos os factores bióticos e abióticos que
actuam simultaneamente sobre determinada região.

Nicho Ecológico: função desempenhada por um ser vivo num determinado ambiente.

Seres Consumidores:

Macroconsumidores – seres heterotróficos que ingerem os alimentos.


(ex: animais e algumas algas)

Microconsumidores – seres heterotróficos que decompõem a matéria orgânica, absorvendo


alguns produtos resultantes da decomposição e libertando substâncias inorgânicas para o
meio.
(ex: algumas bactérias e fungos)

Extinção: relação gradual do número de uma espécie até ao momento em que a espécie deixa
de existir.

Causas de extinção no passado


Factores climáticos e geológicos:
- Vulcanismo muito activo
- Movimento dos continentes
- Descida do nível do mar
- Grandes variações de temperatura

Conservação de espécies
Preservar os habitats
Áreas protegidas
- Parques Naturais
- Reservas Naturais

Gonçalo Lobo
- Áreas de paisagens protegidas

Níveis de Organização Biológica


Molécula -> Organelo -> Célula -> Tecido -> Órgão -> Sistema -> Organismo -> População ->
Comunidade -> Ecossistema

Anima Procariótic
Célula Vegetal
l a
Organelos
Cápsula - - √
Parede Celular √ - √
Membrana Celular √ √ √
Ribossomas √ √ √
Centríolos - √ -
Flagelo - √ √
Núcleo √ √ -
Citoplasma √ √ √
Complexo de Golgi √ √ -
Nucléolo √ √ -
Mitôcondria √ √ -
REL e RER √ √ -
Peroxissuma √ √ -
Cílios - √ -
Lisossoma - √ -
Vacúolo √ √ -
Cloroplasto √ - -
Plasmodesmos √ - -

Célula Procariótica: apresenta uma estrutura celular simples, não apresenta organelos
endomembranares nem núcleo definido, isto é, o material nuclear está disperso pelo plasma.

Célula Eucariótica Animal: apresenta uma estrutura celular complexa com um núcleo bem
definido e citoplasma com organelos endomembranares. Não apresenta parede celular nem
cloroplastos. Presença de vacúolos em grande número mas de pequenas dimensões.

Célula Eucariótica Vegetal: apresenta uma estrutura celular complexa com um núcleo bem
definido e citoplasma com organelos endomembranares. Apresenta parede celular e pode
apresentar cloroplastos. Presença de vacúolos em pequeno número mas de grandes
dimensões.

Gonçalo Lobo
Moléculas constituintes dos seres vivos

Inorgânicos:
- H2O
- Sais Minerais

Orgânicos:
- Prótidos: - Glícidos: - Lípidos: - Ácidos Nucleicos
- Aminoácidos - Monossacarídeos - Ácidos Gordos - RNA
- Péptidos - Oligossacarídeos - Glicerol - DNA
- Proteínas - Polissacarídeos

Compostos Inorgânicos

Água:
- molécula polar (dipolo eléctrico) electronicamente neutra.
- é o constituinte que existe em mais percentagem nos seres vivos.
- é o habitat de muitos seres vivos.
- apresenta uma grande coesão.
- é reguladora de temperatura.
- é o solvente universal.

Sais minerais:
- existem em pequenas quantidades mas são igualmente importantes.
-função estrutural e reguladora.

Reacções:
• Síntese:
- permitem a união entre monómeros com libertação de molécula de água
(polimerização)

• Hidrólise:
- permitem a queda de polímeros nos respectivos monómeros com o consumo de
molécula de água

Prótidos
• Os prótidos são compostos orgânicos quaternários constituídos por:
- C , carbono
- O , oxigénio
- H , hidrogénio
- N , nitrogénio

• Para além destes elementos químicos podem possuir fósforo, ferro, enxofre. As unidades
básicas constituintes dos prótidos são os aminoácidos

• Os aminoácidos são constituídos por:

Gonçalo Lobo
- Grupo amina (NH2)
- Grupo carboxilo (COOH)
- Grupo radical (variável)

• Os aminoácidos encontram-se ligados entre si por ligações peptídicas.


2 aminoácidos ligados -> dipéptido
2 a 20 aminoácidos ligados -> oligopéptido
+ do que 20 aminoácidos ligados -> polipéptido

• A variedade dos polipéptidos depende:


- do tipo de aminoácidos presentes.
- do número de aminoácidos presentes.
- da combinação dos aminoácidos presentes.

Níveis de organização dos prótidos


• Estrutura primária: sequência de aminoácidos unidos por ligações peptídicas.
- cadeia polipeptídica

• Estrutura secundária: podem dispor-se paralelamente e ligar-se entre si ou as cadeias


podem enrolar-se em hélice.
- folha β-pregueada
- hélice

• Estrutura terciária: estrutura secundária pode dobrar-se sobre si própria ficando com uma
forma globular.

• Estrutura quaternária: várias cadeia globulares podem estabelecer ligações entre si.

Funções dos prótidos

Funções Proteínas Localização


Função Enzimática Pepsina Suco Gástrico
Função Estrutural Queratina Cabelo, unhas, garras
Função de Defesa Anticorpos Plasma, tecidos e secreções
Função de Transporte Hemoglobina Sangue
Função Reguladora Insulina Pâncreas
Função Contráctil Miosina Tecido muscular

• Desnaturação:
- Reversível (pelo frio)
- Irreversível (pelo calor)

Hidratos de Carbono ou Glícidos

Gonçalo Lobo
Compostos terciários, constituídos por C, H, O

Glicose: C6 H12 O6

3 a 9 átomos de carbono: em solução apresentam uma estrutura em anel.


Dois destes anéis podem estabelecer ligações entre si – ligações glicosídicas – formando im
dissacarídeo.

Funções Glícidos Localização


Plastos
Amido
(reserva energética vegetal)
Função Energética
Grânulos nas células hepáticas
Glicogénio
(reserva energética animal)
Constituinte da parede celular
Celulose
dos vegetais
Função Estrutural
Constituinte da carapaça dos
Quitina
insectos

Lipídos
Compostos terciários, constituídos por C, H, O

Lípidos simples
- ácidos gordos e um glicerol.

Lipídos Complexos
- podem ter ácidos gordos e glicerol juntamente com outras moléculas

• Ligação Éster
A reacção química em que se estabelevem ligações éster denomina-se de esterificação-

Glicerol + 3 moléculas de ácidos gordos = triglicerídeo + 3 moléculas de água

Fosfolípidos: são moléculas polares; moléculas anfipáticas (com uma extremidade hidrofólica –
cabeça polar – e outra hidrofóbica – cauda apolar)
- constituídos por: glicerol, 2 ácidos gordos, ácido fosfórico

Funções Proteínas Localização


Função Energética Triglicerídeos Sangue
Constituintes das membranas
Função Estrutural Fosfolípidos
celulares
Testículos
Testosterona
(hormona sexual masculina)
Função Reguladora
Ovários
Progesterona
(hormona sexual feminina)
Função de Transporte - -

Propriedades: insolúveis na água; solúveis em solventes orgânicos (éter, benzeno, etc.)


Ácidos Nucleicos

Gonçalo Lobo
Principais moléculas envolvidas em processos de controlo celular.
Polímeros de nucleótidos.

DNA – desoxirribonucleico
RNA – ribonucleico

Timina/Uracilo – Adenina
Guanina – Citosina

Comparação entre as estruturas do DNA e do RNA


DNA RNA
Açúcar Desoxirribose Ribose
Bases azotadas Adenina, guanina, citosina e timina Adenina, guanina, citosina e uracilo
Cadeias Cadeia dupla Cadeia Simples
Hélice Sim Não
Localização Núcleo Citoplasma
Função Controlo actividade celular Síntese proteica

• O DNA contém o código genético individual de cada pessoa sendo por isso
característica do indivíduo e diferente de pessoa para pessoa.

Detecção de compostos orgânicos e inôrganicos

Compostos Inorgânicos:
• água - teste sulfato de anidro

Compostos Orgânicos:
• glícidos - licor de fehling (açucares redutores) e soluto de lugol (amido)

• proteínas - teste do biureto

• lípidos - prova da mancha do papel e teste sudão III

Modelo de Mosaico Fluído

Constituído por:
• Glicocálix
• Glicolípidos
• Glicoproteínas
• Proteínas periféricas
• Proteínas integradas
• Bicamada fosfolipídica

Movimentos transmembranares

Gonçalo Lobo
A membrana celular apresenta permeabilidade selectiva.

Transporte não mediado


Difusão simples

• Osmose:
- gera situações de turgescência/plasmolíse
- ocorre pressão de turgescência contrariada pela pressão da parece (vegetal)
- nas células animais pode levar a uma líse celular
- dá-se segundo os meios: hipotónicos/hipertónicos/isotónicos
- a velocidade osmótica não é constante (depende das concentrações)

• Pressão osmótica: é a pressão necessária para contrabalançar a tendência da água para se


mover de uma zona de maior concentração de água para uma zona de menor concentração de
água, isto é, de uma zona de grande potencial de água para uma zona de baixo potencial de
água.

• Difusão Simples:
- é um transporte passivo
- as moléculas passam em função:
• da sua carga eléctrica
• da sua solubilidade nos lípidos
• do seu tamanho

Transporte mediado
Difusão facilitada/Transporte activo

• Difusão facilitada:
- com proteínas transportadoras – permeases
- sem gasto de energia – transporte passivo
- a favor do gradiente de concentração
Nota: para situações de baixa concentração de soluto este transporte apresenta maior
velocidade que a difusão simples.

• Transporte activo:
- com proteínas transportadoras – ATPases
- com gasto de energia
- contra gradiente de concentração

Transporte em quantidades

• Exocitose: formação de vesículas com substâncias a expulsar para o exterior (meio


extracelular) – pode estar relacionado com o retículo endoplasmático, complexo de Golgi e
lisossomas.

Gonçalo Lobo
• Endocitose: formação de vesículas endocíticas por invaginação de membrana celular, que
entram para o hialoplasma.

- Pinocitose: inclusão de substâncias em solução, formação de vesículas de pinocitose

- Fagocitose: inclusão de substâncias de grandes dimensões, com emissão de


pseudópodes, formação de vacúolos fagocíticos que quando se fundem com vesículas cheias
de enzimas formam os vacúolos digestivos.

- Endocitose mediada por receptor

Sistemas Endomembranares

Retículo Endoplasmático: rede membranar de destribuição, localizada no hialoplasma


celular.
Constituído por:
- cisternas
- vesículas esféricas
- túbulos

Função:
- síntese
- transporte

Tipos:
- Retículo Endoplasmático Rugoso (RER) / Liso (REL)
- RER: ribossomas na face externa da membrana

Complexo de Golgi:

Níveis de organização:
- sáculos
- dictiossoma com duas faces: face de formação e face de maturação
- complexo de golgi: conjunto de dictiossomas de uma célula

Constituição:
- sáculos
- vesículas

Função:
- Secreção
- Síntese

Fluxo de Materiais

RE -> Complexo de Golgi (face de formação) -> Face de maturação -> Vesículas de secreção ou
lisossomas

Gonçalo Lobo
Digestão e Nutrição

1.Ingestão:
- alimentos filtrados
- alimentos detríticos
- alimentos sólidos
- alimentos líquidos

2.Digestão:
-Mecânica
- Química
- Intracelular
- Extracelular

Digestão Intracelular: tipo de digestão em que o ser vivo, utilizando expansões celulares de
duração temporária, envolve partículas alimentares, formando vesículas fagocíticas para onde
são lançadas enzimas. Formam-se assim vacúolos digestivos onde ocorre a digestão
intracelular.

Digestão Extracelular: tipo de digestão que ocorre em cavidades digestivas que, apesar de se
encontrarem dentro do organismo, fazem parte do meio externo, pois não são mais do que
prolongamentos desse meio para o interior do corpo. Nestas cavidades , são lançados sucos
digestivos que contêm enzimas, que actuam sobre os alimentos, transformando-os em
substâncias mais simples , capazes de serem absorvidas .

3.Absorção: passagem para o meio interno (sangue e linfa).

4.Egestão: expulsão de partículas não digeridas ou não absorvidas.

Enzimas: é um catalisador que aumenta a taxa de uma reacção química.

Evolução dos Sistemas Digestivos

- Sistema digestivo incompleto

Celentrados: digestão extracelular , na cavidade gastrovascular que se conclui com digestão


intracelular, nas células digestivas da gastroderme. Ex: Hidra

Platelmintas: digestão extracelular, na cavidade gastrovascular que se concluí nas células


digestivas da parede dessa cavidade, digestão intracelular. Ex: Planária

-Sistema digestivo completo

Vantagens Evolutivas:
1.deslocação dos alimentos num único sentido : digestão e absorção sequenciais e com maior
aproveitamento.
2.digestão química e mecânica em vários órgãos ( digestão extracelular).
3. não ocorrem misturas ( a absorver e a excretar).

Gonçalo Lobo
Anelídeos:
Boca → faringe → esófago → papo (armazenar) → moela ( triturar) → intestino (digestão e
absorção – tiflosole) → ânus

Vertebrados:
2 Órgãos anexos: fígado e pâncreas
Alguns possuem glândulas anexas.

Aves:
Boca → esófago com papo (amolecer os alimentos) → estômago (proventrículo (suco gástrico)
+ moela (com pedras e areias) → intestino → cloaca

Mamíferos:
Apresentam adaptações de acordo com o regime alimentar.

Digestão - Extracorporal
- Intracorporal -> Intracelular
-> Extracelular

Obtenção de Matéria pelos seres Autotróficos

Nutrição Autotrófica
Energia Luminosa: Fotossíntese
Energia Química: Quimiossíntese

Fotossíntese: realizada por seres fotoautotróficos (Plantas, algas, cinobactérias)


Quimiossíntese: realizada por seres quimioautotróficos (Algumas bactérias)

Pigmentos Fotossíntéticos
Clorofilas (a e b ) - cor verde
Carotenóides (carotenos e xantofilas) - cor laranja e amarelo, respectivamente.

• Os pigmentos fotossintécticos organizam-se em fotossistemas e cada fotossistema é


constituído por:
- um conjunto de pigmentos antena
- um centro de reacção -> um par de moléculas de clorofila “a ” especializados

• Englemann efectou experiências em que concluiu que as radiações mais eficazes para a
fotossíntese são as radiações vermelho-alaranjado e azul-violeta.
Há uma correlação entre o espectro de absorção de pigmentos fotossintéticos e o espectro de
acção da fotossíntese

• O oxigénio tem origem na água.

Duas fases da fotossíntese:


- Fase fotoquímica (fase dependente da luz)
- Fase Química (fase não dependente da luz)

Gonçalo Lobo
Fase Fotoquímica
Fase Dependente da luz

• Ocorre nos tilacóides.


• Conversão de energia luminosa em energia química.
• Desdobramento da molécula de água em hidrogénio e oxigénio – fotólise da água.
• Fosforilação de ADP, formando-se ATP (molécula responsável pelo armazenamento de
energia química directamente utilizável pela célula)
• Redução de NADP+ (forma oxidada) a NADPH (forma reduzida), por acção do hidrogénio
libertado durante a fotólise da água.

Quem dá electrões fica oxidado | Quem recebe electrões fica reduzido

Existem dois tipos de fotossistemas:


• Fotossistema I – centro de reacção P700 (nm)
• Fotossistema II – centro de reacção P680 (nm)

Fase Química
Fase Não Dependente da Luz (Ciclo de Calvin)

• Ocorre no estroma do cloroplasto.


• Fixação do CO2
• Produção de compostos orgânicos
• Regeneração da ribulose difosfato

De uma forma mais particular:

- O ciclo de Calvin tem inicio com a combinação com uma pentose, isto é, um glícido formado
por cinco átomos de carbono – ribulose difosfato (RuDP) -, originando um composto
intermédio, instável, com seis carbonos.

-Este composto origina, imediatamente, duas moléculas com três átomos de carbono – PGA.

- As moléculas de PGA são fosforiladas pelo ATP e seguidamente reduzidas pelo NADPH,
provenientes da fase dependente da luz, formando PGAL.

-Por cada doze moléculas de PGAL formadas dez são utilizadas para regenerar a ribulose
difosfato e apenas duas são utilizadas para sintetizar compostos orgânicos (glícidos e outros).

- Para se formar uma molécula de glicose, é necessário que o ciclo realize seis vezes, gastando-
se seis moléculas de CO2, dezoito moléculas de ATP (três por cada ciclo) e doze moléculas de
NADPH (duas por cada ciclo).

Durante a fase não dependente directamente da luz, verifica-se:


- a incorporação do CO2;
-a utilização da energia química contida no ATP e poder redutor do NADPH para formar
compostos orgânicos.

Gonçalo Lobo
Quimiossíntese
Neste processo realiza-se a oxidação de substâncias inorgânicas para obtenção de ATP +
NADPH + H+ que vão intervir para a formação de matéria orgânica.

Neste processo é possível distinguir duas fases:

- Uma fase de produção de ATP e NADPH. Durante esta fase, ocorre a oxidação de compostos
minerais como NH3, CO2 e H2S. Esta oxidação permite a obtenção de protões e electrões que
são transportados ao longo de uma cadeia, no sentido de produzir ATP e reduzir o NADP+ a
NADPH;

-Numa segunda fase, ocorre o ciclo das pentoses e, tal como na fotossíntese, produzem-se
compostos orgânicos a partir do dióxido de carbono absorvido, do poder redutor do NADPH e
da energia contida no ATP, gerados na primeira fase.

Quimiossíntese Fotossíntese
-Produção de ATP
Semelhanças -Redução de NADP+
-Produção de matéria orgânica
-Oxidação de Compostos -Utilização de energia
Diferenças
inorgânicos luminosa

Transporte nas Plantas

• O sistema de condução está localizado em todos os órgãos da planta:


- Raiz
- Caule
-Folhas
E dele fazem parte o xilema e o floema.

Tecidos Definitivos
Dérmicos ou de Tecidos Fundamentais Vasculares ou de
revestimento Parênquima Suporte Transporte
LenhoouXilema
LíberouFloema
Esclerênquima
Colênquima
Endoderme

De reserva

Secretores
Clorofilino
Epiderme

• O xilema está especializado no transporte de água e de sais minerais.

• O floema está especializado no transporte de água e substâncias orgânicas.

Gonçalo Lobo
Tecidos condutores
Xilema Floema
Células de tubos
Tracóides
Elementos Elementos Crivosos
Condutores Elementos de Condutores Células de
Vasos Companhia

Fibras Lenhosas Fibras Liberinas

Parênquima Lenhoso Parênquima Clorofilino

Absorção Radicular
Se as células são hipotónicas relativamente ao solo → os iões entram por difusão
Se as células são hipertónicas relativamente ao solo → a água entra por osmose

Hipótese da pressão radicular


• Observam-se fenómenos de:
- gutação
- exsudação

Deve-se á existência de pressão nas células de raiz causada pela entrada de água do solo
devido ao aumento da concentração de solutos no interior das células.

Limitações:
- só explica a ascensão de seiva bruta no xilema em plantas de pequeno porte
- existem plantas que não apresentam pressão radicular

Hipótese da Tensão – Coesão – Adesão


• Quando as células do mesofilo da folha perdem água, ocorre na parte superior da planta um
défice de água, criando-se uma pressão negativa – Tensão.

• Devido a forças de coesão e de adesão, as moléculas de água mantêm-se unidas umas às


outras, formando uma coluna contínua e aderindo ás paredes dos vasos xilémicos, desde a raiz
passando pelo caule até ás folhas.

• Quanto mais rápida for a transpiração ao nível das folhas, mais rápida será a ascensão.

Gonçalo Lobo
Transporte no Floema

• A observação de afídios com libertação de seiva elaborada permite concluir que esta flui
sobre pressão.

• Constituição da seiva elaborada:


sacarose (principalmente), aminoácidos, nucleótidos, iões orgânicos, hormonas…

• Teoria de Munch:
o movimento da seiva elaborada deve-se a um gradiente de concentração decrescente de
sacarose, que se estabelece entre a fonte de produção e o local de consumo.
• A glicose elaborada no órgão fotossintético é convertida em sacarose, antes de entrar no
floema.

• É transportada dos locais onde é elaborada (folha), para os locais onde é gasta ou
armazenada (raízes, frutos, sementes).

Transporte no Xilema

Uma vez chegados ao xilema a água e os iões minerais, constituem a seiva bruta ou seiva
xilémica, que pode agora ser distribuída pela planta.
O movimento ascendente de água no xilema envolve a acção de forças físicas, existindo vários
factores que intervêm neste fenómeno. Para explicar este fenómeno foram várias hipóteses.
Duas delas – a hipótese da pressão radicular e a hipótese de tensão-coesão-adesão.

Evolução dos Sistemas de Transporte


Não possuem sistemas de transporte.
Ex: ( Hidra, Planária)

Sistema de Transporte Aberto


Ex: Gafanhoto

Sistema de Transporte Fechado


Ex: (minhoca, vertebrados)

Animais sem sistema de transporte


Transporte de substâncias para dentro e fora da célula por difusão simples através:
- Cavidade gastrovascular
- Superfície corporal

Sistema circulatório aberto (insectos)


Vaso dorsal com uma função contráctil
O sangue não circula apenas em vasos, saindo destes para lacunas – daí o nome de
circulação Aberta.

Desvantagem do Sistema circulatório aberto: A circulação é lenta.

Gonçalo Lobo
Sistema circulatório fechado (minhoca)
Características principais:

O sangue circula sempre em vasos.


Dois vasos principais:
- vaso dorsal
- vaso ventral

Ligados na parte anterior por 5 a 7 pares de corações laterais.


Sistema circulatório fechado simples

Características principais do sistema circulatório fechado simples (Peixe)

-Sangue passa uma só vez pelo coração numa circulação.


- o coração é atravessado apenas por sangue venoso e possui duas cavidades: uma aurícula e
um ventrículo.

Desvantagem do sistema circulatório fechado simples:


Apenas uma passagem de sangue pelo coração
Reposição e substituição de materiais a nível celular são lentas devido à baixa pressão que
circula o sangue.

Sistema circulatório fechado duplo incompleto (Anfíbios, Répteis)

- Sangue descreve dois trajectos:


-Circulação pulmonar
-Circulação sistémica
-Coração possui três cavidades:
-Duas aurículas e um ventrículo

Pode haver mistura parcial de sangue venoso com sangue arterial.


Esta mistura causa um menor grau de oxigenação às células não atingindo taxa metabólica ·
Produção energética são mais baixa → não permite um dispêndio de energia na manutenção
da temperatura (animais de sangue frio).

Sistema circulatório fechado duplo completo

Características principais do sistema circulatório fechado duplo completo:


-Coração possui quatro cavidades:
-Duas aurículas e dois ventrículos.

Aves VS Mamíferos
- Única diferença anatómica, nas aves a crossa da aorta está voltada para a direita e nos
mamíferos para a esquerda.

Não há mistura de sangue venoso com sangue arterial, ou seja, apresenta uma maior
oxigenação celular e uma maior taxa metabólica.
Permite produzir energia necessária para as suas funções e a manutenção da temperatura
corporal.

Gonçalo Lobo
Classe Cavidades Tipo de Sangue
1 Aurícula
Peixes Sangue Venoso
1 Ventrículo

2 Aurículas Mistura parcial de:


Anfíbios -Sangue Venoso
1 Ventrículo -Sangue Arterial

2 Aurículas Separação Completa:


Aves/Mamíferos -Sangue Venoso
2 Ventrículos -Sangue Arterial

Diástole Auricular: relaxamento das aurículas


Sístole Auricular: contracção das aurículas
Sístole Ventricular: contracção dos ventrículos.

Circulação Sistémica (Grande Circulação): Ventrículo Esquerdo → Artérias → Arteríolas →


Capilares → Veias Cavas → Aurícula Direita

Circulação Pulmonar (Pequena Circulação): Ventrículo Direito → Artérias Pulmonares →


Pulmões ( capilares) → Veias pulmonares → Aurícula Esquerda

Fluidos Circulantes

Sangue
Elementos Figurados Plasma

Hemácias Água

Leucócitos Proteínas
Nutrientes
Outras
Plaquetas Substâncias Gases
Transportadas: Produtos do
Metabolismo

Sistema Linfático

Linfa Vasos Linfáticos


Órgãos
Linfa Linfa Linfóides Canal Canal
Veias
intersticial circulante CapilaresLinfáticos Linfático Torácic
Linfáticas
Leucócitos + Hemácias Direito o

Gonçalo Lobo
Linfa Intersticial: 1% do plasma e de alguns leucócitos que atravessam a parede dos capilares e
que ocupam os espaços entre as células.

Linfa circulante: linfa intersticial que é recolhida por capilares linfáticos.

Obtenção de Energia

Metabolismo Celular: é o conjunto de reacções que ocorrem nas nossas células e que
necessitam de energia, ATP.

Estas reacções podem ser de dois grandes tipos:


-Catabolismo: reacções em que se degrada moléculas complexas em moléculas mais
simples com libertação de energia. Reacções energéticas.
-Anabolismo: reacções em que a partir de moléculas mais simples se formam
moléculas complexas, com consumo de energia. Reacções endoenergéticas.

Reacções Catabólicas:
Fermentação → Processo de obtenção de energia
Respiração anaeróbia
Respiração aeróbia

Fermentação: - processo de obtenção de energia


- “mais primitivo”
- utilizado pelas: - bactérias anaeróbias
- leveduras
- algumas células musculares
- utilizado na indústria alimentar

Apresenta duas etapas: Glicólise e Redução do piruvato.

A fermentação é uma via catabólica que conduz à oxidação incompleta de substâncias


orgânicas como a glicose.

A glicólise é a primeira fase de fermentação durante a qual a glicose é transformada em ácido


pirúvico, ocorrendo a formação de ATP e de NADH.A molécula de glicólise é quimicamente
inerte, assim para que a sua degradação se inicie e necessário que esta seja activada através
de energia fornecida pelo ATP. Depois segue-se um conjunto de reacções que levam á
degradação da glicose até acido pirúvico. No final da glicólise, resultam: duas moléculas de
NADH, duas moléculas de ácido pirúvico e duas moléculas de ATP ( formam-se quatro mas
duas são gastas na activação da glicose).

Quanto á redução do piruvato, em condições de anaerobiose, faz-se pela acção do NADH,


formado durante a glicólise.

Há vários tipos de fermentação, entre os quais podem citar-se a fermentação alcoólica e a


fermentação láctica.

O rendimento energético da fermentação (em termos de moléculas de ATP) é de 2 ATP


formados durante a glicólise.

Os processos de fermentação decorrem no hialoplasma celular.

Gonçalo Lobo
Síntese da respiração aeróbia
É a respiração que permite a degradação total dos compostos orgânicos na presença de
oxigénio → oxidação completa.

Produtos finais H2O+CO2 (pobres em energia)

1ºEtapa – Glicólise
A glicólise é uma etapa comum à fermentação e à respiração aeróbia. Esta primeira etapa da
respiração ocorre no hialoplasma e conduz à formação de duas moléculas de ATP, duas
moléculas de NADH+H+ e duas moléculas de ácido pirúvico.

2ºEtapa – formação de acetil-coenzima A


Na presença de oxigénio, o ácido pirúvico entra na mitocôndria, onde é descarboxilado (perde
uma molécula de CO2) e oxidado (perde um hidrogénio, que é usado para reduzir o NAD+,
formando NADH+H+).

3ºEtapa – Ciclo de Krebs


O ciclo de krebs, ou ciclo do ácido cítrico, é um conjunto de reacções metabólicas que conduz á
oxidação completa da glicose. Este conjunto de reacções ocorre na matriz da mitocôndria e é
catalizado por um conjunto de enzimas, destacando-se as descarboxilases (catalizadores das
descarboxilações) e as desidrogenases (catalizadores das reacções de oxidação -redução que
conduzem á formação de NADH).
Por cada molécula de glicose degradada, formam-se no ciclo de Krebs:
- Seis moléculas de NADH;
- Duas moléculas de FADH2 ( que tem um papel semelhante ao NADH);
- Duas moléculas de ATP;
- Quatro moléculas de CO2.

4ºEtapa – Cadeia transportadora de electrões e fosforilação oxidativa


As moléculas de NADH e FADH2, formadas durante as etapas anteriores da respiração,
transportam electrões que vão, agora, percorrer uma série de proteínas, até serem captados
por um aceptor final – o oxigénio.
Estas proteínas aceptoras de electrões constituem a cadeia transportadora de electrões ou
cadeia respiratória e encontram-se ordenadas na membrana interna das mitocôndrias, de
acordo com a sua afinidade para os electrões.
Os electrões transportados pelo NADH e pelo FADH2, são cedidos aos aceptores, iniciando um
fluxo ao longo do qual estas moléculas vão sendo sucessivamente reduzidas e oxidadas. Cada
transportador tem Maios afinidade para os electrões do que o transportador anterior,
garantindo-se desta forma um fluxo unidireccional ate ao aceptor final – o oxigénio.
O oxigénio, depois de receber os electrões, capta os protões (H+) presentes na matriz da
mitocôndria, formando-se água (H2O). Essa energia é utilizada para fosforilar o ADP formando
ATP. A este processo damos o nome de fosforilação oxidativa.
Em condições de anaerobiose (ausência de O2), a degradação da glicose é incompleta,
formando-se por exemplo: álcool etílico ou ácido láctico.
De facto, a partir de uma molécula de glicose, na presença de oxigénio, é possível obter 36/38
moléculas de ATP , na ausência deste gás o rendimento energético e de apenas 2 ATP.

Gonçalo Lobo
Trocas Gasosas nas Plantas

Na respiração → a planta capta oxigénio e liberta dióxido de carbono;


Na fotossíntese → a planta capta dióxido de carbono e liberta oxigénio;
Na transpiração → a planta liberta vapor de água.

Todas estas funções metabólicas ocorrem nas folhas (nos estomas, existentes na página
inferior das folhas).

É o estado de turgescência que determina o grau de abertura do estoma.

A variação da turgescência é determinada por diversos factores:


- Concentração de iões nas células
-Concentração de CO2
-Luz
-Temperatura
-Vento
- Conteúdo de água no solo.
Trocas gasosas nos Animais

O intercâmbio de gases realiza-se por fenómenos de difusão, que pode ser directa ou
indirecta.
Na difusão directa as trocas gasosas ocorrem directamente entre as células e o meio exterior.
Na difusão indirecta, os gases respiratórios são transportados por um fluído circulante das
células para o exterior e vice-versa.

Características das superfícies respiratórias:


- Grande área
- Pequena espessura
- Humidade permanente
- Ventilação intensa
- Intensa irrigação sanguínea

Trocas gasosas através da superfície corporal:


Nos animais de dimensões reduzidas, como as hidras e as planárias, os gases respiratórios
difundem-se directamente através da superfície do corpo. Em animais mais complexos, como a
minhoca, o aparecimento de um sistema circulatório aumenta a eficiência das trocas gasosas
através do tegumento. Alguns animais de maiores dimensões, como os anfíbios e certos
peixes, também possuem hematose cutânea, para além da hematose pulmonar ou branquial.

Trocas gasosas através de brânquias:


As brânquias são os órgãos respiratórios dos peixes, que se encontram em contacto directo
com a água. Estas encontram-se numa cavidade câmara branquial, protegidas por uma
estrutura óssea móvel, denominada opérculo. A água que entra pela boca do peixe passa por
entre as lamelas cruzando-se em sentido contrário com o sangue, que circula nos capilares
sanguíneos – mecanismo de contracorrente.
Trocas gasosas através de traqueias: os insectos e outros artrópodes terrestres possuem um
sistema respiratório constituído por uma rede de traqueias, que se encontra no interior do
corpo. Estas vão se ramificando em tubos cada vez mais finos, que terminam nas traquíolas,
que contactam directamente com as células. As traqueias dos insectos contactam com o
exterior através de pequenos orifícios localizados na superfície do corpo, denominados
espiráculos.

Gonçalo Lobo
Trocas gasosas através de pulmões:

Os anfíbios possuem os pulmões mais simples e efectuam trocas gasosas através da pele.
Os repteis, mais adaptados à vida terrestre que os anfíbios, possuem pulmões um pouco mais
desenvolvidos.

As aves apresentam um metabolismo muito elevado, pelo que necessitam grandes


quantidades de oxigénio. Para tal apresentam uma grande superfície respiratória e uma
eficiente ventilação pulmonar.
Para além dos pulmões, as aves possuem sacos aéreos, localizados por todo o corpo, que
constituem reservas de ar, melhorando assim a eficácia da ventilação. Para além disso estas
estruturas facilitam o voo das aves, pois tornam-nas menos densas e contribuem para a
dissipação do calor.
No sistema respiratório das aves, o ar circula apenas num sentido, num circuito que passa
pelos sacos aéreos posteriores, pulmões e sacos aéreos anteriores. A hematose ocorre apenas
nos pulmões, mais precisamente nos parabrônquios. Para que o ar percorra todo o sistema
respiratório de uma ave, são necessários dois ciclos ventilatórios (duas inspirações e duas
expirações).

No caso dos mamíferos, a superfície respiratória é constituída por milhões de alvéolos


pulmonares, dispostos em cacho á volta dos bronquíolos. Nestes animais, ao contrario das
aves, o ar circula em dois sentidos opostos.

Gonçalo Lobo
Notas:

Gonçalo Lobo

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