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Todos já ouviram falar de Karl Marx. Sem dúvida, conhecem também sua famosa afirmação
sobre a religião: “A RELIGIÃO É ÓPIO DO POVO”.
No entanto, por outro lado, é também bem conhecido o fato de que, ao longo do último
século, muitos cristãos, especialmente na América Latina, colocaram-se ao lado das lutas
populares e dos movimentos sociais de inspiração marxista. A motivação dessas pessoas é o
sentido de justiça e de igualdade, transmitido pela fé cristã. Elas encontraram uma relação
entre a dimensão sociopolítica da fé e a dimensão histórico-prática da economia política,
desenvolvida por K. Marx e seu parceiro, F. Engels.
1.- Por que Feuerbach e Marx, do ponto de vista filosófico, são dois dos corifeus do
humanismo absoluto, que, como visto anteriormente, é uma filosofia de vida que prescinde de
Deus e da religião.
2.- Por que o pensamento de Marx, do ponto de vista prático e histórico (não do ponto de vista
filosófico), pode ajudar o cristianismo a fazer uma autocrítica em seu compromisso contra toda
opressão, injustiça, escravidão e desrespeito à dignidade humana. Do ponto de vista teológico,
as estruturas injustas e escravizantes são formas de “pecado” e de “morte”, presentes na
realidade histórica. A crítica marxista da religião, afinal, contribuiu para uma visão mais crítica
do cristianismo e para redescoberta, por parte dos cristãos, da dimensão ético-histórica do
Evangelho, que não é para ser vivida na “outra vida”, e sim nesta histórica concreta.
Dessa forma, a perfeição divina nada mais é do que o desejo do homem de ser perfeito e a
consciência que tem de si, como um ser imperfeito. O amor, a crença, o desejo etc. atribuídos
a Deus, segundo Feuerbach, deveriam voltar-se para o próprio homem e para seu igual. A
religião, então, gera uma ilusão, pois acaba distanciando o ser humano de si mesm. O homem
projeta em Deus o que ele deseja ser – Deus é uma projeção do homem.
Feuerbach exerce forte influência em alguns pensadores, com destaque para K. Marx.
So
O homem é o mundo dos homens, o Estado, a sociedade. Este Estado, esta sociedade engendram a
religião, criam uma consciência invertida do mundo, porque eles são um mundo invertido.
Dessa forma, a religião seria produto de um mundo dividido que precisa se justificar e
ser moralmente sancionado. A proposta de Marx é mudar essa divisão no sociedade,
que precisa de ilusões com “auréola de santidade”, a religião.
A miséria religiosa é, de um lado, a expressão da miséria real, de outro, o protesto contra ela. A religião é
o soluço de um muno sem coração, o espírito de uma situação carente de espírito. É o ópio do povo.
Note-se que Marx afirma que a religião é3 expressão da miséria real, uma situação de
alienação que precisa de ilusões, representada pelo ópio. Mas, ao mesmo tempo, ela é
um protesto contra essa situação.
Bibliografia
Webligrafia
Sobre Marx:
http://www.culturabrasil. pro.br/Marx.htm
HTTP://www.espacoacademico.com .br/017kmarx.htm
http://www.mundodosfilosofos.com.br/marx.htm
Sobre Feuerbach
http://www.pucsp.br/~filopuco/verbete/feuerba.htm
Reflexão pessoal