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Categoria

Trabalho Acadêmico / Artigo Completo

Eixo Temático – Meio Ambiente Trabalho

SEGURANÇA NA PRODUÇÃO DE BIODIESEL TENDO


COMO MATÉRIA PRIMA ÓLEO DE COZINHA USADO

Olivaldo Peron1

Resumo: Este trabalho é voltado para a produção de Biodiesel com o


reaproveitamento do óleo de cozinha usado como matéria prima; produto tão comum
em todos os lares, casas comerciais e industrias brasileiras. Pretendo com ele
implantar um Projeto Piloto e conscientizar a população de minha cidade que é Lins,
no estado de São Paulo, da importância que será a coleta seletiva deste material,
reciclando este resíduo que é tão poluente e danoso para o meio ambiente. Se
levar-mos em consideração, segundo alguns orgãos, que apenas 1 litro de óleo de
cozinha usado é capaz de contaminar 1 milhão de litros de água, e que causa
entupimento nas canalizações onde é despejado, nosso projeto já terá tido êxito.
Este portanto é o tópico deste trabalho, ou seja, a retirada o óleo de cozinha usado
do meio ambiente, não poluindo, ter uma fonte de renda alternativa, com a
possibilidade de juntamente com o poder público municipal, criar uma Cooperativa
onde estaremos tratando da questão social e num futuro, caso seja realmente viável
tal empreendimento, difundir para outros municípios através das Prefeituras, Sebrae,
Incubadoras de Empresas, etc. Como a produção de Biodiesel apresenta um grau
1
Engenheiro Civil e Sanitarista – Pós graduando em Engenharia de Segurança do Trabalho –
Unilins – Centro Universitário de Lins.

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de perigo em sua produção, principalmente devido aos produtos químicos altamente
tóxicos que são utilizados para a transesterificação (reação química de óleos ou
gorduras de origem animal ou vegetal, com um álcool na presença de um
catalisador) estarei colocando em prática e desenvolvendo novos métodos seguros
juntamente com o aprendizado que atualmente estou tendo no Curso de Pós
Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho na Unilins – Centro
Universitário de Lins, contribuindo desta forma para a produção segura deste
produto, sendo este o tema de minha Monografia.

Palavras-chave: Segurança e Biodiesel.

INTRODUÇÃO

Por ser um combustível renovável, o Biodiesel (bicombustível) e


biodegradável, esta fonte alternativa de energia vem ganhando espaço em vários
segmentos de nosso país, através da mídia e com atuação do próprio governo
federal, bem como da iniciativa privada com incentivo à pesquisa e produção do
mesmo. Já existem grandes usinas e grandes produtores em várias regiões de
nosso estado e país. No caso de Lins, o Grupo Bertin investiu em uma planta que
atualmente produz 100.000 litros/dia de Biodiesel derivado do sebo do Boi.
No caso desta industria, foi bem sucedida devido a farta matéria prima que
tem o sebo do Boi como sub produto proveniente de seus frigoríficos e curtumes.
No caso de minha pesquisa, tenho todo o meu trabalho voltado para a
produção de Biodiesel, tendo como matéria prima o óleo de cozinha usado em
residências, restaurantes, industrias, etc.
Segundo a Cetesb, existem pesquisas que indicam que um litro de óleo de
cozinha usado, jogado no meio ambiente, poderá contaminar até um milhão de litros
de água. Sendo este o ponto chave de meu trabalho, ou seja, conscientizar a
população de minha cidade, com a ajuda o poder público municipal, de uma coleta
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seletiva em todas as residências, comércio e industrias do município que utilizam o
óleo de cozinha, não importando qual sua procedência, seja ele derivado da soja,
girassol, canola, amendoim, algodão, milho, oliva, etc.
A molécula de óleo vegetal é formada por três ésteres ligados a uma
molécula de glicerina, o que faz dele um triglicídio.
O processo da transformação de óleo vegetal em Biodiesel chama-se
transesterificação, que é a separação da glicerina do óleo vegetal.
Cerca de 20% de uma molécula de óleo vegetal é formada por glicerina. A
glicerina torna o óleo vegetal mais denso e viscoso.
Durante o processo de transesterificação, a glicerina é removida do óleo
vegetal, deixando o óleo mais fino e reduzindo a viscosidade do mesmo.
Em consoante, como o Biodiesel é produzido por meio de uma reação
química denominada transesterificação, teremos uma reação onde os triacilgliceróis
de origem vegetal (óleo de cozinha usado), reagem com o metanol ou do etanol, na
presença de um catalisador, produzindo glicerol, que é um subproduto e o éster
metílico de ácido graxo (biodiesel). A reação de transesterificação poderá ser
catalisada por ácido ou base.
Também estudamos o metanol x etanol, pois sabemos que o etanol é um
álcool que possui grande oferta em nosso território e é obtido através de fontes
renováveis e o metanol é obtido através de fontes não renováveis ou seja o petróleo.
Neste caso devemos também considerar que o metanol pode ser obtido através da
biomassa.
No que tange a área de Segurança no Trabalho, temos que considerar que
os produtos a serem manuseados são extremamente agressivos ao homem.
Metanol: Tóxico, provoca cegueira e queimaduras profundas, é altamente
inflamável, seus vapores são letais se respirados e seu ponto de fulgor é de 65º C,
portanto nunca deverá ser aquecido além de 55º C.
Hidróxido de sódio (soda cáustica): Tóxico, provoca queimaduras em contato
com a pele.
Etanol: Deverá ter um grau de pureza acima de 99% pois com a presença
de água no processo de transesterificação leva o surgimento de emulsões
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Este é o tópico de nosso trabalho, ou seja, retirar o óleo de cozinha usado
do meio ambiente, não poluir, ter uma fonte de renda alternativa criando uma
Cooperativa onde trataremos também da questão social e como esta produção
representa um certo nível de perigo implantaremos todo o aprendizado em nosso
curso de Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho para que se não
corra nenhum risco quando de sua produção.

HISTÓRIA DO BIODIESEL.

O primeiro motor movido a diesel foi apresentado ao público funcionando


com óleo de amendoim, este fato ocorreu no ano de 1900 durante uma exposição
mundial em Paris. Estes motores movidos a diesel possuíam injeção direta e eram
alimentados por petróleo filtrado, óleos vegetais e a óleo de peixe.
O combustível especificado como “óleo diesel” surgiram com os motores
diesel de injeção direta, sem pré câmara. Mas o aumento da demanda destes
motores se deu nos anos 50, tendo com fator de motivação seu rendimento muito
acima dos demais, com o resultado de um baixo consumo e grande eficiência e
durabilidade.
O Conde Francisco Matarazzo foi o pioneiro no uso de biocombustíveis no
Brasil. Nos anos 60, as Industrias Matarazzo buscavam alternativas de produzir
óleos. Tentava-se produzir através de grãos de café. Para lavar o café para que
fossem retiradas as impurezas que não eram próprias para o consumo humano,
utilizou-se o álcool de cana de açúcar. Notou-se então que a reação entre o álcool e
o óleo de café resultava na liberação de glicerina, redundando em éster etílico,
produto que hoje é chamado de Biodiesel.
Como este processo era de difícil produção, o óleo diesel resultante do
petróleo foi tendo seu uso difundido e ganhando grande importância na economia
mundial. Esta importância pode ser vista com a crise do petróleo, que entre 1973 e
1974 elevou os preços do barril em mais de 300%, porque os países do Oriente
Médio descobriram que o petróleo é um bem não renovável e que por isso, algum
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dia iria acabar, como de fato irá acontecer mais cedo ou mais tarde. Desta forma os
produtores de petróleo diminuíram sua produção e com a falta de oferta do produto
seu preço subiu àquela época de US$ 2,90 para US$ 11,65 o barril em apenas três
meses. Devido ao apoio dado a Israel pelos EUA na Guerra do Yom Kippur (Dia do
Perdão), os países produtores de petróleo através da OPEP embargaram as vendas
para os EUA e Europa, com isso as cotações do barril de petróleo chegaram à
valores astronômicos, sendo que nos dias de hoje a cotação de um barril está acima
de US$ 50. Este fato contribuiu para que a divida externa brasileira aumentasse em
mais de 40%.
Esta crise representou um verdadeiro marco energético na historia de nosso
planeta, pois o homem desta época em diante passou a dar mais valor as energias,
posicionando-as em destaque, com relação aos bens de sua convivência. No mundo
todo começaram os esforços e pesquisas para a superação da crise e foram
formados dois grupos de ações;
1. Conservação ou economia de energia.
2. Buscas de fontes alternativas de energia.
A crise do petróleo, juntamente com a crise do açúcar impulsionou o famoso
programa do Pró-álcool, que teve com comandante e idealizador o Professor José
Bautista Vidal, que era então secretário de Tecnologia Industrial, que com o auxilio
de pessoas conhecedoras e pesquisadores passaram a promover testes e
adaptações de motores com utilização de combustíveis de origem vegetal
alternativos aos derivados do petróleo. O Pró-álcool, com tecnologia 100% nacional
consistia em transformar energia armazenada por meio de organismos vegetais
(processo de fotossíntese) em energia mecânica, forma renovável de se obter
energia e principalmente, um método que não agride o meio ambiente. Embora o
Pró-álcool tenha sido implementado em 1975, somente a partir de 1979 após o
segundo choque do Petróleo, que o Brasil de forma mais ousada, lançou a segunda
fase do Pró-Álcool. A intenção do estado era transferir para a agricultura a
responsabilidade de tentar superar a crise do petróleo, que afetara o país, grande
importador do produto, além de se tentar buscar a estabilidade interna e também o
equilíbrio das contas externas.
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O lobby canavieiro garantiu o Pró-álcool, mas o desenvolvimento de outros
combustíveis alternativos não teve a mesma sorte, apesar dos fatores favoráveis
positivos. O brasil passou a produzir álcool em grande escala e em 1979, quase que
80% da frota de veículos produzidos no país eram com motores a álcool.
Enquanto o governo brasileiro arquivava estudos sobre combustíveis
alternativos, a Comunidade Econômica Européia investia com sucesso na pesquisa
destes combustíveis, principalmente aqueles que teriam a matéria prima de origem
vegetal, e dentre eles o BIODIESEL, inicialmente de óleo de canola (colza), que é a
matéria prima mais utilizada na Europa. Na Malásia e nos EUA foram realizados
experimentos bem sucedidos com palma e soja.
A partir de 1986 o preço do barril de petróleo caiu muito e desta forma
deixaram de criar pressão para que se economizasse energia e aumentasse a
produtividade. Então no Brasil, devido a principalmente este fator, aliados ao
desinteresse da Petrobras, as atividades de produção experimentais de óleo diesel
de origem vegetal foram paralisadas.
Consequentemente, o Pró-álcool foi sendo deixado de lado devido a erradas
políticas governamentais e por pressões internacionais, o programa foi quase que
totalmente paralisado, pois não havia nenhum interesse dos organismos
internacionais que o Brasil tivesse sua independência energética.
Na década de 90, a primeira guerra do Golfo Pérsico se iniciou com a
tentativa do Iraque anexar a seu território o vizinho Kuwait. Até então os EUA eram
aliados do Iraque contra o Irã, decidiram intervir na região. Devido a guerra, o Golfo
Pérsico foi fechado e os EUA perderam dois fornecedores de petróleo, Iraque e
Kuwait, novamente as especulações sobre a guerra elevaram os preços do barril de
Petróleo subir ao patamar de US$ 40.
No final da década de 90 iniciaram-se os testes com ônibus movidos a
Biodiesel no Brasil. O óleo vegetal então utilizado era de soja que vinha dos EUA,
doadas pela ASA – Americana Soybean Association. Mas qual seria o interesse da
ASA em doar matéria prima para pesquisas de Biodiesel derivado do óleo de soja no
Brasil? A razão é muito simples e encontramos a explicação na ação geopolítica dos
EUA.
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Consiste em estimular seu maior concorrente a utilizar produção local de
óleo de soja como combustível, deixando de exportar, isto é, competir com o produto
americano no mercado mundial de óleos alimentícios. Porem esqueceram que o
Brasil tem um potencial gigantesco para produzir Biodiesel a partir de outras fontes
alternativas.

O ÓLEO DE COZINHA USADO COMO FONTE ALTERNATIVA

O Biodiesel pode ser produzindo a partir de qualquer fonte de ácidos graxos,


porém nem todas as fontes de ácidos graxos viabilizam o processo a nível industrial
que compense economicamente sua produção. Os resíduos graxos também
aparecem como matéria prima para a produção de biodiesel. Como exemplo, além
do óleo de frituras, as borras de refinação, a matéria graxa dos esgotos, ácidos
graxos, etc.
Após a reação de transesterificação, os ésteres resultantes devem ser
separados da glicerina, dos reagentes em excesso e do catalisador da reação, o que
normalmente fazemos em duas fases.
Inicialmente separa-se a glicerina via decantação ou centrifugação, para em
seguida eliminar-mos os sabões, restos de catalisador e de metanol/etanol por um
processo de lavagem com água e borbulhação, ou ainda utilizando o silicato de
magnésio (neste caso requer-se uma filtragem) ou por destilação, que dispensa o
uso de produtos químicos para promover a purificação.
O biodiesel pode ser misturado ao óleo diesel proveniente do petróleo em
qualquer proporção, sem necessidade de qualquer mudança mecânica nos atuais
motores movidos a diesel.
A concentração de Biodiesel é informada por meio de uma nomenclatura
específica, definida por “BX”, onde “X” refere-se a percentagem em volume do
biodiesel ao qual é misturado ao diesel do petróleo. Assim, atualmente temos “B2”
para a proporção que é misturada ao diesel do petróleo, ou seja 2% de biodiesel.

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IMPORTÂNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO

A produção de Biodiesel pode cooperar com o desenvolvimento econômico


de diversas regiões do país, pois todo mundo utiliza óleo de cozinha. Podemos
também explorar outras alternativas como matéria-prima, como a mamona, dendê,
girassol, pinhão manso, etc. dependendo da situação de cada região.
Também a mistura “BX” vai ajudar o país a depender cada vez menos do
petróleo, contribuir para a redução da poluição atmosférica, pois o Biodiesel não tem
enxofre em sua composição, além de gerar alternativas de empregos em áreas
geográficas menos propícias para outras atividades econômicas e principalmente
promover a inclusão social.

AS VANTAGENS DO BIODIESEL

 Energia renovável. As terras cultiváveis podem produzir uma enorme va-


riedade de oleaginosas como fonte de matéria-prima.
 No nosso trabalho, já temos a matéria prima que é o óleo de cozinha
usado.
 É constituído de carbono neutro, ou seja, tem origem renovável e não
fóssil. Desta forma sua obtenção e queima não contribuem para o au-
mento do CO2 na atmosfera, zerando assim o balanço de massa entre
emissão de gases dos veículos e absorção dos mesmos pelas plantas.
 Contribui para a geração de empregos no setor primário, com inclusão
social, reduzindo o êxodo do trabalhador do campo. No nosso trabalho,
a coleta seletiva irá ter os mesmos efeitos, gerando emprego e renda e
inclusão social.

Página - (a definir conforme a organização do periódico)


 Não há necessidade como já dissemos de mudanças nos atuais motores
movidos a diesel do petróleo.
 Retirada de um sub produto (óleo de cozinha usado) altamente poluidor
do meio ambiente , transformando o processo em algo auto-sustentável
com geração de emprego e renda.

DESVANTAGENS DO BIODIESEL

 Não sabemos ao certo como o mercado irá assimilar a grande quanti-


dade de glicerina obtida com subproduto na produção do biodiesel
que é cerca de 5 a 10% do produto bruto.
 Considerações de substituição de florestas tropicais que são impor-
tantes bolsões de biodiversidade, por produção de lavouras de oleagi-
nosas.
 Esgotamento da capacidade do solo com produção intensiva da ma-
téria prima.
 Área plantadas para produção de matéria-prima para produção de bi-
odiesel poderão se sobrepor à áreas plantadas para alimentação.

PROGRAMA BIODIESEL BRASILEIRO

É um Projeto do governo brasileiro que tem como missão, promover a


curto prazo, a fusão dos recursos renováveis (combustível vegetal) com os
recursos esgotáveis ( petróleo), subentendendo-se que somente as refinarias
autorizadas pela ANP do Brasil poderão proceder a mistura dos esgotáveis com
os renováveis e a conseqüente comercialização através de conveniados.

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PRODUÇÃO DO BIODIESEL TENDO COMO MATÉRIA PRIMA O ÓLEO DE
COZINHA USADO

Vale lembrar que a produção de ésteres para o consumo em motores a


combustão, pode ser feita livremente por qualquer produtor rural. Por não se tratar
de uma riqueza de subsolo mas sim de um derivado do solo, sua livre produção e
comercialização vem sendo utilizada em vários locais.
A seguir descreveremos os passos para a produção do Biodiesel caseiro.
 COMPOSIÇÃO A:

1 Litro de óleo de cozinha usado.


220 ml. de metanol ou etanol.
5 g. de soda cáustica. (NaOH – hidróxido de sódio)

 Procedimento do preparo para a Composição A:

Aquecer o óleo a 55º C.


Proceder a filtragem do óleo para a separação das impurezas.
Misturar a soda com o metanol/ etanol e obter um metóxico.
Misturar o metóxico com o óleo quente e agitar por 20 minutos.

Deixar descansar por 30 minutos.


Ao fim de 30 minutos a glicerina decantou e será retirada do fundo.
Adicionar 220 ml. de água morna e agitar com muito cuidado.

Remover a água que estará turva.


Repetir quantas vezes for necessário, aumentando a intensidade do agitar
até que a água fique transparente.

COMPOSIÇÃO B – Procedimento de preparo.

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A reação de transesterificação é realizada em um reator de 5 litros, provido

de camisa de circulação de água aquecida e de agitação mecânica. O sistema

permanece a 50º C e então 3 litros de óleo de cozinha usado (previamente filtrado)

são adicionados.

Quando o sistema atinge 55º C, a solução de 1,5 litros de metanol ou etanol


anidro e 15 g. do catalisador (NaOH) é adicionada, estabelecendo-se este
momento como sendo o tempo zero da reação. O tempo da reação é de 5
minutos, pois neste tempo pode-se constatar a conversão completa de
ésteres pelo escurecimento brusco da mistura, seguida de retorno a
coloração inicial. Após o término da reação, 600 g. de glicerina são
adicionadas para acelerar a formação da fase anterior. Isto resulta na
formação de uma fase superior correspondente aos ésteres metílicos e uma
fase inferior contendo a glicerina. A fase inferior contém também o excesso
do metano ou etanol, o hidróxido de sódio (soda cáustica) remanescente,
junto com sabões formados durante a reação e alguns traços de ésteres
metílicos e glicerídeos parciais (mono, di ou até triglicerídios. Após a
separação das duas fases por decantação, os ésteres obtidos são então
purificados por meio de lavagem com uma solução de 1,5 litro de água
destilada a 90º C e 0,5º % de HCl concentrado, Com isso o catalisador
remanescente da reação é neutralizado. A fase aquosa é separada do éster
por decantação e os traços de umidade são eliminados pela filtração com
sulfato de sódio anidro. Permanece a glicerina no fundo e com a separação
do excesso de metanol ou etanol temos o Biodiesel.

FAZER SABÃO COM ÓLEO DE COZINHA USADO

Podemos dar um destino reciclável e bem mais fácil e barato ao óleo de


cozinha usado, que é fazer sabão:
Receita:
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5 litros de óleo de cozinha usado.
2 litros de água.
200 ml. de amaciante.
1 Kg. de soda cáustica.

Preparo:
Coloque a soda em escamas no fundo de um balde cuidadosamente.
Coloque com cuidado água fervendo.
Mexer até diluir todas as escamas da soda cáustica.
Adicione o óleo e mexa.
Adicione o amaciante e mexa novamente.
Jogue a mistura em uma forma e deixe secar.
Corte o sabão em barras.
“Segundo pesquisas, reciclar óleo de cozinha pode contribuir para diminuir o
aquecimento global”

SEGURANÇA NO TRABALHO DE PRODUÇÃO DE BIODIESEL TENDO COMO


MATÉRIA PRIMA O ÓLEO DE COZINHA USADO

A Engenharia está presente em praticamente tudo o que temos e fazemos.


A Engenharia de Segurança do Trabalho prima pela prevenção, tentando evitar e se
antecipar a possíveis ocorrências de incidentes e acidentes resultantes do trabalho
por pessoas.
No nosso caso em questão, como é necessário o manuseio com produtos
químicos nocivos á saúde do trabalhador, estamos pesquisando quais os principais
cuidados e quais os equipamentos de proteção individual e coletiva que devem ser
utilizados com a finalidade de proteger o trabalhador de possíveis acidentes.
Como este é um trabalho de pesquisa e encontra-se em fase de
levantamentos de locais onde já se produz biodiesel, como funcionam estes locais
em cidades que até já alimentam sua frota de veículos públicos com biodiesel

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produzido pela reciclagem do óleo de cozinha usado, como é o caso da Prefeitura
Municipal de Americana e de Salto.
Em Campinas foi criada uma Cooperativa, onde também estaremos
pesquisando e estaremos ainda no decorrer da apresentação da monografia,
visitando outras cidades que já desenvolvem algum tipo de processo e que com
certeza serão diversificados, com melhoras em sua produção e desenvolvimento de
processos menos dispendiosos e que facilitem tal feito e garantam a segurança de
quem trabalha no local.
Dentro dos produtos e subprodutos utilizados como já informamos
anteriormente, o metanol é tóxico, pode provocar cegueira e queimaduras graves e
profundas.
Deve-se portanto caso de contato com a pele, lavar de imediato com água
corrente. Em contato com os olhos, lavar pelo menos por 20 minutos e contatar
imediatamente um hospital ou centro de saúde. O cuidado para a obtenção do
biodiesel quando do procedimento de preparo da composição A , nunca devemos
aquecer o óleo a mais de 55º C, pois o metanol ferve a 65º C e é também altamente
inflamável. Nunca também devemos respirar os vapores do metanol e jamais
executar a fervura fora de uma capela de exaustão. Cabe lembrar que os vapores do
metanol são liberados mesmo a temperatura ambiente, sendo portanto
desaconselhado qualquer manuseio sem os devidos cuidados, equipamentos e meio
ambiente adequados.
O hidróxido de sódio (soda cáustica) também é toxico e provoca
queimaduras, alergias e irritações em contato com a pele. Em caso de acidente lavar
com água corrente em abundância pelo menos 15 minutos. Nunca tente neutralizar
a soda cáustica com um ácido (como o vinagre) por exemplo.
Os equipamentos de proteção que até o momento entendemos ser
obrigatórios para o trabalho de proteção são:
Óculos de proteção.
Luvas de cano longo.
Máscara anti gases com filtro.
Vestuário de algodão cru comprido.
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Termômetro de controle de temperatura de precisão.
Extintor de Incêndio classe ABC.
Exaustor instalado em lugar estratégico.
Como continuamos pesquisando, como já dissemos, temos certeza de que
iremos melhorar em muito o processo de produção apresentado, facilitando ainda
mais o mesmo, como também os cuidados com a segurança do trabalhador sempre
serão aprimorados ao longo de minha pesquisa.

BIBLIOGRAFIA

Resolução nº 42 da ANP – 24/ 11 / 2004. Estabelece a especificação de Biodiesel


no Brasil.

Knothe, Gerhard – Krahl, Jurgen – Gerpen, Jon Van - Ramos, Luiz Pereira –
Manual do Biodiesel, Editora Edgard Blucher - 2007

Sampaio, José Carlos Arruda – Programa de Condições e Meio Ambiente do


Trabalho – São Paulo – Editora Pini – Sinduscon – 1998.

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