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Introdução
Como tem sido mostrado não devemos ver a Educação Ambiental Crítica como
a evolução conceitual ou desenvolvimento metodológico de algo que era anteriormente
conservador. Mas percebê-la como uma contraposição, a partir de outro referencial
teórico, subsidiando uma leitura de mundo mais complexa e instrumentalizada para
uma intervenção que contribua no processo de transformação da realidade
socioambiental que é complexa.
Percebendo a formação da realidade com o decorrente de um movimento
dialético/dialógico, em que a interação de forças, seus conflitos e consensos, são
estruturantes dessa realidade, debruçamos sobre o movimento de inter-retro-ação do
todo e das partes num processo de totalização, na perspectiva crítica, o conflito, as
relações de poder são fundamentos na construção de sentidos, na organização espacial
em suas múltiplas determinações.
Um dos pilares básicos dessa educação ambiental encontra-se na Teoria Critica
que alguns autores vêem a preterir principalmente, os que tiveram na leitura marxistas
uma importante influenciam em sua formação.
Nessa linha subsidiada pela Teoria Crítica encontram-se três grandes autores
que constituem grandes referencias para esse raciocínio e apontaram entre outras
coisas: Paulo Freire (a leitura critica) Milton Santos (um espaço) Edgar Morin
(complexo).
Milton Santos nos ajuda a olhar para a organização do espaço socioambiental
como reflexo da dialética constitutiva do real, o processo de totalização na interação
entre o local e o global, entre a luta de classes entre desenvolvimento e
subdesenvolvimento. Paulo Freire como suporte para o fazer pedagógico vem
determinado à direção da práxis como educador descortinando as possibilidades de
uma leitura problematizada e contextualizada do real. Edgar Morin com seus
pensamentos complexam e suas relações dialógicas, da parte do todo, da ordem, da
desordem e da organização na complexidade.
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Frente a esse referencial, essa perspectiva crítica propõe um olhar sobre a
sociedade em que o embate por hegemonia se fez estruturante desta realidade, por
refletir o resultado da contraposição de forças sociais em sua evolução histórica.
Dentro disto a Educação Ambiental Critica se propõe desvelar os embates
presentes, para levar a práxis e essa pratica leve a uma reflexão e construção de uma
nova compreensão de mundo, sendo que isso não é um processo individual mas
vivenciado no coletivo em um exercício de cidadania para a transformação da
realidade socioambiental.
A Educação Ambiental Critica objetiva promover ambientes educativos de
mobilização desses processos de intervenção sobre a realidade e seus problemas
socioambientais, para que possamos nestes ambientes superar as armadilhas
paradigmáticas e propiciar um processo educativo um processo educativo, em que
nesse exercício, estejamos educando e educadores, nos formando e contribuindo, pelo
exercício de uma cidadania ativa, na transformação da grave crise socioambiental que
vivenciamos todos.
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CONCLUSÃO
Referencia Bibliográfica