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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

GABRIELA FINGER COSER

SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Veranópolis
2010
GABRIELA FINGER COSER

SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da


UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a
disciplina Socologia da Educação.

Orientador: Prof.ª Okçana Battini

Veranópolis
2010
O CAPITALISMO E O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA

Através das discussões realizadas em aula, viemos falar sobre


o surgimento da Sociologia como ciência, o papel que ela tem ao analisar os
problemas da sociedade e o surgimento do Modo de Produção Capitalista, e
quais acontecimentos históricos possibilitaram o desenvolvimento de tais fatos,
bem como uma breve relação entre a leitura da sociedade e o papel da escola
realizada por um dos grandes pensadores da sociologia clássica, Karl Marx.
Iniciaremos falando sobre um desses acontecimentos que
marcaram tanto a história da sociologia, a Revolução Industrial, que fez com
que a burguesia se tornasse uma classe poderosa e influente, no sentido
econômico, sendo assim, a responsável pela introdução da produção
manufatureira e seu desenvolvimento, advindo pela maquinofatura, seguido
pela produção industrial. Um filme que retrata bem a revolução é o “Tempos
Modernos”, com Charles Chaplin, de 1936. O filme mostrou de forma
humorística como os trabalhadores eram tratados.
Já a Revolução Francesa, outro fato histórico que
desencadeou o Modo de Produção Capitalista e a Sociologia, e as mudanças
provocadas pela mesma, concentravam-se mais no âmbito político.
Porém, tanto a Revolução Industrial quanto a Francesa
trouxeram, para a sociedade européia, situações totalmente novas nos
sentidos econômico, político e social, marcando significativamente sua
população, e possibilitando o pleno desenvolvimento do modo de produção
capitalista.
Essas transformações foram muito sofridas para a população,
pois, por serem acostumados com a vida rural, agora teriam que se adaptar ao
meio hurbano e à disciplina imposta pelo trabalho nas fábricas.
A rápida industrialização e urbanização, advindas da grande
quantidade de pessoas vindas das colônias para os grandes centros urbanos à
procura de emprego nas indústrias, ocasionou um aumento assustador da
prostituição, do alcoolismo, do suicídio, da criminalidade, da violência, de
surtos de epidemia de tifo e cólera, etc., ou seja, uma nova realidade social que
pasou a exigir novas teorias e novas formas de pensar a sociedade, que
buscassem soluções para os problemas que surgiram com o avanço industrial,
frutos do capitalismo que visava somente a obtenção de lucros, transformando
todas as relações em mercadorias.
Sendo assim, deu-se início a uma preocupação com a questão
social, fazendo-se necessária uma ciência social que estudasse os fenômenos
decorrentes das relações humanas, surgindo, desta forma, a Sociologia.
Outra característica que auxiliou para que surgisse a
sociologia, que no início se preocupava em “organizar” a sociedade foram, a
evolução dos modos de pensamento acrescidos dos problemas que vieram
com a rápida industrialização.
Diferente das outras ciências, a sociologia tem como objeto de
estudo o seu próprio observador, por isso ela deve ter seus próprios meios de
investigação.
Mas, foi sob o olhar do Positivismo que a Sociologia ganhou
uma nova terminologia, chamada Sociologia Clássica, com conceitos
desenvolvidos por Émile Durkheim, Max Weber, Karl Marx e Friedrich Engels,
dos quais, os dois últimos citaremos a seguir.
Enquanto o positivismo se preocupava em “manter” a nova
sociedade capitalista o marxismo vem criticar radicalmente esse novo tipo de
ordem social, mostrando suas contadições.
Graças a Marx e Engels que deu-se a criação desse
pensamento crítico em relação a sociedade capitalista, foram eles que
trouxeram a idéia de que o conhecimento sobre a realidade social deve ser
usada através da política, para orientar a socieda culminando em sua
transformação, pois, para eles, a sociologia deveria ser usada para que a
sociedade sofresse mudanças radicais.
Sendo que, para os marxistas, a luta de classes é o ponto mais
real da sociedade capitalista. A obra de Marx foi muito importante para a
sociologia pois, trouxe a teoria da luta dos contrários, o ‘método dialético’,
proposto por Marx, e que possui quatro cracterísticas básicas das quais, tudo
se relaciona (lei da ação recíproca e da conexão universal), tudo se transforma
(lei da transformação universal e do desenvolvimento incessante), mudança
qualitativa e luta dos contrários.
Segundo Marx e Engels, o conhecimento seria um instrumento
na luta dos trabalhadores para mudar a estrutura econômica que era injusta e
desigual, dando ênfase no papel dos trabalhadores, transpondo o modo de
produção capitalista e implantando uma nova sociedade inicialmente socialista
e, posteriormente passando a ser comunista.
O capitalismo era um modo de produção divido por classes,
proletários e capitalistas, essas classes foram definidas pelo “lugar” em que as
pessoas ocupavam na prodição de riquezas, ou seja, os proletários
(trabalhadores) possuem a força de trabalho, enquanto a burguesia (capitalista)
possuia os meios de produção, porém, essas classes teriam interesses
completamente diferentes, o que resultaria em um incessante conflito, do qual,
Marx e Engel nomearam “luta de classes”.
Segundo eles, no capitalismo, o trabalhador participa muito
pouco do processo de produção, ficando sujeito às ordens de outras pessoas,
sendo muitas vezes, impossibilitado sequer de saber, afinal, que produto
ajudou a produzir e nem para que serve, esse processo de divisão do trabalho
Marx e Engels deram o nome de alienação.
A alienação vem trazer o fetiche de mercadoria, na qual a
mercadoria parece adquirir vida própria, o fetiche oculta a verdadeira função da
mercadoria, que é ser fruto do trabalho humano, podemos perceber como as
relações sociais passam substituídas pelas relações de mercadorias.
Outro conceito da teoria marxista é a de mais-valia, que é o
trabalho ‘a mais’ feito pelo trabalhador, do qual deixa de ser pago para que o
capitalista acumule seu capital. O capitalista paga ao trabalhador somente o
suficiente para ele se manter vivo como, comida, vestuário, moradia e
transporte, mas ele produz muito mais do que precisa para sobreviver.
O capitalismo tras profundas desigualdades sociais e muitas
dificuldades nas negociações entre capitalistas e proletários, sendo necessária
uma organização política dos trabalhadores para que assim possam se opor ao
capitalismo, fazendo surgir uma nova sociedade, o comunismo, baseado na
igualdade social.
Karl Marx vem mostrar uma visão diferente do processo
educativo, pois para ele a educação deveria ser agrupada ao trabalho. Essa
relação entre educação e trabalho seria fundamental para o pensamento de
que o homem é, demasiado, importante para a criação e o desenvolvimento do
mundo em que vive.
Sendo assim, Marx vai trazer o que ele denomina “educação
politécnica”, ou seja, trabalho e ensino juntos, o que levaria a uma grande
transformação social, pois, essa escola possibilita a formação integral do
homem, dando a ele conhecimentos pedagógicos e também produtivos,
possibilitando o desenvolvimento de um ser social pleno.
Com isso, Marx propõe uma sociedade sem divisões de
classes e sem a exploração por parte dos trabalhadores, sendo a educação
vista como meio de alcançar a tão sonhada transformação social e
consequentemente construir novas e boas condições de vida para toda a
população, pois a educação é a melhor forma de começarmos a transformar a
sociedade, fazendo com que nossos alunos se tornem pessoas críticas e
cientes de seus direitos.
REFERÊNCIAS

BATTINI, Okçana; FERREIRA, Adriana F. Cultura e Sociedade. São Paulo:


Pearson Education do Brasil, 2009.

MS, Lucas. Surgimento da Sociologia. Disponível em:


<www.infoescola.com/sociologia/surgimento-da-sociologia/> Acesso em: 25
mar. 2010.

MS, Lucas. Karl Marx e o Marxismo. Disponível em:


<www.infoescola.com/sociologia/karl-marx-e-o-marxismo/> Acesso em: 25 mar.
2010.

ALENCAR, Cláudio. O Surgimento da Sociologia e Fatos Sociais. Disponível


em: <www.sofi.com.br/conteudo/o-surgimento-da-sociologia-e-fatos-sociais>
Acesso em: 26 mar. 2010.

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