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Nesta edição e na próxima você entenderá tudo sobre as opções existentes nestas pistas. Começando pelo ajuste de
volume, passando pela escolha dos sons e terminando nos ajustes de tempo, tonalidade e efeitos.
A PISTA MIDI
Para que você possa entender a interface da pista MIDI em sua plenitude, tomarei como base o uso de equipamentos
EXTERNOS, como teclados sintetizadores, módulos de som, etc. O motivo é simples: em equipamentos externos, todos
os controles de seleção de banco, instrumento, efeitos, etc são feitos dentro da pista MIDI do Sonar. Em um plug-in (soft
synth), dependendo da sua natureza, a escolha dos sons e efeitos pode ser feita através da pista midi ou diretamente na
janela do plug-in, dificultando o entendimento neste momento, já que cada plug-in possui características diferentes. O
que vale é entender o que pode ser feito através da pista midi, para que quando for necessário usar esses recursos
diretamente em algum plug-in o processo se tornar mais intuitivo.
1) VOLUME
2) PAN (PANORÂMICO)
Este é o controle conhecido como PAN. Ele é responsável pelo posicionamento do som no campo estéreo, ou seja, você
pode posicionar o som todo na esquerda, na direita ou em qualquer lugar entre os dois extremos. O padrão do Sonar é o
centro (0% C). Para alterar este parâmetro basta clicar com o botão esquerdo do mouse em cima dele, manter o botão
pressionado e arrastar para um lado ou para o outro. Quando definir o posicionamento, solte o botão do mouse.
Assim como no volume, aperte a tecla SHIFT para aumentar o nível de precisão do movimento.
Muitas pessoas costumam confundir velocity com volume, já que ele ocupa o lugar do campo TRIM da pista de áudio,
que é equivalente ao controle de “ganho” de sinal (volume) de uma mesa de áudio. Fazer com que um músico toque
mais fraco não altera apenas o volume do som, mas também o som que sai do instrumento. Se você encosta a baqueta
na caixa (tarol) da bateria, o som sairá fraco e com características deste toque fraco. Quando o baterista bate a baqueta
com firmeza na caixa o som que ouvimos é completamente diferente, embora também seja mais alto. Quando usamos
geradores de sons bons e “modernos”, é possível perceber a diferença do timbre do som ao se apertar fraco e forte no
teclado. A isso damos o nome de multi-layer, ou seja, múltiplas camadas. Isto quer dizer que em uma mesma tecla, o
gerador é capaz de disparar sons diferentes, de acordo com a intensidade do toque.
4) INPUT QUANTIZE
Esta opção podia estar junto com as demais na parte inferior da imagem, por isso a cor amarela do número 4 na
imagem.
A função Quantize é muito comum na edição MIDI e está disponível desde as primeiras versões do Cakewalk (antigo no
nome do Sonar), direto do túnel do tempo. Ela é responsável pelo ajuste da execução do músico em relação ao tempo,
ou seja: se o músico saiu do tempo ou foi impreciso em algum momento, o quantize coloca a gravação no lugar certo.
Não me lembro ao certo em qual versão do Sonar implementaram o Input Quantize (6 ou 7). Ele é responsável pela
correção na hora da gravação. O músico grava com seus “acertos e deslizes” e o Sonar registra aquela gravação já com
as notas erradas no lugar.
Para habilitar esta opção é preciso clicar no quadrado ao lado direito do ícone da função. Quando o quadrado estiver
verde, a opção de correção estará funcionando.
Clicando na seta para baixo (à direita do número 4), aparecerá uma lista com as subdivisões do compasso. É preciso
definir a subdivisão do compasso de acordo com o que será gravado. Apenas lembrando: Whole = 1 compasso; Half = ½
compasso; Quarter = ¼ compasso, etc.
Repare que na parte inferior da lista, existe a opção “Quantize Settings...”. O padrão da correção automática é ajustar as
notas erradas 100% para o lugar certo.
Se quiser uma correção mais humana, altere o valor de Strength para qualquer valor menor que 100%. 100% significa
que a nota andou 100% da distância entre o lugar errado e o lugar correto. 50% significa que a nota ficou no meio do
caminho, entre o que foi tocado e o que deveria ser 100% correto no tempo.
Como vimos nas edições anteriores, é neste campo que você define de onde vem a gravação MIDI. Se você tiver mais
de um teclado para a gravação MIDI, deverá escolher neste campo de onde vem o sinal MIDI para a gravação desta
pista. A configuração das entradas e saídas MIDI disponíveis é feita através do menu OPTIONS / MIDI DEVICES,
conforme já foi visto nas edições passadas.
Dentre as opções, você verá referência a MIDI OMNI e logo abaixo MIDI Ch.1, MIDI Ch2... até o MIDI Ch16. Quando
selecionamos MIDI OMNI, estamos dizendo ao Sonar para reconhecer as informações MIDI enviadas através de
qualquer canal MIDI. Se você tiver alguma dúvida
sobre isto, deixe sempre a opção em OMNI.
b) Alterar o input de cada pista MIDI para MIDI Ch. 1, MIDI Ch. 2, MIDI Ch. 3, MIDI Ch. 4 e MIDI Ch. 5. Desta forma,
cada pista receberá informações de um canal diferente, logo, instrumentos diferentes.
d) Apertar a tecla R do teclado para acionar a gravação do Sonar e disparar o teclado no início de algum compasso.
Lembre-se de acionar o metrônomo para se guiar no tempo da música. Para isto, vá ao menu OPTIONS / PROJECT e
selecione a aba METRONOME.
Veja a imagem 2 e observe as configurações de Output dentro de Audio metronome e na área General, as configurações
para audição do metrônomo em playback ou só na gravação.
A saída da pista midi define para onde irá seu sinal para que possamos ouvir algum som, ou seja, qual será o gerador de
sons desta pista. Na edição passada, vimos exaustivamente estas configurações, incluindo geradores de som externos e
internos. Escolha na lista de opções o gerador de sons desejado, de acordo com as configurações feitas na edição
anterior.
Imagem 03
deverão ter o mesmo volume e o mesmo instrumento. Se por algum motivo você se distrair e alterar o volume da
segunda pista, estará afetando também o volume da primeira. Se alterar o som do instrumento (patch) da segunda, irá
alterar também o som do instrumento da primeira. Lembre-se de que quem define os parâmetros é sempre a pista de
maior número, ou seja, aquela que está na parte inferior da tela (as pistas são numeradas de cima para baixo).
Sempre que começar um arranjo, comece pelo canal 1 e vá aumentando o número de canais de acordo com o número
de instrumentos.
Quer um exemplo de quando você poderá usar duas pistas em um mesmo canal? Imagine duas pistas, idênticas, com
um som de piano escolhido. Em uma delas você grava a mão esquerda e na outra você grava a mão direita. Agora
imagine que você quer aumentar o velocity da mão esquerda. Simples. Basta ir ao velocity da pista que você gravou a
mão esquerda e deslizar o controle para direita.
Você tem duas pistas compartilhando o mesmo canal MIDI. Mesmo instrumento (lê-se mesmo bank e mesmo Patch),
mesmo volume e mesmo pan. O único ajuste independente nesta situação é o velocity.
Na próxima edição veremos o processo de escolha dos sons, além das demais opções existentes nas pistas MIDI. Aos
que não querem esperar e gostam de experimentar, observem a representação gráfica que preparei para melhor
entendimento das conexões e configurações. Na próxima edição veremos esse gráfico mais a fundo e daremos
continuidade aos assuntos.
Muitíssimo obrigado a todos pelo carinho e atenção. Grande abraço e até a próxima edição!