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O termo mitologia pode referir-se tanto ao estudo de mitos, ou a um conjunto de

mitos.Por exemplo, mitologia comparada é o estudo das conexões entre os mitos de


diferentes culturas, ao passo que mitologia grega é o conjunto de mitos originários da
Grécia Antiga. O termo "mito" é frequentemente utilizado coloquialmente para se referir
a uma história falsa, mas o uso acadêmico do termo não denota geralmente um
julgamento quanto à verdade ou falsidade. No estudo de folclore, um mito é uma
narrativa sagrada que explica como o mundo e a humanidade veio a ser da forma que é
atualmente. Muitos estudiosos em outros campos usar o termo "mito" de forma um pouco
diferente. Em um sentido muito amplo, a palavra pode se referir a qualquer história
tradicional.
Os mitos são, geralmente, histórias baseadas em tradições e lendas feitas para explicar o
universo, a criação do mundo, fenômenos naturais e qualquer outra coisa a que
explicações simples não são atribuíveis. Mas nem todos os mitos têm esse propósito
explicativo. Em comum, a maioria dos mitos envolvem uma força sobrenatural ou uma
divindade, mas alguns são apenas lendas passadas oralmente de geração em geração.
Figuras mitológicas são proeminentes na maioria das religiões e a maior parte das
mitologias estão atadas a pelo menos uma religião. Alguns usam a palavra mito e
mitologia para desacreditar as histórias de uma ou mais religiões.
O termo é freqüentemente associado às descrições de religiões fundadas por sociedade
antigas como mitologia romana, mitologia grega, mitologia egípcia e mitologia nórdica,
que foram quase extintas. No entanto, é importante ter em mente que enquanto alguns
vêem os panteões nórdicos e célticos como meras fábulas outros os têm como religião
(ver Neopaganismo).
Pessoas de muitas religiões tomam como ofensa a caracterização de sua fé como um
conjunto de mitos, pois isso é afirmar que a religião em si é uma mentira. Mesmo assim,
muitas pessoas concordam que cada religião tem um grupo de mitos os quais
desenvolveram-se somados às escrituras.
Um exemplo cotidiano ocorre nos países cuja maioria populacional segue religiões de
origem judaico-cristãs, como o Brasil ou México. Quando um seguidor de outra religião
que não a cristã refere-se ao cristianismo como sendo um conjunto de mitos, seus
seguidores sentem-se ofendidos.

Atena
Atena (no grego ático: Αθηνά, transl. Athēnā ou Aθηναία, Athēnaia; ver seção Nome),
também conhecida como Palas Atena (Παλλάς Αθηνά) é, na mitologia grega, a deusa da
guerra, da civilização, da sabedoria, da estratégia, das artes, da justiça e da habilidade.
Uma das principais divindades do panteão grego e um dos doze deuses olímpicos, Atena
recebeu culto em toda a Grécia Antiga e em toda a sua área de influência, desde as
colônias gregas da Ásia Menor até as da Península Ibérica e norte da África. Sua presença
é atestada até nas proximidades da Índia. Por isso seu culto assumiu muitas formas, além
de sua figura ter sido sincretizada com várias outras divindades das regiões em torno do
Mediterrâneo, ampliando a variedade das formas de culto.
A versão mais corrente de seu mito a dá como filha partenogênica de Zeus, nascendo de
sua cabeça plenamente armada. Jamais se casou ou tomou amantes, mantendo uma
virgindade perpétua. Era imbatível na guerra, nem mesmo Ares lhe fazia páreo. Foi
padroeira de várias cidades mas se tornou mais conhecida como a protetora de Atenas e
de toda a Ática. Também protegeu vários heróis e outras figuras míticas, aparecendo em
uma grande quantidade de episódios da mitologia.
Foi uma das deusas mais representadas na arte grega e sua simbologia exerceu profunda
influência sobre o pensamento grego, em especial nos conceitos relativos à justiça, à
sabedoria e à função civilizadora da cultura e das artes, cujos reflexos são perceptíveis até
nos dias de hoje em todo o ocidente. Sua imagem sofreu várias transformações ao longo
dos séculos, incorporando novos atributos, interagindo com novos contextos e
influenciando outras figuras simbólicas; foi usada por vários regimes políticos para
legitimação de seus princípios, penetrou inclusive na cultura popular, sua intrigante
identidade de gênero tem sido de especial apelo para os escritores ligados ao feminismo e
à psicologia e, por fim, algumas correntes religiosas contemporâneas voltaram a lhe
prestar verdadeiro culto

MITO
A sua citação em uma tabuleta em Linear B atesta que Atena estava presente entre os
gregos em uma data muito antiga, antes mesmo de a civilização grega tomar a forma pela
qual se tornou célebre. Diversos pesquisadores têm tentado traçar as origens de seu culto,
mas nada pôde ser provado conclusivamente; ele pode ter derivado da adoração da Deusa
Serpente ou da Deusa do Escudo da civilização minoica, ou da Grande Mãe dos povos
indo-europeus,[9] ou ser uma importação diretamente oriental, a partir da identificação de
alguns de seus principais atributos primitivos, a guerra e a proteção das cidades, com os
de várias outras deusas cultuadas no Oriente Próximo desde a pré-história. Sua história
entre os gregos até o fim da Idade das Trevas é de difícil reconstrução, mas é certo que
quando surgem as primeiras descrições literárias sobre Atena, no século VIII a.C., seu
culto já estava firmemente estabelecido não só em Atenas, mas em muitos outros pontos
da Grécia, como Argos, Esparta, Lindos, Lárissa e Ílion, geralmente lhe atribuindo uma
função de protetora das cidades e especificamente das cidadelas, tendo um templo no
centro das cidadelas muradas, sendo por extensão uma deusa guerreira.[10]
O nascimento de Atena, pintura em trípode grega, c. 570-560 a.C. Museu do Louvre.
Encontra-se na Teogonia de Hesíodo o mais antigo relato conhecido sobre o nascimento
de Atena, apresentado em duas variantes. Na primeira Atena seria fruto da união de Métis
e Zeus. Métis, uma personificação da prudência e do bom conselho e a mais sábia dos
imortais, foi a primeira esposa de Zeus, o rei dos deuses. Entretanto, sendo avisado por
Gaia, a terra, e Urano, o céu, de que o filho que haveria de nascer de Métis após Atena
seria mais poderoso que o pai, e ele por conseguinte corria o risco de ser destronado,
assim como ele destronara seu próprio pai Cronos, Zeus através de um estratagema
enganou Métis e a engoliu. Não obstante, ela gerou Atena no ventre de Zeus, que a deu à
luz a partir de sua cabeça às margens do rio Tritão, já completamente adulta e armada. Na
segunda versão Hesíodo disse que Atena fora filha exclusivamente de Zeus, nascendo
logo após seu casamento com Hera, o que teria sido causa de um confronto com a esposa.
Ela, injuriada, também deu nascimento a um filho, Hefestos, sem unir-se ao esposo.[11]
Narrativas mais tardias detalham as circunstâncias do seu nascimento, dizendo que antes
de Atena nascer Zeus começou a sentir uma insuportável dor de cabeça, e pediu que
Hefestos lhe abrisse o crânio com um machado. Outros relatos colocam Hermes,
Prometeu ou Palamon como assistentes neste parto incomum. Também foi apresentada
como filha do gigante Palas. Uma versão do mito cultivada na Líbia a colocou como filha
de Posídon com a ninfa Tritonis, e em certa ocasião, zangada com o pai, teria pedido para
Zeus adotá-la. Sua conexão com o rio Tritão fez com que cada cidade onde corresse um
rio com este nome, e eram muitas, reivindicasse ser o seu local de nascimento. A rápida
expansão do seu culto por uma vasta região explica as variantes sobre o seu nascimento e
as múltiplas histórias míticas onde ela tomou parte, que certamente incorporam lendas
locais.

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