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Curso de Engenharia Elétrica 1/86

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA


CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Subestações de Energia

Parte 2

Transformadores de Potência

José Wagner Maciel Kaehler


Professor Dr. Eng.

wagnerkaehler@gmail.com
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Considerações Iniciais

 A finalidade desta apresentação é a de resumir o conteúdo do


programa, visando minimizar o tempo gasto com anotações.
 Servem como guia de estudo e não como livro-texto.
 Dá uma visão geral do Planejamento de Longo Prazo do SEP.
 Para responder a todas as questões é preciso estudo mais
aprofundado da bibliografia recomendada.
 Constitui-se num roteiro para estudo, portanto não substitui
textos consagrados pela abrangência e clareza.
 Bibliografia abrangente é indicada.
 O aprimoramento desta apresentação será conseguido com a
contribuição dos alunos, através de comentários e sugestões.

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Subestações de Energia

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Componentes das Subestações

 Subestações Elevadoras de Usinas

Trafo Trafo Para


Trafo
Turbina Gerador
Elevador Corrente Raios
Potencial
Bobina de
Disjuntor Bloqueio
Usina
Subestação

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Componentes das Subestações


 Subestações de Transmissão, Interligação e de
Distribuição
Linha de
Transmissão
Disjuntor Trafo
Trafo
Para Potência
Trafo
Corrente
Raios Potencial
Bobina de
Bloqueio

Linha de
Transmissão

Trafo
Para Trafo
Corrente
Raios Potencial

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Elementos das Subestações de Energia

 Transformador de Potência
 Transformador de Potencial
 Transformador de Corrente
 Bobina de Bloqueio
 Disjuntor
 Chave Seccionadora
 Barramentos
 Cabos
 Isoladores
 Base
 Malha de Terra
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Subestações de Energia

Transformador de Potência

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Transformadores de Potência

 Definição
 Equipamento elétrico estático que, por indução
eletromagnética, transforma tensão e corrente alternadas
entre dois ou mais enrolamentos, sem mudança de
freqüência.
 Estrutura construtiva
 Máquina estática de transformação de energia, consta de no
mínimo um enrolamento indutivo isolado em suas partes
vivas (energizadas) por isolantes sólidos e líquidos e
necessariamente refrigerado para dissipação das perdas.
 Classificação quanto ao Fluído Refrigerante:
 Isolamento com óleo – Mineral ou Vegetal
 Isolamento a seco
 Usado para tensões médias até 15 kV e potências da ordem de
5 a 10 MVA

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

Conservador de
Terminais de AT óleo

Terminais de MT

Terminais de BT Comutador de derivação


em carga

Sistema de
resfriamento

Tanque principal
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Transformador de Potência

Processo Térmico
Sistemas de Refrigeração

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 O processo térmico nos transformadores


 Apesar de no processo de fabricação empregarem-se
materiais e técnicas de construção visando um projeto
técnico-econômico equilibrado, sempre há um considerável
nível de perdas que provoca o aquecimento do núcleo e dos
enrolamentos.
 Portanto, um transformador necessita de um sistema de
refrigeração adequadamente dimensionado para transmitir
(dissipar) ao ambiente externo uma boa parte do calor
produzido no seu interior, de modo que as elevações de
temperatura dos enrolamentos e do óleo isolante não
ultrapassem os valores máximos fixados por norma,
assegurando-se, assim, sua expectativa de vida normal.

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 O processo térmico nos transformadores


 Considerando-se que as condições meteorológicas sejam
constantes por um certo tempo, a transmissão de calor nas
diversas partes de um transformador em direção ao ambiente
externo se realiza concomitantemente pelos seguintes processos:
 Condução:
– do centro do núcleo e dos enrolamentos até as superfícies em contato com
o óleo isolante;
– nas paredes do tanque e dos radiadores.
 Convecção:
– das superfícies externas do núcleo e dos enrolamentos ao óleo isolante;
– do óleo isolante às paredes internas do tanque e dos radiadores;
– das paredes externas do tanque e dos radiadores para os objetos
circunvizinhos.
 Radiação:
– das superfícies externas do núcleo e dos enrolamentos ao óleo isolante
(desprezível);
– das paredes externas do tanque e dos radiadores para os objetos
circunvizinhos.

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993
 O processo térmico nos transformadores
o = temperatura do topo do óleo
(top oil)
a = temperatura ambiente
e = temperatura do ponto mais
quente do enrolamento
oa = o - a = elevação de
temperatura do topo do óleo sobre
a temperatura ambiente
ea = e - a = elevação da
temperatura do ponto mais quente
enrolamento

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993
 O processo térmico nos transformadores
 O óleo nos dutos e nas superfícies do núcleo e dos enrolamentos é
aquecido por condução e sobe, enquanto que o óleo frio do fundo do
tanque sobe para ocupar esse espaço.
 A circulação contínua do óleo é completada pelo fluxo do óleo aquecido
descendo pelas laterais do tanque (onde ocorre o seu resfriamento devido
à transmissão de calor para o ambiente externo) em direção ao fundo do
mesmo.
 Esse movimento convectivo de refrigeração natural também é chamado de
efeito termo-sifão.
 Como forma de aumentar a área de contato do tanque com o ar ambiente
são utilizados radiadores fixados ao mesmo, o que melhora
consideravelmente a eficiência do sistema de refrigeração dos
transformadores.
 A tomada inferior dos radiadores é feita na altura do extremo inferior dos
enrolamentos, e, a tomada superior, na parte mais elevada da caixa dos
transformadores com conservador.
 No interior do transformador o óleo aquecido, sobe, por efeito termo-sifão,
ao passo que nos radiadores, o óleo resfriado desce, formando-se uma
circulação natural do mesmo no interior do transformador.
 A superfície externa da caixa também colabora com a dissipação de calor,
principalmente quando não coberta por radiadores.

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 O processo térmico nos transformadores


 Um maior abaixamento da temperatura
máxima do óleo normalmente é conseguido
mediante um aumento da quantidade (e/ou da
seção) de radiadores e/ou empregando-se
estágios de ventilação forçada nos mesmos.
 Ventilação forçada é a forma de se aumentar
velocidade do ar refrigerante (que na
convecção natural em geral não ultrapassa 1
m/s), aumentando a capacidade de dissipação
de calor por convecção das paredes dos
radiadores, pela aplicação de grupos de
ventiladores nas partes laterais ou inferiores
dos mesmos.
 O acionamento dos estágios de ventilação
forçada se dá através de relés térmicos
calibrados para que seus contatos atuem
quando determinados limites de temperatura
dos enrolamentos ou do óleo são atingidos

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Transformadores de Potência

 Classificação quanto ao Fluído Refrigerante:


 Isolamento com óleo – Mineral ou Vegetal
 Circulação natural de óleo e ar;
 Circulação natural de óleo e ar auxiliado pela circulação
de ar com ventiladores nos radiadores externos;
 Circulação forçada de óleo e circulação natural de ar;
 Circulação forçada de óleo e de ar;
 Circulação forçada de óleo e circulação forçada de água
por meios externos;
 Circulação forçada de água.

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 Transformador imerso em óleo


mineral cuja refrigeração é feita por
tubos pelos quais circula o óleo por
efeito termo-sifão, isto é, o óleo
aquece com as perdas, sobe ao
longo dos enrolamentos e desce
pelos tubos, resfriando-se.
 O nível de óleo no interior é mantido
um pouco acima dos furos
superiores pelos quais passa o
óleo.
 O transformador é hermeticamente
fechado, mantendo uma camada de
ar, na parte superior, para absorver
a dilatação do óleo com o calor.

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 transformador com conservador


de óleo, em que o nível de óleo,
neste conservador, varia de
acordo com a dilatação do óleo
pelo aquecimento devido às
perdas.
 Quando esfria, o óleo se contrai e
o nível no conservador abaixa,
“respirando” ar do exterior
através de uma câmera que
contem material que absorve a
umidade (sílica gel) evitando,
assim, a contaminação do óleo.
 No interior da caixa do
transformador o óleo aquecido
sobe, retornando para a parte de
baixo, através dos tubos de
refrigeração que dissipam o calor
para o ar externo.
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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 Transformador com
conservador de óleo,
onde a refrigeração é
realizada através de
trocadores de calor “óleo-
água” e utilizando uma
bomba para forçar a
circulação do óleo no
interior da caixa.
 Esta circulação de óleo no
interior da caixa é sempre
de baixo para cima,
portanto, no mesmo
sentido de uma circulação
por efeito termo-sifão.

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Transformadores de Potência

 Classificação dos Sistemas de Refrigeração:


 ONAN:
 circulação de óleo e ar natural;
 ONAF1 = ONAN/ONAF:
 circulação de óleo e ar natural e um estágio de
ventilação forçada;
 ONAF2 = ONAN/ONAF/ONAF:
 circulação de óleo e ar natural e dois estágios de
ventilação forçada.

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Transformadores de Potência

 Classes dos materiais isolantes e as


temperaturas de referência das perdas nos
transformadores

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Transformadores de Potência

 Limites de Temperatura
 Para a classe A de isolamento, as elevações máximas de
temperatura do líquido isolante (óleo) e dos enrolamentos
são as seguintes:
 Para transformadores sem conservador de óleo:
 Líquido isolante D qmáx = 50ºC
 Enrolamentos D qmáx = 55ºC
 Para transformadores com conservador de óleo:
 Líquido isolante D qmáx = 55ºC
 Enrolamentos D qmáx = 55ºC
 A temperatura ambiente de referência é de 40ºC para
transformadores refrigerados a ar externamente
 Para transformadores refrigerados com água através de
trocadores de calor “água-óleo”, a temperatura ambiente de
referência é de 30ºC,

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 Óleo Isolante
 Mineral
 Destilado do petróleo natural, da fração de 300 a 400 °C.
 Origem parafínica ou naftênica, dando origem ao
correspondente óleo mineral isolante.
 O óleo mineral isolante é uma mistura na qual a maioria das
moléculas é constituída basicamente por carbono e
hidrogênio (hidrocarbonetos) e, em pequenas quantidades,
por compostos que apresentam nitrogênio, enxofre e
oxigênio em sua estrutura.
 Quatro funções básicas no transformador:
» elemento isolante,
» transmissor do calor gerado no núcleo e nas bobinas para
ser dissipado pelo sistema de resfriamento,
» protetor do papel isolante e
» informante das condições gerais do transformador, via
análise dos gases dissolvidos nele.

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 Óleo Isolante Mineral


 Hidrocarbonetos parafínicos que são
hidrocarbonetos saturados de cadeia aberta
linear ou ramificada.

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 Óleo Isolante Mineral


 Hidrocarbonetos naftênicos que são
hidrocarbonetos saturados de cadeia fechada
contendo de um a seis anéis, sendo que estes
podem possuir uma ou mais cadeias laterais
lineares ou ramificadas

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 Óleo Isolante Mineral


 Hidrocarbonetos Aromáticos que são
hidrocarbonetos contendo um ou mais anéis
aromáticos, podendo ou não apresentar cadeias
laterais.

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 Óleo Isolante Mineral


 O óleo possui também compostos orgânicos de
enxofre termicamente estáveis que são inibidores
naturais do processo de oxidação e
conseqüentemente do envelhecimento. Podem
ser adicionados inibidores sintéticos como o
diterciário-butilparacresol (DBPC):

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 Papel Isolante Kraft e Termoestabilizado


 O papel Kraft é formado por uma esteira de fibras de
celulose extraídas de madeira e outros vegetais.
 As fibras são formadas por moléculas de celulose de
diferentes comprimentos, unidas por ligações de
hidrogênio, envolvendo os grupos hidroxílicos

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993
 Papel Isolante Kraft e Termoestabilizado
 Moléculas que compõem a celulose

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993
 Papel Isolante Kraft e Termoestabilizado
 Durante a fabricação do papel, a celulose é quimicamente tratada para
reduzir a lignina e as pentoses (hemiceluloses) a ela associadas.
 Na fabricação de papel isolante é utilizado o processo Kraft, no qual a
madeira é tratada com uma mistura de hidróxido de sódio (NaOH) e
sulfato de sódio (Na2SO4).
 Depois do tratamento a composição química do papel é de cerca de 89%
de celulose, 7 a 8% de pentoses e 3 a 4% de lignina. Ligninas são
polímeros aromáticos complexos e as pentoses são polissacarídeos
ligados à celulose através de ligações de hidrogênio.

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 Papel Isolante Kraft e Termoestabilizado


 O comprimento médio das moléculas de celulose é determinado
em termos de grau de polimerização (GP), o qual exprime a média
do número de anéis de glicose por molécula de celulose, situando-
se na faixa de 1400-1800, após ter sido fabricado.
 Após ser impregnado com óleo novo, o GP do papel passa a ficar
na faixa de 1000-1400
 O papel chamado termoestabilizado passa por um processo de
estabilização térmica.
 O processo de termoestabilização do papel pode envolver tanto
reações de cianoetilização ou acetilação, como a adição de
produtos químicos estabilizantes, tipo uréia, melamina,
dicianodiamina e outros.
 No primeiro processo, a celulose é quimicamente modificada pela
substituição de alguns radicais de hidroxila por grupos mais
estáveis.
 No segundo processo, a adição de produtos químicos
estabilizadores reprime a tendência autocatalizadora do processo
de envelhecimento, por uma reação química com os produtos de
envelhecimento, durante o qual os aditivos são consumidos.
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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 Sistema Isolante Papel e Óleo Mineral


 O binômio papel-óleo tem algumas características superiores aos dos
elementos em si, permite-se que o fabricante possa utilizar menos papel e
menos óleo (rigidez dielétrica), em algumas situações.
 A permissividade do óleo é menor que a das fibras do papel. Logo, a
solicitação elétrica no óleo é maior e isto se agrava com a umidade.
 A umidade deve ser bem controlada em um transformador, pois há uma
constante migração da umidade entre o óleo e o papel, de acordo com a
temperatura do sistema isolante.

Papel Papel Kraft Óleo


Impregnado Isolante
com Óleo
Isolante
Rigidez Dielétrica [kV/cm] 200 a 400 100 a 150 200
Permissividade Relativa 3,5 4a6 2,2

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Transformadores de Potência

 Óleos Isolantes Condenados

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Transformadores de Potência

 Óleos Isolantes Condenados

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Transformadores de Potência

 Óleos Isolantes Condenados

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Transformadores de Potência

 Óleos Isolantes Condenados

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Transformadores de Potência
 Óleos Isolantes Condenados

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Transformadores de Potência

 Óleos Isolantes Condenados

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Transformadores de Potência

 Óleos Isolantes Condenados

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Transformadores de Potência

 Óleos Isolantes Condenados

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Transformadores de Potência

 Óleos Isolantes Condenados

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Transformadores de Potência
 Óleos Isolantes Condenados - Processo

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Transformadores de Potência
 Óleos Isolantes Condenados - Processo

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Transformadores de Potência
 Óleos Isolantes Condenados - Processo

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Transformador de Potência

O Núcleo Magnético

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993
Núcleo de
ferro silício
Prensa
culatras

Comutador de
derivação em
carga

Enrolamentos
(bobinas)

Tirantes

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 Detalhes do núcleo, dos elementos que compõem o


transformador, barreiras de papelão

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 O Núcleo do Transformador
 Construído com chapas muito finas de uma liga
de ferro-silício, isoladas entre si, para diminuir as
perdas por correntes parasitas na chapa.
 Constituído pelas “colunas”, sobre as quais são
montadas as bobinas, e pelas “culatras” que
completam o retorno do circuito magnético do
fluxo mútuo.
 Dois tipos usuais de Núcleos:
 Envolvente
 Envolvido

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993
 O Núcleo Envolvente do Transformador
 as bobinas são envolvidas pelo núcleo - Shell Type
O fluxo de dispersão do primário circula pela coluna
f /2 f /2 central e retorna, pelo espaço entre as bobinas.
O fluxo de dispersão do secundário circula pelas
colunas laterais e retorna também pelo espaço entre
× f × as bobinas.
Pelos sentidos dos fluxos de dispersão, vê-se que a
f2 f1 f1 f2 bobina primária forma um pólo N na parte inferior e
2 2 2 2 um pólo S na parte superior e, a bobina secundaria
S P P S forma um pólo S na parte inferior e um pólo norte na
parte superior.
Se as bobinas, com a mesma altura, não estão
deslocadas entre si, no sentido axial, a força de
Transformador
Fig. Monofásico
18: Transformadador monofásico repulsão entre elas é nula, porém, qualquer
tipo núcleo envolvente (shell type) deslocamento relativo no sentido axial produz um
Com Bobinas Concêntricas
esforço de repulsão que aumenta com a amplitude do
deslocamento.
No sentido radial, no entanto, as bobinas se repelem.
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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 O Núcleo Envolvente do Transformador


 as bobinas são envolvidas pelo núcleo - Shell Type
A bobina interna é comprimida contra a coluna
f /2 f /2 central do núcleo e a bobina externa é
expandida.
O cálculo destes esforços e como evitar que os
× f × mesmos venham a deformar mecanicamente as
f2 f1 f1 f2 bobinas, constitui um capítulo importante do
2 2 2 2 projeto de transformadores.
S P P S a bobina primária está colocada em baixo da
bobina secundária, mas pode-se ter também o
caso inverso em que a bobina primária envolve
Transformador
Fig. Monofásico
18: Transformadador monofásico
a bobina secundária.
tipo núcleo envolvente (shell type) Normalmente a bobina com tensão mais baixa é
Com Bobinas Concêntricas a bobina interna, pois facilita o isolamento
tornando o projeto mais econômico

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993
 O Núcleo Envolvente do Transformador
 as bobinas são envolvidas pelo núcleo - Shell Type
As bobinas do primário e do secundário
f/2 f/2 alternam-se.
Estas bobinas individuais têm pequena altura
+

em forma de disco ou panqueca.


f
+

f disp Quanto maior for o número de discos


+

intercalados (primário – secundário) maior


será o acoplamento entre os enrolamentos e,
+

conseqüentemente, menores os fluxos de


+

dispersão e as reatâncias de dispersão.


Transformador Monofásico A disposição de bobinas intercaladas, tem sido
com Bobinas Intercaladas praticamente abandonada devido aos poucos
casos em que poderia apresentar algumas
vantagens em relação à montagem
concêntrica
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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 O Núcleo Envolvente do Transformador


 as bobinas são envolvidas pelo núcleo - Shell Type
fdA fdB fdC
As colunas laterais e as culatras têm a
metade da secção das colunas
centrais. Neste caso o retorno dos
fA fB fC fluxos de cada fase é independente.

Transformador Trifásico 5 colunas


com Bobinas Concêntricas

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993
 O Núcleo Envolvido do Transformador
 As bobinas que envolvem o núcleo - Core Type
Em cada coluna está montada uma metade do primário e uma
metade do secundário.
Tanto o primário como o secundário é formado por duas
bobinas, cada uma com a metade do número de espiras
correspondente.
1 / 2(f1 + f 2) 1 / 2(f 1 + f 2)
As duas metades do primário, assim como as duas metades do
f secundário são ligadas em série obedecendo às polaridades
das mesmas.
× × × ×
Nada impede, que neste tipo de núcleo, possam ser também
montadas bobinas intercaladas em forma de discos ou
S P P S S P P S
“sandwich”.
N2 N2
2 N1 N1 2 A secção do núcleo é igual em todo o seu comprimento, pois é
2 2
atravessada pelo mesmo fluxo mútuo “f”.
Transformador Monofásico Os fluxos de dispersão circulam pelas colunas e pelo espaço
não magnético (ar ou óleo) entre as bobinas
Com Bobinas Concêntricas

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 O Núcleo Envolvido do Transformador


 As bobinas que envolvem o núcleo - Core Type
Em cada coluna são montadas as bobinas
fdB
fdA fd C do primário e secundário de uma fase do
transformador.
Tanto as bobinas do primário como as do
fA fB fC secundário das três fases podem estar
ligadas em “estrela” ou em “triângulo”.
As tensões de fase das três bobinas
primárias estão defasadas de 120 º e geram
fluxos mútuos também defasados de 120º.
Transformador Trifásico
Com Bobinas Concêntricas

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 O Núcleo Envolvido do Transformador


 As bobinas que envolvem o núcleo - Core Type
A soma vetorial destes 3 fluxos é nula, do
fdB
fdA fd C que se conclui não existir necessidade de
caminho magnético de retorno para a soma.
Ou seja, os valores instantâneos dos fluxos
fA fB fC das 3 fases se compensam sem necessidade
de uma outra coluna de retorno dos fluxos.
O fluxo máximo que passa pelas colunas e
culatras é o fluxo mútuo de uma fase. Assim,
colunas e culatras têm a mesma secção.
Transformador Trifásico Os fluxos dispersos por fase circulam pela
Com Bobinas Concêntricas coluna e pelo espaço não magnético (ar ou
óleo) entre bobinas.
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Curso de Engenharia Elétrica 58/86

Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 O Núcleo Envolvente do Transformador


 as bobinas são envolvidas pelo núcleo - Shell Type
Para que o circuito magnético de um
transformador trifásico fosse equilibrado
para as três fases seria necessário
realizar uma montagem em triângulo
Para o caso de um transformador com 5
colunas, as colunas laterais
Fig.23: M ontagem Simétrica
Montagem simétrica das colunas
das corresponderiam à coluna central da
colunas figura.
Esta, naturalmente é uma disposição
onerosa com insignificantes benefícios
em relação à disposição linear usual em
transformadores trifásicos.
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Transformador de Potência

Perdas Elétricas

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 Perdas no núcleo e perdas de excitação;


 Dois tipos de perdas em transformadores:
 perdas nos enrolamentos (perdas no cobre):
– perdas ôhmicas;
– perdas parasitas.
 perdas no núcleo magnético (perdas no ferro):
– perdas por histerese;
– perdas parasitas.
 As maiores perdas são as perdas joule nos enrolamentos,
em segundo lugar são as perdas no núcleo e, por fim, são
as perdas por fluxo disperso
 As perdas no núcleo magnético são praticamente
constantes. Basta que o transformador esteja ligado para
que elas ocorram

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993
 Perdas ôhmicas nos enrolamentos
 Nos enrolamentos de BT e AT ocorrem perdas ôhmicas (também
chamadas de perdas por Efeito Joule ou perdas I2R) devido à resistência
dos condutores ao fluxo da corrente de carga que resulta no seu
aquecimento.
 Normalmente, o enrolamento de BT é colocado junto ao núcleo por motivo
de economia e facilidade de isolamento.
 Sobre o enrolamento de BT é colocado o enrolamento de AT de modo
concêntrico.
 O enrolamento de BT é menos refrigerado pelo óleo, mas em compensação
necessita de uma camada menor de isolamento.
 Por sua vez o enrolamento de AT é mais refrigerado pelo óleo, mas em
contrapartida precisa de uma camada maior de isolamento.
 O resultado é que, naturalmente ou por critério de projeto, os aumentos de
temperatura nos enrolamentos de BT e AT são praticamente iguais, o que
possibilita que ambos enrolamentos possam ser utilizados ao máximo
quando necessário.
 Assim, como as perdas ôhmicas nos dois enrolamentos devem ser
praticamente iguais, então
I12R1 = I22R2 ou R1/R2 = I22/I12 = a2
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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 Perdas parasitas nos enrolamentos


 As perdas parasitas nos enrolamentos (ou
perdas por correntes de Foucault) são
produzidas pelo fluxo disperso que induz
a circulação de correntes parasitas i em
circuitos fechados.
 Como resultado da composição das
correntes parasitas com a corrente de
carga I, ocorre uma distribuição não
uniforme da corrente total na seção do
condutor, e, portanto, tudo ocorre como se
a resistência ôhmica do condutor tivesse
aumentado.
 As perdas parasitas devem ser menores
que 20% das perdas ôhmicas.

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993

 Perdas parasitas nos enrolamentos


 Entre os enrolamentos concêntricos de BT e AT o fluxo
disperso se distribui, praticamente, de modo uniforme, no
entanto, à medida que se afasta deste canal, as linhas de
fluxo se curvam procurando sempre o caminho de menor
relutância ou maior permeância magnética.
 Nas extremidades (cabeceiras) superior e inferior dos
enrolamentos existe o que se denomina de “franjeamento”
do fluxo de dispersão, resultando em maiores perdas
parasitas e o conseqüente maior aquecimento destas
partes.
 Estas extremidades mais aquecidas dos enrolamentos
normalmente são chamadas de pontos quentes (hot spots),
sendo a extremidade superior mais quente que a inferior
devido ao movimento ascendente do óleo por convecção
natural
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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993
 Perdas por histerese no núcleo magnético
 Perdas nas lâminas de material ferromagnético do núcleo ocasionadas pela
resistência das moléculas que estão sendo magnetizadas e desmagnetizadas pelo
campo magnético alternado.
 Quando o campo magnético é aplicado no núcleo cada molécula de ferro torna-se um
minúsculo magneto.
 Quando o campo alternado retorna a zero, as moléculas retêm algum magnetismo
residual, o qual resiste ao realinhamento das moléculas quando o campo magnético
retorna a seu valor máximo (em outras palavras, a substância ferromagnética tende a
conservar o seu estado de magnetização, isto é, tende a se opor às variações de
fluxo).
 A resistência das moléculas que estão sendo remagnetizadas causa fricção que
resulta em calor. As perdas por histerese representam 50 a 80% das perdas no núcleo

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Transformadores de Potência
Forma de Onda da Corrente de Magnetização

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Transformadores de Potência
Forma de Onda da Corrente de Magnetização

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Transformadores de Potência
ABNT NBR 5356 1993
 Perdas parasitas no núcleo magnético
 Semelhantemente às perdas parasitas nos enrolamentos, as
perdas por correntes parasitas no núcleo são as perdas devido às
correntes induzidas no ferro pelo fluxo magnético alternado , as
quais também fluem em circuitos fechados transversalmente ao
fluxo magnético.
 As correntes parasitas causam perdas I2R que produzem aumento
de temperatura. O aumento de temperatura pode resultar no
aumento da resistência e conseqüentemente das perdas.
 As perdas por correntes parasitas contribuem com 20 a 50% do
total das perdas no núcleo.

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Novas Tecnologias

 Transformadores com Núcleo de Liga


Amorfa
 Estrutura atômica que permite fácil magnetização
e desmagnetização do núcleo
 Redução em até 80% das perdas no núcleo,
comparado com unidades de chapa de aço-silício
 Perdas nos enrolamentos semelhante a dos
transformadores convencionais

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Novas Tecnologias: Transformadores com Núcleo de


Liga Amorfa
 Processo de Fabricação
 Materiais ferromagnéticos amorfos obtidos pelo resfriamento
[106 ºK/s] ultra-rápido de ligas metálicas impedindo a
cristalização do metal.
 Borrifa-se continuamente o metal líquido, sob alta pressão,
sobre uma superfície metálica de elevada condutividade térmica
que se desloca rapidamente sobre um grande cilindro metálico.
A largura da tira formada, é padronizada nos valores de 142,
170 e 213 mm.
 A espessura fica na faixa de 20 a 50 μm, qual seja da ordem de
dez vezes menor que a de aço silício de grãos orientados
convencionais A) Forno de Indução
B) Acumulador de metal liquefeito
C) Jato de metal derretido sobre um cilindro metálico
rotativo
D) Definição das medidas
E) Estocagem da tira amorfa produzida

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Novas Tecnologias: Transformadores com Núcleo de


Liga Amorfa
 Materiais
 Os metais amorfos são muito duros e quebradiços. São
estáveis, química e termicamente;
 Fórmula Genérica formada pela composição de um ou mais dos
metais : Ma Yb Zc
 M – Ferro, Níquel, Cobalto e Cromo;
 60% a 90 %
 Y – Boro, Carbono e Fósforo;
 10% a 30%
 Z – Alumínio, Antimônio, Silício e Germânio
 0,1% a 15 % Totalizando: 100%
 Ligas Amorfas mais difundidas:
 1976 Fe80B20
 1978 Fe81,5B13Si2C2
 1980 Fe78B13Si9

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Novas Tecnologias: Transformadores com Núcleo de Liga Amorfa


 Fabricante único: AlliedSignal Honeywell
 Nome Comercial: METGLAS® Magnetic Alloy (Iron-bases)
 METGLAS Magnetic Alloy 2605CO
 Alta indução de saturação (1,80 T). Recomendado para sensores de campo, aplicações em blindagens e
núcleos de alta freqüência
 METGLAS Magnetic Alloy 2605S3A
 Alta permeabilidade magnética. Indicado para transformadores de corrente, dispositivos de proteção de falta
a terra e núcleos de alta freqüência
 METGLAS Magnetic Alloy 2605SC
 Laço de Histerese quadrado e alto indução de saturação. Indicado para transformadores de pulso, de
potência, transdutores de corrente e dispositivos que requeiram materiais com laço de histerese quadrado de
alta saturação
 METGLAS Magnetic Alloy 2605SA1
 Perdas extremamente baixas. Recomendado para transformadores de distribuição e de potência, motores,
indutores de alta freqüência, transformadores de corrente e dispositivos que requeiram alta permeabilidade e
baixa perda em baixa freqüência.
 METGLAS Magnetic Alloy 2605M
 Baseada em Cobalto , apresenta magnetostriçao próxima de zero. Recomendado para
sensores magnéticos, blindagens e núcleos de alta freqüência;
 METGLAS Magnetic Alloy 2605A
 Baseada em Cobalto, apresenta ultra-alta permeabilidade. Recomendado para fontes de
potência chaveadas, transformadores de alta freqüência, transformadores de corrente ultra-
sensíveis, sensores e blindagens;
 METGLAS Magnetic Alloy 2605MB
 Baseada em Ferro e Níquel, apresenta indução de saturação média. Recomendado para
sensores de campo, blindagens e núcleos de alta freqüência.

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Novas Tecnologias:
Transformadores com Núcleo de Liga Amorfa

Curva de Magnetização

Densidade de
Fluxo
Magnético
(B)

Intensidade do Campo
Magnético (H)
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Novas Tecnologias:
Transformadores com Núcleo de Liga Amorfa

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Novas Tecnologias:
Transformadores com Núcleo de Liga Amorfa

Montagem Trifásica dos


Enrolamentos

Ñúcleo de 5 Colunas de um
Trafo Trifásico

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Novas Tecnologias:
Transformadores com Núcleo de Liga Amorfa

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Transformadores de Potência: Aspectos Econômicos


 Perdas em Transformadores
 As perdas de um transformador são calculadas e garantidas pelo
fabricante para a potência nominal.
 Um transformador pode ser projetado com perdas maiores ou menores
com um custo, respectivamente, menor ou maior.
 O transformador de menor custo econômico é aquele cujo custo de
compra mais o custo das perdas é menor.
 As perdas do transformador energizado participa ativamente na fatura
mensal de energia.
 O transformador operar sempre com 100% de carga, é relativamente
fácil calcular o custo das perdas por mês pois basta multiplicar as
perdas totais pela tarifa de demanda e somar com o consumo de
energia mensal multiplicado pela tarifa de energia.
 Normalmente os transformadores operam com cargas variáveis durante
os vários períodos de trabalho. As perdas se dividem em constantes e
variáveis com a carga.
 As perdas de excitação são praticamente constantes e compostas pelas
perdas no núcleo (perdas por correntes de Foucaud e perdas por histerese)
e pelas perdas ôhmicas devidas à corrente de excitação nos enrolamentos.
 As perdas variáveis são formadas pelas perdas joule nos condutores e
pelas perdas adicionais, ambas proporcionais ao quadrado da corrente de
carga.
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Transformadores de Potência: Aspectos Econômicos


 CUSTO DA DEMANDA
 O custo da demanda “per unit”, isto é, para cada kW das perdas
garantidas, tem duas componentes:
 Custo da demanda para as perdas constantes (CDC);
 Custo da demanda para as perdas variáveis (CDV).
 No Brasil para os clientes horo-sazonais temos no mínimo duas tarifas
de demanda:
 Tarifa de demanda para o período de ponta (TDp);
 Tarifa de demanda para o período fora de ponta (TDfp).
 O custo da demanda p.u. para as perdas constantes é, pois, a própria
tarifa de demanda, ou seja:
CDC  máximo(TDp ;TD fp )
 Para determinar o custo da demanda p.u para as perdas variáveis,
deve-se fazer algumas considerações levando em conta o regime de
operação do transformador.
 Deve-se considerar que as perdas variáveis p.u. variam com o
quadrado do fator de carga do transformador, considerando como fator
de carga (FC) a relação entre a potência de operação e a potência
nominal.
 Faz-se considerar o fator de carga com que o transformador opera
quando o sistema está operando no seu valor de ponta , pois o sistema,
de um modo geral, é formado pela operação de vários transformadores.
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Transformadores de Potência: Aspectos Econômicos


 CUSTO DA DEMANDA
 Assim, define-se o fator de ponta de perdas do transformador,
2
 Carregamento do Trafo quando o Sistema opera na ponta 
FPP   
 Potência Nominal do Transformador 

 que é o fator de carga do transformador, ao quadrado, quando o


sistema está operando com o seu pico de demanda.
 O fator de carga do transformador neste período pode não ser o
máximo fator de carga do transformador nos seus diversos
períodos de operação.
 O custo da demanda p.u. para as perdas variáveis é o fator de
ponta da carga multiplicado pela tarifa de demanda
correspondente ao período (ponta ou fora de ponta).
CDV  FPP * máximo(TDfp ;TDp )
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Transformadores de Potência: Aspectos Econômicos


 CUSTOS DA ENERGIA
 O custo da energia p.u. também tem duas componentes:
 O custo da energia para as perdas constantes (CEC);
 O custo da energia para as perdas variáveis (CEV).
 No Sistema Horo-sazonal existem quatro tarifas de energia:
 Para o período Seco:
 · Tarifa de energia para a ponta Diária (TESp);
 · Tarifa de energia para fora de ponta (TESfp).
 Para o período Úmido:
 · Tarifa de energia para a ponta Diária (TEUp);
 · Tarifa de energia para fora de ponta (TEUfp).
 O custo da energia p.u. para as perdas constantes é igual à tarifa
de energia multiplicada pelo número de horas, durante o mês, em
que o transformador está energizado, no período de ponta (hp) e
fora de ponta (hfp).
Período Seco ou Úmido CEC  TEp * hp  TEfp * hfp 

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Transformadores de Potência: Aspectos Econômicos


 CUSTOS DA ENERGIA
 Para as perdas variáveis, deve-se levar em conta o valor do fator
de carga ao quadrado para cada período de operação.
 O fator médio de perdas do transformador:
 t 
FMP   FC n * n 
2

n  T 
 Δtn o tempo em que se mantém constante o fator de carga (FC)n
 T é o período total, normalmente de um dia, em que as mesmas
condições se repetem.
 Este fator pode ser diferente nos períodos de ponta e fora de
ponta.
 O custo da energia p.u. para as perdas variáveis será:
CEV  FMPp * TEp * hp  FMPfp * TE fp * hfp
 sendo FMPp e FMPfp os fatores médios de perdas do
transformador no período de ponta (hp) e fora de ponta (hfp),
respectivamente.
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Transformadores de Potência: Aspectos Econômicos


 Parâmetros Econômicos
 IMPOSTO DE RENDA
 A taxa do imposto de renda incide sobre o lucro da empresa (receita
– custos – depreciação, etc.).
 O custo das perdas do transformador reduz o imposto de renda.
 O valor das perdas que será somado ao valor de aquisição deverá
estar contemplado com esta redução do imposto de renda.
 Multiplicar todos os custos p.u. determinados pelo fator (1-AIR), sendo
“AIR” a alíquota de Imposto de Renda.
 TARIFAS
 O valor das tarifas variar durante o período de retorno analisado.
 Pode haver taxas diferenciadas de aumento de tarifa para a demanda
e para a energia.
 Sendo “d” e “e” as taxas “per unit” de aumento das tarifas de
demanda e de energia, cada parcela mensal (ou anual) que é levada
ao valor presente deve estar multiplicada pelo fator de aumento da
tarifa correspondente ao mês (ou ano) “i” dado.
1  d
i
Fdi 
1  
i
Fei  e
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Transformadores de Potência: Aspectos Econômicos

 Parâmetros Econômicos
 Fluxo de Caixa e Valor Presente Líquido
 Sendo “r” a taxa de retorno mensal (ou anual) de investimento,
calcula-se o valor presente (VPLi) do retorno “Ri”
correspondente ao mês (ou ano) “i”, dividindo-se este retorno
por (1+r)i Ri
VPLi 
(1  r)i
 Para as perdas constantes e variáveis no mês (ou ano) “i”:
RCi  (1  AIR ) * [CDC * (1  d)i  CEC * (1  e)i ]
RVi  (1  AIR ) * [CDV * (1  d)i  CEV * (1  e)i ]

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Transformadores de Potência: Aspectos Econômicos

 Parâmetros Econômicos
 o valor presente “per unit” das perdas constantes, considerando
todas as contribuições mensais (ou anuais:
n
 (1  d)i (1  e)i 
VPLC  (1  AIR ) *  CDC *  CEC *
1  (1  r)i
(1  r)i 
 Se as taxas são constantes durante “n” períodos.

   (1  d) n    (1  e) n  
 CDC * 1     CEC * 1    
   (1  r)     (1  r)   
VPLC  (1  A IR ) *   
  (1  r)   (1  r)  
   1    1
  (1  d)   (1  d)  
 

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Transformadores de Potência: Aspectos Econômicos

 Parâmetros Econômicos
 o valor presente “per unit” das perdas variáveis, considerando
todas as contribuições mensais (ou anuais:
n
 (1  d)i (1  e)i 
VPLV  (1  AIR ) *  CDV *  CEV *
1  (1  r)i
(1  r)i 
 Se as taxas são constantes durante “n” períodos.

   (1  d) n    (1  e) n  
 CDV * 1     CEV * 1    
   (1  r)     (1  r)   
VPLV  (1  A IR ) *   
  (1  r)   (1  r)  
   1   1
  (1  d)   (1  d)  
 

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Transformadores de Potência: Aspectos Econômicos


 Exemplo:
 Um Transformador de 25 MVA deve operar 8.600 horas por
ano com três patamares típicos de carga:
 8 h/dia – 4.500 kVA
 12 h/dia – 12.000 kVA
 4 h/dia – 21.500 kVA
 Tarifa de Demanda e de Energia Elétrica
 TDp=TDfp = 10 R$/kW/mês
 TEp=TEfp = 0,08 R$/kWh
 Fator de correção tarifária anual: 5%
 Alíquota de Imposto de Renda: 30%
 Taxa de Desconto anual: 12%
 Vida útil do projeto: 15 anos
 Calcule os montantes que deverão ser acrescidos à fatura
anual decorrente das perdas no transformador
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