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2.º C I C L O - 7ª.

ETAPA
CAPÍTULO 06 - NOÇÕES SOBRE A FAMÍLIA

Lição 033 - Família (01)

Recapitulemos – sucintamente – a Lição anterior, sobre a Espiritualidade. É um tema


extraordinário, o principal em nosso crescimento, que precisa ser bem compreendido,
independentemente da religião que cada um professe.

- Procurou-se mostrar ao Leitor que a noção clara e inquestionável de Deus necessita de


convicção racional para que o caminho em direção a Ele se processe com confiança.

- A vida e a variedade de espécies na Terra não se formaram por acaso. Uma Inteligência
existe que provocou a existência do Universo, num mundo aparentemente caótico.

- Inúmeros fenômenos ocorrem de forma incompreensível para o homem que sem a


interferência desse Ser Onisciente, jamais seria possível.

- A realidade existente do movimento dos corpos no Universo (que na física quântica é


explicado como pulsações de fótons que se propagam sem o movimento) implica em que
haja uma causa incondicionada primeira inicial para justificar tudo.

- A organização complexa exige uma Inteligência ordenadora. O macrocosmo e o


microcosmo guardam entre si uma similaridade impressionante que não pode ser acaso.

- Mostrou-se, através de estudo de Dom Estêvão Bittencourt, a impossibilidade de o


mundo ter sido criado pelo acaso. Só uma molécula de proteína levaria bilhões de anos
para ser concebida aleatoriamente.

- A física quântica nos mostra que não há padrões e a instabilidade é a regra. A ordem e
a desordem se sucedem nas contínuas explosões dos átomos.

- Só o comportamento das células é um milagre inacreditável. Não há como aceitar que


esse complexo do DNA funcione e se multiplique da forma que o faz, por puro acaso.
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- Estima-se que em nosso organismo 6 bilhões de reações químicas ocorrem por segundo.
E tudo é controlado pelo DNA. Já imaginou a complexidade disto?

- A duração da célula é totalmente irregular uma comparada com a outra. Elas possuem
uma finalidade e o executam com precisão espantosa.

- Como um Universo, como é conhecido, poderia ter surgido do nada?

- Só a contradição que constitui a vida humana – essa dualidade já comentada – é em si


um mistério e objetiva exatamente proporcionar a evolução através da compreensão.

- Se não podemos ou não conseguimos compreender a divindade, não é melhor aceitá-la


à luz de tantos argumentos; do que ignorá-la também não a compreendendo? O esforço
aparente não é o mesmo?

- “O Divino simplesmente pede que nos disponhamos a fazer o que for preciso para
entrar no nosso próprio estado de divindade, o que significa que precisamos
desenvolver a sabedoria e a coragem através do fortalecimento da vontade.”

- Diz o cientista Paul Davies, em A Mente de Deus: “Acredito que as leis naturais são
engenhosas e criativas, facilitando o desenvolvimento de riqueza e de diversidade na
natureza. A vida é apenas um aspecto disso. A consciência é outro. Um ateu pode
aceitar essas leis como um fato bruto, mas para mim elas sugerem algo mais
profundo e intencional.”

- A física quântica e A matemática do Caos (pelo francês Henri Poincaré) surgiram como
verdadeiros cataclismos para a ciência.

- Sempre, em todas as civilizações, o ser humano se pautava, mesmo intuitivamente, na


crença da existência de um Ser Superior Onisciente.

- Grandes pensadores, grandes Mestres nos apontaram o verdadeiro caminho, baseados


na sua compreensão e ligação mais direta com a Divindade. Não se pode ignorar ou
desprezar essas orientações.

- O fato da incompreensão, do desconhecimento e da indolência mental, não justifica a


indiferença e a reação medíocre tão praticada, até por intelectuais.

- Conscientizado da busca em direção a Deus faça-o com determinação e disciplina, pois as


recompensas são incomensuráveis.
- Deus não vive distante, alheio ou indiferente a cada um em particular. Se nos fez
como imagem e semelhança a Ele, é porque somos seres ligados à Divindade, quer
aceitemos ou não.
- Podemos ter a nossa vida e dedicar um tempo diário a Deus sem qualquer “sacrifício”
ou perda de tempo. Basta remanejarmos a forma como hoje usamos o tempo.
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- Somos tão diferentes das demais criaturas na Terra que justifica aceitar que somos
possuidores de uma parte invisível, energética, que propicia realizações maravilhosas por
parte do homem.
- Só o fato de pensarmos, de falarmos, de criarmos, significa algo extraordinário no
homem.
- Percepções extra-sensoriais confirmam a grandiosidade que compõem o ser humano e
que não pode ser identificado como atributo só do cérebro.
- O raciocínio e as incursões filosóficas, os assombrosos cálculos matemáticos que levam
o homem ao espaço e criam computadores gigantes com semelhança ao cérebro,
implicam em aceitar o espírito como a criação intuitiva por trás de tudo.
- A racionalidade e a animalidade contidas nas profundezas de cada um de nós, não
podem existir com base num cérebro físico. Seria inviável.
- A despeito de tudo isso, o ser humano continua a perseguir o imediatismo, os bens
materiais e o poder, como premissa única em sua existência. Por isso que não se livra do
sofrimento e da dor.
- Há uma ignorância, displicência e reacionarismo incompreensível. Urge despertar a
grande maioria adormecida para que se evite a continuidade das mazelas existentes.
- Temos inúmeros instrumentos para aproximarmo-nos da espiritualidade autêntica.
Citamos apenas dois para mostrar ao Leitor o quanto pode fazer para mudar-se: a oração e
a meditação, ambas as práticas viáveis e recomendáveis.
- Quando se é pequenino: jovem demais para pensar em Deus
- Quando se é jovem: Auto-suficiente demais para pensar em Deus
- Quando inicia a vida de casado: Feliz demais para pensar em Deus
- Quando está envolvido nos negócios: Ocupado demais para pensar em Deus
- Quando está na terceira. idade: Cansado demais para pensar em Deus
- Quando morre: Tarde demais para pensar em Deus
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FAMÍLIA:

Triste da criança que nasce sem um lar. Nada substitui nossa casa, nossos pais, nossos
irmãos, nossos avós, tios e demais parentes, nossa família. Quantas coisas boas
aprendemos; quanto carinho e amor e quantos desencantos, decepções, maus tratos
recebemos. Ser pai/mãe, marido/mulher deveria ser ensinado. Atribuo tantos desenlaces
matrimoniais à ignorância entre os jovens. Parece que a família virou coisa antiquada,
desnecessária.

A mídia em geral e os filmes - na sua grande maioria - diminuem ou ignoram, quando


não ridicularizam, a instituição familiar. Para que casar, diz o jovem “auto-suficiente”, se
tem mulher aos montes ... E elas, para que casar, se há pouquíssimos homens responsáveis,
conscientes, com H (agá maiúsculo) e que queiram assumir um lar? Problema de transar
não existe, basta ter um preservativo... e às vezes, nem isso !
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E os exemplos se multiplicam e desincentivam a juventude. Mas nem por isso devemos


deixar de expressar aqui a importância, a relevância da família. Para os que vivem em
família, encontrarão neste tópico um verdadeiro empurrão para a consolidação, para o
crescimento, para a valorização da família. Em alguns pontos deste Curso já nos referimos
à família dando algumas pinceladas oportunas para conscientizar o leitor de que ele pode
fazer algo para melhorar (ainda mais) o ambiente em sua casa. Como se constitui, como se
consolida e se expande e como se desagrega, se esfacela uma família. Os integrantes
principais de uma família são:
06 - F A M Í L I A

01) Cônjuges 02) Pais


03) Filhos 04) Avós
05) Irmãos 06) Sogros
07) Sobrinhos 08) Tios
09) Cunhados 10) Companheiros

06.20 - RESULTADOS
Positivos Negativos
01) União familiar 01) Desunião familiar
02) Crescimento solidário 02) Egoísmo sem afeto
03) Expansão com amor 03) Desagregação e dor

Esta sociedade é a mais antiga, a mais tradicional, a mais constante e a mais vital.
Apesar de em muitos níveis da sociedade ela se achar desacreditada, a família merece apoio
integral e um reforço coletivo para colocá-la no lugar que merece. A família se inicia com
uma união, formal ou não, entre um homem e uma mulher.

“Quando se monta um quebra-cabeça, precisa-se que se tenha a figura na mente. Assim


também a família, todos os membros devem partilhar a mesma visão. Daí a importância de
montarem uma missão espelhada num consenso. Depois da montagem da missão é
importante elaborar um Plano de Ação também para a família, assim como há um Plano de
Vôo quando uma aeronave parte de um aeroporto com destino a outro.” (Stephen Covey)

6.1 - Cônjuges (Casamento)

Como é bonito e necessário à formação de um lar, o casamento. Há muitos ritos e


muitas formas. Aqui, não vamos adentrar-nos nos meandros e nos conceitos do casamento.
Os vários povos possuem cerimônias e tratamentos diferenciados. Ora o Estado protege a
instituição, ora a religião o trata como um dos componentes básicos para a constituição de
uma família. O que vale ressaltar aqui é a união do casal para esse fim: casar, constituir
um lar, para depois formar a família. Mas é preciso salientar que o casamento está calcado
sobre um tripé: o amor, o sexo e a afinidade. Se um deles falta, acaba, esmaece, o
casamento rui. Vamos começar do início, um pouco antes.
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6.1.1 - Namoro/noivado

Meus caros adolescentes. Quanta esperança, quanta ilusão, quanta distorção, quanta
procura, ansiedade existe nas suas mentes e nos seus corações! Muitos estão vindo de
infâncias sólidas, bem orientados com forte apoio; outros, sofreram muito, largados,
cresceram sob cuidados de empregadas despreparadas ou de parentes incompetentes; ou
internos em instituições governamentais sem preparo adequado; ou foram criados só pelo
pai ou só pela mãe; apanharam muito, sofreram abusos, foram traídos e agora se acham
diante da vida como se já estivessem prontos para enfrentá-la ... Recebem um turbilhão de
influências: de casa, da escola, da igreja, da mídia, da internet, etc. Orientações as mais
desencontradas.

São, na maioria, incompletas, conflitantes, incoerentes, deixando-os confusos. Mas


acima de tudo, desprezam as orientações dos pais e estes, sentem-se impotentes e dizem:
que fazer com estes “aborrescentes”... E é nesse clima que os namoros acontecem.
Infelizmente, em muitos lares o aspecto espiritual acha-se totalmente descartado. Cada um
por si. Mas ninguém faz nada. Falta conhecimento, vontade e fé. Ao contrário, a visão que
muitas famílias têm da espiritualidade, é que é um atraso de vida, coisa do passado,
crendice popular, meio para “empanturrar” as igrejas que se acham defasadas no tempo.
Esse o caldo de cultura existente.

= O adolescente: O jovem pensa constantemente em transar, em aproveitar-se, porque


estimulado e orientado a ser macho, a mostrar que já é homem e depois, entre seus
companheiros, “adora” contar vantagem. Muitos participam de “turmas” com o intuito de
formarem verdadeiras quadrilhas para espalhar o medo e enfrentar outras no estilo do
cinema, sem qualquer escrúpulo ou respeito ao ser humano.

Mas há um grande número de jovens que são mais idealistas, possuem ambição e
formação e querem vencer, mas guardam noções muito estreitas sobre o contato feminino.
O jovem sempre amadurece mais tarde que as mocinhas. E isto - às vezes - lhe causa um
embaraço, sente-se diminuído, desprezado pelas meninas que procuram moços mais velhos.
E muitos problemas surgem nessa idade quando os próprios pais querem que o filho se
inicie no uso do sexo em prostíbulos. Quanta deturpação!

Existem muitos adolescentes trabalhadores, responsáveis, que ajudam a sustentar seu lar
e que ficam descrentes das mocinhas porque perderam a confiança. Mas em geral são
bitolados por causa da falta de uma orientação que lhes ensine a formar-se para enfrentar a
vida com plena maturidade.

= A adolescente: Que mudança! Qual um botão de flor, começa a desabrochar cheia de


ilusões, de enlevos e de muita esperança. Os apelos são muitos. Já conhece tudo que gira
em torno de sexo, ou melhor, pensa que conhece. Vê todo tipo de exemplo na sociedade e
na TV. De cara (não todas), acha os pais e os professores de antiquados, exigentes,
cobradores e “chatos”. Olham mais para os homens já feitos. Os moços de sua idade são
“babacas”, imaturos e sem jeito para tratarem as mocinhas. Não entendem de sua
sensibilidade.
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Mas mesmo assim, iniciam os namoros e muitas são pegas de surpresa porque ingênuas
de um lado, mesmo imaginando-se auto-suficientes. Outras, são mais retraídas, recatadas,
porém, também “sabichonas” e muito entendidas das coisas da vida. Os mais velhos é que
não sabem de nada. - “Nem entendem a nossa gíria, coitados”. “E ainda, temos que
estudar, que chatice”. Uma minoria procura adotar a prática da leitura, mas as outras,
engolfam-se nos programas de TV e mergulham de cabeça, haurindo ali seus exemplos. Há
aquelas mais respeitadoras que freqüentam cultos religiosos levadas por seus pais. Um
ambiente mais sadio as orienta e as prepara para enfrentar o casamento... Não existem
apenas mocinhas ingênuas. Muitas tiveram que batalhar para sobreviver. Cedo despertaram
para a vida, amadureceram com o sofrimento. Serão muitas das mulheres dinâmicas e
vencedoras que estão despontando neste terceiro milênio.

= Os jovens: Quando partem em busca da prática dos esportes ou da música, encontram


uma derivação sadia que os afasta do perigo dos vícios em geral. O estudo, a religião, são
fortes componentes na formação desses adolescentes. Entretanto, as escolas estão mais
preocupadas em instruir e não em educar. Deixam a cargo dos pais e estes, a cargo das
escolas.

No fundo, nem um nem outro está, realmente, habilitado a mostrar o caminho para a
autoformação, para o preparo do jovem para a vida. E as distorções da personalidade e dos
conceitos dos valores e princípios se enraízam.

O crescimento da tecnologia, a pressão que as famílias sofrem, obrigando as mães a


buscar uma atividade profissional, libera ainda mais a juventude que se acha sem metas
convincentes. Nesse caldo, quantas brigas, desavenças, incompreensões e falta de união
acontecem no seio das famílias!

Os adolescentes encontram em casa orientações divergentes entre os pais. Já não vêem,


nos pais, aquele exemplo de casal amoroso. As brigas e mágoas recíprocas muitas e muitas
vezes são manifestadas mutuamente na frente dos jovens filhos. Sem contar os casos de
separação em que tanto o pai como a mãe, encontra outro companheiro para conviver.

E muitos deles já viam isto quando crianças. Traumas acham-se instalados em seus
inconscientes. Ainda para agravar, as dificuldades financeiras acrescentam outro fator para
pressionar o jovem e forçá-lo a sair de casa e procurar novos horizontes entre amigos,
conhecidos e “aproveitadores”...

Raríssimos são os encontros de família. Quase não fazem refeições em conjunto durante a
semana. Às vezes, aos domingos, isto acontece, mas sem muito entusiasmo e carinho. Fazer
oração em conjunto, nem pensar. Para quê? Pergunta-se o jovem desiludido. Só para
ilustrar mais ainda a gravidade com que se enfrenta esse problema hoje, transcrevo abaixo
uma estatística das escolas
Principais públicas
problemas nos EstadosdeUnidos,
disciplinares, acordopublicada por S. Covey,
com os professores no livro:
das Escolas
Os 7 hábitos públicas:
das famílias muito eficazes:
1 9 4 0 l 9 9 0
Conversa durante a aula Abuso de drogas
Goma de mascar Abuso de álcool
Fazer barulho Gravidez
Correr nos saguões Suicídio
Furar a fila Estupro
Não usar o uniforme Roubo
Fazer bagunça Assalto
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Como a maioria das famílias possui os dois progenitores fora de casa, a serviço, a
criança média “passa sete horas por dia diante da televisão”, se duvidar, provavelmente
não estará com os pais nem 5 a 10 minutos por dia... mas na internet, por certo gastará um
tempo substancial...
E há um ingrediente desse grave quadro que merece um destaque especial: a
pornografia. Ela vicia, desfibra a pessoa, enfraquece o caráter, afunda o jovem até ao
desespero e modifica-lhe todos os conceitos de moral, de belo, de sadio, de sublime e de
amor.
Mesmo que no Brasil não haja com tanta intensidade e proliferação os problemas
relacionados no quadro acima, há muita droga e álcoois ingeridos e sexo praticado pelos
jovens. Também se ressalte a violência, um componente deprimente entre a juventude.
Mas os filhos não estão perdidos se os pais se conscientizarem de que sempre há
alternativas positivas para reencaminhá-los para a vida. Primeiro, os pais devem cuidar de
si, do seu interior e começar a praticar o que já foi exposto até aqui. A seguir, pratiquem o
hábito de ouvir os seus jovens.
= namoro: Esta prática é bem diferente de anos atrás. Hoje, a começar pelas despesas que
são divididas (num restaurante, num cinema, numa festa), o romance carece de uma corte
por parte do moço. Em geral, quer ir direto aos “finalmente”. A jovem, em sua
sensibilidade, sente a falta de um romance mais sublime, mas receia falar para não ser
discriminada e/ou ridicularizada.
Poucas possuem personalidade suficiente para manter-se firme e permanecer na “sua”.
Cedem para fazer parte da “onda” e participar do mesmo “papo” com as demais colegas. As
experiências por que vão passando não lhes dá a base correta para montarem uma família
equilibrada no futuro. Mas... e os pais, que fazem nesta altura? Acham-se perplexos.
Quando começaram a educar, resolveram ser mais liberais porque os seus próprios pais
eram demasiadamente severos. Como julgaram aquele comportamento errado, caíram em
outro extremo: “soltaram” demais. E agora? Que fazer? (voltaremos sobre as possíveis
soluções...).
Um aspecto assaz vexatório entre os jovens - uma verdadeira vilania - é a forma “natural”
com que traem o seu par. O moço namora uma garota, flerta e sai com outra sem a menor
cerimônia. E a namorada traída, aceita e faz o mesmo. Fidelidade é “cafonice”... Acham
que não se pode perder a oportunidade. Ser honesto com o companheiro/a é coisa para
namoros “firmes”, casadoiros...
A honestidade e a fidelidade são valores que não têm época; não existem situações em
que ora funcionam e ora não. Sempre é ocasião para ser honesto e fiel. É por isso que o/a
jovem que adotar estes princípios, além de jamais mentir, granjeará respeito dos colegas.
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Mesmo que os outros brinquem e tentem desgastá-lo, este/a moço/a não deve desistir,
porque no fundo, os outros admiram e passarão a respeitá-lo/a muito mais. Em geral a
juventude convive nesse clima e vai crescendo e amadurecendo um pouco. Mas, durante
este percurso, quanta gravidez prematura; quantos desesperos e desilusões, tanto da moça
que não encontra amparo no jovem “machinho”, como de seus pais que confiaram nela...
Os exemplos da mídia não são os melhores caminhos, mas os pais também vêem o
mesmo e acabam aceitando. Muitos se concentram nos cursinhos para prestarem o seu
vestibular. As vagas são limitadas e sempre há mais perdedores que ganhadores. E é neste
oceano de tumultuosos sentimentos e relacionamentos descompassados, frustrantes, que os
moços chegam aos vinte anos.
Terminam suas faculdades alguns, outros procuram trabalho e aos poucos, dos
namoros passam a uma vida aventureira, sem muito compromisso. Nesta fase tanto o
homem quanto a mulher reagem a um casamento imediato. Buscam amadurecer, amealhar
bens materiais, estar mais preparados e - basicamente - querem firmar-se e aproveitar mais
a vida...Mas há sempre aqueles que assumem um compromisso mais sério e partem para o:
= noivado: Período gostoso, um mundo de sonhos, de promessas, de carinho sem fim. Mas
também deve ser o período do conhecimento mútuo, de parar para pensar se está disposto -
cada um - a aceitar o outro como ele é. Não adianta fazer vista grossa agora e depois de
casados, reagir contra certos hábitos que parecem ao outro cônjuge nocivos e/ou
inconvenientes.
O futebol de fim de semana que antes era praticado normalmente pelo noivo, agora a
esposa quer cortar; ou, a cabeleireira que antes era uma rotina nos fins de semana, agora o
marido acha um gasto exagerado... O romance que durante o noivado e no primeiro ano de
casados era uma constante, agora, passado o tempo, nem se recorda.
Por isso, é bom servir-se do noivado para conhecer melhor o futuro cônjuge.
Conversar de tudo. Sobre a espiritualidade; filhos; educação; dinheiro; o trabalho;
distribuição de tarefas dentro do lar; sobre lazer; viagens; estudos/cursos/leituras; amizades;
fidelidade; relacionamento sexual; sensibilidade; em que tipos temperamentais se
enquadram; e um mundo mais de temas importantes para a consolidação do matrimônio. As
lições abordadas neste Curso fornecem farto material para os noivos. Por que não tratar de
frente os temas, sem deixar para depois quando os impasses já corroeram parte de um belo
relacionamento?

6.1.2 - Início do Casamento

Afinal, o par acaba de retornar da lua-de-mel e reinicia a vida, agora a dois, e recriam
uma nova rotina. Foi dada a partida para a constituição de mais uma família. Muitos casais
nem viajaram, juntaram seus “trapos”, como diz o poeta e resolveram testar a vida juntos.
Preste bem atenção, meu caro leitor casado, atente bem, como se mencionou acima, o
casamento está estribado sobre três pilares (amor, sexo e afinidade). Eles são as bases de
um relacionamento sólido:

Amor
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a) para manter o amor, é preciso adubá-lo diariamente, para tanto, temos que ter
disciplina. Diz Erich Fromm: “nunca serei bom em alguma coisa, se não a fizer de
modo disciplinado”. E amar, é um verbo da voz ativa, depende de cada cônjuge. Mas,
sem aprender a concentração, torna-se difícil manter esta disciplina a vida inteira! E
por que é tão difícil ao homem moderno aceitar a disciplina? Porque é forçado a ter
disciplina no seu trabalho e quando chega em casa, “impõe-se uma autocomplacência
infantil”.

b) Para dominar a arte de amar, é preciso também ter paciência, aceitar cada um como é e
perseverar. Se este esforço por parte de cada cônjuge não existir, o amor entre eles fica
ao sabor das intempéries de seu dia-a-dia. Não são grandes e graves ações que em geral
acabam com o amor; são pequeninos atos; são certas posturas que magoam. Antes você
não gritava com sua noiva/esposa recém-casada, mas agora, além disso, xinga e não
aceita o diálogo, quer impor seu ponto-de-vista. Ou então, se fecha num mutismo,
canalizando sua atenção para o jornal, ou para a TV, ou para a Internet. Seu
cavalheirismo e romantismo, secaram.

c) As datas festivas entre os dois, foram totalmente olvidadas pelo marido. E aquele
carinho com que era recebido em casa, no início, agora a esposa simplesmente relaxou,
parou, esqueceu. Pequenas atitudes negativas (como miudezas) vão se somando em
gotas de mágoas, decepções, rancores, até se converterem em ressentimento. Então
racha o cristal e o casamento se abala. Para que o amor, amor profundo elevado (nada
tem a ver com sexo), se mantenha e se fortaleça cada vez mais, é preciso que cada
cônjuge procure crescer interiormente.

d) As meditações já mencionadas serão um forte aliado. Esta autocompreensão, aliada


à prática diária da oração, hão de desabrochar a consciência de cada um, unindo-os com
muito mais companheirismo, compreensão, bondade, amizade, renúncia, ternura e
desapego. Por isso, que ambos devem ter seu momento semanal para conversar sobre o
seu relacionamento e traçar planos de crescimento e autoconhecimento de forma
permanente.

e) Isto será a base sólida e indestrutível do casal. Se o cônjuge não for capaz de ficar só,
em silêncio, dificilmente terá capacidade de amar. E ainda, são pequenos gestos de
delicadeza, cuidado, respeito e responsabilidade de um para com o outro que vão fazer
frutificar aquele romance iniciado com tanto entusiasmo e alegria.
Sexo

a) E o sexo que foi uma forte atração, caiu na rotina. O marido parou de preparar a
esposa, de acariciá-la (também com palavras meigas), de demonstrar que ela é a única,
que ainda é sua paixão. E a mulher, envolvida nos seus problemas, encontra pretextos
para adiar o encontro, alega cansaço, mal-estar, enxaqueca. Prefere transas rápidas e
menos cansativas, diz ela.

b) Mas, às vezes, essa atitude esconde suas mágoas, seu ressentimento. E assim os
dois vão permitindo que lenta, mas inexoravelmente, se esfrie aquele contato amoroso,
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afetuoso e de êxtases inesquecíveis e se converta em transas monótonas, desprovidas de


criatividade, de romance, de amor sincero e de forte atração. Ida a motéis, nunca mais.

c) Em muitos casais o que importa é economizar, comprar um imóvel ou móveis;


melhorar a casa; trocar de carro; etc. E o maior perigo é a infidelidade. É fácil hoje dar
“escapadas” e “pular a cerca” sem a menor cerimônia. Não pense o marido que fez
tudo bem feito, que tem álibi, porque a mulher (quase todas) possui um sexto sentido
aguçado e sente que foi traída.
d) Ela pode até silenciar, mas no íntimo está convicta de que foi passada para
trás. Muitas, procuram “dar o troco”, vingando-se. E nesse clima, esta base do tripé
tende a murchar, esfarelar-se, partindo ambos para a agressão ou o isolamento, a
indiferença. Começa uma vivência de fingimento.

e) Mas se o amor for reascendido, realimentado, há muita chance de reverterem o


relacionamento sexual. Também aqui se recomenda o diálogo, franco, aberto e sincero.
Em muitos casais o começo de um esfriamento, ocorre quando a mulher engravida.
Porque faltou aquela conversa clara sobre filhos e sobre a oportunidade. Mas sobre isto,
falar-se-á adiante.

Afinidade

a) Este terceiro suporte do casamento, a afinidade, é o elo mais forte da corrente


matrimonial. Pode parecer um disparate o que estou dizendo, mas não é. Veja, caro
leitor, você tem momentos para o romance e sexo, mas o diálogo, gostos, leituras,
estudo, passeios, restaurantes, diversões, viagens, gastos, trabalho em casa (um
ajudando o outro), isto está acontecendo constantemente. Quantos assuntos “rolam”
entre os dois. É desse companheirismo, dessa harmonia e desse crescimento em
conjunto, que se solidifica o casamento.

b) Se o marido colabora em casa, não fica só diante da TV ou na Internet,


enquanto a mulher só trabalha, ou ainda, se ele não começa a sair com amigos,
deixando-a só em casa, naturalmente a união também cresce e a amizade entre os dois
passa ser o alimento do amor e de um sexo maduro e realizador. Se um procurar estudar
mais, o outro também deve fazê-lo, a leitura deve ser uma prática dos dois, escolhendo
livros que aumentem os conhecimentos, que os ajudem a crescer espiritual e
mentalmente.

c) Devem trabalhar com suas emoções, conhecer os seus temperamentos e


diferenças para facilitar ainda mais a aceitação mútua. Dialogar sobre esses temas com
assiduidade. Ter momentos para lazer, mais momentos para discutir assuntos em prol de
seu crescimento. Assim, estarão forjando a estrutura de seu caráter para amanhã
poderem ser pais responsáveis, capazes, criativos e maduros.

d) Mas um fator primordial para unir o casal é a sua estrutura espiritual. Se ela
for sólida, em que ambos comungam os mesmos princípios, tudo bem, isto ajuda. Mas
se só um possuir formação e o outro não, já pode abalar um pouco o relacionamento.
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Parece-nos mais grave ainda, quando os dois são indiferentes e Deus e o Amor Puro
nem de longe é ali cogitado ou mencionado.

Há muito que esmiuçar sobre o marido e mulher no casamento. Temos casais jovens,
iniciando, como temos casais maduros e casais com bodas de diamante já completadas.
Temos muitos casais em segunda ou terceira núpcias. Vamos passar para a segunda fase do
casamento. No início vem a euforia, depois a rotina que pode perpetuar-se com reflexos
negativos. Comenta-se e procura-se abordar aspectos vivenciados por muitos para apontar
soluções a impasses; e creiam-me, muito tristes.

6.1.3 - Cônjuges

Nossa sociedade oferece ao homem e à mulher protótipos de pessoas citadas pela


imprensa, ou evidenciadas pela TV ou cinema, como exemplos a serem admirados e
imitados. Ora apontam estrelas, atores, ora grandes jornalistas, figuras importantes de
governo, ou homens de negócio proeminentes, etc. Mas, esta sociedade capitalista
contemporânea, indica à admiração e à emulação pessoas que, na maioria das vezes, podem
ser tudo, menos “portadores de qualidades espirituais e morais significativas”.

O casal tem que estar atento a esses fatores para livrar-se dessas deturpações. O
cinema esbanja exemplos de heróis que não precisam de ninguém, são auto-suficientes,
fortes, não se preocupam com os bens materiais e dispensam qualquer alusão a coisas
espirituais. São poderosos, resistentes e nada temem. No fundo, tais personagens são os
mesmos heróis de estórias em quadrinhos, melhoradas, mas irrealistas. Assistir como lazer,
para distrair, tudo bem, mas cuidado para não deixarem que estes semideuses se
incorporem em sua mente. Maturidade, meus caros casais.

06.01.04 - Casamento em pleno vigor

Depois de ultrapassado o período de adaptação, muitos casais se fixam na consolidação


de seu patrimônio. Deixam para depois o surgimento dos filhos. Outros, já iniciam
admitindo uma prole imediata. Quantos casaram com filho em andamento... Durante sua
vida a dois, os percalços vão acontecendo e muita coisa antes desconhecida vai aparecendo
como novidades negativas, decepcionantes. As vicissitudes são tantas que a grande maioria
sucumbe.

Quando no comprometimento entre os dois prevalecer a união espiritual, os pensamentos


sempre estão voltados para o bem dos dois. A unidade familiar é nutrida pelo amor, pela
compreensão e pela atenção. Este é o ingrediente indispensável para mantê-los unidos. Se
faltar a espiritualidade, o relacionamento pode acabar.

Há casais que se consolidam e são verdadeiros exemplos aos seus ascendentes e


descendentes. Não há regras, fórmulas para ditar aos noivos. Mas vamos começar a fazer
algumas ponderações sobre fatos e esperar que cada casal se enquadre ou tire alguma
conclusão a seu favor para melhorar o relacionamento e se possível, consolidá-lo.
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1) Ocorre que o marido ou a mulher está possuído de distorções psíquicas inconscientes


e não percebe que é sumamente importante para a realização plena do amor, “a
superação do narcisismo.”, por exemplo. O perigo “é ver o mundo externo como
símbolo do seu mundo interno”. Falta objetividade. Temos que ver as pessoas e as
coisas, tal como são.

A objetividade não é só com o cônjuge, deve ser aplicada em todas as situações.


Chamamos a atenção do casal para dois casos extraídos de E. Fromm (A arte de amar):
“Quantos maridos não formam uma imagem de suas esposas como sendo
dominadoras, porque seu próprio apego à mãe os leva a interpretar qualquer
solicitação como uma restrição à sua liberdade? Quantas esposas não acham seus
maridos ineficientes ou estúpidos, porque não correspondem à imagem fantasiosa
de um brilhante cavaleiro que elas podem ter formado quando crianças?”

2) Quando há o diálogo, a leitura, a meditação, o crescimento, os cônjuges possuem


aptidões para se auto-avaliarem e se corrigirem com maturidade. Compreenderão com
clareza que “a faculdade de pensar objetivamente é a razão; a atitude emocional
por trás da razão é a humildade. Ser objetivo, usar a razão, só é possível quando se
consegue uma atitude de humildade. O amor, por ser dependente da relativa
ausência de narcisismo, requer o desenvolvimento da humildade, da objetividade e
da razão. A vida inteira deve ser devotada a esta finalidade. Humildade e
objetividade são indivisíveis, como o é o amor.” (E. F.)

3) “Só quem tem fé em si mesmo é capaz de ser fiel aos outros, porque só assim pode
estar certo de que será num tempo futuro o mesmo que é hoje e, portanto, de que
agirá e sentirá como agora se espera que o faça. O que importa em relação ao
amor é a fé no amor que se tem; em sua capacidade de produzir amor em outros; e
em seu merecimento de confiança.”(E.F.)

4) Eliminar a discussão em torno de – você está errado, porque não conduz a nada.
Tem que haver, como já se referiu acima, humildade para reconhecer que há falhas no
relacionamento. E elas devem ser apontadas por cada um, previamente combinados, no
encontro que têm num determinado dia da semana, onde deve ser exposto o que está
incomodando. Deve haver também sinceridade, muito carinho, mas acima de tudo,
perdão. Isto evita a mágoa e também que haja ressentimentos. Logicamente que se
espera um mínimo de respeito mútuo. Traições não podem coexistir.

5) Mas o orgulho, a falta de hombridade e de caráter, levam muitos casais a brigas


contumazes. Preocupações, mentiras continuadas, as dificuldades financeiras, são
verdadeiros pivôs dos desentendimentos. Cuidar para evitar a infidelidade. Em geral,
tudo é perdoado, mas as “escapadas” aventureiras, dificilmente são esquecidas. Em
geral são os homens que traem e se desculpam sob a alegação de que não há perigo, já
que transam com preservativos. Mas, e a mulher não pode fazer o mesmo? Por que essa
discriminação? Há o casal que se acha liberal. Acredita que uma vez ou outra, para
quebrar a monotonia não faz mal. Será? Até trocas de casal hoje é um procedimento
aceito por muitos. Só que vários maridos já perderam suas esposas por causa disto.
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6) Mas o que leva os casais a tantos aborrecimentos, desavenças, desconfianças,


mágoas? A falta de vivenciar os valores e princípios da vida que são imutáveis. Falhas
repetidas. Leituras de revistas e filmes pornográficos levam o ser humano a profundos
abismos. No momento não se percebe, mas depois, o vício domina e o desencanto do
outro cônjuge se acentua, lentamente descrê e o amor vai definhando.

Por isso que é recomendado “que a prática da fé e da coragem comecem com


pequenos detalhes da vida diária. O primeiro passo é verificar onde e quando se
perde a fé, olhar através das racionalizações, reconhecer onde se age de modo
covarde e, de novo, como se procura justificar isso. Reconhecer como cada traição à
fé nos enfraquece e como a fraqueza aumentada leva à nova traição e assim por
diante.” (E.Fromm).

7) A falta de confiança, no fundo uma insegurança, leva muito cônjuge a


sentir ciúmes descabidos. E aí, “quando conscientemente tem medo de não ser amado,
o medo real (efetivo), embora habitualmente inconsciente, é o de amar. Amar
significa entregar-se sem garantia, dar-se completamente na esperança de que nosso
amor produzirá amor na pessoa amada. Amar é um ato de fé e quem tiver mesquinha
fé, terá também mesquinho amor.” (E.Fromm)

8) A prática do sexo, que no início tinha um ritmo e romance, depois descamba para
comportamentos aviltantes para a mulher; outras vezes, é ela que antes era mais aberta,
participativa, depois se retrai, porque trabalha, porque tem outros compromissos e deixa
o marido numa expectativa desnecessária, não funciona. Cria mágoas e depois,
ressentimentos. Tanto o amor, como o sexo, deve ser objeto do diálogo. É ele, a terceira
“base” do suporte ao casamento, que ambos devem servir-se para ir aparando as arestas.

Mas os dois devem concordar em manter este contato aberto e sincero. Quando só
um está disposto e o outro não, não funciona. Cuidado! O apelo sexual é muito forte
hoje em dia. A mulher deve ser suficientemente esperta para satisfazer com criatividade
e amor o seu esposo. Muitas vezes, ela deve tomar a iniciativa, fazer surpresas que
deixam o marido cada vez mais “gamado” e motivado. Ele não precisa preocupar-se à
procura de novidades fora do lar. Ali ele tem tudo: amor, carinho e um sexo vibrante,
apaixonante e muito sincero. Dar valor ao ato sexual, como se dá para outras atividades.
Relegar porque se perdeu o elã, é motivo para buscar as causas. Não é natural esse
procedimento. Agir logo, antes que seja tarde. Pois os apelos externos são tantos que
um ou outro pode sem perceber encontrar um/a concorrente. Há muita literatura a
respeito. Mas deve ser bem selecionada.

9) Por tudo isto, preste atenção ao retraimento, ao medo de falar, de dizer


do que não gosta, de expor seus pontos de vista. Falar naqueles encontros semanais
(repete-se) é meio caminho andado para manter o casamento. Mas falar e depois não
colocar em prática, também não adianta. Deve haver entre os dois, propósitos
mutuamente aceitos que devem ser honrados.

Isto é praticar a arte de amar, é tornar o amor produtivo. Se não, para que se
uniram? Nunca é demais enfatizar alguns tópicos, mesmo já reportados, para chamar a
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atenção dos casais que estão honestamente empenhados em melhorar-se. Cumprir o que
se promete, é comprometimento, é disposição para acertar, para conviver, é respeito
pelo outro, é demonstrar amor.

10) A disposição da mulher neste milênio tem gerado constrangimentos a certos homens,
pois, subitamente, ela começa a ter uma remuneração superior ao marido e este se sente
diminuído e fica ressentido. Se existe um amor sincero entre ambos, esta diferença não
deve representar nada para manter o relacionamento numa boa. Ótimo para eles que a
renda do casal melhora. E, a propósito, lidar com o dinheiro também é uma arte (para
não dizer, uma ciência administrativa importante). Já falamos disso e vamos tocar com
mais profundidade.

11) O casamento não deixa de ser uma sociedade, como se fora um empreendimento e
muitíssimo arriscado, mas é assumido pela maioria, muitas vezes, de forma leviana. Se
der certo tudo bem, se não, separa-se e cada um vai para o seu lado. Esta é uma atitude
irresponsável e imatura. Por favor, senhores noivos, já se falou sobre isto acima, muita
atenção durante o período anterior à união. A seriedade e sinceridade naquela fase
podem evitar muito sofrimento, injustiça e vexames.

12) A gravidade do desenlace aumenta quando desta união houver filhos menores.
Enquanto perduram os conflitos internos dentro do lar, o trabalho sofre, a produtividade
cai, a depressão aumenta e toda sorte de infelicidades atinge os cônjuges. Por isso,
maturidade espiritual, mental, emocional e física é imprescindível. É preciso reparar se
o homem não tem problemas (como a ejaculação precoce) e a mulher também, como a
frigidez (decorrente de algum trauma emocional), etc. Há meios clínicos na área médica
e psicológica para ajudar. Isto exige coragem, disposição e desprendimento. Deixar o
orgulho e a vergonha de lado. Às vezes, esses problemas são as verdadeiras causas do
mau humor e do mau comportamento.

13) Se cada um assumir o seu papel no lar com honestidade e responsabilidade


colocando como prioridade a unidade e o bem familiar, respeitando-se mutuamente sem
ofensas ou mágoas, não há como não dar certo. Nada de ocultar fatos, porque jamais
passarão despercebidos. Diálogo sempre; críticas, nenhuma (nem as construtivas...).
Nos conflitos, que prevaleça o amor.

14) Ser digno e fiel, são qualidades fundamentais. Elas consolidam a parceria e
enobrecem o relacionamento autêntico. Saiba ouvir mais, procure compreender com o
coração e a mente. Tente conhecer o seu cônjuge cada vez mais para se constituírem
num só.

15) Apesar de a casa geralmente estar a cargo da mulher, o marido deve colaborar
sempre que puder. Como encarregada, procurar manter o lar impecável, acrescentando
carinho e amor. Respeite o seu marido, o aceite como é. E ele, faça o mesmo. A
suavidade, o sorriso, a solidariedade, devem ser qualidades dela demonstradas.
Pequenos gestos de carinho (recíprocos); gentileza nas palavras; educação (por favor,
obrigado); ser prestativo/a na doença; e outras atitudes altruístas, estreitam o
relacionamento.
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16) Um relacionamento nunca se deteriora repentinamente. Certos pequenos diálogos,


descambam para discussões que na seqüência vão assumindo proporções cada vez mais
destrutivas. Em, “Como Fortalecer o seu Casamento”, os autores (Howard, Scott e
Susan) apresentam duas discussões, por coisas sem importância:

- Tomás: (sarcasticamente) Você poderia tampar a pasta de dentes.


- Cecília: (igualmente sarcástica) Ah, como se você nunca se esquecesse de fazer isso.
- Tomás: Na verdade, eu sempre faço.
- Cecília: Ah, esqueci o quanto você é compulsivo. Você tem razão, é claro.
- Tomás: Não sei nem porque estou com você. Você é tão negativa.
- Cecília: Talvez você não devesse estar. Ninguém está bloqueando a porta.

Outro diálogo:
- Maria: (chateada) Você deixou a manteiga fora da geladeira.
- Heitor: (irritado) Por que essas coisinhas são tão importantes para você ? Guarde-a.
- Maria: (suavizando o seu tom) Esse tipo de coisa é importante para mim. É tão
ruim assim ?
- Heitor: (mais calmo) Acho que não. Desculpe, eu fui grosseiro.

Analisando ambas:
Na primeira, segundo os autores, houve uma escalada que acabou em ofensa,
principalmente porque Cecília ouvira Tomás
, num momento de intimidade, contar-lhe sobre o modo como é compulsivo.

Na segunda, a escalada foi contornada em tempo porque um dos parceiros recuou,


abrandando a discussão.

Se o casal preocupar-se em se conhecer (individualmente), em crescer, em aprender


como meditar e orar em conjunto, tais diálogos negativos quase nem ocorrem, pois cada
um sabe que não pode viver apontando falhas, criticando, se se quer conviver em
harmonia. Aí entra a Arte de Amar (a prática), lembra-se?

“Ter fé em outra pessoa significa estar certo de que ela merece confiança, que suas
motivações básicas permanecem as mesmas, que o núcleo de sua personalidade é
imutável nas atitudes fundamentais e por isso doa o seu amor.”

“O verdadeiro amor pede renúncia, conhecimento do outro, aceitação, humildade,


busca interior, espiritualidade; utiliza hábitos que ativam os princípios e leva a pessoa
à sabedoria. Por isso: trabalhe todo dia um pouco com você.”

Como satisfazer uma Mulher: (recebido pela Internet, sem autoria)

Acaricie, Massageie, Cante, Suporte, Alimente, Dê banho, Ria, Estimule, Console,


Abrace, Excite, Pacifique, Proteja, Seduza, Ligue, Corresponda, Antecipe, Perdoe,
Sacrifique-se, Assessore, Deixe, Volte, Divirta, Mostre charme, Mostre igualdade,
Fascine, Respeite, Ignore, Defenda, Faça planos, Enfatize, Faça serenata, Agrade,
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Mime, Se banhe, Se barbeie, Se perfume, Elogie, Acredite, Santifique, Ajude,


Reconheça, Seja educado, Atualize-se, Aceite, Peça, Escute, Entenda, Leve, Acalme,
Morra por ela, Sonhe com ela, Prometa, Entregue, Se comprometa, Eleve, Alivie,
Sirva, Salve, Prove, Agradeça, Dance, Olhe, Escove, Seque, Dobre, Lave, Passe,
Guarde, Idolatre, Ajoelhe-se, Volte ao começo e faça tudo de novo...

Como satisfazer um Homem:

Tire a roupa.

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