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DIREITO ECONÔMICO

Estado Intervencionista ou não:


- Estado: liberal ou não (na evolução há a transição do estado liberal para o social.
No estado social, o poder público se incumbe de protetividades para o cidadão – é um estado
comprometido com o direito do hipossuficiente.
- Intervencionista: provedor de vários serviços públicos – interfere no domínio econômico.
(controla preços, define políticas econômicas efetivas)

Homem social:
Sociedade
Poder: mais forte de 1 grupo, materializado na riqueza, divino (poder da igreja), idéias (se
divulga de maneira mais convincente uma determinada posição), econômico (daquele que
detém o domínio da várias situações – tecnologia, mercado, etc.)
(do ponto de vista legal) Poder organizado: Estado

- Nômades: sedentarismo.
(pré-história)
O poder era do mais forte – o que podia trazer alimento para aquele grupo.
Os nômades se sedentarizaram pela agricultura: no momento em que se estabelece maneiras e
meios para alimentação (neste momento há poder definido, estruturado e estabelecido por
aquele que tem a melhor estratégia).

- Antiguidade – clãs isolados – rompimento, guerras de conquista


O rompimento do isolamento dos clãs se estabelece pelo desejo de aumentar o espaço para
plantação, ou pelo desejo de obter o melhor lugar.

- Antiguidade Clássica – Grécia e Roma (diferente função estatal) –


O poder aqui já está definido quem tem atribuições e poderes para cada lugar.
Começa a ser traçado o conceito de cidadania e cidadão.

A República Romana ruiu com o início da Era Cristã.

- Idade média: religião (omc. Coesão política), vassalagem, atividade econômica agrária.
União da capacidade econômica e de uma força divina para estabelecer quem teria o poder.
Feudos fechados: pestes e outros fatores fazem com que as pessoas saiam dos feudos.

Burgos (benefícios e dificuldades): taxas + comércio intenso.


Embrião do que seria a cidade.
As pessoas saem dos feudos e começam a encontrar um comércio de troca. Começa a mudar a
matriz do poder.
Traz trabalho para pessoas, mas tem uma série de inconvenientes (precisa ter estocagem, tem
problema sério de saneamento).

O grupo dos comerciantes, que está dentro do burgo, começa a crescer – a burguesia.
E as pessoas começam a questionar o isolamento de cada feudo, e começa-se a discutir a
necessidade de unificação – início do nascimento do Estado.

- Declínio Feudal – formação dos Estados – unificação (os primeiros foram Espanha e Portugal)
– Estado nasce absolutista.
Aquele que tem indicação divina.
A soberania tem o centro gravitacional na figura do monarca. (Jean Bodin Hobbes) – é
importante que os Estados sejam unos mas que haja um monarca que defenda os interesses, mas
com utilização de espaços comuns – a Espanha tava longe do mar e Portugal que estava a frente
dizia que o mar era dela)
- A burguesia cresce, cresce o mercantilismo, e há necessidade de unificar uma moeda (a troca
não é mais suficiente para aquele mercado intenso).
O poder passa para as idéias – surge a idéia de que o homem é o centro do universo e a
racionalidade humana deve levar o homem a buscar a sua felicidade dentro de possibilidades
que ele possa utilizar sem comunicação com o divino.
Começa-se a discutir divisão do poder, participação do poder e vontade da maioria.

- Renascimento e humanismo: negócios, ascensão da burguesia, centralização política, reforma


religiosa – antropocentrismo e racionalismo.

- Iluminismo – Inglaterra – Revolução Gloriosa – Carta de Direitos de 1689 – Locke e o início


do pensamento liberal
O centro gravitacional da soberania fica no parlamento (o monarca que tem que ouvir parte
da sua burguesia).
Começa a discussão da participação popular.

- Colonização Americana: idéia de um mundo próprio. Já foram povoadas com a idéia do


devido processo legal (não se tiraria a propriedade sem ouvir a outra parte), com a idéia de que
não havia domínio de poder e a maioria decidia.

- revolução francesa – contrato social de Rosseau


Este contrato vem determinado em lei, com as definições de território, cidadania e soberania
que a gente já tem hoje.

Centro gravitacional da soberania passa a ser o povo.


Ao longo da história vários modos de poder e várias configurações de Estado.
Organização e contenção do poder do que vai zelar pelo poder do coletivo, sem prejudicar o
direito de cada cidadão.

- Resumo aula passada:


Formação do Estado moderno (Jean Bodin): soberania = monarca
Iluminismo (Locke): soberania = parlamento
Revolução francesa (Rosseau) – soberania = povo.

- Independência Americana
O princípio da legalidade estrita é adotado como protetividade do cidadão. É preciso ter uma
constituição que vai delimitar a atividade do Estado.

- Revolução francesa – constitucionalismo (reverência à lei estrita)


Esse estado deve ficar afastado da vida social (ele tem um quadrante de regramento bem
pequeno)

- França napoleônica:
Tratado de Viena: evitar guerras (finalidade de redesenhar a Europa)

- Entre o Tratado de Viena e a 1ª GM surge a revolução industrial – a matriz econômica começa


a mudar em função da situação geopolítica e a modernidade começa a avançar (faz com que os
filósofos pensem na protetividade da pessoa)

- No momento da 1ª Guerra surgem as Constituições do México e da Alemanha


Consagração dos direitos de 2ª geração: relações produção e trabalho, educação, cultura,
previdência – os direitos vêm positivados na Constituição (as pessoas começam a discutir que
essa protetividade é importante).
Aqui o Estado é mínimo – na economia já começa a “vigorar” a mão invisível do mercado, que
vai controlar a economia. (o meso do absolutismo faz com que o Estado seja mínimo e a matriz
econômica seja responsável por regular as questões comerciais.

A Alemanha assume a responsabilidade pelos atos de guerra.


Surge Hitler que reergue a Alemanha e insere no povo o sentimento de revanchismo e,
resguardado pela Lei, faz um governo de crueldade.

- Tratado Versalhes (1919): acordo de paz


O Estado precisa garantir coisas, inclusive os Direitos Humanos.
A situação de crise põe em cheque toda a legalidade que emergiu do contrato social.

- A mão invisível do mercado continua regulando as relações econômicas.

- Quebra da bolsa (1929): Estado mínimo e teses de mercado regulando a economia.


Intervencionismo: a situação da quebra gerou um sentimento de nacionalismo.

- Estados nacionais – perfil totalitário


O Estado vai socorrer o agente econômico e a população (passa a intervir fortemente na vida
das pessoas e na atividade econômica).
Estados com perfil totalitário: Portugal (Salazar), Itália (Mussolini), Alemanha (Hitler), Brasil
(GV).

- Os EUA se vê numa situação confortável e cria ambientes econômicos: FMI (fundo monetário
nacional – para que em momentos de crise possam todos no mundo utilizar esse valor)
Ainda não se sabia se a opção melhor seria o estado mínimo ou o intervencionista.

- Guerra fria (mundo dividido):


Quem era capitalista e precisava do $ americano não podia ter relação com países comunistas.
E países comunistas que estavam preocupados com o seu modo de ver a economia (para
sustento dela própria) não estavam abertos a mercados com o dos EUA.
Todos os esforços ficam concentrados na indústria bélica porque ela também movimenta a
economia.

Neste momento, o poder, os conceitos de cidadania e soberania começa a ser discutido.


As relações internacionais vão ficando complexas, aumentando as dimensões dos acordos
internacionais. (para fazer um acordo o país tem que ser tão soberano a ponto de poder abrir
mão da sua soberania para abrir mão da mesma no acordo.
O capitalismo se sustenta do mercado, que precisa de outros países consumidores e até
fornecedores.

- Queda do muro de Berlin.


O mundo dividido vira um bloco econômico, ainda sem saber se o Estado ideal é o liberal ou o
intervencionista.
Surgiram blocos comerciais que, com a crise dos EUA, repercutiam em cada ponto do mundo.
Se formam blocos sociais.
Em momentos de crise o Estado se posiciona. Entretanto ainda não se sabe qual a posição dele.
Do ponto de vista do Direito Econômico, os blocos econômicos (união européia, MERCOSUL,
etc.) já estão em crise. (as bolhas econômicas sempre acontecem)
O mundo moderno se junta contra os chamados cartéis: grupos de agentes econômicos que se
juntam para ditar o regramento da economia de um determinado momento – garantir a
competitividade para que se tenha possibilidade de escolher número e qualidade.

- Capitalismo: mercantilismo (Estado monárquico poderoso  grupos econômicos começam a


querer autonomia  forte atuação estatal)
O direito econômico nasce com o capitalismo no momento do mercantilismo.

- Economia clássica (sucessora do mercantilismo): livre iniciativa, economia separada do


Estado.

- Adam Smith: mão invisível da economia regula o próprio mercado e mantém o equilíbrio
social (os agentes econômicos estão prontos para, entre si, manter o equilíbrio).

- Contrato social (estabelecido no constitucionalismo) apoiado na autonomia e igualdade na


troca.
É base do liberalismo para chegar ao equilíbrio,

Fordismo, forte industrialização.


As forças se unem para aumentar o seu lucro (no capitalismo lucro não é crime)  grupos
econômicos de poucas pessoas vão determinar como “andará” a economia local.

- Capitalismo liberal
Lei Antitruste Americana (1897): combate ao monopólio.
Marco institucional da economia.

- Constituição Alemã (já se fala em protetividade econômica constitucional – Estado devedor do


cidadão) e Constituição Mexicana (direitos trabalhistas e previdenciários protegidos e tutelados)
Marco da protetividade pelo Estado regulando a economia.

- Proteção constitucional de direitos de segunda geração X total liberalismo da economia.

- Keynes: Estado intervencionista. – com base no cenário mundial dos cartéis.

- Roosevelt: começa a estabelecer do ponto de vista do Estado o controle de crédito e de


financiamento.
Estabelece as políticas de exportação (só o que é excedente) e importação (só o que não
produz).
Políticas públicas.
Discute direitos trabalhistas e previdenciários.
É um Estado que intervém drasticamente nas políticas econômicas.

- Crise de 1970 – crise do intervencionismo (países pobres com muitas dívidas / crédito, países
ricos sem capital)
- EUA e Inglaterra discutem um Estado diferente e ainda em formação: regulador e fiscalizador.

- Estado atual em formação: regulador (inspiração teórica inglesa e inspiração prática


americana: serviço público prestado pela iniciativa privada, com um Estado pequeno que vai
regrar essa economia).

Direito Econômico: ramo do direito que vai definir as políticas econômicas de determinado
Estado.

- Economia: analisa o mundo do “ser” (fato econômico) e como Produção, Distribuição e


Consumo acontecem e se relacionam  estabelece o mundo do “dever ser” (fato jurídico) e
como os agentes econômicos devem se comportar.

- Estabelece o que vai ser e como vai atuar o Estado.

- A relação comercial de importação e exportação tem perfil constitucional.


- Capitalismo liberal: lucro, produção, propriedade e uso dos meios de produção, mercado
(oferta e procura – regula), liberdade.

- 1ª Guerra: fim do capitalismo liberal.

(só se fala em mercado quando se fala em escassez)

- Capitalismo social: Kaynes (intervencionismo), Estado intervencionista (direto – agente


econômico, ou indireto – agente de regulação).

- Estado atual (regulador em formação):


Economicidade
Juridicidade (direito conteúdo ideológico, reflexo permanente dominante de cada época, e
instrumento de justiça social) – relação humana (cria-se o dever ser) – manifesta-se
juridicamente (trabalho, família, contratual) – organizado sistema de norma.
O conceito de juridicidade trata das trata das relações humanas, complexas em todos os seus
níveis.

- Direito dirige: fato econômico (social) e fenômeno jurídico 9º direito olha o fato econômico
frente ao fenômeno jurídico que vai se manifestar na norma).
O mundo do ser que é o fato econômico que é o objeto de estudo da economia.
É a constituição, quando dita “econômica”, que determina a organização da ordem econômica
local.
Quando fala de ordem jurídica se remete a imposição de conduta. X Quando fala de ordem
econômica pode ser capitalista, socialista ou neoliberal.
a) Na capitalista existe o lucro a ser buscado pelos meios de produção que são garantidos pelo
direito do sociedade e da ordem capitalista.
b) Na socialista o estado define como a propriedade vai ser utilizada e como a economia vai ser
perpetrada por cada cidadão.
c) Na neoliberal vai se respeitar a livre iniciativa e a propriedade privada, mas esses agentes
devem atuar de modo a respeitar a justiça social (mix das duas) – o Estado vai propiciar, por
exemplo, vantagens para as PME.

- Constituição política econômica: um Estado que dentro de um ordenamento econômico e


político vai encaminhar e proteger o todo e o coletivo.

- Todos os países, independente da ordem em que se estabelecerem, “lutam” contra o cartel.

O Direito econômico direciona a política, olhando o fato econômico, o fenômeno social e como
o Estado encaminha essa situação (precisa dar segurança a seus agentes econômicos).

- Objetivo: perseguição e realização da justiça social.

- Agente econômico pessoa física (inclusive o informal que é objeto de preocupação), PJ e PJ


pública.

- As normas são divididas em três aspectos:


- Para falar de norma, precisa falar de fonte (as fontes dentro do direito econômico assumem
uma importância muito grande, precisam ser analisadas atentamente, e muitas vezes se
tencionam com conceitos do mundo normativo – conceitos do mundo jurídico e do mundo
econômico e privado precisam se equacionar).

Estado atual: jurisdicidade (sistema relação humana sob aspecto jurídico), economicidade
Influenciado por regras e situações da ciência econômica.
- direito dirige o mundo de ser e dever ser (fato econômico)
- Fato econômico: produto, distribuiição, consumo.

Ciência Econômica: especulativa, descritiva, mundo do ser (como as coisas acontecem –


independente do aspecto jurídico), economia, microeconômico, macroeconômico (especulativa,
descritiva).

Direito Econômico: positivada, prescritiva, dever ser, jurista (bem estar pesado na balança,
objetiva o bem comum)

- Intervenção do endiv. E a sociedade com os fatores do todo Econômico.


- Conteúdo de vários ramos do direito (igualdade entre sujeito): relação centrada na eficiência
administrativa.
- Mercado – onde há troca (existe independente do direito, não há forma) e suas próprias leis:
oferta e procura, formação, preço, lei do valor.
Precisa de um sistema normativo para impor limites à essa situação para que a mão invisível do
mercado não gere a união de poucas pessoas e agentes que concentrem o lucro.
- Fonte da ciência econômica é diferente da fonte do Direito econômico
Fonte: fundamento transição entre produção e objeto – manifestação do Direito: regra, vigência
e eficácia.

- Formas de elaboração do Direito Econômico (civil Law, commum law): CF, Lei, ato
normativo, jurisprudência administrativa e judicial, crença econômica.

- Constituição: normas programáticas dirigidas para a atuação do órgão estatal (como ele vai se
importar, vinculado as vontades políticas estabelecida) e normas impositivas.
Eficácia das normas: plena (imediata, pronto e acabado), contida (regramento pré estabelecido
com competência discricionária que pode regrar ou não uma determinada situação)

Onde a Economia Encontra o Direito


Armando Castelar Pinheiro e Jairo Saddi

4: a eficiência se constitui no problema fundamental dos economistas, e a justiça é o tema que


norteia os professores de Direito  mundos diferentes
O embate entre dir e economia no Brasil cresceu com a avalanche de planos econômicos e com
a CF.
Os dispositivos vagos e a crescente hegemonia do poder executivo geraram o que há de mais
nefasto: déficit nas contas públicas.
5: os sistemas jurídico e econômico estão intimamente ligados ao sistema político.
“se houver um mercado sem direito, teremos uma selva selvagem, se houver direito se um
mercado, haverá a paralisação do país,
O judiciário julga sem considerar a extensão do plano econômico.
Ocasionalmente, as decisões políticas no país são mais baseadas na leitura política do juiz do
que na letra fria da lei. Essa tendência aumenta nas decisões com relação às provatizações.
Reflexo do papel de promover a justiça social, defendendo um grupo mais fraco (ainda é uma
minoria).
A administração da justiça é dever do juiz que julga, do promotor que representa a sociedade e
do advogado que defende seus clientes.
O advogado era considerado o chato necessário. – essa imagem se mostrou equivocada e
destorcida. – hoje o advogado é fundamental para agregar valor ao acionista e evitar riscos que
possam colocar em xeque o negócio em si, parte desses riscos resulta da expropriação que pode
ocorrer por atos do príncipe, insuficientemente controlado ou coadjuvado pelo judiciário (risco
jurisdicional).
As empresas encaram o judiciário como alternativa pouco eficiente, com relação custo-
benefício desequilibrada.
O papel do direito e do advogado servem para criar regras de comportamentos que tutelam a
atividade humana.
Exige do advogado a responsabilidade social com foco na defesa de seu constituinte. – o
advogado deveria pensar e agir com uma espécie de reserva moral para questões públicas.que
possam afetar a reputação do negócio.
Se o advogado não funciona como conselheiro, significa que ele precisa resgatar a dimensão
moral que deveria fazer parte da carreira jurídica.
Instituições fortes e respeitadas contribuem para o crescimento econômico.
As Leis têm importante papel em alocar os direitos de propriedade de forma a minimizar o
impacto dos custos de transação sobre a eficiência econômica, e em definir distribuição de renda
em geral – os contratos têm função de organizar a produção por meio do mercado e distribuir
riscos entre os agentes econômicos.
As leis atuam sobre a atividade econômica, por intermédio da política econômica,
desempenhando função de (i) proteger os direitos de propriedade privada, (ii) estabelecem
regras para negociação e alienação desses direitos, entre agentes privados e entre eles e o
Estado, (iii) definem regras de acesso e saída dos mercados, (iv) promovem a competição e
regulam como a conduta das empresas em que há monopólio ou baixa concorrência.
3 tipos de regras: as de conduta, de organização e as que induzem os agentes a um dado
programa. Funções descritiva, expressiva e prescritiva. – as leis são comandos de autoridade
que impõem custos ou benefícios aos participantes de uma transação na economia e que sofrem
incentivos (positivo ou negativos) no processo de seu cumprimento.
As transações humanas, comerciais e de trocas são reguladas não só pelo sistema de preços, mas
também pelos contratos.
A política econômica, nada mais é do que a escolha de regras e procedimentos legais e
estruturas administrativas com o objetivo de maximizar o bem-estar social.

Regras: acesso e saída do mercado, regula competição, conduta concorrencial.


Noção de justiça: tudo o que é exato, justiça moral do indivíduo,
Por isso que em matéria econômica, a justiça é centrada no Estado para que ele faça o balizador.
Sistema jurídico: tanto o civil Law como o common Law são indutores de conduta, meios de
solução de conflitos e sanção de mecanismo de incentivo.
No common é necessário aplicar primeiramente os princípios, já no civil é sempre necessário e
tem toda a importância aplicar a lei.
Princípios constitucionais (sob o aspecto econômico – direito administrativo, direito público):
contraditório, ampla defesa, legalidade (ninguém pode alegar ignorância para descumpri-la),
supremacia da lei, finalidade (finalidade de uma lei é econômica é buscar a justiça social,
buscando o respeito à igualdade, com os meios diretamente conectados com o fim que a
administração almeja – por isso, proporcional e razoável: é um meio de controlar os atos que a
administração vai usar para regras a competição econômica) e legalidade (sempre ligados
juntos), proporcionalidade, razoabilidade (existência do sincronismo entre o que é colocado na
norma e o que é razoável). – independente de qual maneira o direito vá se apresentar porque ele
vai induzir conduta, solucionar conflitos e sancionar incentivando.

(faltei na aula de 02/09)

A ordem econômica precisa da jurídica, e vice-versa: tudo isso vem consubstanciado na CF.
As normas do direito econômico são infralegais e advém do próprio texto constitucional.

- Sujeitos do Direito Econômico: agentes econômicos – pode ser o Poder Público ou a iniciativa
privada.

- Objeto do direito econômico / finalidade: realização da justiça social por meio da política
econômica.
- Normas (têm uma característica de maleabilidade): a lei propicia interpretação maleável em
razão da própria dinâmica da economia.
Normas pragmáticas, premiais e objetivas (definem as políticas públicas com base na CF).

- Fundamento do Direito Econômico: principio da economicidade que vem acompanhado do


princípio da eficiência.
O regramento vai condicionar as políticas públicas a legislação infra constitucional que advém
dela.
O resultado tem que ser vantajoso (o dir. econômico busca a justiça social – em razão desse
princípio tem a recuperação das empresas, políticas ambientais).
A eficiência tem custos diminuídos e potencializa a escala de produção – busca o equilíbrio
entre a liberdade da empresa e o direito de propriedade condicionando-os no equilíbrio da
justiça social.

A CF, 88: aspecto social e econômico.

- O Estado assume, diante da determinação constitucional, função fiscalizadora, normativa,


reguladora, planejadora, fomentadora e repressora (reprime a dominação de mercado – precisa
ter pluralidade de agentes prestando serviços e produzindo materiais para se ter empregos –,
reprime a eliminação da concorrência, e reprime o aumento arbitrário de lucros – não é
permitido diante do nosso ordenamento constitucional que haja um aumento que não ocorra
dentro de uma razoabilidade).
Obrigação do Estado exercitar seus poderes a cada momento dentro dessas funções.
O direito econômico informa a obrigação estatal de perseguir, por meio da política econômica, a
justiça social  o Estado existe para perpetrar a dignidade da pessoa humana.

- Ordem econômica (4 capítulos): princípios gerais, política urbana, política agrícola e fundiária
e sistema financeiro.

- Artigo 170, CF: a ordem econômica é fundada na valorização do trabalho humano e a livre
iniciativa.
A valorização do trabalho significa a obrigação do Estado em fomentar a economia para que
existam postos de trabalho.
Precisa-se ter mão de obra qualificada: o estado tem obrigação de fomentar a economia para que
existam agentes econômicos, postos de trabalho e mão de obra qualificada para ocupá-los
(também é função do Estado possibilitar essa qualificação).
A livre iniciativa: o direito de propriedade é garantido e as pessoas podem empreender como
entenderem  a livre iniciativa fica condicionada ao regramento do Estado e da CF (deve ser
uma legislação que vai buscar, por meio da política econômica, a justiça social). É livre na
medida em que a CF estabelece.
Finalidade dos fundamentos e da ordem econômica: a existência digna conforme os ditames da
justiça social  garantir oportunidades efetivamente igualitárias a todos aqueles que estão
dentro do Estado – essas oportunidades devem gerar condições mínimas de subsistência (o
direito ao mínimo é obrigação do Estado que será implementada por meio de políticas públicas
de caráter econômico).

Estado Social:

- O Estado tem o poder / dever de ser o promotor de políticas públicas.

- Continua protegendo a propriedade privada e a liberdade de contratar, mas essa protetividade


sofre um alargamento por conta da função social.

- O Estado social assegura direitos e passa a implementar direitos (justiça social).


- O Estado Social se preocupa com o Poder Econômico, sendo ele um poder que pode ter como
conseqüências nefastas a miséria, a fome e a desigualdade.

- O Estado Social influencia as constituições e a ideologia das mesmas (na saúde, educação,
trabalho, redução das desigualdade  o Estado é chamado a implementar e assegurar direitos
frente à existência do Poder Econômico).

- Art. 170: Pleno Emprego


Copom (tem função de segurar a inflação) – fixa taxas de juros em patamares elevados. Custo
social? Não pode ser maior do que a implementação e asseguração do Estado.

- Art. 5º, XXXII: Direito do Consumidor


Tarifa Bancária: MPU instaurou inquérito civil  Resolução 3.581, Bacen (se discute se a
competência é do CADE ou do Bacen, mas já existe um convênio entre eles).

- Constituição Federal (aspecto material): normas versam sobre economia  sociedade


capitalista (conciliar capital e trabalho): Direitos Fundamentais fundados na noção de dignidade
da pessoa humana justificam a existência do Estado.

- Soberania (capacidade de organização e se conduzir livremente)


Soberania política: fundamento da república (art.s 1º e 4º), objetivo da república (art. 3º)
Por que tem soberania de novo no artigo 170?
Soberania economia: poder exercido com base nos interesses nacionais (e proteção a eles)  o
Estado poderá ser ou agir como Estado Empresário (quando explora atividade econômica),
prestador de serviço, detentor do monopólio, agente normativo e fiscalizador das políticas
econômicas (tudo com fundamento no poder dever do Estado na soberania sob o aspecto
econômico que está no inciso I do artigo 170 da CF).

- Art. 172: capital estrangeiro com pelo Bacen


Controle do dinheiro estatal  evitar dependência e fuga de lucros.
Em nome da soberania econômica há um controle – não há xenofobia ao capital estrangeiro.

- Art. 149: tributos econômicos (em nome da soberania econômica pode-se instituir uma carga
tributária)
Cide (exemplo)
Leis 10.168/2000 e 10.336/2001: Royaltes sobre empresas estrangeiras – o valor auferido ali
deve ser empregado em fomento à tecnologia (tudo em razão da soberania econômica)

- Vedação / restrições da atividade econômica na CF:


Art. 222: empresa jornalística só para Brasileiro nato ou naturalizado a mais de 10 anos
(privativo – em nome da soberania econômica);
Artigo 199, parágrafo 3º (assistência à saúde livre à iniciativa privada, vedado o ingresso de
participação estrangeira – em nome da proteção dos interesses nacionais e da soberania
econômica);
Artigo 192 - sistema financeiro (é a lei que vai definir a participação de capital estrangeiro nas
instituições que o integram) - ex.: Santander;
Artigo 190 - imóvel rural (limitação no que diz respeito à aquisição ou arrendamento de
propriedade rural por PF ou PJ estrangeira)  4.504/64 – Estatuto da terra (define como vai se
estabelecer a propriedade da terra), 5.709/71: aquisição por estrangeiro (define a limitação e
como será a aquisição de terras e loteamentos por estrangeiros), 6.634/79 – faixa de fronteira
(não pode ser de estrangeiro).

Ora há abertura em razão da necessidade de ativação do desenvolvimento econômico, ora essa


abertura se reverte em protetividade.
Quando o Estado tem a obrigação de implementar, tem que fazer a proteção dos seus nacionais
(inclusive como se trabalha a remessa de recurso que o nosso capital não tem – há uma
superioridade evidente, da qual deve ser protegido)  e quando há omissão do Estado há
responsabilidade objetiva (art. 37, p. 6º).
É um ente balizador de que até que ponto a iniciativa privada pode ir, fundada na função social.

Princípio da Soberania Econômica:

- 176 monopólios Natural: Jazida, recursos minerais, potenciais de energia  bem público
distinto do solo  monopólio instituído pela Constituição Federal.

Propriedade particular (art. 176, p. 2º)


Artigo 176, p. 1º: autorização para explorar: brasileiro ou pessoa jurídica constituída sob leis
brasileiras – sede local.

- Propriedade privada: (não copiei)

Direito à propriedade móvel (é o que tem maior interesse para o Direito Econômico): verifica
os bens, sua produção e sua destinação  a propriedade móvel está confinada dentro dos bens
de produção ou de consumo, e vai trazer uma vantagem ao fornecedor ou ao consumidor.

Liberdade de Empresa: o agente pode definir quais meios de produção, como será produzido,
como vai distribuir lucros e riscos, como vai se relacionar e empregar seus funcionários.
O Direito de propriedade móvel dá liberdade à empresa de decidir a sua e existência no mundo
jurídico.

A liberdade encontra limites: (i) na própria livre concorrência, (ii) liberdade de organização
(essas organizações só poderão existir se não prejudicarem a própria concorrência – a
associação é permitida diante da liberdade de empresa desde que não prejudique a concorrência
 o resultado final é que nada prejudique o consumidor).
Concentração horizontal: empresas que cuidam do mesmo objeto e não há trato de matéria
prima (cumpre ao Estado verificar qual o resultado da associação).
Concentração vertical: vai desde a matéria prima até o produto final (é obrigação estatal
verificar essa associação).

- Princípio da Livre iniciativa: os agentes econômicos podem e devem atuar livremente no


mercado.
O mercado ideal seria aquele em que produtores pequenos produziriam para consumidores
pequenos.
Nosso CC diante da nossa Constituição econômica trouxe estabelecidos a função social do
contrato e a função social da empresa (e consequentemente a lei de falências foi alterada para
incluir a recuperação social --. Art. 47 da 11101/2005)
A livre concorrência é um ambiente concorrencial saudável que respeita a livre iniciativa
condicionado pelo Estado.

- Princípio da Defesa do Consumidor: o CDC informa a obrigação de uma política de consumo


 regra como os agentes econômicos vão agir dentro de sua atividade e liberdade em respeito
ao consumidor (além do lucro, deve haver um resultado positivo que não prejudique o
consumidor).

- Princípio do Meio ambiente (definido constitucionalmente como bem público que deve ser
preservado pelo Estado e por todos): é também uma limitação à propriedade privada  concede
benefícios tributários, apoios creditícios,etc. (o Estado é obrigado a condicionar a livre iniciativa
para preservação do meio ambiente para as gerações atuais e futuras).
- Princípio da redução da desigualdade regional: cabe ao Estado proporcionar igualmente
condições a todos os seus habitantes (fundo de arrecadação dos Estados: quem arrecada mais
deposita mais e aqueles necessitados podem fazer uso do fundo).

O problema da discussão do pré-sal: problema da ordem econômica que precisa ser respeitado
(o Estado não tem só que regular mas também fiscalizar).

- Princípio da busca do pleno emprego (valorização do trabalho está no caput do 170): ligada à
redução das desigualdades  estado tem que criar postos de trabalho e equacionar a melhoria
da mão-de-obra.

- Tratamento da Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte: vários benefícios pra esse tipo de
agente econômico para que o mesmo possa concorrer em igualdade de condições para diminuir
a desigualação para diminuir a desigualdade e buscar postos de trabalho  Lei Complementar
123.

Os princípios obrigam e direcionam a atividade Estatal e condicionam a atividade do particular.

- Adin 319:
Marco de posição do STF dizendo que a livre iniciativa não é absoluta  o Estado pode intervir
na livre iniciativa para regular o índice de aumento das mensalidades escolares com o fim de
proteger os direitos do consumidor.

- As micro e pequenas empresas são o pilar da economia pois geram empregos.

Adin 3512:
- Ação proposta por governador do Espírito Santo contra Lei que estabelecia isenção por conta
de doação de sangue  intervenção do Estado na Economia.
Intervenção por indução como incentivo para doação de sangue  foi a primeira vez que o STF
estabelece todos os tipos de intervenção.
- Intervenção do Estado por meio da absorção: monopólio do Estado em algum setor da
economia;
- Intervenção por participação: Estado na economia competindo de igual para igual com as
outras empresas;
- Intervenção por direção: o Estado estabelece limites e parâmetros para atuação;
- Intervenção do Estado por meio da indução: induz como será a atuação em determinado setor
da economia.

HC – 14.338:

- Senhorinha fez um financiamento com alienação fiduciária no valor de 6.000,00, não pagou, a
dívida chegou a 90.000,00, e o Banco entrou com ação de busca e apreensão pedindo restituição
do bem, pagamento da dívida ou prisão civil.
- O STJ entendeu que houve violação do princípio da dignidade da pessoa humana, que como
direito fundamental transpões a esfera privada  em que pese existir a liberdade de empresa e o
princípio da propriedade privada móvel, o HC define a dignidade da pessoa humana como um
limitador do poder econômico.

Responsabilidade do Estado por Dano Decorrente do Planejamento:

- Artigo 174, CF: como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado
exercerá na forma da lei função de fiscalização, incentivo e planejamento.
- Plano: feito por um grupo de técnicos e vai se materializar num plano que, normalmente, vem
materializado numa lei.
- Planejamento: para o particular chamar a responsabilidade da autoridade estatal, precisará
comprovar que sofreu um dano porque foi levado a acreditar em alguma coisa.

Ordem Econômica, Intervenção Estatal e a Limitação do Controle de Preços:

- Valorização do Trabalho: ela própria e a proteção do trabalho  dignidade da pessoa humana;


- Livre iniciativa: propriedade privada, liberdade de empresa, livre concorrência e liberdade de
contratar.
- Princípios de funcionamento: atribuem ao particular as regras do jogo, de atuação na ordem
econômica; e princípios fins: objetivos da constituição em relação à ordem econômica.
- Intervenção do Estado na fixação prévia de preços privados: vedada pela Constituição.
- Intervenção do Estado na fixação posterior dos preços privados: exceção, pelo princípio da
razoabilidade, por determinado tempo até o mercado de reerguer, por preço justo, garantindo
um lucro mínimo (periódico).
A doutrina diz que não pode existir tabelamento de preços.

Agências Reguladoras:

- Penetração do Estado na vida social e individual:


Estado liberal da pré-modernidade (maior bem estar comum, de funções reduzidas, confinadas à
segurança, justiça e serviços essenciais).
Modernidade: introdução dos conceitos da função social da propriedade e da empresa, direitos
sociais.
Pós-modernidade (o Brasil entrou diretamente neste sem passar pelos outros dois): abrange
direitos mais amplos e difusos  “Estado ineficiente, com desperdício de recursos, morosidade,
burocracia e corrupção” (Barroso)

- Extinção de determinadas restrições ao capital estrangeiro;


- Flexibilização dos monopólios estatais;
- Privatização (se o Estado não proporciona eficiência, é melhor privatizar)

- Estado mau administrador, com ausência de recursos  concessão: o Estado continua tendo
responsabilidade e dever em relação aos serviços.

- Autarquias: PJ de Direito Público interno e faz parte da Administração Pública Interna; tem
capacidade exclusivamente administrativa (o Estado descentraliza parcela do serviço, dando
titularidade do serviço a outras PJ); e é centro subjetivado de direitos e obrigações distintas do
Estado (tem capacidade, personalidade jurídica, autonomia financeira, administrativa e
orçamentária  é sujeito de direitos e obrigações distinto do Estado); o Estado tem
responsabilidade subsidiária.

- Agências Reguladoras: autarquias em regime especial.


Controle de tarifas, universalização do serviço, fomento da competitividade, fiscalização e
arbitramento dos conflitos entre as diversas partes envolvidas.

Plano Diretor:

- Em 95 foi alterado o aparelho do Estado (e não o próprio Estado) e o plano diretor justifica o
motivo dessa alteração  a necessidade da reforma surgiu por conta da crise do Estado e surgiu
para defender a res pública.
A reforma de seu no âmbito político e na administração (patrimonialista, burocrática e
gerencial)  a evolução e dinamização do aparelho do Estado tem como fim a administração
gerencial a fim de otimizar o interesse público.

- A administração pública gerencial (que era meta do plano diretor) visa atingir de forma
satisfatória o interesse público e o bem comum, com prestação satisfatória de serviços aos
cidadãos.

- No estado de evolução do capitalismo moderno, segundo o plano, haveria um 3º tipo de


propriedade que seria pública não estatal.
Não torna pública pelo toque da administração pública, mas sim pela publitização (efetiva
participação popular, atende à propriedade pública, está em mãos privadas porque é de PJ de
Dir. privado, e é financiada pelo setor público e pela própria sociedade).

- Núcleo estratégico: governo (3 poderes) define as leis e as políticas públicas e cobra seu
cumprimento, atividades políticas

- Projetos base: reforma do aparelho estatal, a ser conduzida pelo Ministério da Administração
Federal da Reforma do Estado (estimulador da reforma).
1. plano horizontal: avaliação estrutural da forma global e estrutra do estado;
2. análise vertical das atividades exclusivas do estado (na criação de agências autônomas);
3. serviços não-exclusivos: projetos de organizações sociais (OSCIPES – propriedades públicas
mas não estatais).

A constituição, no capítulo da ordem econômica (emenda 19), menciona o Estado Regulador:


regula e intervém na economia de diversas maneiras e terá as agências reguladoras (o fato de o
Estado ser regulador não tem nada a ver com as agências reguladoras).

Adins 1978:
- Fundos de participação dos estados e dos Estados e do Distrito Federal – Lei Complementar
62 de 1989.
Até 1991 seria aplicada uma percentagem específica para o rateio dos fundos e depois desta data
surgiria uma nova lei (que não foi feita, de forma que continua sendo aplicada a lei
complementar 62).

A Constituição determina que a Lei Complementar regule critérios, mas a lei regulou
coeficientes (que seriam de competência de TCU).

- Bases para o julgamento:


A promoção de equilíbrio socioeconômico entre as entidades federativas é princípio
constitucional (não se discutiria se a lei foi formulada às pressas, .

A lei acaba sendo declarada inconstitucional porque não estabelecia critérios, e porque os
coeficientes estipulados eram baseados em dados históricos, e não retratava a realidade
socioeconômica atual dos entes estaduais.
Entretanto, fica assegurada sua aplicação até 31.12.2012 para que não haja uma lacuna
legislativa (para que o Congresso Nacional tenha um tempo razoável para formular uma nova
lei).

ANEEL – agência nacional de energia elétrica:


- Autarquia de regime especial, vinculada ao ministério de minas e energias, criada pela Lei nº
9.427/1996.
Missão: proporcionar comissões favoráveis para que o mercado de energia elétrica se
desenvolva de forma equilibrada que atenda de maneira mais eficaz o interesse público.
As primeiras agências criadas têm um objeto a ser regulado, e este objeto confere a
especialidade à agência  ela regula a prestação do serviço público.

- É competência da ANEEL fixar a tarifa: estipula um parâmetro mínimo a ser cobrado definido
no edital.
O reajuste é ajustado por um índice pré-fixado.
Não tem tabelamento de preço, mas o Estado regula as tarifas.

- A última instância administrativa é a diretoria da agência, exceto questões de concorrência que


vão ao CADE.
- Descentralização.

- Mediação: estabelecida em contrato, utiliza por vezes preceitos da arbitragem.

- Universalização dos serviços: a ANEEL deve estabelecer as metas e os prazos para as


concessionárias, com o fim da universalização do uso de energia elétrica (foi criado um fundo
para garanti-la).

- Serviços de saúde, educação, são serviços de relevância pública, mas não serviços públicos 
é um direito assegurado constitucionalmente ao qual o Estado deve garantir.

(mineiros em terreno, pode uma empresa estrangeira explorar?)


Jazidas pertencem à união  autorização ou concessão pela união, por brasileiros ou empresas
constituídas sob leis brasileiras com sede e adm no país
Princípio da soberania econômica  desenvolvimento deve ocorrer sob a direção do governo
brasileiro

(empresa pública responsável pela construção de aviões)


Quando necessário aos imperativos de segurança nacional ou interesse público, o estado pode
explorar diretamente atividades econômica por meio de empresa pública ou sociedade mista 
empresa sujeita ao regime próprio das empresas privadas. A responsabilidade é subjetiva, já que
o Estado está explorando atividade econômica.

Propriedade móvel diz respeito à atividade de produção, prestação de serviços e consumo em


massa. Liberdade de empresa, limitado por vedação de práticas concorrenciais abusivas e
vedação à concentração econômica. A propriedade é expressão do capitalismo, e entre os
princípios da ordem econômica, é limitada por sua função social.

Princípio da soberania econômica  o Estado deve atuar na economia interna, por interesse
nacional. A empresa pode se tornar nacional transferindo sua sede para o país e com autorização
governamental  vedada empresa ou capital estrangeiro na saúde (porque não tem lei que
regularize)
09/11/10

Concorrência: equilíbrio entre oferta e procura


Interesses, mercados, países, conquistas, etc..

- Globalização: bom ou ruim?

- Proteção: com ou sem Estado  idéia recente

- o que verificar: quais as regras se aplicam, relação dos poderes estatais regulamentado e
fiscalizado, sistema concorrencial – interrelacionamento entre mercado e regulação estatal
Direito da concorrência:

- Sherman act (1.897) – conglomerados não eram problema

- Crack da bolsa – Direito Econômico (ação positiva do Estado)  Constituições Alemã e


Mexicana

- 2ª Revolução Industrial  Petróleo e eletricidade (dinamismo e produção)


Fordismo: produção em massa (grandes corporações)  monopólio

- Keynes: Estado é indispensável para controle da economia e garantido o paadrão mínimo

- Escola Harvard: concorrência é um fim em di mesma, concentração é prejudicial;


- Escola de Chicado: eficiência e bem estar do consumidor – concentração per si não é um mal
(regulação estatal mínima);
- Acordo liberal: garantia da competência  não há objeto pré-determinado efetivamente (o
direito deve gerar possibilidades)

Estamos sob os princípios da economicidade e da jurisdicidade


A economicidade abarca todos os agentes econômicos (inclusive o consumidor), e o princípio
da eficiência traz obrigação fazer com que as partes concorram de uma maneira saudável, e com
que o fornecedor tenha possibilidade de escolha, em conseqüência, possibilidade de encontrar
melhores valores.

- Tipos de repressão:
Práticas restritivas: as obrigações definidas na lei, por si só, causam um dano à economia, e ela
acontecendo deverá ser reprimida  proibição anterior à prática (análise per si de situações
que, antes da sua existência, já são prejudiciais à concorrência);
Repressão dos agentes: práticas pré-definidas que são tidas como prejudiciais à concorrência 
atos que geram dano efetivo (cada caso concreto já existente no mundo jurídico será analisado
pela regra da razão).

- Normas de estrutura: são aquelas que deixam claro ao agente econômico como ele entra, se
mantém e sai do mercado  regras específicas e pontuais;

- Normas de ajuste: vão determinar a postura do agente econômico.

- Modo de produção capitalista:


Livre iniciativa: direito do empresário (do agente econômico) frente ao Estado, abstenção
estatal, liberdade ao particular de se inserir no mercado como achar melhor;
Liberdade de concorrência: direito do empresário frente ao outro empresário (a concorrência
entre os agentes econômicos tem que ser justa e leal), o agente econômico tem um direito
subjetivo da ação do Estado (cerceia a liberdade).

Lei 8884/94 (Lei do CADE)


Forma de Controle:
- a defesa da concorrência não é um fim em si mesmo, mas um meio pelo qual se busca a
eficiência e se busca um mercado sustentável.
O art. 1º estabelece quais os bens sustentados  os bens são de titularidade da coletividade.

- art. 15 (infrações à ordem econômica): a lei se aplica a PF e PJ, direito público ou privado,
associações.
Solidária a responsabilidade individual dos dirigentes e administradores da empresa (traz
inclusive possibilidade de desconstituição da personalidade jurídica).
Essas responsabilidades não exclui os ilícitos previstos em lei.

O artigo 20 define quais são os atos que vão constituir infração, seja ela uma análise da estrutura
ou da conduta (traz os elementos da infração)
I – limitar, falsear ou prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa;
II – dominar mercado relevante de bens e serviços  o mercado é a condição sine qua non para
que exista a produção e circulação de mercadorias e serviços;
III – aumentar arbitrariamente os lucros (confirmar); e
IV – dominação abusiva (se não for abusiva, ok).

É um mercado que se autorregula  advém da liberdade de empresa.


Sistema de relações  função de buscar a eficiência na circulação de bens, melhor condição de
riqueza.
Mercado eficiente é aquele que deixa os agentes econômicos atuarem de forma igualitária,
deixando o agente consumidor em situação de bem estar econômico  um agente econômico
pode ter uma posição dominante (o problema é quando essa posição dominante impõe a vontade
desse agente econômico no ambiente concorrencial)
Há de se verificar se o mercado atingido pela posição dominante é um mercado relevante (quem
define se é ou não é o consumidor)  o Estado relevante tem que propiciar a rivalidade entre as
empresas
Deve ser feita a seguinte análise (sempre feita pela regra da razão): o agente dominante no
mercado relevante pode impor sua vontade? (se for ok, positivo, ele pode ser dominante)
Mercado relevante sobre o aspecto material / produto.
Mercado relevante sobre o aspecto geográfico (regional, nacional, internacional)
Barreiras para a entrada de novos concorrentes (qualquer fato que impeça a concorrência):
regulatórias, econômicas, técnicas.

Há posição dominante? O mercado é relevante? Onde se encaixa a relevância? Quais as


barreiras?

- Ocorre presunção dominante quando a empresa domina mais de 20% do mercado.

- Acordo vertical: diferentes ramos da mesma cadeia produtiva.


- Acordos horizontais (podem ser lícitos ou cartéis): mesmo ramo de atividade e não detêm a
matéria prima  concorrentes fixam preço per si: divisão de mercado em razão de um tipo de
consumidor (por ex., fraudar licitação)

- Repressivo ou de conduta (20 e 21)

- Rol do 21 é exemplificativo  qualquer situação do 21 que tiver algum dos incisos do 20


pode ser reprimida.
I – per si (a prática por si só é um problema à ordem econômica);
II – acordo de exclusividade – análise feita pela regra da razão (cada situação concreta deverá
ser analisada individualmente para saber se ela tem elementos que constituam infração à ordem
econômica).

Ler os incisos do artigo 21 e identificar o que é ação cartelizada, o que é acordo horizontal ou
vertical, o que é a regra da razão e a regra do per si.

- Penalidades: é analisado cada caso concreto para se identificar qual a penalidade adequada.
A análise e a averiguação vêm das secretarias  O CADE é responsável pela a aplicação da
sanção (como o CADE é uma autarquia em regime especial, os princípios constitucionais
processuais devem ser aplicados)
A aplicação da sanção é discricionária  entretanto, a parte tem direito a uma penalização justa.

- A concorrência não é um bem em si mesmo  a sua proteção existe para garantir a eficiência.

Acordos Anticoncorrenciais:

- horizontal:
I - concorrentes fixam preços – cartel (per si);
II - divisão de mercado;
VIII - fraudar licitação;
XX – diminuição da produção.

- deriva do modo de produção capitalista o direito de concorrência: os agentes econômicos estão


um frente ao outro e têm o direito de concorrer de maneira saudável.
- Controle de conduta (art. 21: rol exemplificativo – precisa ter um ou mais infringência aos
incisos) ou controle de estrutura

- Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (dec. 6764/09):


Secretaria de análise econômica (análise da conduta)  vinculada ao Ministério da Fazenda
Tem competência de verificar os preços públicos (não integra nem está ligada ao CADE, mas
faz parte do sistema brasileiro de defesa da concorrência)
Repen conduta
Pode
Secretaria de Direito Econômico: subordinada ao Ministério da Justiça (então é o ministro que
nomeia dirigentes)  essa secretaria investiga a lei em seus diversos artigos.

Investigação – SDE – 4 etapas:


A SDE têm que participar da investigação, a Seae pode participar
(i) art. 30: avaliação preliminar: se tem indício ou se não tem indício
Só está dispensada se houver avaliação do Congresso ou de uma de suas casas.
(ii) Se houver indícios, precisa investigar; se houver indícios suficientes, instaura processo
administrativo (regrado por todo o regramento do processo administrativo); se não houver,
manda ao arquivo, decisão da qual há recurso de ofício ao CADE (31).
(iii) instaurado o processo administrativo, há um prazo de 08 dias (artigo 32) contados do
conhecimento do fato ou encerramento das investigações preliminares, para que o processo seja
instaurado.
PJs legalmente constituídas ou não são objetos de averiguação, portanto, podem ser partes do
processo administrativo.
Instaurado o processo, a parte tem 15 dias para apresentar sua defesa (artigos 33 e SS)  a cada
ato processual que acontecer nesse processo administrativo, a parte será comunicada e terá
direito de se defender.
Desse encaminhamento do processo, terá um parecer final (no âmbito da SDE): pode ser uma
sugestão de condenação (o único que condena é o CADE) ou uma sugestão de arquivamento
(recurso de ofício ao CADE)  a parte não pode recorrer de nenhuma dessas decisões da
secretaria (porque o processo será encaminhado ao CADE
(iv) chegando no CADE será: recebido, sorteado a um dos relatores, abre-se vistas à
procuradoria, que tem prazo de 20 dias para se manifestar.
O Conselheiro Relator verificará se: há diligência complementar, novas informações, e faculta
produção de novas provas.
Julgamento fundamentado e motivado (balizada dentro dos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade): penas que vêm da questão da análise de conduta (art. 23)  se for PJ, a
multa Serpa de 1 a 30% do valor do faturamento bruto; se não for PJ regularmente constituída, o
administrador direta ou indiretamente responsável pela infração cometida pela empresa multa de
10 a 50% do valor faturado pela empresa; se for PF, o inciso III estabelece multa de 6 mil a 6
milhões de UFIR.
Além das multas, há penalidade administrativa (artigo 24 da Lei), sem afastar as sanções penais
(isso tudo é sanção administrativa).
Há vinculação da administração em investigar / apurar o ilícito, entretanto a aplicação da sanção
é discricionária  vem junto da possibilidade de revisão pelo judiciário (onde, como e em que
limite? Entendo que só no que tange às disposições vinculadas)

Nos momentos (iii) e (iv), se houver necessidade de formar uma opinião, pode haver uma
cautelar com efeito satisfativo com a finalidade de formar a prova daquela concorrência que está
sendo prejudicada  tramitará e será concedida, ou não, no judiciário.
Nesse momento o CADE pode se emprestar de algumas medidas de leis extravagantes.

O prazo de prescrição vem definido no artigo 28  revogado por Lei Federal que estabelece a
prescrição administrativa em 5 anos e prescrição intercorrente em 3 anos (processo ficar parado
por esse tempo, decreta prescrição de ofício)
O que for pena atende os limites da lei penal (109).

- acordo de leniência ou delação premiada (artigo 35, “b”):


Somente a SDE pode fazê-lo.
Vai receber o benefício apenar um dos agentes do cartel, e aquele que for o primeiro partícipe
do cartel a se apresentar com provas concretas, e tem que cessar a prática cartelizada e colaborar
efetivamente coma investigação.
O chefão / responsável pelo cartel, se for identificado, não tem o benefício do acordo de
leniência.
O resultado do acordo de leniência será algum tipo de benefício: imunidade total, se e somente
se não havia qualquer indício da prática (inciso I do p. 4º), se a secretaria já possuía alguns
indícios mas não tinha provas suficientes, aquele que celebrar o acordo terá imunidade parcial
(1 a 2/3 da multa).
O acordo de leniência é totalmente aceito pela administração e pelo judiciário  o MP pode ser
um fiscalizador ou balizador do acordo.

- há uma infração de conduta (21) que pode representar ação cartelizada (precisa analisar se a
infração terá que ser analisada pela regra da razão ou do per si  cartel é per si sempre); o
procedimento administrativo tem que seguir o regramento da lei (estado atual balizado pelos
princípios da juridicidade e da economicidade, ou seja, eficiência que diz respeito a todos os
agentes econômicos); o mercado é formado por concorrentes que definirão os preços e
direcionarão o regramento, que se manifesta pela juridicidade, que tem o fim de garantir a
eficiência.

- a Lei do CADE cuida da proteção da concorrência para garantir a eficiência  além dela
existem normativos penais e processos administrativos (secretarias vinculadas aos ministérios
da administração direta)

- a infração cartelizada não acontecerá, necessariamente como cartel  mas não deixa de ser
infração à concorrência.
Artigo 20: potencialidade de dano (independente de o dano acontecer, se ele for potencial, a
conduta será penalizada).

Estrutura:
- a Lei comercial não veda que existam acordos entre as empresas (há várias possibilidades de
união de agentes econômicos – não é ilícito – fusão, cisão)
O que o Estado faz é um exercício do poder de polícia, a fim de verificar se daquela operação
existirá um resultado danoso para a concorrência (enquanto naquele rol exemplificativo, seja
pela regra da razão ou do per si, são considerados infrações).

- Artigo 54 faz o controle destes atos (que são chamados de estrutura).


Verificar o resultado econômico do acordo para ver se não causa impacto)

- Concentração: pessoas jurídicas que vão se fundir para ter um único centro de decisão  pode
ser horizontal (duas empresas que tem posição semelhante no mercado) ou vertical (elos
diversos de uma cadeia – ex.: e fornecedora de peças), ou ainda no conglomerado (situações
totalmente diferentes, sem nenhum elo ou similaridade da cadeia produtiva).
- Cooperação: não existe a junção, tem apenas um acordo para que hajam de determinada forma
a fim de beneficiar a ambas.
Os dois casos são objeto de tutela e análise pelo CADE.
O artigo 54 é genérico.

- O CADE poderá autorizar os atos, de eles atenderem aos incisos do artigo 54.

- Art. 4º, p. 3º: critério objetivo de situações que são definidas somente para atos de
concentração (não cabe nos atos de cooperação).
Nestas situações, elas devem ser submetidas ao CADE.
As empresas concentradas deterem mais de 20% do mercado relevante; ou
Qualquer dos participantes tenha registrado no balanço anterior faturamento local / em território
nacional (para não abarcar o faturamento de multinacionais no exterior) de 4 milhões.
- Art. 4º, p. 4º: Nesses casos, as empresas devem protocolar em até 15 dias o ato que perfaz a
realização da concentração (há o pagamento de R$ 45.000,00 de taxa para análise)  se não
protocolar no prazo cabe uma multa que pode variar de 60 mil a 6 milhões de UFIR.
- A empresa tem que protocolar 3 vias (uma para cada ente)  caso seu objeto seja regulado
por agência reguladora, deve se protocolada com mais uma via para a agência para que ela saiba
que a concentração está sendo analisada (no regramento das agências consta o dever delas
informar ao CADE caso constate esse tipo de operação).
- Nos casos de empresas que têm objeto regulado pela ANATEL, o parecer dela deve substituir
o parecer das duas secretarias.

- Essa análise acontece pelas duas secretarias (ambas tem que emitir parecer): a do Ministério da
Fazenda (SEAE) e do Ministério da Justiça (SDE)  o parecer delas não é vinculativo ao
CADE.
Ambas tem prazo de 30 dias para apresentar o parecer, e para cada um o CADE tem 60 dias
para se manifestar (ambos podem sofrer interrupções, pois depende de documentos, ouvir a
parte, etc.).
Estrutura tripartite: análise das duas secretarias e do CADE.

Restrição de comportamento (ex.: não demitir tal grupo de funcionários durante o tempo X,
submeter anualmente sua concentração a análise) ou de estrutura (vender uma parte de seus
ativos, etc.).
Para não aprovar tem que ser uma concentração bastante superficial.

- Como esse controle sempre acontece depois do ato (momento do controle a posteriori), a lei
estabelece duas medidas de proteção:
Medida cautelar administrativa: para que as empresas não façam determinadas coisas antes da
aprovação da concentração;
Apron (reversibilidade): celebração de um termo de ajustamento de conduta, para garantir a
reversibilidade da operação caso não haja aprovação pelo CADE.
- Processo sumário de aprovação de concentração ou cooperação empresarial estabelecido no
regramento do CADE (porque costumam ser processos demorados): o parecer das duas
secretarias será elaborado em conjunto.
O parecer é encaminhado ao CADE, é sorteado um conselheiro que será o relator, ele verifica se
o processo está ok e tem condições de ser submetido à análise, e leva o processo ao plenário
constituído com 5 membros.
Tem que ser atendido contraditório e ampla defesa e direito a decisões justas, razoáveis e
proporcionais.

- Penas: de multa (no caso do critério objetivo estabelecido pelo parágrafo 3º, da
obrigatoriedade do protocolo no prazo prescrito em lei)
São dívidas de natureza não tributária, mas como são títulos executivos extrajudiciais, também
são cobradas por execução fiscal (e geram inscrição na dívida ativa – CDA).

- Obs.: os acordos de leniência também servem para controle de estrutura.

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