You are on page 1of 36

Análise sintática

Quadro com os termos da oração


Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
O quadro abaixo mostra os conteúdos
de análise sintática que se referem
ao estudo da oração. Você pode
consultá-lo sempre que aprender um
novo conteúdo. Pode também usá-lo
como um resumo para seus estudos.
Os termos destacados nesse quadro
fazem parte da Nomenclatura
Gramatical Brasileira (NGB). O que
isso significa? A NGB é uma espécie
de resumo dos conteúdos gramaticais
referentes ao português falado no
Brasil e funciona como um guia para o
ensino da nossa língua.
A NGB foi criada em 1958 por um grupo
de estudiosos e gramáticos de muito
prestígio, como Antenor Nascentes,
Rocha Lima e Celso Cunha. No ano
seguinte, foi transformada em lei por
uma portaria do presidente Juscelino
Kubitscheck e passou a ser utilizada
obrigatoriamente nas escolas de todo
o Brasil. Antes da existência dessa
lei, o estudo da gramática não era
unificado e havia muita confusão com
o uso de diversas terminologias.
Hoje em dia vários estudiosos apontam
a necessidade de atualização da lei,
em função do avanço dos conhecimentos
lingüísticos. Mesmo assim, é a
Nomenclatura Gramatical Brasileira
que define os padrões de ensino da
nossa língua.
1) Termos essenciais da oração
simples
composto
Sujeito indeterminado
oculto
oração sem sujeito
nominal
Predicado verbal
verbo-nominal
do sujeito
Predicativo
do objeto
de ligação
transitivo direto
Verbo
transitivo indireto
intransitivo
2) Termos integrantes da oração
Complemento nominal
objeto direto
Complemento verbal
objeto indireto
Agente da passiva
3) Termos acessórios da oração
Adjunto adnominal
Adjunto adverbial
Aposto
4) Vocativo

Predicado (2)
Nominal e verbo-nominal
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
O predicado, um termo essencial da
oração, pode ser classificado em:
a) predicado verbal
b) predicado nominal
c) predicado verbo-nominal
Os predicados verbais estão presentes
em orações do tipo:
De grão em grão, a galinha enche o
papo.

O núcleo do predicado é um verbo (o


verbo "encher").
Predicado nominal
Há casos, porém, em que o núcleo do
predicado não é um verbo. A
declaração que se faz sobre o sujeito
não está contida no verbo (ou seja, o
mais importante não é que a galinha
"enche", ou que o galo "canta"), mas
sim num substantivo ou adjetivo (que
em gramática, são também chamados de
"nomes") que se seguem ao verbo.
A galinha do vizinho é sempre mais
gorda.
O sujeito é "a galinha do vizinho". O
núcleo do predicado não está contido
no verbo ("é"), mas sim no adjetivo -
"gorda". Isto é, a idéia mais
importante do predicado não é o verbo
"é", mas o adjetivo "gorda". "Gorda"
é o nome que se liga ao sujeito
através de um verbo de ligação.
"Gorda" é o predicativo do sujeito. O
predicativo do sujeito exprime a
qualidade ou condição que se atribui
ao sujeito. O verbo de ligação tem a
função de ligar o predicativo ao
sujeito.
Na oração que analisamos, o nome é
mais importante do que o verbo de
ligação. A esse tipo de predicado
chamamos de predicado nominal.
Verbos de ligação
O verbo de ligação pode indicar o
tipo de relação que existe entre
sujeito e predicativo. Os verbos de
ligação mais freqüentes são: "ser",
"estar", "ficar", "parecer",
"permanecer" e "continuar". Além
deles, vários outros verbos podem
servir como verbo de ligação. Vamos
analisar as orações abaixo:
a) Hermógenes é louco.
b) Hermógenes parece louco.
c) Hermógenes fica louco.
d) Hermógenes anda louco.
Todos os verbos em itálico são verbos
de ligação: fazem uma ponte entre o
sujeito ("Hermógenes") e uma
qualidade que se atribui a ele
("louco"). A relação que se
estabelece entre o sujeito e seu
predicativo, todavia, sofre pequenas
variações, suficientes para mudar o
impacto e o sentido de cada frase.
No primeiro caso, dizemos que a
loucura é uma característica
permanenete de Hermógenes. Na frase
b) apontamos um semelhança entre
Hermógenes e um louco. Na oração c),
o que se destaca é a mudança de
estado sofrida por Hermógenes.
Finalmente, na oração d) o que fica
evidente é o fato de que o estado de
Hermógenes é transitório.
Verbo de
Aspecto
ligação
A qualidade ou estado
Ser atribuído ao sujeito é
permanente.
Estar, andar,
achar-se, Exprime estado transitório.
etc.
Ficar,
tornar-se, Exprime mudança de estado.
fazer-se,etc.
Ficar,
continuar, Mostra continuidade de
permanecer, estado.
etc.
Parecer,
semelhar, Denota semelhança.
etc.

Predicado verbo-nominal
Vamos observar a seguinte oração:
Marianita chegou esbaforida.

Verificamos que o predicado possui


dois núcleos. O primeiro é
constituído pelo verbo intransitivo
"chegou" e o segundo é constituído
pelo adjetivo "esbaforida".
Dizemos que o predicado é verbo-
nominal, pois tem um núcleo verbal e
outro nominal. Nesse caso, o
predicativo refere-se ao sujeito, ou
seja, "esbaforida" refere-se a
"Marianita". Temos um predicativo do
sujeito.
Observe agora uma outra situação.
O júri julgou o réu culpado.

Nesse caso, temos um verbo transitivo


("julgou"), um objeto ("o réu") e um
predicativo ("culpado"). Aqui também
temos um predicado verbo-nominal. Ele
tem dois núcleos: um verbo e um
adjetivo.
Se observarmos com mais cuidado,
veremos algo importante. Nesse caso,
o predicativo não se refere ao
sujeito, mas sim ao objeto direto
("culpado" refere-se a "réu").
"Culpado" é um predicativo do objeto.
Nos predicados nominais e verbo-
nominais podemos ter três tipos de
predicativo:
a) predicativo do sujeito (num
predicado nominal)
Ex. Ela ficou triste.
b) predicativo do sujeito (num
predicado verbo-nominal)
Ex: Ela voltou triste.
c) predicativo do objeto
Ela achou a amiga triste.

Predicado
Definição e predicado
verbal
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Os termos essenciais da oração são
sujeito. Tudo aquilo que se diz do
sujeito é o predicado. Vamos tomar um
fato corriqueiro como exemplo:
O galo canta.

O sujeito desta oração é "o galo".


Pois bem, aquilo se diz do galo é o
predicado dessa oração. Ou seja,
"canta" é o predicado da oração.
Nesse exemplo, podemos observar que o
predicado é formado por um verbo
intransitivo - o verbo cantar.
Vamos a uma outra situação, dessa vez
expressa por um ditado popular.
De grão em grão, a galinha enche o
papo.

O sujeito desta oração é "a galinha".


Tudo que se diz da galinha é o
predicado dessa oração. Ou seja "de
grão em grão, enche o papo". Nesse
exemplo, o predicado é expresso por
um verbo transitivo direto - o verbo
encher. Ele pede um complemento, o
chamado objeto direto "o papo". A
maneira como ele enche o papo é
expressa por um adjunto adverbial,
"de grão em grão".
Mais um exemplo.
O cravo brigou com a rosa.

Como o sujeito dessa oração é "o


cravo", todo o resto é o predicado:
"brigou com a rosa". O predicado é
expresso por um verbo transitivo
indireto - o verbo brigar. Ele pede
um complemento, um objeto indireto. O
complemento do verbo transitivo
indireto sempre se liga ao verbo por
uma preposição.
Pode ser ainda que o predicado seja
expresso por um verbo transitivo
direto e indireto. Vejamos:
Ele contou o segredo a todos.

O sujeito é "ele" e o núcleo do


predicado é o verbo "contou". O verbo
tem dois complementos: um objeto
direto ("o segredo") e um objeto
indireto ("a eles").
Nos quatro exemplos que analisamos, o
predicado estava expresso por verbos.
Quando o núcleo do predicado é um
verbo, temos um predicado verbal. O
núcleo do predicado verbal pode ser
um verbo intransitivo ou transitivo.
O verbo transitivo, por sua vez, pode
ser transitivo direto ou indireto.
Predicado Verbal
a) verbo intransitivo. Ele sorriu.
b) verbo transitivo Ele olhou a
direto. paisagem.
c) verbo transitivo Ele lembrou-se de
indireto. Rosita.
d) verbo transitivo Ele tirou o
direto e indireto. presente da mala.

Predicado (2)
Nominal e verbo-nominal
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
O predicado, um termo essencial da
oração, pode ser classificado em:
a) predicado verbal
b) predicado nominal
c) predicado verbo-nominal
Os predicados verbais estão presentes
em orações do tipo:
De grão em grão, a galinha enche o
papo.

O núcleo do predicado é um verbo (o


verbo "encher").
Predicado nominal
Há casos, porém, em que o núcleo do
predicado não é um verbo. A
declaração que se faz sobre o sujeito
não está contida no verbo (ou seja, o
mais importante não é que a galinha
"enche", ou que o galo "canta"), mas
sim num substantivo ou adjetivo (que
em gramática, são também chamados de
"nomes") que se seguem ao verbo.
A galinha do vizinho é sempre mais
gorda.

O sujeito é "a galinha do vizinho". O


núcleo do predicado não está contido
no verbo ("é"), mas sim no adjetivo -
"gorda". Isto é, a idéia mais
importante do predicado não é o verbo
"é", mas o adjetivo "gorda". "Gorda"
é o nome que se liga ao sujeito
através de um verbo de ligação.
"Gorda" é o predicativo do sujeito. O
predicativo do sujeito exprime a
qualidade ou condição que se atribui
ao sujeito. O verbo de ligação tem a
função de ligar o predicativo ao
sujeito.
Na oração que analisamos, o nome é
mais importante do que o verbo de
ligação. A esse tipo de predicado
chamamos de predicado nominal.
Verbos de ligação
O verbo de ligação pode indicar o
tipo de relação que existe entre
sujeito e predicativo. Os verbos de
ligação mais freqüentes são: "ser",
"estar", "ficar", "parecer",
"permanecer" e "continuar". Além
deles, vários outros verbos podem
servir como verbo de ligação. Vamos
analisar as orações abaixo:
a) Hermógenes é louco.
b) Hermógenes parece louco.
c) Hermógenes fica louco.
d) Hermógenes anda louco.
Todos os verbos em itálico são verbos
de ligação: fazem uma ponte entre o
sujeito ("Hermógenes") e uma
qualidade que se atribui a ele
("louco"). A relação que se
estabelece entre o sujeito e seu
predicativo, todavia, sofre pequenas
variações, suficientes para mudar o
impacto e o sentido de cada frase.
No primeiro caso, dizemos que a
loucura é uma característica
permanenete de Hermógenes. Na frase
b) apontamos um semelhança entre
Hermógenes e um louco. Na oração c),
o que se destaca é a mudança de
estado sofrida por Hermógenes.
Finalmente, na oração d) o que fica
evidente é o fato de que o estado de
Hermógenes é transitório.
Verbo de
Aspecto
ligação
A qualidade ou estado
Ser atribuído ao sujeito é
permanente.
Estar, andar,
achar-se, Exprime estado transitório.
etc.
Ficar,
tornar-se, Exprime mudança de estado.
fazer-se,etc.
Ficar,
continuar, Mostra continuidade de
permanecer, estado.
etc.
Parecer,
semelhar, Denota semelhança.
etc.

Predicado verbo-nominal
Vamos observar a seguinte
oração:
Marianita chegou esbaforida.

Verificamos que o predicado possui


dois núcleos. O primeiro é
constituído pelo verbo intransitivo
"chegou" e o segundo é constituído
pelo adjetivo "esbaforida".
Dizemos que o predicado é verbo-
nominal, pois tem um núcleo verbal e
outro nominal. Nesse caso, o
predicativo refere-se ao sujeito, ou
seja, "esbaforida" refere-se a
"Marianita". Temos um predicativo do
sujeito.
Observe agora uma outra situação.
O júri julgou o réu culpado.

Nesse caso, temos um verbo transitivo


("julgou"), um objeto ("o réu") e um
predicativo ("culpado"). Aqui também
temos um predicado verbo-nominal. Ele
tem dois núcleos: um verbo e um
adjetivo.
Se observarmos com mais cuidado,
veremos algo importante. Nesse caso,
o predicativo não se refere ao
sujeito, mas sim ao objeto direto
("culpado" refere-se a "réu").
"Culpado" é um predicativo do objeto.
Nos predicados nominais e verbo-
nominais podemos ter três tipos de
predicativo:
a) predicativo do sujeito (num
predicado nominal)
Ex. Ela ficou triste.
b) predicativo do sujeito (num
predicado verbo-nominal)
Ex: Ela voltou triste.
c) predicativo do objeto
Ela achou a amiga triste.

Predicado (2)
Nominal e verbo-nominal
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
O predicado, um termo essencial da
oração, pode ser classificado em:
a) predicado verbal
b) predicado nominal
c) predicado verbo-nominal
Os predicados verbais estão presentes
em orações do tipo:
De grão em grão, a galinha enche o
papo.

O núcleo do predicado é um verbo (o


verbo "encher").
Predicado nominal
Há casos, porém, em que o núcleo do
predicado não é um verbo. A
declaração que se faz sobre o sujeito
não está contida no verbo (ou seja, o
mais importante não é que a galinha
"enche", ou que o galo "canta"), mas
sim num substantivo ou adjetivo (que
em gramática, são também chamados de
"nomes") que se seguem ao verbo.
A galinha do vizinho é sempre mais
gorda.

O sujeito é "a galinha do vizinho". O


núcleo do predicado não está contido
no verbo ("é"), mas sim no adjetivo -
"gorda". Isto é, a idéia mais
importante do predicado não é o verbo
"é", mas o adjetivo "gorda". "Gorda"
é o nome que se liga ao sujeito
através de um verbo de ligação.
"Gorda" é o predicativo do sujeito. O
predicativo do sujeito exprime a
qualidade ou condição que se atribui
ao sujeito. O verbo de ligação tem a
função de ligar o predicativo ao
sujeito.
Na oração que analisamos, o nome é
mais importante do que o verbo de
ligação. A esse tipo de predicado
chamamos de predicado nominal.
Verbos de ligação
O verbo de ligação pode indicar o
tipo de relação que existe entre
sujeito e predicativo. Os verbos de
ligação mais freqüentes são: "ser",
"estar", "ficar", "parecer",
"permanecer" e "continuar". Além
deles, vários outros verbos podem
servir como verbo de ligação. Vamos
analisar as orações abaixo:
a) Hermógenes é louco.
b) Hermógenes parece louco.
c) Hermógenes fica louco.
d) Hermógenes anda louco.
Todos os verbos em itálico são verbos
de ligação: fazem uma ponte entre o
sujeito ("Hermógenes") e uma
qualidade que se atribui a ele
("louco"). A relação que se
estabelece entre o sujeito e seu
predicativo, todavia, sofre pequenas
variações, suficientes para mudar o
impacto e o sentido de cada frase.
No primeiro caso, dizemos que a
loucura é uma característica
permanenete de Hermógenes. Na frase
b) apontamos um semelhança entre
Hermógenes e um louco. Na oração c),
o que se destaca é a mudança de
estado sofrida por Hermógenes.
Finalmente, na oração d) o que fica
evidente é o fato de que o estado de
Hermógenes é transitório.
Verbo de
Aspecto
ligação
A qualidade ou estado
Ser atribuído ao sujeito é
permanente.
Estar, andar,
achar-se, Exprime estado transitório.
etc.
Ficar,
tornar-se, Exprime mudança de estado.
fazer-se,etc.
Ficar,
continuar, Mostra continuidade de
permanecer, estado.
etc.
Parecer,
semelhar, Denota semelhança.
etc.

Predicado verbo-nominal
Vamos observar a seguinte
oração:
Marianita chegou esbaforida.

Verificamos que o predicado possui


dois núcleos. O primeiro é
constituído pelo verbo intransitivo
"chegou" e o segundo é constituído
pelo adjetivo "esbaforida".
Dizemos que o predicado é verbo-
nominal, pois tem um núcleo verbal e
outro nominal. Nesse caso, o
predicativo refere-se ao sujeito, ou
seja, "esbaforida" refere-se a
"Marianita". Temos um predicativo do
sujeito.
Observe agora uma outra situação.
O júri julgou o réu culpado.

Nesse caso, temos um verbo transitivo


("julgou"), um objeto ("o réu") e um
predicativo ("culpado"). Aqui também
temos um predicado verbo-nominal. Ele
tem dois núcleos: um verbo e um
adjetivo.
Se observarmos com mais cuidado,
veremos algo importante. Nesse caso,
o predicativo não se refere ao
sujeito, mas sim ao objeto direto
("culpado" refere-se a "réu").
"Culpado" é um predicativo do objeto.
Nos predicados nominais e verbo-
nominais podemos ter três tipos de
predicativo:
a) predicativo do sujeito (num
predicado nominal)
Ex. Ela ficou triste.
b) predicativo do sujeito (num
predicado verbo-nominal)
Ex: Ela voltou triste.
c) predicativo do objeto
Ela achou a amiga triste.

Predicado
Definição e predicado
verbal
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Os termos essenciais da oração são
sujeito. Tudo aquilo que se diz do
sujeito é o predicado. Vamos tomar um
fato corriqueiro como exemplo:
O galo canta.
O sujeito desta oração é "o galo".
Pois bem, aquilo se diz do galo é o
predicado dessa oração. Ou seja,
"canta" é o predicado da oração.
Nesse exemplo, podemos observar que o
predicado é formado por um verbo
intransitivo - o verbo cantar.
Vamos a uma outra situação, dessa vez
expressa por um ditado popular.
De grão em grão, a galinha enche o
papo.

O sujeito desta oração é "a galinha".


Tudo que se diz da galinha é o
predicado dessa oração. Ou seja "de
grão em grão, enche o papo". Nesse
exemplo, o predicado é expresso por
um verbo transitivo direto - o verbo
encher. Ele pede um complemento, o
chamado objeto direto "o papo". A
maneira como ele enche o papo é
expressa por um adjunto adverbial,
"de grão em grão".
Mais um exemplo.
O cravo brigou com a rosa.

Como o sujeito dessa oração é "o


cravo", todo o resto é o predicado:
"brigou com a rosa". O predicado é
expresso por um verbo transitivo
indireto - o verbo brigar. Ele pede
um complemento, um objeto indireto. O
complemento do verbo transitivo
indireto sempre se liga ao verbo por
uma preposição.
Pode ser ainda que o predicado seja
expresso por um verbo transitivo
direto e indireto. Vejamos:
Ele contou o segredo a todos.

O sujeito é "ele" e o núcleo do


predicado é o verbo "contou". O verbo
tem dois complementos: um objeto
direto ("o segredo") e um objeto
indireto ("a eles").
Nos quatro exemplos que analisamos, o
predicado estava expresso por verbos.
Quando o núcleo do predicado é um
verbo, temos um predicado verbal. O
núcleo do predicado verbal pode ser
um verbo intransitivo ou transitivo.
O verbo transitivo, por sua vez, pode
ser transitivo direto ou indireto.
Predicado Verbal
a) verbo intransitivo. Ele sorriu.
b) verbo transitivo Ele olhou a
direto. paisagem.
c) verbo transitivo Ele lembrou-se de
indireto. Rosita.
d) verbo transitivo Ele tirou o
direto e indireto. presente da mala.

Predicado
Definição e predicado
verbal
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Os termos essenciais da oração são
sujeito. Tudo aquilo que se diz do
sujeito é o predicado. Vamos tomar um
fato corriqueiro como exemplo:
O galo canta.

O sujeito desta oração é "o galo".


Pois bem, aquilo se diz do galo é o
predicado dessa oração. Ou seja,
"canta" é o predicado da oração.
Nesse exemplo, podemos observar que o
predicado é formado por um verbo
intransitivo - o verbo cantar.
Vamos a uma outra situação, dessa vez
expressa por um ditado popular.
De grão em grão, a galinha enche o
papo.

O sujeito desta oração é "a galinha".


Tudo que se diz da galinha é o
predicado dessa oração. Ou seja "de
grão em grão, enche o papo". Nesse
exemplo, o predicado é expresso por
um verbo transitivo direto - o verbo
encher. Ele pede um complemento, o
chamado objeto direto "o papo". A
maneira como ele enche o papo é
expressa por um adjunto adverbial,
"de grão em grão".
Mais um exemplo.
O cravo brigou com a rosa.

Como o sujeito dessa oração é "o


cravo", todo o resto é o predicado:
"brigou com a rosa". O predicado é
expresso por um verbo transitivo
indireto - o verbo brigar. Ele pede
um complemento, um objeto indireto. O
complemento do verbo transitivo
indireto sempre se liga ao verbo por
uma preposição.
Pode ser ainda que o predicado seja
expresso por um verbo transitivo
direto e indireto. Vejamos:
Ele contou o segredo a todos.

O sujeito é "ele" e o núcleo do


predicado é o verbo "contou". O verbo
tem dois complementos: um objeto
direto ("o segredo") e um objeto
indireto ("a eles").
Nos quatro exemplos que analisamos, o
predicado estava expresso por verbos.
Quando o núcleo do predicado é um
verbo, temos um predicado verbal. O
núcleo do predicado verbal pode ser
um verbo intransitivo ou transitivo.
O verbo transitivo, por sua vez, pode
ser transitivo direto ou indireto.
Predicado Verbal
a) verbo intransitivo. Ele sorriu.
b) verbo transitivo Ele olhou a
direto. paisagem.
c) verbo transitivo Ele lembrou-se de
indireto. Rosita.
d) verbo transitivo Ele tirou o
direto e indireto. presente da mala.
Complemento nominal
São como objetos dos "não verbos"
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Alguns nomes (substantivos e
adjetivos) se comportam de maneira
similar aos verbos transitivos. Não
entendeu? Pois bem, você vai ver que
esse conceito de análise sintática
não é tão difícil. Veja essas três
orações:
 A comunidade aguarda a construção
da estrada.
 O fechamento da fábrica causou
grandes transtornos.
 O avião fez uma mudança de rota.
O que essas expressões têm em comum?
A resposta é: o fato de trazerem um
nome ligado a um complemento, que
chamamos de complemento nominal. Veja
o esquema:

Há certas palavras (substantivos,


adjetivos e advérbios) que apresentam
alguma transitividade, isto é, seu
sentido fica incompleto sem um
complemento. É o mesmo raciocínio dos
verbos: "quem constrói, constrói
algo"; "se há construção, há
construção de algo". O complemento
dessas palavras é o complemento
nominal.
Outro esqueminha ajudará a entender:

Basta pensar um pouco e você vai


verificar que o mesmo ocorre nos
outros dois exemplos dados.
Os verbos acima são transitivos
diretos e pedem como complemento um
objeto direto. Quando comparamos
esses verbos com os substantivos,
percebemos que os substantivos também
pedem um complemento. O nome que se
dá a essa função gramatical é
complemento nominal. Podemos perceber
assim que o complemento integra o
sentido do substantivo.
Mas nem sempre os nomes que pedem
complemento nominal estão ligados a
um verbo. Há casos em que um
substantivo abstrato demanda um
complemento. Veja os exemplos abaixo:

Há também advérbios acompanhados de


complemento nominal, como neste
exemplo:

Na lista abaixo, apresentamos vários


exemplos de palavras acompanhadas de
complemento nominal. Observe como a
estrutura gramatical dessas
expressões é bem parecida. Só para
lembrar: o complemento nominal sempre
é precedido de uma preposição (como
a, de, com, em, por e outras).
Nome Complemento nominal
sede de viver
ávido pelo dinheiro
alheio aos estudos
prejudicado pelos irmãos
sorte no amor
atração pelo desconhecido
estada em Machu Pichu
merecedor do Prêmio Nobel
confiança na medicina
contrário à pena de morte
atenção ao cliente
necessidade de dormir
farto de ouvir bobeiras
invenção do avião
acima da lei
capaz de voar

Objetos direito e indireto


Termos integrantes da oração
Página 3 Pedagogia & Comunicação
Com os exemplos abaixo, ficará fácil
entender o que são objetos diretos e
indiretos, conceitos importantes de
análise sintática. Imagine que você
pergunte a diversas pessoas se elas
gosta de futebol:

"Amo futebol. Não perco um jogo."

Vamos analisar um pouco essa


afirmação. O verbo amar pede um
complemento. Nesse caso, futebol é o
complemento do verbo amar; por isso
se diz que ele é um objeto direto, já
que integra um verbo transitivo
direto.

A oração seguinte tem uma estrutura


bem parecida. Ela é formada pelo
verbo perder, que também é um verto
transitivo direto.

Mas nem todas as pessoas gostam tanto


assim de futebol. Pode ser que alguém
responda a seu questionário de forma
bem diferente:

"Não suporto futebol. Detesto esse


esporte."

O conteúdo é diferente, mas observe


como a forma gramatical é parecida.
Veja que ele também usou dois verbos
transitivos diretos: suportar e
detestar. Dizemos que esses verbos
são transitivos diretos porque seus
complementos são introduzidos
diretamente após o verbo, sem
preposições (ama o quê? futebol.
detesta o quê? esse esporte).

Como poderíamos fazer a análise


sintática dessas frases?

Se você pensar um pouco, verá que a


análise é idêntica à das frases
anteriores. Assim, aprendemos que os
verbos amar, perder, suportar e
detestar são verbos transitivos que
pedem um complemento: o objeto
direto.

Mas voltemos ao futebol. Pode ser que


seus entrevistados não sejam tão
apaixonados pela redondinha. Pode ser
que dêem respostas diferentes, como:
"Eu gosto de natação.
Assisto a todos os campeonatos."

Nesses dois casos, temos verbos


transitivos indiretos. Quem gosta,
gosta de alguém ou de algo, pois
gostar é um verbo que exige a
preposição de.

Verbos que exigem preposições antes


de seus complementos são chamados de
transitivos indiretos. O mesmo
acontece com o verbo assistir,
seguido da preposição a. O
complemento dos verbos transitivos
indiretos é o objeto indireto. Vamos
ver melhor.

Ainda sobre a pesquisa futebolística:


nem sempre a resposta para a sua
enquete seria tão direta. Observe a
resposta abaixo.

"Eu prefiro natação a futebol."

Provavelmente essa pessoa gosta


também de futebol, não é?

Uma coisa é certa. Ao fazer essa


afirmação, o entrevistado usou um
objeto direto e um objeto indireto. É
isso mesmo. O verbo preferir é um
verbo bitransitivo. Ele é ao mesmo
transitivo direto e indireto.

Seu entrevistado também acertou na


gramática. O jeito de construir a
frase com o verbo preferir é esse
mesmo: quem prefere, prefere algo a
algo. Muito chique essa construção
gramatical, não? E você, que esporte
prefere?

Objetos direito e indireto


Termos integrantes da oração
Página 3 Pedagogia & Comunicação
Com os exemplos abaixo, ficará fácil
entender o que são objetos diretos e
indiretos, conceitos importantes de
análise sintática. Imagine que você
pergunte a diversas pessoas se elas
gosta de futebol:

"Amo futebol. Não perco um jogo."

Vamos analisar um pouco essa


afirmação. O verbo amar pede um
complemento. Nesse caso, futebol é o
complemento do verbo amar; por isso
se diz que ele é um objeto direto, já
que integra um verbo transitivo
direto.
A oração seguinte tem uma estrutura
bem parecida. Ela é formada pelo
verbo perder, que também é um verto
transitivo direto.

Mas nem todas as pessoas gostam tanto


assim de futebol. Pode ser que alguém
responda a seu questionário de forma
bem diferente:

"Não suporto futebol. Detesto esse


esporte."

O conteúdo é diferente, mas observe


como a forma gramatical é parecida.
Veja que ele também usou dois verbos
transitivos diretos: suportar e
detestar. Dizemos que esses verbos
são transitivos diretos porque seus
complementos são introduzidos
diretamente após o verbo, sem
preposições (ama o quê? futebol.
detesta o quê? esse esporte).

Como poderíamos fazer a análise


sintática dessas frases?
Se você pensar um pouco, verá que a
análise é idêntica à das frases
anteriores. Assim, aprendemos que os
verbos amar, perder, suportar e
detestar são verbos transitivos que
pedem um complemento: o objeto
direto.

Mas voltemos ao futebol. Pode ser que


seus entrevistados não sejam tão
apaixonados pela redondinha. Pode ser
que dêem respostas diferentes, como:

"Eu gosto de natação.


Assisto a todos os campeonatos."

Nesses dois casos, temos verbos


transitivos indiretos. Quem gosta,
gosta de alguém ou de algo, pois
gostar é um verbo que exige a
preposição de.

Verbos que exigem preposições antes


de seus complementos são chamados de
transitivos indiretos. O mesmo
acontece com o verbo assistir,
seguido da preposição a. O
complemento dos verbos transitivos
indiretos é o objeto indireto. Vamos
ver melhor.

Ainda sobre a pesquisa futebolística:


nem sempre a resposta para a sua
enquete seria tão direta. Observe a
resposta abaixo.

"Eu prefiro natação a futebol."

Provavelmente essa pessoa gosta


também de futebol, não é?

Uma coisa é certa. Ao fazer essa


afirmação, o entrevistado usou um
objeto direto e um objeto indireto. É
isso mesmo. O verbo preferir é um
verbo bitransitivo. Ele é ao mesmo
transitivo direto e indireto.

Seu entrevistado também acertou na


gramática. O jeito de construir a
frase com o verbo preferir é esse
mesmo: quem prefere, prefere algo a
algo. Muito chique essa construção
gramatical, não? E você, que esporte
prefere?

Voz passiva
Sujeito vira agente
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Como assim - agente da passiva?

Na verdade, agente da passiva é um


termo integrante da oração. Ele só
está presente quando a oração está na
voz passiva. Vamos entender melhor.

A seguinte oração está na voz ativa:


 Branca de Neve mordeu a maçã
envenenada.

Quando uma oração está na voz ativa,


o sujeito gramatical também é o
agente da ação. Veja bem: foi de fato
Branca de Neve quem comeu a maçã
envenenada. Esquematizando:

Existe, no entanto, um outro modo de


afirmar o mesmo fato. Veja bem!

 A maçã envenenada foi mordida por


Branca de Neve.

O sentido desta oração é exatamente o


mesmo da oração anterior. Embora a
informação seja a mesma, a estrutura
gramatical é um pouco diferente.
Nesse exemplo, a oração está na voz
passiva.

Nas orações na voz passiva, não é o


sujeito que pratica a ação, mas o
agente da passiva. Portanto:

O mundo dos contos de fada traz um


outro exemplo.

Observe como o sujeito (na voz ativa)


transforma-se em agente da passiva
(na voz passiva) e como o objeto
direto (na voz ativa) transforma-se
em sujeito (na voz passiva).

Vamos ver outros exemplos.

 voz ativa: Peter Pan derrotou o


Capitão Gancho.
 voz passiva: O Capitão Gancho foi
derrotado por Peter Pan.

agente da passiva: por Peter Pan

 voz ativa: Alice seguiu o Coelho


Branco.
 voz passiva: O Coelho Branco foi
seguido por Alice.
agente da passiva: por Alice

Mas - que peninha ! - você já deve


ter deduzido que nem todas as orações
na voz ativa podem ser convertidas
para a voz passiva.

Só podem ser convertidas as orações


formadas por verbos transitivos
diretos e completadas por objeto
direto. A razão é muito simples: é o
objeto direto que vai se transformar
em sujeito na voz passiva.

E agora um último exemplo:

 Os contos de fada nos encantam.

Ou seja:

 Nós somos encantados pelos contos


de fada.

Qual o agente da passiva? Pelo que


somos encantados?

Pelos contos de fada, é lógico.

Adjunto adnominal
Artigos, adjetivos e pronomes, na
análise sintática
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Em sintaxe, os artigos, pronomes e
adjetivos que modificam um
substantivo são chamados de adjuntos
adnominais. Entenda para que eles
servem e como funcionam.
Observe a primeira estrofre do Hino
Nacional:

A letra fica tão interessante porque


muitos substantivos vêm cercados por
adjetivos. Vamos observar alguns:
 as margens plácidas
 um povo heróico
 o brado retumbante
 o sol da Liberdade
 raios fúlgidos
Podemos verificar que os substantivos
margens, povo, brado, sol e raios
aparecem especificados por adjetivos
de grande impacto: plácidas, heróico,
retumbante, fúlgidos, o que confere
um tom grandioso e brilhante ao
texto. Os substantivos também são
especificados por artigos, como as,
um e o. Podemos observar também o uso
de uma locução adjetiva: da
Liberdade.
Todos esses termos são chamados de
adjuntos adnominais. São palavras que
acompanham o núcleo do sujeito ou do
predicativo do sujeito dando-lhes
características, delimitando-os. São
termos acessórios da oração, do ponto
de vista da análise sintática
Um substantivo pode vir acompanhado
de vários adjuntos adnominais. Vamos
ver mais um exemplo. Observe o verso
seguinte.
 Se em teu formoso céu, risonho e
límpido
Nesse caso, o substantivo céu vem
acompanhado do pronome teu e dos
adjetivos formoso, risonho e límpido.
Todos esses termos têm a função de
adjunto adnominal.

Adjunto adverbial
Termo modifica verbos,
adjetivos ou advérbios
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Adjunto adverbial é outro termo
acessório da oração, como o adjunto
adnominal, dentro da análise
sintática. Vejamos um exemplo, do
Hino Nacional:
No segundo verso, temos a expressão
conquistar com braço forte.
Podemos notar como a expressão com
braço forte intensifica o sentido do
verbo conquistar.
O termo que intensifica o sentido de
verbo, de um adjetivo ou de um
advérbio recebe o nome de adjunto
adverbial. No exemplo acima, com
braço forte é um adjunto adverbial de
modo.
Vamos a outros exemplos, todos do
Hino Nacional Brasileiro.

Podemos reparar na grande quantidade


de adjuntos adverbiais que acompanham
o adjetivo deitado e o verbo
fulguras:

Todos esses adjuntos adverbiais


especificam o modo como a nossa nação
se apresenta, em meio a seus
esplêndidos recursos naturais.
Há inúmeros tipos de adjunto
adverbial, o que torna difícil fazer
uma classificação exata. Observe os
advérbios e locuções adverbiais no
exemplo abaixo. São todos adjuntos
adverbiais de modo:

Os adjuntos adverbiais podem indicar


diversas outras circunstâncias.
Adjunto
Exemplo
adverbial
lugar Cantei na escola.
tempo Nós nos apresentamos ontem.
modo Cantamos com toda a energia!
Os alunos cantaram em
fim
homenagem à Semana da Pátria.
matéria O coro era de 120 vozes.

Esses são apenas alguns exemplos.


Até que o adjunto adverbial não é
difícil de entender, não é?

Aposto
Termo dá "explicação" na
frase
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Entenda o que é o aposto, um dos
termos acessórios da oração, do ponto
de vista da análise sintática.

A rosa, símbolo da paixão, é uma flor


linda.

Essa oração também poderia ter sido


dita da seguinte maneira, mais
simples: "A rosa é uma flor linda".
Seria fácil analisá-la
sintaticamente.

A rosa = sujeito
é = verbo de ligação
uma flor linda = predicativo do
sujeito

Temos uma oração completa.


Entretanto, ao adicionar "símbolo da
paixão" à oração, ganhamos uma
"explicação" a mais. É esse o papel
do aposto.

No famoso "Soneto de Fidelidade", o


poeta Vinícius de Moraes refere-se à
morte e à solidão da seguinte
maneira:

O poeta está definindo a morte e a


solidão. Na maior parte dos casos, o
aposto tem um sentido explicativo.
Ele busca dar maior precisão ao termo
que o antecede, explicando melhor o
que foi dito anteriormente.
Vamos apreciar mais alguns exemplos
de aposto.

Todos conhecem Vinícius de Moraes, o poeta.

Cleópatra, a rainha do Egito, era excêntrica.

Note agora um fato interessantíssimo.


O aposto simplesmente tem a mesma
função do termo que o antecede. Nos
exemplos acima, Vinícius de Morais
seria objeto direto e rainha do Egito
seria sujeito.

Esquematizando:

Todos conhecem Vinícius de Moraes, o poeta.


objeto
Cleópatra, a rainha do Egito, era excêntrica.
sujeito

Vamos conhecer alguns outros tipos


específicos de aposto:

Ele pode ser uma enumeração:


Pode ser um resumo do que foi dito
anteriormente:

O aposto também pode ser uma


comparação:

Como você pode notar, usamos o aposto


a todo momento, seja para explicar,
enumerar, resumir ou para comparar. E
então, gostou do aposto?

Vocativo
Para "chamar" o ouvinte
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Apesar do nome deste conceito de
análise sintática, o vocativo é um
termo isolado da oração que faz parte
do seu dia-a-dia. Veja o que é e
saiba como identificá-lo.

"Ó de casa, posso entrar?"

Você já deve ter ouvido essa


expressão curiosa e indiscreta. Pois
bem, a expressão "ó de casa" no
exemplo acima é um vocativo.

Vocativo é a expressão que indica um


apelo. Usando um vocativo podemos
invocar, no discurso direto, um
interlocutor. É por isso que o uso do
vocativo marca a existência de um
diálogo, real ou imaginário.

Podemos ver vários exemplos de


vocativos usando a interjeição ó.

Temos o vocativo até no Hino


Nacional, você se lembra?

O vocativo é utilizado tanto na


linguagem afetiva ou coloquial como
na linguagem elevada e poética.

Vamos ver como o poeta árcade Tomás


Antonio Gonzaga chamou sua amada
Marília dentro de seus versos:
O poeta romântico Castro Alves também
usou o recurso do vocativo:

Na linguagem de todos os dias, o


vocativo está sempre presente. Quando
redigimos cartas ou bilhetes a
alguém, usamos o vocativo. Quer ver?

No caso de cartas comerciais ou


ofícios, há possibilidades diferentes
de usar a pontuação.

O vocativo pode estar no início, no


meio ou no fim da oração:
Sempre, sempre o vocativo aparece
isolado entre vírgulas, se estiver no
meio da oração. Claro, se estiver no
começo, usamos a vírgula depois. Se o
vocativo estiver no fim da oração,
usamos a vírgula antes.

Outra curiosidade, pensando em


análise sintática. O vocativo, por se
referir a um interlocutor, não está
subordinado a nenhum termo da oração.

Só mais um detalhe: Não confunda a


interjeição ó com oh!, que exprime
admiração, alegria ou qualquer outra
forte emoção. Depois do oh
exclamativo usamos uma vírgula, o que
não acontece com o ó vocativo.

Oh, céus! Oh, dia! Oh, azar!

Ah, só para completar o diálogo no


comecinho desse texto:

"Ó de casa, posso entrar?"


"Claro, meu amigo! Estava mesmo
pensando em você."
"Oh!"

You might also like