Professional Documents
Culture Documents
INTRODUTIVO À
ÁREA DE
COQUERIA
TREINAMENTO INTRODUTIVO À ÁREA DE COQUERIA
1 - INTRODUÇÃO
Este Manual tem como objetivo fornecer noções básicas sobre a área de
coqueria.
Página 2 de 25
Tais modificações podem ter durado vários séculos e resultaram na
transformação progressiva da turfa em linhito e depois, nos diversos tipos de carvão
betuminoso, até chegar a antracito.
Estimativas de geólogos indicam que as temperaturas às quais foi submetida a
matéria vegetal fóssil variam entre 100°C a 600°C e as pressões nas camadas profundas,
teriam sido da ordem de 1.500 atmosferas.
Desde as turfas e linhitos até o antracito, existe, como vimos gama variada de
composições e características, sendo aceito sem discussões que as turfas de hoje, por meio
de uma série de transformações, gradualmente se transformariam em carvões no futuro.
A lenha só conservou sua importância nas regiões pobres de hulha, caso que
inclui toda a América Latina, em particular o Brasil, onde seu consumo industrial chega a
cifras superiores a 100 milhões de m³ por ano. Um ESTERE de madeira pesa em média 500
Kg. O seu poder calorífico médio é de 4.000 Kcal/Kg.
1.1.2.1 - TURFAS
Página 3 de 25
As mais antigas são mais compactas, de estrutura aleitada, cor castanha.
Recém-extraídas, são consideravelmente úmidas, com 80 a 90% de água; secadas ao ar,
contém ainda de 15 a 30% de água de embebição. Nesta condição, têm peso variável de
200 a 250 Kg por m³ e poder calorífico entre 3.300 a 5.000 Kcal/Kg.
1.1.2.2 - LINHITOS
Os linhitos são carvões fósseis mais antigos que as turfas e mais recentes que
as hulhas, encontrando-se especialmente nas formações geológicas de era terciária.
-Linhito Xilóide:
-Linhito Conchoidal:
Contém menos cinzas e são mais pesados, de 750 a 800 Kg/m³ e poder calorífico
Página 4 de 25
de 5.000 a 6.500 Kcal/Kg.
Página 5 de 25
Ruhr, Inglaterra, Rússia, França). Assim, se justifica também porque as hulhas se
classificam em função do seu teor de carbono e destes componentes nobres que se
desprendem durante a destilação, como "matérias voláteis", visto que se desprendem como
gases, as temperaturas da destilação (800 a 1.000°C) condensando-se depois alguns
como líquido permanecendo outros como gases.
1.1.2.4 - ANTRACITO
1.2 - A COQUERIA
Mas, o sucesso veio com Abraham Darby, em 1700. Filho de fazendeiro, Darby
tornara-se fabricante de malte (empregado na fabricação da cerveja), em Bristol, e
preocupava-se em preparar o carvão para aquecimento em tachos de malte, de modo que
Página 6 de 25
este não ficasse afetado pelo mau cheiro dos gases do carvão. Darby aperfeiçoou o
processo já utilizado pelos malteiros principalmente os da região de Derby e que nada mais
era que o velho processo de fabricar o carvão vegetal em larga escala aplicado ao
carvão mineral e assim se fabricou o primeiro coque.
1.2.2.1 - DESCRIÇÃO
Suas paredes são construídas de tijolo refratário de sílica, de projeto especial para
evitar a passagem de gases.
Estes fornos são aquecidos por um gás, o qual é injetado em uma rede de
dutos e estes por sua vez, são conectados aos regeneradores, que alimentam dois fornos de
coqueificação adjacentes. Estes regeneradores são construídos de tijolos refratários de
sílica-aluminoso. Sua função é absorver calor dos gases queimados e, posteriormente,
ao inverter o fluxo dos gases, eles servem para aquecer o ar que irá ser usado para
Página 7 de 25
combustão.
O número de fornos numa bateria é bastante variado e pode chegar a ter 200
fornos.
1.2.2.2 - COQUEIFICAÇÃO
2.1 - INTRODUÇÃO
Página 8 de 25
então, algumas unidades foram implantadas em países europeus.
Este processo por reunir uma série de vantagens, tais como: economia de
energia, menos poluição ambiental, e melhor qualidade do coque, foi também adotado em
1983 na Cia. Siderúrgica de Tubarão, que ostenta o pioneirismo em Apagamento a Seco
no mundo Ocidental.
Página 9 de 25
- Homogeiniza as características do coque, retirando o restante de matéria volátil,
passando assim por um processo de super coqueificação com permanência de ± 1 hora.
O gás sai da caldeira já com sua temperatura reduzida a ± 180°C, passa por um
conjunto de ciclones onde são retidas as partículas finas de pó e através do soprador é
reconduzido à câmara de resfriamento. O pó retido no coletor e no ciclone é
transportado pneumaticamente para um silo. Além do sistema de despoeiramento do gás
circulantes descrito acima, existem dois outros que coletam as poeiras geradas no
carregamento e na descarga do coque.
. Gerando por cada ton. de coque apagado 585 Kg de vapor a 350°C e pressão
de 23 Kg/cm².
(1.670.000 t/ano de coque apag. x 585 Kg/vapor) =976.950 t/ano de vapor.
3 - CARBOQUÍMICOS:
Página 10 de 25
O Tratamento do Gás de Coqueria está dividida nas seguintes Unidades
Operacionais:
Página 11 de 25
PROCESSO DE TRATAMENTO DE GÁS ( COG) - ORC-Q
GÁS
RESFRIADORES (05)
PRECIPITADORES
ELETROSTÁTICOS (09)
HE HE HE HE EF EF EF
0501 0502 0503 0504 0901 0902 0903
EXAUSTORES (12)
EX EX EX
1201C 1201B 1201A
COG
GASÔMETRO
Durante a carbonização da mistura dos carvões nos fornos das baterias, além
do coque produzido, há formação de uma mistura gasosa identificada com o "gás de
coqueria" ou simplesmente pela sigla "COG" (COKE OVEN GAS) e outra mistura
líquida conhecida por "CONDENSADOS MISTOS", sendo composto, principalmente de
água amoniacal (98,7%), alcatrão (1%) e borra (0,3%). Essa massa (líquida e gasosa) é
conduzida por tubulações até o separador primário (DC 0101), onde ocorre a separação
do COG, sendo este enviado aos Resfriadores de Gás (HE 0501-0504). Os mistos são
conduzidos primeiramente aos pré-decantadores (TB 0101 E TB 0102) que tem a função
de retirar as partículas sólidas (borra) dos "mistos". A mistura (água, Alcatrão) é
conduzida aos decantadores (D0101 e D 0102), havendo a separação do alcatrão.
Página 12 de 25
aos tanques da OEU-D, através das bombas PC 0107 A/B. O tanque TK 0103 tem por
função receber uma mistura de alcatrão (± 80%) e água amoniacal (± 20%) proveniente
dos Decantadores (TB 0101 E TB 0102) e enviar continuamente aos Resfriadores Primários
(HE 0501 a 0504) através da bomba PC 0105.
Página 13 de 25
FLUXOGRAMA DA UNIDADE DE RESFRIAMENTO
COG TANQUE
ALCATRÃO +
ÁGUA AMONIACAL ÁGUA
DESMINERALIZADA
ÁGUA EXCESSO
DESMINERALIZADA ÁGUA DESMINERALIZADA
COG
SP
0501 ÁGUA
HE 0505
MAR
PC 0501
PC 1201 A/B
ÁGUA
TK 0501 DESMINERALIZADA
MISTOS COLETOR
ÁGUA DE GÁS TK 0502
DESMINERALIZADA PC 0502 DAS BATERIAS
GELADA
ÁGUA DESMINERALIZADA
O COG após ter sido resfriado nos resfriadores de gás é encaminhado aos
precipitadores eletrostáticos, onde por ação da corrente elétrica, são retidas as partículas
de alcatrão em suspensão no gás de coqueria. A corrente elétrica cria um campo
ionizante, onde as partículas de alcatrão adquirem carga positiva, que por sua vez serão
atraídas pelas placas do recheio, pois estas possuem cargas negativas. O alcatrão
escorrendo pelas placas até o fundo dos equipamentos é drenado continuamente através dos
potes de selo para os tanques TK 0501 A/B. O gás tem fluxo ascendente pelo interior
dos mesmos que operam em paralelo.
Página 14 de 25
FLUXOGRAMA DA PRECIPITAÇÃO ELETROSTÁTICA
COG
ALCATRÃO
TK 0501
COG
Página 15 de 25
FLUXOGRAMA EXAUSTOR
COG
DISTRIBUIÇÃO
EXAUSTORES
MULTIPLICADOR EX 1201
TURBINAS
MOTOR DE VELOCIDADE
ST 1201
MARCHA-LENTA
SEPARADORES
DE PARTÍCULAS
WS 1201
MOTOR
ACIONAMENTO
Após esta última lavagem, o gás está dentro das especificações com relação
ao teor de amônia total (NH3 total). Os trocadores de calor operam com água
desmineralizada gelada em circuito fechado.A água amoniacal produzida é identificada
como água amoniacal enriquecida.
Página 16 de 25
FLUXOGRAMA DOS LAVADORES DE AMÔNIA
DESMINERALIZADA
K - 1501 K - 1502
ÁGUA
A
C
A
B PC - 1501
TK
PC 1501
1502 E
HE - 1501 HE - 1504 HE - 1503
HE - 1502 F
TK
1504
PC - 1505
A base da coluna é mantida sob baixa pressão através dos injetores E-1701 A/B,
Página 17 de 25
sendo a descarga do vapor injetado nas próprias colunas. Este vapor em fluxo
ascendente, recebendo em contra fluxo a água amoniacal, arrastará toda a amônia livre
para o topo das colunas, donde será resfriada pelos trocadores de calor HE-1703 A/B,
instalados após as colunas. As partículas condensadas durante o resfriamento serão
retidas nos separadores BS-1701 A/B e drenadas continuamente de retorno às colunas.
Página 18 de 25
FLUXOGRAMA DA UNIDADE DE DESTILAÇÃO DE AMÔNIA
C
A
HE 1703 A BS 1701 A BS 1701 B
K 1701 A K 1701 B
HE 1702 B
LEGENDA: A
A - Água do Mar; E
F
B - Água do Mar para Esgoto; B
G
C - Vapores de Amônia; D
D - Água Amoniacal para a Coluna
de Concentração;
E - Água Amoniacal Enriquecida do
Tanque TK 1501
F - Água Amoniacal para os Lavadores de Amônia e Lavador de Gás K 1502
G - Água Amoniacal para o Tratamento Biológico
Página 19 de 25
FLUXOGRAMA DA UNIDADE DE CONCENTRAÇÃO AMONIACAL
A VAPORES DE AMÔNIA
A
B
K - 1702 TK - 1701
ÁGUA AMONIACAL
CONCENTRADA PC - 1704 A
HE - 1704 A
HE - 1704 B
E
PC - 1703 A PC - 1703 B
A - vapores de Amônia
B - Vapores de Amônia
para Lavador de Amônia
C - Água amoniacal sem Amônia Livre ( da Destilação )
D - Água do Mar
E - Água do Mar para Esgoto
F - Água Amoniacal Concentrada
para o Tanque TK - 1501
Página 20 de 25
resfriamento e diluição com água do mar.
CC - 2112 A
D E
AR
A FUMOS
CC - 2102 B
BR 2101
VAPOR DE AMÔNIA C
AR
R 2101 HE 2101
AR
CC 2101 CC 2101
A B
HE - 2102
RC - 2101
A B
FTL - 2101 FTL - 2101
LEGENDA: G
A - Gás de Coqueria
B - Ar Atmosférico
C - Vapor de Amônia
D - Água Desmineralizada
E - Vapor D'água ( Rede Geral )
F - Água do Mar
G - Água do Mar para Esgoto
Da base do lavador será drenado 1215 Kg/h de óleo para o tanque TK-3202.
Do tanque TK-3201, e através da bomba PC 3201 A a mesma quantidade será resposta ao
sistema, além da perda de óleo que será arrastado pelo gás.
Página 21 de 25
FLUXOGRAMA DA UNIDADE DE ABSORSÃO DE NAFTALENO
CIRCULAÇÃO DE ÓLEO
PC 3205 DE LAVAGEM
A
CIRCULAÇÃO
K 3201 DE ÓLEO
TK
3203 DE LAVAGEM
PC PC PC
PC 3204 A 3203 3203 3203
A B C
COG
ÁGUA SERVIDA
B
SP 3202 SP 3201
TK 3201 TK 3202 D
A - Óleo de Lavagem;
B - Águas Servidas para o Tanque TK 1503;
C - Gás de Coqueria;
D - Óleo de Naftaleno para o Alto Forno;
OBS: Bomba PC - 3201 B fica de reserva.
Página 22 de 25
aos evaporadores HE 8001 para posterior distribuição às unidades consumidoras.
ÁGUA DO MAR
HE 8002
ÁGUA DO MAR (CONDENSADOR)
REFRIGERANTE
REFRIGERANTE
ESGOTO
ÁGUA DESMINERALIZADA
HE 8001
(ELEVADOR)
CC 8002
COMPRESSOR
ALIMENTAÇÃO
DAS UNIDADES
RETORNO DAS
DT 8002
UNIDADES
TURBINA
CONSUMIDORAS
ÁGUA DESMINERALIZADA
TK 8001
PC 8001
Página 23 de 25
FASES DE COQUEIFICAÇÃO
A B C
Página 24 de 25
Página 25 de 25