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Estão propondo votos e Sacrifícios em

dinheiro para obtenção da plenitude


do Espírito Santo

Relacionar dinheiro com o recebimento do Dom do Espírito


Santo faz lembrar a tentativa absurda de Simão, o Mágico,
registrada em Atos 8.18-23, que diz: "Quando Simão viu que
pela imposição das mãos dos apóstolos se dava o Espírito,
ofereceu-lhes dinheiro, dizendo: Dai-me também este poder,
que aquele sobre quem eu impuser as mãos, receba o Espírito
Santo. Mas Pedro disse-lhe: Pereça contigo o teu dinheiro, pois
julgaste adquirir por meio dele o dom de Deus. Tu não tens
parte, nem sorte neste ministério; porque o teu coração não é
reto diante de Deus. Arrepende-te, portanto, desta tua
maldade, e roga ao Senhor que, se é possível, te seja
perdoado esse pensamento do teu coração; pois vejo que
estás em um fel de amargura e nos laços de iniquidade".

Somente este texto seria suficiente como advertência contra


este erro, mas a Bíblia tem muito mais a dizer a respeito: “o
obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender é melhor do
que a gordura de carneiros” (1 Samuel 15.22). Diz também
que “sacrifício e oferta não quiseste...holocausto e expiação
pelos pecados não reclamaste...deleito-me em fazer a sua
vontade” (Salmo 40, versos de 6 a8). É pela graça que somos
salvos e é pelo intermédio da fé e não das obras (Ef 1.8). Deus
é um Deus de Graça e não de barganha conforme o Apóstolo
Paulo ensina em Romanos 11:33-36: "Ó profundidade da
riqueza, tanto da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão
insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus
caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou
quem foi seu o conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para
que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e
para ele são todas as coisas."
Recomendo a leitura e o exame cuidadoso do que Paulo
escreve aos Gálatas no capítulo 3. Destaco alguns versículos
que são bastante contundentes: "Gostaria de saber apenas
uma coisa: foi pela prática da lei que vocês receberam o
Espírito, ou pela fé naquilo que ouviram? Será que vocês são
tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, querem
agora se aperfeiçoar pelo esforço próprio?" (Gálatas 3.2-3); E
"Isso para que em Cristo Jesus a bênção de Abraão chegasse
também aos gentios, para que recebêssemos a promessa do
Espírito mediante a fé" (v. 14). A Tito, Paulo também escreve
dizendo que a salvação e a plenitude do Espírito Santo são
dádivas da graça divina e não produto do esforço e sacrifício
humano: "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito,
mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da
regeneração e da renovação do Espírito Santo, que
abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo
nosso Salvador" (Tito 3.5-6).

Portanto, a prática de fazer votos e sacrifícios para adquirir


bênçãos não é cristã e nem muito menos protestante. Não
podemos esquecer o protestantismo surgiu como uma forte
reação de Lutero contra a prática católica da cobrança de
valores monetários para a liberação do perdão e das bênçãos
divinas. É totalmente anticristã a ideia de que sacrifícios e
votos envolvendo dinheiro são necessários para obtenção da
plenitude do Espírito Santo e de qualquer outra bênção divina.
Os que promovem este tipo de barganha com Deus são
pessoas má intencionadas que ignoram e deturpam as
Escrituras Sagradas para enganar o povo a fim de enriquecer
os cofres de suas igrejas. Como Pedro bem advertiu: "E por
avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os
quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua
perdição não dormita" (2 Pedro 2.3). Não devemos condicionar
a ministração das bênçãos divinas a qualquer espécie de
oferta, como Jesus ordenou: "Curai os enfermos, limpai os
leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de
graça recebestes, de graça dai" (Mateus 10:8). De modo que,
pastores que desobedecem a este mandamento do Senhor não
são servos de Cristo.

Lembremos como a comercialização do sagrado irritou


profundamente a Jesus que "entrou no templo e expulsou
todos os que ali estavam comprando e vendendo. Derrubou as
mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam
pombas. e lhes disse: "Está escrito: ‘A minha casa será
chamada casa de oração’; mas vocês estão fazendo dela um
‘covil de ladrões’" (Mateus 21:12-13).

As bênçãos de Deus são gratuitas. São produtos do sacrifício


de Jesus e não dos homens. Não há como fazer por merecê-las.
Qualquer tentativa neste sentido é um atentado ao Sacrifício
de Cristo na Cruz. "Quem primeiro deu a ele para depois
receber?" (Romanos 11.35). "Bendito o Deus e Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as
bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo" (Efésios
1.3). "Nós o amamos porque primeiramente Ele nos amou!"
(1Jo 4.19). Que todas as nossas ofertas e sacrifícios sejam
produto de gratidão e amor!

Escrevo isto com muito amor e carinho numa tentativa de


alertar os fiéis para o perigo que estão correndo. Deus
conceda pleno entendimento da Verdade.

Em amor,

Bispo Ildo Mello

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