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Capítulo I
- A INFORMÁTICA NO GERAL -
Esta apostla foi escrita para você, usuário recém-chegado ao mundo da informáti-
ca. Nesta apostila você encontrará algumas definições para aquelas palavras esquisitas
que você tem sido obrigado a ouvir desde que resolveu usar um computador pela primeira
vez, além de conhecer o básico sobre o MS-DOS, o MS-Windows e a Internet (Nota: as
palavras técnicas que aparecerem pela primeira vez estarão em itálico, e sua explicação
aparecerá logo depois entre parênteses, ou será abordada em um capítulo mais adiante).
SIMBOLOGIA:
Esta apostila apresenta alguns símbolos para representar uma informação. A se-
guir, seguem-se os símbolos e suas determinadas funções:
DÚVIDA - Aparecerá sob a forma de uma pergunta seguida de sua resposta, com o
objetivo principal de esclarecer uma dúvida do leitor.
Informática, de uma maneira geral, é tudo aquilo que envolve o uso de computa-
dores. Como você já deve ter notado, tudo hoje em dia depende da informática: desde a
produção de uma apostila como esta, até uma retirada de dinheiro num caixa de banco.
Com o surgimente da Internet (há um capítulo especial sobre a Internet na pág.
XX), com a baixa dos preços dos produtos de informática e a facilidade de uso dos novos
P: Se com o Windows tudo fica mais fácil, porque eu tenho que saber DOS?
R: Hoje em dia você não tem a obrigação de saber tudo sobre MS-DOS. É por
isso mesmo que esta apostila aprofunda-se mais em explicações sobre o Windows. Mas
apesar das facilidades que o Windows trouxe para os usuários, ainda hoje existem pro-
gramas que rodam exclusivamente em DOS!! Isto quer dizer que você muitas vezes será
obrigado a abandonar as facilidades do mouse e dos ícones para desbravar o estranho e
sombrio mundo do DOS e, graças aos conhecimentos adquiridos com esta apostila, tudo
será mais fácil.
Nesta apostila conheceremos o Windows em suas versões 3.x (onde “x” quer dizer
qualquer número) e o MS-DOS em suas versões 6.x.
Já se sabe que o Windows não é sistema operacional. Isto até sua versão 3.11.
Com a implantação da nova versão do Windows, o Windows 95, o sistema opera-
cional passou a ser ele mesmo, deixando o MS-DOS de lado. Mas mesmo com o Win-
dows 95, ainda é possível utilizar o MS-DOS, e conseqüentemente, os programas para
DOS.
À primeira vista a informática é cercada por todos os lados por nomes estranhos e
confusos. Geralmente estes nomes vêm do Inglês e muitos são “abrasileirados” virando
verbos e gerando outros nomes mais estranhos ainda. Um bom exemplo são os verbos
arjear e desarjear que foram criado para representar ações do programa para DOS “Arj”.
Vamos partir do princípio de tudo:
: Hardware - é o nome que se dá para a parte física do computador. É tudo que você
pode tocar (mouse, teclado, caixas de som, etc). O hardware de um computador divide-se
em CPU e seus periféricos:
divisão do hardware
Atenção! Não abra o gabinete de seu computador se você não tem bons conheci-
mentos de hardware, para evitar problemas. O simples encostar de um dedo seu em
um chip da placa-mãe poderá queimá-lo e o simples encostar de um dedo seu na fonte de
energia com o computador ligado poderá queimar você!
Os periféricos, como o nome já diz, são as partes que ficam na periferia da CPU e
podem ser de entrada (teclado, mouse, etc.) e de saída (impressora, monitor, etc.).
Um bit, para o computador, é uma informação tão pequena, que ele junta os pe-
quenos bits em grupos de 8, formando 1 byte cada grupo. Os bits, são entendidos pelo
computador em código binário (formado unicamente por zero e um). Por exemplo, a letra
“A” que você digita em seu teclado, ocupa um byte para o computador e é entendida por
ele como “11000001”.
Conforme os bytes vão se acumulando, eles vão ganhando novos nomes. Mil bytes
aproximadamente, são representados pelo nome Kb, um milhão de bytes aproximadamen-
te, são representados pelo nome Megabyte, já um bilhão (aproximadamente) de bytes re-
cebe o nome de Gigabyte e assim vai.
Já entendemos como são armazenados os dados pelo computador. Mas onde são
colocados estes dados?
São diversos os locais de armazenamento. Nesta apostila vamos estudar os disque-
tes, os discos rígidos, o CD-ROM e a memória RAM, que são os principais locais de ar-
mazenamento de que o usuário doméstico dispõe.
· Os disquetes
Um simples toque de seu dedo em uma parte exposta de um disquete, não importando
quão seca sua pele estiver, terá óleo suficiente para atrapalhar a leitura do drive.
< Os microdisquetes ou disquetes de três polegadas e meia
Estes disquetes, mais modernos que seus antecessores, são menores (seu drive
ocupa menos espaço no gabinete), não são tão flexíveis, têm proteção nas suas partes ex-
postas e possuem maior capacidade de armazenamento. Graças a tantas vantagens sobre
os antigos disquetes flexíveis, já são o tipo de disquete padrão: todo mundo tem pelo me-
nos um drive de disquete de três e meia (como também são conhecidos) em seu gabinete.
Com relação ao armazenamento, também existem os microdisquetes de alta (1.44
Mb) e de baixa capacidade (720 Kb), além de existirem os microdisquetes de capacidade
extra-alta (2.88).
Em síntese: os disquetes podem ser do tipo 5.25” (=) ou de 3.5” (<). Os de maior
capacidade são os menores em tamanho e podem armazenar de 720 Kilobytes até
2.88 Megabytes. Os de menor capacidade são flexíveis, maiores e possuem de 360 Kb até
1.22 Mb de capacidade de armazenamento. Existe o disquete de capacidade extra-alta que
pode armazenar até 2.88 Megabytes, mas este ainda é pouco difundido.
Os discos rígidos, discos fixos ou winchesters são discos magnéticos formados por
várias chapas de alumínio que giram em altíssima velocidade. Cada chapa de alu-
mínio tem um cabeçote de leitura que faz a leitura e a gravação de dados. São os discos
com capacidade de leitura mais rápida, além de existirem modelos que ultrapassam um
Gigabyte de capacidade. Ficam localizados geralmente no interior do gabinete e os mais
modernos ocupam o mesmo espaço de um drive de 3.5”.
Um winchester é uma caixa lacrada onde não entra sequer um grão de areia. A dis-
tância entre o cabeçote de leitura e o disco de alumínio é menor que a espessura de
um fio de cabelo. Por isso é lacrado, já que um fio de cabelo numa das chapas poderia
causar um dano irreparável.
Jamais abra seu Winchester! Se você fizer isso, o mínimo que pode ocorrer é seu dis-
co se negar a funcionar.
· Os discos ópticos
· A memória RAM
A memória RAM (RAM quer dizer Random Acess Memory - Memória de Acesso
Randômico) é um outro exemplo de local para armazenamento de dados, com uma
simples diferença dos demais: assim que você desliga o computador, tudo que estava ar-
mazenado na RAM é perdido. Ou seja, a RAM guarda uma informação até que o compu-
tador seja desligado ou a tirem de lá.
A RAM não é um disco ou coisa parecida. É formada por um ou mais chips, cha-
mados chips de memória. A sua vantagem, em relação a outras formas de armazenamento
é a velocidade com que as informações são alocadas (armazenadas) e lidas.
A Memória RAM é utilizada pelo processador (chip instalado na placa-mãe) para
armazenar algo entre uma ação e outra. Se a memória está ocupada no momento, ele tem
que esperar um pouco para poder alocar as novas informações. Isso acontece muito rápi-
do, mas, se o computador tem pouca memória RAM, pode parecer, em certas situações,
que o computador está trabalhando a passos de tartaruga.
Quanto mais memória RAM tem um computador, mais espaço de alocação o pro-
cessador terá disponível, e, consecutivamente, mais rápido o processador executará
suas tarefas. O resultado disso você poderá notar quando rodar um programa em um
computador com apenas 4 Mb de memória RAM e depois rodar o mesmo programa em
um computador com 32 Mb. O desempenho é totalmente diferente.
computador teria que ter 2 Mb de RAM, para poder rodar o Windows em sua plenitude,
além de um Winchester de no mínimo 80 Mb para a instalação do software e seus aplica-
tivos. Vale lembrar que na época eram poucos os computadores com 2 Mb de RAM e o
padrão para um Winchester era ter a capacidade de até 60 Mb (ter um disco rígido de 80
Mb representava apenas um luxo). Isso provocou, na época, uma corrida atrás dos tão
sonhados 2 Mb de RAM e um Winchester maior que dariam as condições ideais para
poder usar o software. Isso obrigou todo mundo a aprimorar seu hardware. Mais recente-
mente, com o lançamento do Windows 95, a corrida atrás de um novo equipamento se
repetiu: foi colocado pelo fabricante que era necessário, para rodar o Windows 95, no
mínimo 8 Mb de RAM e um Winchester de 840 Mb. Mas vale lembrar que esse era o
mínimo. A Microsoft fez o favor de lembrar os usuários que para rodar o software em sua
plenitude, o ideal seria um computador com processador Pentium (um dos melhores pro-
cessadores do mercado, pelo menos até 1996), com 16 Mb de RAM e um Gigabyte de
Winchester. E, assim, repetiu-se a corrida atrás de um novo hardware.
Estes exemplos servem muito bem para demonstrar como a Microsoft controla o
padrão dos computadores domésticos e a cada lançamento de nova versão, o usuário pode
se preparar para por a mão no bolso e aprimorar seu equipamento. Isso, se não quiser ficar
desatualizado em relação ao resto do mundo.
Capítulo II
1. Os drives e arquivos
Os drives, como já foi visto, são os locais onde pode-se ter acesso às informações
armazenadas.
O DOS nomeia os drives através de letras. Estas letras vêm sempre seguidas de
dois pontos (:), sem espaço entre a letra e os dois pontos.
Exemplo: A: B: C: Z:
Assim, cada drive de seu computador ganhará uma letra para representá-lo.
O arquivo têm uma estrutura básica, no que diz respeito à sua nomenclatura e é
composto de 3 partes:
nome do arquivo . extensão
Extensão Descrição
.BAT um arquivo de lote (BATch)
.BAK um arquivo de BAcKup
.BMP um arquivo de figura Bitmap do Windows
.COM um arquivo de comandos executáveis
.DAT uma arquivo de dados
.DOC um arquivo de documentos
.EXE um arquivo executável
.GIF um arquivo de figura
.HLP um arquivo de ajuda (HeLP)
.INI um arquivo de configurações INIciais de um programa
.LST um arquivo de listagem
.MSG um arquivo de mensagem
.SYS um arquivo de sistema
.TMP um arquivo temporário
.TXT um arquivo de texto
.$$$ um arquivo temporário
.XLS um arquivo de planilha do Excel
O caractere curinga é aquele que pode ser usado no lugar de um ou mais caracte-
res dentro de um nome de arquivo. O DOS possui dois caracteres curinga: o * e ?.
O ? pode ser usado para representar qualquer caractere único em um nome do
arquivo.
O asterisco (*) pode ser usado no lugar de um ou mais caracteres (máximo de 8
caracteres). O * pode representar a palavra “tudo” para o DOS (este conceito será melhor
abordado mais adiante, quando conhecermos os comandos mais importantes do DOS).
2. O prompt do MS-DOS
Prompt quer dizer que o DOS está pronto para receber ordens. Ligue o computa-
dor normalmente (não execute o Windows ou outro software qualquer) e olhe para a tela
do seu monitor. Provavelmente você estará vendo uma série estranha de palavras seguida
de um cursor (é uma barra horizontal que fica piscando e diz para você onde a próxima
letra será digitada), que é mais ou menos assim: C:\>_ .
Este é o prompt ou linha de comando do DOS. Será a partir desta linha de coman-
do que você dirá ao DOS o que quer fazer.
Toda vez que você não estiver usando um software aplicativo, você estará no
prompt do DOS ou, simplesmente, pode-se dizer que você estará “no DOS”
Admitindo-se que o que você está vendo na tela do computador é C:\>, vamos
entender esta sequência estranha de caracteres:
Nem sempre o prompt do DOS apresenta-se igual ao mostrado acima. Isto graças
às modificações que são possívis de se fazer utilizando-se o comando prompt, a-
bordado com mais profundidade na pág. XX.
Será pelo prompt do DOS que entraremos com comandos. Os comandos são or-
dens que daremos ao DOS para executar uma determinada tarefa e estes podem ser resu-
midos em internos e externos.
Basicamente, os comandos internos são comandos que se instalam na memória
RAM do seu computador desde o momento em que você o liga. Graças a esse comporta-
mento, são chamados de internos.
Os comandos externos são formados por arquivos executáveis que ficam guarda-
dos em disco até que o usuário os utilize.
Os comandos internos, uma vez carregados na memória RAM, não têm que estar
em nenhum drive para serem executados, coisa que é necessária para a execução de um
comando externo. Como comandos básicos internos e externos a serem estudados por
esta apostila, podemos citar:
COMANDOS INTERNOS DO DOS COMANDOS EXTERNOS DO DOS
COPY TIME FORMAT DELTREE
VOL DIR SYS UNDELETE
TYPE PROMPT CHKDSK TREE
MD RD DISKCOPY MEM
DATE VER DISKCOMP LABEL
CLS RENAME XCOPY RESTORE
DEL PATH
CD
Além dos comandos internos e externos do DOS, vamos ainda estudar alguns dos
utilitários que vêm com o DOS 6.x. São eles:
· MSBACKUP · EDIT
· MSD · QBASIC
· MSAV · SCANDISK
· DOSKEY · DEFRAG
Para mudar de um drive para outro, digita-se o nome do drive e depois, tecla-se
ENTER (dependendo do teclado, ENTER pode ser chamado de RETURN). Por
exemplo, para ir para o drive E, você deve digitar: “E: [ENTER]” (o “E” não precisa ser
maiúsculo e as palavras que aparecerem entre colchetes não devem ser digitadas).
Pode-se usar quantas opções forem possíveis de uma vez só quando estamos en-
trando com um comando na linha de comando do DOS.
Em caso de dúvida quanto ao uso das opções dos comandos, digite o comando no
qual deseja obter informações e a opção /?, seguida de ENTER. Esta opção fun-
ciona em qualquer comando ou utilitário do DOS.
O BOOT. Boot da máquina é todo o processo pelo qual o computador passa quan-
do é ligado. a primeira coisa que seu computador faz é procurar pelo DOS. Primei-
ro ele procura pelo DOS no drive A (você já notou que a luz de seu drive A acende e apa-
ga quando você liga o computador?) e, depois, procura no drive C (onde geralmente en-
contra o DOS). Se não há nada de errado, você verá no final desse processo o famoso
prompt do DOS.
Force o boot do DOS na hora que você quiser. Para isso tecle na combinação C-
trl+Alt+Delete, segurando-se o Ctrl e o Alt apertados e teclando Del (ou Delete)
uma vez. Se isso falhar, aperte o botão RESET geralmente localizado no gabinete do seu
computador. Vale lembrar que o boot forçado é aconselhável apenas para o caso de o
computador travar (o computador não responder mais aos seus comandos).
Capítulo III
Agora que já compreendemos o prompt e como entrar com comandos e suas op-
ções, vamos agora conhecer alguns comandos do DOS, que serão os mais usados
por você.
· Todas as opções que aparecerem entre colchetes (menos o ENTER) são opcio-
nais.
· Se o drive de algum comando não for especificado o DOS assume o drive corrente
(drive que você está utilizando no momento) para executar o comando.
· Geralmente, os comandos do DOS seguem o seguinte formato, chamado de sintaxe:
nome-do-comando [drive:] [parâmetros] [/opções] [ENTER]
1. CLS
O comando CLS (CLear Screen) limpa a tela e posiciona o prompt no canto supe-
rior esquerdo do vídeo.
2. VER
O Comando VER apresenta para o usuário a versão do DOS que ele está utilizan-
do.
3. VOL
4. LABEL
Obs: O parâmetro NOME DO VOLUME pode conter até 11 caracteres, sem espaços em branco entre eles.
5. TIME
Exibe e permite que se altere a hora do relógio interno do MS-DOS. Sem nenhum
parâmetro, mostra o horário corrente e solicita um novo. Pressione ENTER para manter a
mesma hora.
6. DATE
Exibe e permite que se altere a data interna do MS-DOS. Sem nenhum parâmetro,
mostra a data corrente e solicita uma nova data. Pressione ENTER para manter a mesma
data.
7. DIR
8. TYPE
9. CHKDSK
Estes comando têm a mesma função: excluem um ou mais arquivos de uma uni-
dade.
Atenção! Tome muito cuidado com o uso deste comando. Só apague os arquivos que
você conhece e sabe que não irá precisar mais.
11. UNDELETE
Estes comando têm a mesma função: ambos dão novo nome para um ou
mais arquivos.
13. RESTORE
Você raramente usará este comando. Isto porque na versão 6.0 já não existe mais o
comando BACKUP e, consecutivamente, você não precisará usar o RESTORE.
14. PROMPT
Uso do Comando: PROMPT [nome que quer para o prompt] [$opções] [ENTER]
Algumas opções deste comando:
$v - mostra, no prompt do DOS, a versão corrente do DOS
$d - mostra a data do sistema
$t - mostra a hora do sistema
$p - mostra o diretório atual do drive corrente
$g - mostra o símbolo >
15. DISKCOMP
16. DISKCOPY
Este comando faz uma cópia idêntica de um disquete para outro do mesmo tipo.
Uso do Comando: DISKCOPY [drive de origem dos dados] [drive de destino] [/opções]
[ENTER]
Algumas opções deste comando:
/v - verifica se os discos estão sendo copiados corretamente
Exemplos de uso do comando:
DISKCOPY A: B: /v [ENTER] - faz uma cópia exata do conteúdo do disquete do drive A
para o do drive B, verificando se não há erro
17. MEM
18. SYS
Não apague os arquivos de sistema de seu disco rígido. Se isto acontecer, é melhor
você ter em mãos um disquete de sistema (ver dica do comando FORMAT) para po-
der usar seu computador depois disso.
19. FORMAT