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CRASH – NO LIMITE
ANÁLISE FILMICA
São Paulo
Março – 2002
DIOGO ROQUE MOLINA
R.A. A4356F-1
UNIP
UNIVERSIDADE PAULISTA
CRASH – NO LIMITE
ANÁLISE FILMICA
São Paulo
Março – 2002
INTRODUÇÃO
Nesse cenário, o diretor do filme aborda situações em que o preconceito pode ser
visto e sentido. São histórias que se cruzam durante o filme, começam e terminam
praticamente ao mesmo tempo.
1) Ético
2) Antiético
3) Moral
4) Imoral
5) Ilegal
a) Relatar a Cena
b) Determinar o comportamento
c) Analisar o comportamento
d) Qual o comportamento esperado.
1. Ética
Um policial (Ryan) molestou uma mulher (Chrystine) quando foi revistá-la. Dias
depois do episódio, Chrystine discute com o seu marido que viu a cena e nada fez. Após
essa discussão, ela pega uma estrada e acaba sofrendo um acidente. Uma viatura da
policia está passando pela local, o policial que vai ao socorro de Chrystine é Ryan, o
mesmo que a molestou dias antes. A mulher se recusou por diversas vezes a aceitar a
ajuda do policial, mesmo com ele alegando que o carro corre o risco de explodir devido
a um vazamento de combustível. A mulher se recusou tantas vezes pois, o acidente
estava diretamente ligado ao fato de que o acidente pudesse ser evitada caso ele não
tivesse agido daquela forma com ela. Porém o policial não desistiu de salvá-la da morte
Dois policiais estão a paisana e, passa um veículo (um Furgão preto) parecido
com um que havia sido roubado, porém com placas diferentes. O policial no banco do
carona alerta o policial que está dirigindo sobre a diferença da placa e que o perfil do
motorista (homem negro, aproximadamente 40 anos) não bate com a informação do
veículo roubado que receberam pelo rádio da policia. Mesmo ciente da informação, o
policial que dirige o veículo insiste em seguir o veículo e dá farol alto, com isso a
mulher no banco do carona do Furgão se levanta, o que é entendido pelo policial como
um sexo oral.
Notando que o casal estava praticando um ato sexual, o policial aborda o casal e
pede para que o homem desça do carro, o tratando com o se ele estivesse bêbado, depois
o policial começa uma revista no rapaz, que se apresenta como Cameron, um produtor
de cinema. Sua esposa, Christine, sente-se constrangida com a situação que o marido se
encontra, pois ela entende que o policial está usando de sua profissão para humilhar o
cidadão, desce do carro e pede para que o policial pare com a atitude. Ele pede para que
ela se cale em tom de ameaça.
O policial que estava no banco do carona nada faz, apenas observa a atitude do
outro policial com expressão de desaprovação. Por não ter se calado, Christine é forçada
pelo policial que dirigia o veículo a passar por uma “revista”, porém, o policial abusa da
situação, passando a mão no corpo da moça que usava um vestido curto. Enquanto dá a
Cameron duas opções, a de não reagir à atitude que ele está tendo ao revistar a sua
esposa e receber apenas uma advertência ou que ele ver ele agindo de uma maneira
ainda mais abusiva, esse policial passa a mão em seus seios, pernas, coxas e por fim
chega ao órgão sexual dela.
2.2 Análise da Cena
Nesta cena, o policial demonstra sua má-conduta. Sua missão era seguir um
veículo roubado, ao invés disso ele insistiu em um veículo aparentemente sem nenhuma
atitude suspeita. Ele parou o veículo, constatou que o casal (um homem negro e uma
mulher branca) estava praticando um ato sexual, ao invés de adverti-los prontamente, o
policial decidiu tomar uma atitude que afetasse a moral dos envolvidos na situação. O
policial mesmo notando que o motorista do Furgão não estava embriagado o submeteu a
uma situação constrangedora e humilhante pelo fato dele ser negro e o policial ser
racista.
Outra conduta que é considerada abusiva é a revista feita pelo sexo oposto do jeito
que foi feita. O policial molestou a moça. Se fosse realmente necessária a revista, seria
adequado ele conduzi-la na unidade policial mais próxima e uma policial feminina
efetuar a revista. A atitude desse policial é condenável pela própria policia, pois falta
com a ética, moral ofende os bons costumes, humilha e constrange os envolvidos.
O outro policial também tem uma postura inadequada, pois ele nada faz para
impedir a atitude de seu colega, que vai contra o direito do ser humano.
3. Moral
Nessa sequencia, podemos ver a incoerência das atitudes dos rapazes. Primeiro
reclamam indignados da sociedade que os veem como criminosos, falam da forma em
que foram descriminados na lanchonete que acabaram de sair, reclamam das pessoas de
pele branca que demonstram medo ao vê-los, mesmo que bem vestidos, alegam se
sentirem ofendidos por serem assim julgados.
Minutos depois pudemos ver uma sucessão de atitudes que infringem o código
penal praticado pela dupla: assalto a mão armada, homicídio, comercialização de
produtos roubados e ocultação de cadáver
CONCLUSÃO