Desde a pré-história o homem vem transformando matéria-prima em produtos úteis a sua
sobrevivência, o que chama-se artesanato. Com a necessidade de um crescimento capaz de acompanhar o crescimento do mercado, houve a necessidade de produzir mais, e com isso, os trabalhadores foram alocados em um único lugar para realizar atividades específicas que continuavam sendo feitos por suas próprias mãos, o que chama-se manufatura. Porém esse trabalho ainda poderia se considerar desordenado, pois a exemplo da produção de um sapato, o trabalhador participava de todas as etapas do processo como um todo. E assim com cada vez mais necessidade de produtos manufaturados para atender a demanda, a Inglaterra foi o país pioneiro na implementação de máquinas, tendo como força motriz o vapor, em suas instalações industriais para que aumentasse a produção, foi a primeira fase da revolução industrial, onde a indústria que mais se desenvolveu foi a indústria têxtil. Para facilitar o escoamento da produção industrial e o abastecimento de matérias-primas os setores de transporte e comunicação também tiveram que se modernizar, assim surgiram o barco a vapor, a locomotiva, o telegrafo, o telefone, etc. A segunda fase da revolução industrial se deu com um aumento do ritmo de produção, evolvendo os mais diversos setores da economia, com a difusão do uso do aço, a descoberta de novas fontes energéticas como a eletricidade e o petróleo, e a modernização do sistema de comunicações. Com todos esses avanços na indústria, houve a necessidade de organização da produção industrial para que essa fosse capaz de produzir mais e mais. A industria pioneira em tal organização foi a automobilística. Foi nela que se introduziu o uso de robôs industriais e da produção informatizada. No início meramente artesanal e individualizada, a produção de automóveis ganhou massificação. Ford, então aplicou os métodos do taylorismo, também chamado de organização científica do trabalho, para atender um potencial consumo de massas. O modelo taylorista é uma forma de organização do trabalho humano baseado na ciência, que tem como base o parcelamento extensivo das atividades e tarefas, formas de supervisão e controle despóticas, além das desqualificação da força de trabalho pela extrema separação entre as tarefas de concepção e de execução. O fordismo se apoiou em cinco transformações, são elas: 1 – produção em massa, 2 – parcelamento de tarefas, 3 – criação da linha de montagem, 4 – padronização das peças, 5 – automatização das fabricas. O resultado dessas cinco transformações é que antes de Ford era necessário 12:30 horas em média para construir um veículo. Após a introdução do taylorismo com sua racionalização e parcelamento das atividades, o tempo vai para 5:50 horas, logo depois com o treinamento dos operários cai para 2:38 horas, e após a automatização das primeiras linhas de montagem o tempo cai para 1:38, oito vezes menos tempo do que o esquema artesanal. Surge então o toyotismo, através da empresa automobilística japonesa Toytota Motor Company, concebida pelo engenheiro Taiichi Ohno. Tinha inúmeras diferenças do modelo Ford de produção, dentre elas: mão de obra multifuncional e bem qualificada, onde os trabalhadores são educados, treinados e qualificados para conhecer todo o processo de produção, podendo atuar em várias áreas do sistema produtivo da empresa; sistema flexível de mecanização, voltado para a produção somente do necessário, evitando ao máximo o excedente; uso de controle visual em todas as etapas de produção como forma de acompanhar e controlar o processo produtivo; implantação do sistema de qualidade total em todas as etapas de produção, além de alta qualidade dos produtos, busca-se evitar ao máximo o desperdício de matéria-prima e tempo; aplicação do sistema Just in Time, ou seja, produzir somente o necessário, no tempo necessário e na quantidade necessária; e o uso de pesquisas de mercado para adaptar os produtos as exigências dos clientes. Com isso o toyotismo atraiu o foco para si, espalhando-se por várias regiões do mundo a partir da década de 1960 e até hoje é aplicado em muitas empresas, visto que é o método de produção mais completo até os dias de hoje.