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2ª Edição
Florianópolis, 2011
Governo Federal
Presidente da República: Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro de Educação: Fernando Haddad
Secretário de Ensino a Distância: Carlos Eduardo Bielschowky
Coordenador Nacional da Universidade Aberta do Brasil: Celso Costa
Comissão Editorial
Antônio Carlos Gardel Leitão
Albertina Zatelli
Elisa Zunko Toma
Igor Mozolevski
Luiz Augusto Saeger
Roberto Corrêa da Silva
Ruy Coimbra Charão
Laboratório de Novas Tecnologias - LANTEC/CED
Coordenação Pedagógica
Coordenação Geral: Andrea Lapa, Roseli Zen Cerny
Núcleo de Formação: Nilza Godoy Gomes
Núcleo de Pesquisa e Avaliação: Claudia Regina Flores
Ficha Catalográfica
G491c Gimenez, Carmem Suzane Comitre
Cálculo I / Carmem Suzane Comitre Gimenez, Rubens Starke. —
2 ed. — Florianópolis : UFSC/EAD/CED/CFM, 2011.
273 p. : il. ; grafs. , tabs.
Inclui bibliografia
UFSC. Licenciatura em Matemática na Modalidade a Distância
ISBN 978-85-8030-012-3
4. Derivada.............................................................................. 143
4.1 Conceito de Derivada.................................................................145
4.1.1 Reta Tangente a uma Curva..............................................146
4.1.2 Velocidade Instantânea.................................................... 153
4.2 Definição de Derivada.............................................................. 155
4.2.1 Derivadas Laterais.............................................................157
4.3 Cálculo das Derivadas – Regras de Derivação.......................160
4.3.1 Derivada da Função Composta – A Regra
da Cadeia............................................................................167
4.3.2 Derivada da Função Inversa............................................ 172
4.3.3 Derivada da Função Exponencial....................................176
4.3.4 Derivada da Função Logarítmica................................... 177
4.3.5 Derivada das Funções Trigonométricas........................ 179
4.3.6 Derivada das Funções Trigonométricas Inversas......... 185
4.4 Derivada de Funções Implícitas.............................................. 190
4.4.1 Derivada da Função Exponencial Geral.........................193
4.5 Derivadas Sucessivas (ou de Ordem Superior)..................... 196
Referências............................................................................. 273
Apresentação
Esta disciplina, Cálculo I, continua uma jornada que começou
com as disciplinas Fundamentos de Matemática I e Introdução ao
Cálculo (estudo dos conjuntos numéricos e funções). As discipli-
nas de Cálculo, mais precisamente Cálculo Diferencial e Integral,
que se iniciam com o Cálculo I têm como objetivo estudar o com-
portamento das funções, fazendo uso de conceitos até então não
abordados: limites, derivada, continuidade, integral, séries. Estes
conceitos foram desenvolvidos no século XVII por dois grandes
matemáticos, independentemente: Isaac Newton (1642-1727) e
Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646-1716). O que Newton e Leib-
niz fizeram foi universalizar as regras para lidar com problemas
de áreas, taxas de variação, máximos e tangentes, que até então
eram tratados para casos particulares de funções.
Exemplo 3. A sequência (5, 8, 11, 14, 17) é uma P.A. finita de razão 3.
Exemplo 5. A sequência (12, 7, 2, -3, -8) é uma P.A. finita de razão -5.
Exercício resolvido
1) Os lados de um triângulo retângulo formam uma P.A. Saben-
do que o perímetro do triângulo vale 24 m, calcule o compri-
mento de cada lado.
( x - r ) + x + ( x + r ) = 24
3 x = 24
x = 8.
A razão não pode ser zero, pois neste caso o triângulo seria equiláte-
ro, e não retângulo. Considerando r > 0 , a hipotenusa corresponde a
x + r . Pelo Teorema de Pitágoras:
( x + r )2 = x 2 + ( x - r )2
(8 + r ) 2 = 82 + (8 - r ) 2
64 + 16r + r 2 = 64 + 64 - 16r + r 2
32r = 64
r = 2.
Logo, x – r = 6, x = 8 e x + r = 10.
a2 - a1 = r
a3 - a 2 = r
a n - a n -1 = r .
Logo, an = a1 + (n - 1)r .
■
Exercícios propostos
1) O primeiro termo de uma P.A. vale 4 e a razão 1 . Calcule o
décimo sexto termo. 3 9
Exercício resolvido
2) No início do ano, João possuía R$ 400,00 guardados e foi con-
templado com uma bolsa de estudos. A partir de janeiro co-
meçou a guardar R$ 50,00 por mês. Quantos reais João terá
acumulado no final de 2 anos?
Portanto, o valor em reais que ele terá acumulado após 2 anos corres-
ponde ao termo a24 , o vigésimo quarto termo da P.A.
an = a1 + (n - 1)r ,
temos:
a24 = 450 + 23 × 50
a24 = 1600
Resposta. Ao final de 2 anos, João terá acumulado R$ 1600,00.
S n = a1 + a2 + + an -1 + an
S n = an + an -1 + + a2 + a1 .
a2 + an -1 = (a1 + r ) + (an - r ) = a1 + an + (r - r ) = a1 + an .
Da mesma forma,
a3 + an - 2 = (a1 + 2r ) + (an - 2r ) = a1 + an .
2 S n = n ⋅ (a1 + an )
a +a
Sn = n ⋅ 1 n
2 ■
Exercícios resolvidos
3) Calcule a soma de todos os múltiplos naturais de 6 que pos-
suem 3 algarismos em sua representação decimal.
a +a
Sn = n ⋅ 1 n ,
2
devemos achar a1 , an e n .
996 = 102 + (n - 1) ⋅ 6
6 ⋅ (n - 1) = 894
n - 1 = 149
n = 150 .
102 + 996
Logo, S150 = ⋅150 = 82350 .
2
Resposta. A soma pedida é 82350 .
497 = 2 + (n - 1) ⋅ 5
5 ⋅ (n - 1) = 495
n - 1 = 99
n = 100.
2 + 497
Logo, S100 = ⋅100 = 24950 .
2
Resposta. A soma pedida é 24950 .
Exercícios propostos
4) Calcule a soma dos duzentos primeiros termos da P.A.:
199 198 197
- , - , - , .
200 200 200
Exercício resolvido
5) Determine a P.A. em que o vigésimo termo é 2 e a soma dos
50 termos iniciais é 650 .
aa ++aa
SS5050== 1 1 5050.50 650 ⇒ a1 + a50 = 26 ⇒ a1 + a1 + 49r = 26 ⇒ 2a1 + 49r =
⋅ 50==650
22
a +a
S50 = 1 50 .50 = 650 ⇒ a1 + a50 = 26 ⇒ a1 + a1 + 49r = 26 ⇒ 2a1 + 49r = 26 (2)
2
Resolvendo o sistema com as equações (1) e (2):
P2 - P1 2
=
P1 100
P2 - P1 = 0, 02 P1
P2 = 1, 02 P1 .
P3 - P2
= 0, 02
P2
P3 = 1, 02 P2 .
Pk +1
De fato, = 1, 02, ∀k ≥ 1 .
Pk
Tese. Pn +1 = (1 + i ) Pn , ∀n ≥ 1 .
Da Definição 2 decorre:
Pn +1 - Pn
=i
Pn
Pn +1 - Pn = iPn
Pn +1 = (1 + i ) Pn .
(2) Hipótese. Pn +1 = (1 + i ) Pn , ∀n ≥ 1 .
Pn +1 - Pn (1 + i ) Pn - Pn (1 + i - 1) Pn
= = = i , portanto, constante.
Pn Pn Pn
■
Observações:
3 9 27 3
Exemplo 10. A sequência 1, , , é uma P.G. finita de razão q = .
2 4 8 2
3 1
Sua taxa de crescimento é i = - 1 = ou 50%.
2 2
20 20
Exemplo 11. A sequência 60, 20, , , ... é uma P.G. infinita de
3 9
1 2
razão q = e taxa de crescimento i = - ou -66, 66% .
3 3
P2 P3 P4 P P
⋅ ⋅ ⋅ ⋅ n -1 ⋅ n = q.q. ... .q
P1 P2 P3 Pn - 2 Pn -1
n -1 vezes
Exercício resolvido
6) A população de uma cidade é de 350.000 habitantes e a sua
taxa de crescimento é constante e igual a 3,5 % ao ano. Qual
será a sua população daqui a 10 anos? E daqui a 20 anos?
3,5
Após 2 anos, será de : P3 = P2 + P2 = 1, 035 P2 .
100
3,5
Após k anos, será de: Pk +1 = Pk + Pk = 1, 035 Pk .
100
Portanto, P1 , P2 , P3 ,
... formam uma P.G. de razão 1, 035 .
Exercícios propostos
6) Uma pessoa aplica R$ 1.000,00 durante 10 meses, recebendo
juros de 2% ao mês. Use a fórmula do termo geral de uma P.G.
para calcular a valor que esta pessoa terá após os 10 meses.
1
7) O primeiro termo de uma P.G. é 64 e sua razão é - . Calcule
o quarto e o sétimo termo. 4
P1 - Pq n
1 - qn
Sn = 1
ou S n = P1 .
1- q 1- q
■
Exercício resolvido
2 2 2
7) Considere a P.G. infinita: 6, 2, , , , .
3 9 27
a) Calcule a soma dos cinco primeiros termos.
Resolução.
1
a) Esta P.G. tem termo inicial P1 = 6 e razão q = . Conforme a Pro-
3
posição 5, temos:
1 5
1-
3 1 3 242
S5 = 6 ⋅ = 6 ⋅ 1 - 5 ⋅ = ≅ 8,96.
1 3 2 27
1- 3
242
Resposta. A soma pedida é , que é aproximadamente 8,96 .
27
1 n
1-
3
b) S n = 6 ⋅
1
1- 3
1 3 1
= 6 ⋅ 1 - n ⋅ = 9 ⋅ 1 - n .
3 2 3
Resolução.
9
a) A expressão obtida no Exercício Resolvido 7 é S n = 9 - .
3n
9 9 9
Então, S n - 9 = 9 - n
-9 = - n = n .
3 3 3
9
Precisamos encontrar um número natural n tal que < 10-4 .
3n
Vamos resolver esta inequação:
9 -4
9n < 10-4
39n < 10
3n < 10-4
33nn 4
3 > 104
39n > 104
9 > 10
39nn > 9 ×1044
3 > 9 ×10
3n > 9 ×104 .
log 9 + 4
≅ 10,38 .
log 3
Como n deve ser natural e maior do que 10,38 , podemos ver que 11
é o menor número natural que satisfaz estas condições. De fato, se
calcularmos S11 até a sexta casa decimal, obteremos S11 = 8,999949
e | S n - 9 | ≅ 5 ⋅10-5 < 10-4 .
9
99k < 10--1010
39k < < 10
10 -10
3k 10-10
3339kkkk <
-
< 10 10
333k > 1010 10
399kk > > 10
1010
339k > 10 10
9 ×101010
9 k > 10 10
339k > > 99 ×
× 10
10 10
k log33k > k log
> 9log
×109 +1010
kk log 3 3
log 3 > log> 9 × 9
99 ++10
10 +10
10
k log k3 > log
log 99 ++1010
> log
k log k3 > > loglog9 +31010
k > loglog 9 +310
k > loglog 9 +310
k > log 3 .
log 3
log 9 + 10
Verifica-se que ≅ 22,96 . Então, podemos tomar k = 23 .
log 3
Resposta. Para k = 23 ou qualquer número natural maior do que 23 ,
tem-se S k - 9 < 10-10 .
5
Antes de generalizar, tomemos, por exemplo, q = .
6
Tarefa. Pegue uma calculadora e calcule:
2 10 20 30
5 5 5 5
, , , . O que você observa?
6 6 6 6
Exercício proposto
n
5
9) Encontre um número natural n0 tal que < 10-60 para todo
n ≥ n0 . 6
log
Portanto, se n0 é o menor número natural maior do que ,
n 5
5 log
então < para todo n ≥ n0 . 6
6
A proposição seguinte é uma generalização deste resultado:
Para recordar o estudo (Podemos aplicar a Função Logaritmo, pois q > 0 e > 0 ).
sobre a Função Logaritmo,
recorra ao seu material de Este número, log , existe e é positivo, pois q < 1 e é suposta-
Introdução ao Cálculo. log q
mente muito pequeno, menor do que 1.
log q
n n
Observe que para todo n ≥ n0 teremos q < q 0 , pois q < 1 . Assim,
n
q < para todo n ≥ n0 . Como e > 0 foi tomado arbitrário, a afir-
mação vale para todo , por menor que seja.
■
Exercícios resolvidos
1 1 1 1
9) Determine o valor da soma 1 + + + + + n + .
3 9 27 3
Resolução. Trata-se da soma de todos os termos da P.G. de termo
1
inicial P1 = 1 e razão q = .
3
P1 1 3
Como q < 1 , temos S = = = .
1- q 1- 1 2
3
Resposta. A soma é 3 .
2
1 37 266
Logo, 0,5373737 … = + = .
2 990 495
A= 6× 6× 6 ×
1 1 1 1
= 6 2 × 6 4 × 6 8 × × 6 2 ×
n
1 1 1 1
+ + ++ n +
= 62 4 8 2
.
29
Resposta. A = 6 .
Exercícios propostos
10) Calcule a soma dos dez primeiros termos da P.G.:
1 1 1
1 , , , , ...
2 4 8
30
11) Quantos termos da P.G. (1, 3, 9, 27, ...) devem ser somados para
que a soma dê 3280?
17) Se (an ) é uma P.G. de termos positivos, prove que (bn ) , defini-
da por bn = log an , é uma P.A.
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
+ 2 + 3 + + + 2 + 3 + + + 2 + 3 + + + n + n
3 3 3 5 5 5 9 9 9 2 + 1 (2
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
+ 2 + 3 + + + 2 + 3 + + + 2 + 3 + + + n + n 2
+ n 3
+ +
3 3 3 5 5 5 9 9 9 2 + 1 (2 + 1) (2 + 1)
3 5
25) Considere a P.G. cujo termo inicial é
e a razão . Determine
2 4
o menor número k tal que a soma dos k primeiros termos seja
maior do que 1000 .
a) (1, 2, 3, 4, 5, …) ;
32
1 1 1 1 1
b) , , , , , … ;
2 3 4 5 6
c) (3, 6, 9, 12, 15, …) ;
d) (0, 2, 0, 2, 0, 2, …) .
Em cada uma dessas sequências é fácil deduzir qual é a regra que re-
laciona cada termo com a sua posição na sequência. Com essa regra
é possível acrescentar outros termos, bem como saber qual é o termo
que ocupa determinada posição.
Posição Termo
1 3 = 3.1 ...ou seja, temos uma
2 6 = 3.2 função:
f : →
3 9 = 3.3
f (n) = 3n
4 12 = 3.4
Exemplo 14.
b) ((1) n ) (1,1,1,1,1,...).
33
-3n + 2 1 4 7 10
d) = - , - , - , - , … .
4n + 1 5 9 13 17
(1) n1 1 1 1 1
e) 3 n 3 ,3 ,3 ,3 ,....
2 2 4 8 16
1 1 1 1 1
f) 1, 6 - , , 6- , , 6 - , … .
4 3 16 5 36
1
n se n é ímpar
xn =
6 - 1 se n é par
n 2
Exercícios resolvidos
n + (-1) n +1.n
13) Considere a sequência ( xn ) , sendo xn = .
n +1
a) Escreva os cinco primeiros termos de ( xn ) .
Resolução.
85 + (-1)86 × 85 170 85
x85 = 85 + (-1)86 × 85 = 170 = 85
x85 = 85 + 1 = 86 = 43
85 + 1121 86 43
120 + (-1)121 ×120 0
x120 = 120 + (-1) ×120 = 0 = 0
x120 = 120 + 1 = 121 = 0
120 + 1 121
85
Resposta. x85 = ; x120 = 0.
43
1 1 1 1 1
a) - , , - , , - ,
4 8 16 32 64
1 3 5 7
b) , , , ,
2 4 6 8
Resolução.
n 1 2 3 4 5 ...
-1 1 -1 1 -1
xn ...
22 23 24 25 26
(-1) n
Portanto, o termo geral é .
2n+1
(-1) n
Resposta. xn = n +1 .
2
35
n 1 2 3 4 5 ...
1 3 5 7 9
xn ...
2 4 6 8 10
2n - 1
xn = .
2n
Exercícios propostos
26) Escreva os cinco primeiros termos da sequência
(1) n n
.
n2
1 4 9 16 25 36
, - , , - , , - ,... .
3 5 7 9 11 13
1.3.1 Subsequências
Consideremos a sequência dos números ímpares: (1, 3, 5, 7, ...),
cujo termo geral é xn = 2n - 1. Ao escrevermos os termos
x2 , x4 , x6 , x8 , …, x2 k , …, ou seja, 3, 7, 11, 15, … apare-
ce uma outra sequência “dentro” de ( xn ) .
Note que o conjunto de índices ' = {2, 4,6,8,..., 2k ,...} é infinito e or-
denado.
1
Exemplo 16. Seja yn = e ′ = {4k ; k ∈ }. Então a subsequência
n
1 1 1 1
( yni ) ni ' é: , , , ,... .
4 8 12 16
(1, 2,3, -1, -2, -3,1, 2,3, -1,...) e seja ′ = {3k - 2; k ∈ }. Então a subse-
quência ( zni ) ni ' é: ( x1 , x4 , x7 , x10 ,...) , ou seja, (1, -1,1, -1,1, -1,...) .
Exercício resolvido
2 n
15) Tome a sequência (n (1) n) e o conjunto
′ = {2k - 1; k ∈ }. Escreva os cinco primeiros termos
da subsequência ( xni ) ni ' .
1
Exemplo 19. A sequência é limitada, pois 0 < xn ≤ 1 , ∀n ∈ . As-
n
sim, todos os seus termos estão, por exemplo, no intervalo [0,1].
n 2 (1) n
Exemplo 23. As sequências ((1) n ), (1) n1 ,
não são
n 1 n
monótonas, pois os seus termos são alternadamente positivos e ne-
gativos.
Exercício resolvido
3n + 1
16) Dada a sequência , verifique:
2n - 1
a) se ela é monótona;
b) se ela é limitada.
Resolução.
3n + 1 3(n + 1) + 1 3n + 4
Temos: xn = ; xn +1 = , isto é, xn +1 = .
2n - 1 2(n + 1) - 1 2n + 1
Logo,
n!
Lembremos que 17) Verifique se a sequência n é monótona.
n ! = n ⋅ (n - 1) ⋅ ... ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 12
e, por consequência, n!
(n + 1)! = (n + 1) n ! Resolução. Seja xn = n . Então,
12
(n + 1)! n ! (n + 1)! - 12n !
xn +1 - xn = - =
12n +1 12n 12n +1
Exercícios propostos
6n
28) Dada a sequência , verifique:
(n + 1)!
a) se ela é monótona;
b) se ela é limitada.
1 2 3 4
a) , , , ,
2 3 4 5
1
b) (an ) cujo termo geral é an = (-1) n ⋅ .
n
c) (an ) definida por: a1 = 1, an +1 = n + an .
n -1
b) an =
n
c) a1 = 1, a2 = 1, an +1 = an -1 + an
1 1 1 1
d) 1, ,1, ,1, ,1, ,...
2 3 4 5
e) an = sen n.
(-1) n
f) an = n +
n
1
c) Os termos da sequência 4 + 2 aproximam-se arbitraria-
n
mente de 4 .
(-1) n
d) Os termos da sequência 6 + também se aproximam
n
arbitrariamente de 6 , embora de maneira oscilatória.
1
n se n é par
xn =
5 - 1 se n é ímpar
n
L - < xn < L + .
Exemplo 25. Sequências como (n 2 ), (4n 3), (ln n), (e n ), ((5) n ) não
têm limite, pois os termos não se aproximam de valor algum. Neste
caso, dizemos que a sequência diverge.
1
Exemplo 26. A sequência converge e tem limite zero.
n
Vamos provar isso usando a definição:
1 1 1
- 0 < . Ora, - 0 < é equivalente a < que por sua vez é
n n n
1 1 1
equivalente a n > . Quer dizer, se n > , então - 0 < . Portan-
n
1
to, basta tomar como n0 o menor número natural maior do que n> .
1
Logo, lim = 0 .
n
1
3 + n se n é par
xn =
5 - 1 se n é ímpar
n
Exercícios resolvidos
10n
18) Considere a sequência ( xn ) tal que xn = .
3 + 2n
1
a) Calcule n0 ∈ tal que xn - 5 < , ∀n ≥ n0 .
10
1
b) Calcule n0 ∈ tal que xn - 5 < , ∀n ≥ n0 .
100
c) Demonstre que lim xn = 5 .
43
Resolução.
1 10n 1
a) xn - 5 < ⇔ -5 <
10 3 + 2n 10
-15 1
⇔ <
3 + 2n 10
3 + 2n
⇔ > 10
15
⇔ n > 73,5.
1
Portanto, se n > 73,5 , então xn - 5 < . Tomando n0 = 74 , temos
10
1
xn - 5 < para todo n ≥ n0 .
10
Resposta. n0 = 74
1 10n 1
b) xn - 5 < ⇔ -5 <
100 3 + 2n 100
Resposta. n0 = 749 .
c) lim xn = 5 .
Ora,
10n 15 3 + 2n 1 15 3
xn - 5 < ⇔ -5 < ⇔ <⇔ > ⇔n> -
3 + 2n 3 + 2n 15 2 2
10n 15 3 + 2n 1 15 3 10n 15 3
xn - 5 < ⇔ -5 < ⇔ < ⇔ Portanto,
> se⇔ n > - , então xn - 5 < .⇔ ⇔ n0
- 5 <tomar
Assim, basta <⇔
3 + 2n 3 + 2n 15 2 2 3 + 2n 3 + 2n
10n 15 3 + 2n 1 15 3
xn - 5 < ⇔ como -5 < ⇔
o menor número<⇔
natural > ⇔n> -
maior do que , o que sempre
3 + 2n 3 + 2n 15 2 2
10n
será possível . Logo, lim =5.
3 + 2n
44
(-1) n +1
19) Seja xn = 9 + .
5n 2
a) Encontre um número natural n0 tal que, se n ≥ n0 , então
xn ∈ (8,999 ; 9, 001) .
Resolução.
1 (-1) n +1 1 1 1
xn - 9 < ⇔ 2
< ⇔ 2< ⇔ 5n 2 > 1000 ⇔ n 2 > 200 ⇔ n > 200
1000 5n 1000 5n 1000
1 1 1
⇔ 2< ⇔ 5n 2 > 1000 ⇔ n 2 > 200 ⇔ n > 200
1000 5n 1000
b) lim xn = 9 .
Ora,
(-1) n +1 1 1 1 1
| xn - 9 |< ⇔ 2
< ⇔ 2 < ⇔ 5n 2 > ⇔ n 2 > ⇔n>
5n 5n 5 5
Sempre é possível encontrar esse valor, pois > 0 . Assim, basta to-
1
mar n0 como sendo o menor número natural maior do que e
então x - 9 < para todo n ≥ n . Logo, lim x = 9 . 5
n 0 n
45
Exercício proposto
3n - 1
33) Considere a sequência ( xn ) , sendo xn = .
2n + 5
3 1
a) Encontre n0 ∈ tal que xn - < , ∀n ≥ n0 .
2 100
3
b) Prove que lim xn = .
2
Portanto, A - B < .
n se 1 ≤ n ≤ 10
Exemplo 28. Considere a sequência x n = 1 .
1 + n se n ≥ 11
X = {1, 2 , 3, 4 , 5, 6 , 7 , 8, 9 , 10 , 0}
O máximo de X é 10 e o mínimo é 0 . Assim, todos os termos da
sequência pertencem ao intervalo [0,10] . Logo, ( xn ) é limitada.
Observação:
Atenção: este teorema vale Teorema 3. Toda sequência monótona e limitada converge.
também para sequências
que são monótonas a partir Demonstração. Será omitida neste momento, pois necessita da com-
de certo termo.
preensão dos conceitos de supremo e ínfimo, que serão estudados
num curso de análise.
■
1 1
Mas xn - 6 < ⇔ <⇔n> .
2n 2
1 1 1 1
xn - 6 < Portanto,
⇔ ⇔n>
< se , então xn - 6 < .⇔ ⇔ ntomar
Logo,<basta > n0 como o
2n 2 2n 2
1 1
menor número xn -natural
6 < ⇔maior< do⇔quen> . Isso prova que lim xn = 6 .
2n 2
48
Exercício resolvido
2n + 5
20) Verifique se a sequência converge usando o
3n - 1
Teorema 3.
Resolução.
Note que: xn > 0 para todo n . Além disso, sendo ( xn ) decrescente, to-
7 7
dos os seus termos são menores do que x1 = . Portanto, 0 < xn ≤
2 2
para todo n , e a sequência é limitada. Conclui-se que ela converge.
15n
Exemplo 30. A sequência é decrescente a partir do décimo
n!
quinto termo (Verifique isso!). Podemos então concluir que é limi-
2
3 - n se n é par
xn =
1 + 1 se n é ímpar
n 2
Exemplo 31.
sen n 1 1
a) lim = lim ⋅ sen n . Como a sequência tem limite
n n n
sen n
zero e a sequência ( sen n) é limitada, segue que lim = 0.
n
π
cos (2n 1)
3
b) Da mesma forma, lim 2 0.
n 1
Exemplo 32.
-8
a) Se yn = n 2 e xn = , então xn ⋅ yn = -8 , ou seja, ( xn yn ) é a se-
n2
quência constante, que converge para -8 .
51
1
b) Se yn = n 2 e xn = , então xn ⋅ yn = n e a sequência ( xn yn ) di-
n
verge.
1 1
c) Se yn = n 2 e xn =3 , então xn ⋅ yn = e a sequência ( xn yn )
n n
converge para zero.
Demonstração.
a) Seja > 0 . Como lim xn = A , existe n1 ∈ tal que xn - A <
2
para todo n ≥ n1 .
Como lim yn = B , existe n2 ∈ tal que yn - B < para todo
2
n ≥ n2 .
Seja n0 = max {n1 , n2 } e n ≥ n0 . Então, xn - A < e yn - B < .
2 2
Logo,
| ( xn + yn ) - ( A + B) |=| ( xn - A) + ( yn - B) |
≤| xn - A | + | yn - B |
≤ + =
2 2
Suponhamos c ≠ 0 .
Seja > 0 . Por ser lim xn = A , existe n0 ∈ tal que xn - A <
c
para todo n ≥ n0 .
Logo, para n ≥ n0 , temos: cxn - cA = c ⋅ xn - A < c ⋅ = , ou seja,
c
cxn - cA < .
xn yn AB xn yn xn B xn B AB xn ( yn B ) B ( xn A).
lim B ( xn A) 0. .
Logo,
E, portanto, lim xn yn = AB .
x A
d) Provaremos que lim n - = 0 .
yn B
xn A Bxn Ayn 1
Temos: ( Bxn Ayn ), para todo n tal que
yn B Byn Byn
yn ≠ 0 . A ideia é usar novamente o Teorema 6.
B2 B2 B2
particular, para = , temos: - < Byn < .
2 2 2
Somando B 2 aos membros dessa desigualdade, temos
B2 3B 2 B2
< Byn < , ou seja, Byn > . Como Byn > 0 , segue que
2 2 2
1 2
0< < 2 para todo n ≥ n0 .
Byn B
1 1 1
O conjunto , , …, é finito e, portanto, limita-
By1 By2 Byn0 -1
1
do. Logo, a sequência é limitada. Segue do Teorema 6 que:
Byn
1 x A
lim ( Bxn Ayn ) 0 e, portanto, lim n = .
Byn yn B
Exercícios resolvidos
21) Calcule o limite de cada uma destas sequências:
5 1
a) ; b) 2 ;
n n
7 n 2 + 5n + 3 2n 2 + 5
c) 2 ; d) 6
.
3n - 8 1- n
Resolução.
5 1
a) Pelo item (b) do Teorema 7, lim = 5 × lim = 5 × 0 = 0 .
n n
b) Pelo item (c) do Teorema 7,
1 1 1 1 1
lim 2
= lim × = lim × lim = 0 .
n n n n n
c) Para usar os itens do Teorema 7, vamos dividir numerador e deno-
minador do termo geral por n 2 , o que não o altera:
5 3
2 7+ + 2
7 n + 5n + 3 n n .
=
3n 2 - 8 8
3- 2
n
54
Logo,
5 3 lim 7 + 5 + 3 5 3
2 7+ + 2 2 lim 7 + lim + lim 2
7 n + 5n + 3 n n = n n n n = 7+0+0 = 7
lim = lim =
3n 2 - 8 8 8 8 3-0 3
3- 2 lim 3 - 2 lim 3 - lim 2
n n n
5 3 lim 7 + 5 + 3 5 3
7+ + 2 2 lim 7 + lim + lim 2
n+3 n n = n n = n n = 7+0+0 = 7
= lim
-8 8 8 8 3-0 3
3- 2 lim 3 - 2 lim 3 - lim 2
n n n
2 5
2n 2 + 5 n4 + n6 0+0
Então, lim 6
= lim = = 0.
1- n 16 - 1 0 -1
n
n K
Ora, a0 q n > K ⇔ a0 . q n > K ⇔ q > ⇔
a0
K 1 K
⇔ n log q > log ⇔ n > .log .
a
0 log q a
0
1 K
, então a0 q > K . Como K é ar-
n
Portanto, se n > .log
log q a
0
bitrário, a sequência (| a0 q n |) não é limitada, e o mesmo acontece
com a sequência (a0 q n ) .
Logo, lim zn = L .
■
56
Exemplo 33.
1
a) A sequência converge? Qual o seu limite? Note que
n!
1 1
n! ≥ n, para todo n ≥ 1 . Logo, 0 < ≤ para n ≥ 1 . A sequên-
n! n
1
cia (0) , bem como a sequência , converge para 0 . Pelo
n
1
Teorema 8, lim = 0 .
n!
sen 2n
b) E a sequência ? Ora, como -1 ≤ sen 2n ≤ 1 , temos que
n
1 sen 2n 1 1 1
- ≤ ≤ para todo n ≥ 1 . Tanto - como têm
n n n n n
sen 2n
limite 0 . Pelo Teorema 8, lim =0.
n
Teorema 9. (Teorema de Bolzano-Weierstrass). Toda sequência li- Este teorema é usado para
demonstrar muitos outros
mitada de números reais possui uma subsequência convergente. resultados importantes.
Pode ser utilizado também
Demonstração. Será omitida, pois necessita da compreensão de con- para obter o limite de
ceitos que serão estudados num curso de Análise. algumas sequências.
1
4 - n se n = 3k ; k ∈
1
xn = se n = 3k + 1; k ∈
n
1
3 + n se n = 3k + 2; k ∈
57
n se n é par
xn = 1
n se n é ímpar
possui uma subsequência que converge para zero, apesar de não ser
limitada.
Notação. xn → +∞ ou simplesmente xn → ∞ .
Exemplo 37.
b) A sequência 10 - 4n 2 tende a - ∞ .
58
10 - B
Portanto, se n > , então 10 - 4n 2 < B . Basta tomar n0 como o
2
10 - B
menor número natural maior do que .
2
Conclui-se que 10 - 4n 2 → -∞ .
n 2 se n é par
Exemplo 38. Seja xn =
1 se n é ímpar
Não é verdade que xn → ∞ , pois, por maior que seja n0 , sempre ha-
verá termos xn iguais a 1 para n ≥ n0 .
-n 2 se n ≤ 10000
Tarefa. Se a sequência (bn ) é dada por bn = , po-
2n se n > 10000
demos dizer que bn → ∞ ? Ou que bn → -∞ ?
Exemplo 40.
Exemplo 41.
1
a) Seja xn = n e yn = 2 + . Note que xn → ∞ e yn ≥ 2 , ∀n .
n
1
Então, xn ⋅ yn = n 2 + = 2n + 1 tende a infinito.
n
1
b) Seja xn = n e yn = . Dessa vez, ( yn ) não satisfaz a hipótese,
n
pois não existe c > 0 tal que y n ≥ c, ∀n ∈ Ν .
1
Temos: xn ⋅ yn = n ⋅ = 1 e a sequência constante (1) não tende a
n
infinito.
1 1
c) Seja xn = n 2 e yn = . Agora xn ⋅ yn = n 2 ⋅ = n e, portanto,
n n
xn ⋅ y n → ∞ . Esse exemplo mostra que a recíproca é falsa, pois
( yn ) não é limitada inferiormente por um número positivo.
60
Exemplo 42.
1 1 1
a) Seja xn = 3 + e yn = . Então, xn ⋅ yn = 3 + n = 3n + 1 , que
n n n
tende a infinito.
1 1
b) Seja xn = e yn = . Note que (xn) não satisfaz a hipótese de
n n
ser limitada inferiormente por um número positivo.
1
xn n
Agora, = = 1 e a sequência constante (1) não tende a in-
yn 1
finito. n
1 1 x 1
c) Seja xn = e yn = 2 . Dessa vez, n = ⋅ n 2 = n e a sequência
n n yn n
(n) tende a infinito. Esse exemplo mostra que a recíproca tam-
bém não é válida.
1.3.7 Indeterminação
Observe com atenção cada uma das quatro situações abaixo, em que
( xn ) e ( yn ) são sequências com limites infinitos.
Exemplo 43.
c) xn = n + 23 ; y n = -n . Então, xn + yn = 23 , ou seja, ( xn yn ) é a
sequência constante (23) que tem limite 23 .
Exemplo 45.
1
a) xn = ; y = 5n . Então, xn ⋅ yn = 5 , ou seja, ( xn yn ) é a sequên-
n n
cia constante (5) que converge.
62
1
b) xn = 2
; yn = n 3 . Então, xn ⋅ y n = n , portanto, xn ⋅ y n → ∞ .
n
Escreve-se: “ 0 . ∞ é uma indeterminação”.
Exercícios propostos
34) Dê quatro exemplos de sequências ( xn ) e ( yn ) tais que ambas
x
convirjam para zero; no entanto as sequências n têm dife-
yn
rentes comportamentos quanto ao limite.
0
Escreve-se: “ é uma indeterminação”.
0
35) Escreva os cinco primeiros termos das sequências a seguir.
1 (1) n
a) n
2
p
n sen n se n é par
b) xn =
sec p se n é ímpar
n - 2
1 1 1 Note que a = 1 + 1 ;
c) an ...
3 6 3(n 1) 1
3 6
cos(nπ) a2 = 1 + 1 + 1 , etc.
d) 3 6 9
n2
n (1) j
2 j
e)
j1
2 -5 8 -11 14
a) (6, 10, 14, 18, ...) b) , , , ,
, ...
4 8 16 32 64
1 1 1 1
c) 5 + , 5 - , 5 + , 5 - , ...
2 4 8 16
63
np
39) Considere a sequência n sen . Liste alguns termos para
2
compreendê-la.
a) É monótona? Justifique!
b) É limitada? Justifique!
c) Converge? Justifique!
1
2 x se 0≤ x≤
2
42) Seja f ( x) = e seja x0 = 0, 2 . A sequência
2 x - 1 se 1
≤ x ≤1
2
( f ( x0 ), f f ( x0 ), f f f ( x0 ),... ) converge? Justifique!
2n + 6 nn
a) ; b) ;
5n n!
64
306n
c) ; d) (arctg n) .
(2n)!
(Na última sequência não faça contas. Observe o gráfico de
y = arc tg x ).
50n
45) Mostre que a sequência é limitada.
(n 3)!
4 - n2
46) Seja xn = .
3n 2 + 2
a) Calcule n0 ∈ tal que a distância entre xn e -1 seja menor
3
do que 1 para todo n ≥ n0 .
200
1 1 1 1
xn ∈ - - , - + , ∀n ≥ n0
3 1000 3 1000
1
c) Prove que lim xn = - .
3
(1) n1
47) Prove que a sequência 6 converge para 6.
n3
en 2n3 + 2n - 70
a) ; b) 3 ;
2
2
6 - n - 9n
65
4n - 2 pn
c) 3 ; d) n ;
1- n 4
(1) n1 2n n + 1
g) ; h) - ;
n 11 n + 1 2n
n2 n2
i) - .
2n + 1 2n - 1
π
cos n
2
b) 2
;
8 3n
n3
c) .
arc cotg n
e) (arccos sec n) .
66
an +1
i) < 1, ∀n ∈ .
an
ii) (an ) possui uma subsequência que converge para -10 .
Pergunta-se:
a) (an ) é monótona?
Sugestão para b): Comece assim: por hipótese, para todo > 0 existe
62) Prove:
x
a) Se ( xn ) é limitada e yn → +∞ , então lim n = 0 .
yn
x
b) Se ( xn ) é limitada e yn → -∞ , então lim n = 0 .
yn
63) Para cada uma das sequências ( xn ) abaixo, escolha a alternati-
va correta:
(a) ( xn ) converge.
(b) xn → +∞ .
(c) xn → -∞ .
3
i) xn = 1 - ; ii) xn = sen n - n 2 ;
n - 258
68
(-1) ;
n
1
iii) xn = log 1 sen ; iv) xn = cossec p +
2
n n
2
v) xn 6 (ln 2) n ; vi) xn ln(e nn ) .
a) lim xn = 0 .
b) ( xn yn ) é decrescente.
c) lim xn ⋅ yn = 43 .
1+ 5
21)
2
p p
22) x = + 2k p ou x = - + 2k p , k ∈
3 3
23) a) P.G. de razão -1, para x ≠ k p, sendo k ∈
3 2 5 4
24) A soma é 1. 25) k = 23 26) 0, , , , .
4 5 6 7
n2
27) (-1) n +1 ⋅
2n + 1
28) a) Decrescente a partir do quinto termo.
2 4 6 8 10 12
29) , , , , ,
5 17 37 65 101 145
33) n0=423
1 1 1 1
35) b) -1, 2, - 1, 2 2, 2 d) -1, , - , , -
4 9 16 25
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
e) - , - + , - + - , - + - + , - + - + -
2 2 4 2 4 8 2 4 8 16 2 4 8 16 32
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
- , - + , - + - , - + - + , - + - + -
2 2 4 2 4 8 2 4 8 16 2 4 8 16 32
70
(-1) n +1
36) a) (4n + 2) c) 5 +
2n
37) 9,36,81,144, 225;
1, 25,81,169, 289.
1
38) a) 0 e k -1 b) Sim, para zero.
2
39) a) Não b) Não c) Não d) Sim
46) a) n0 = 18 b) n0 = 40
49) a) D b) C c) C d) C e) D
f) D g) C h) C
359368
65) 66) n0 = 37
99000
67) b) n0 = 41
log - log 27
c) n0 é o menor número natural maior do que
log 7 - log 9
Capítulo 2
Limite de uma Função
Capítulo 2
Limite de uma Função
1
a) Seja xn = 3 - . Note que xn ≠ 3 e que lim xn = 3 . Observe os
n
valores de n , xn e f ( xn ) na tabela:
1 2 3 4 5 10 100 50.000
2 2,5 2,67 2,75 2,8 2,9 2,99 2,99998
( xn ) 2 9 1 1
lim f ( xn ) lim lim( xn 3) lim3 3 lim 6 lim
xn 3 n n
( xn ) 2 9 1 1 1
lim f ( xn ) lim lim( xn 3) lim3 3 lim 6 lim 6 lim 6
xn 3 n n n
74
(1) n
b) Seja xn 3 .
n2
Novamente xn ≠ 3 e lim xn = 3 . Observe os valores na tabela
abaixo:
1 2 3 4 5 1000 1001
2 3,25 2,89 3,06 2,96 3,0000001 2,999999
5 6,25 5,89 6,06 5,96 6,0000001 5,999999
y
f (x)
6
3 x
Figura 2.1
Escreve-se: lim f ( x) L .
xb
Exercícios resolvidos
1) Seja f ( x) 3 x 2 5 x 1 . Quanto vale o lim f ( x) ?
x 2
Então, f ( xn ) 3( xn ) 2 5 xn 1 , e assim:
3 x 7 se x 2
2) Seja g ( x) . Quanto vale lim g ( x) ?
8 se x 2 x2
Logo, lim g ( x) 1 .
x2
Exercício proposto
3x 2 5 y
1) Sendo f ( x) , determine o lim f ( x) e o lim f ( x) .
5 x 1 x3
x
1
4
Consequências:
a) lim x = a (é só tomar b = 1 e c = 0 ).
x→a
b) lim c = c (é só tomar b = 0 ).
x→a
2
Exemplo: lim(6 x 5) 6 5 1 .
x
2 3
3
a) lim[ f ( x) g ( x)] L1 L2 .
x a
b) lim c f ( x) c L1 c .
x a
c) lim f ( x) g ( x) L1 L2 .
x a
f ( x) L1
d) lim = , desde que L2 ≠ 0 .
x→a g ( x) L2
e) lim n f ( x) n L1 , desde que L1 > 0 quando n for par.
x a
78
A demonstração dos itens: (a), (b), (c), (d) decorre do Teorema 7. Demonstra-
remos apenas o item (a). Já a demonstração dos demais itens não será feita
agora, pois necessita do conceito de função contínua. Posteriormente será
demonstrado um teorema mais geral, no qual estão inseridos estes itens.
lim[ f ( x) g ( x)] L1 L2
x a
De fato, f ( x) g ( x) f ( x) (1) g ( x) .
lim [ f ( x)] 2 = ( L1 ) 2
x→a
Exercícios resolvidos
3x 2 2 x 5
3) Calcule o lim .
x 2 4 x cos( πx )
Resolução.
A igualdade (1) segue do item (d), a igualdade (2) segue do item (e) e
a igualdade (3) segue dos itens (a), (b) e (f) do Teorema 12.
2
et 5sen(2t ) se t 0
4) Seja f (t ) . Calcule lim f (t ).
3
se t 0 t →0
Resolução.
= lim f (t ) = lim et + 5sen (2t )
2
t →0 t →0
2
= lim et + 5lim sen (2t )
t →0 t →0
lim t 2
= et→0 + 5sen ( lim 2t ) = e0 + 5sen 0=1
t →0
Exercícios propostos
Calcule os limites:
2) lim 3 ( x 3) 4 6 x 5
x1
x 2 25
3) lim 2
x5 3 x 2 14
2 x3 4 x ln(2 x 2 1)
4) lim
x1 x 3 sen(πx)
Exercícios resolvidos
1
5) Calcule o lim x 2sen .
x →0
x Teorema análogo ao
Teorema 8 estudado no
Resolução. Note que não podemos usar o Teorema 12 (c) (Por quê?).
capítulo anterior.
1
Mas lim x 2 = 0 e a função sen é limitada, pois sua imagem está
x →0
x
1
contida no intervalo [-1,1] . Pelo Teorema 13, lim x 2sen = 0 .
x →0
x
1
6) Calcule o lim x 4 sen .
x →0
x
11
Resolução. Sabemos que 00≤≤ sen
sen ≤≤1,1 , ∀x ≠ 0 .
xx
1
Multiplicando a desigualdade por x 4, temos: 0 ≤ x 4 sen ≤ x 4 .
x
1
Agora, lim 0 = 0 e lim x 4 = 0. Pelo Teorema 14, lim x 4 sen = 0 .
x→ 0 x →0 x →0
x
7 f (x)
1 x
Figura 2.2
1
Por exemplo, se desejarmos que | f ( x) - 7 | < , ou seja, que
100
f ( x) (6,99;7, 07) , quais os valores de x em torno de que deve-
mos tomar?
82
Ora,
1 1 1 1 1
| f ( x) - 7 | < ⇔ | 4x + 3 - 7 |< ⇔ | 4x - 4 |< ⇔ 4| x - 1| < ⇔ | x - 1| <
100 100 100 100 400
1
Portanto, precisamos tomar x tal que x - 1 < e x ≠ 1 , ou seja,
400
1
0 < x -1 < .
400
1
O leitor pode verificar que caso desejássemos que | f ( x) - 7 | < ,
2500
teríamos que tomar x tal que 0 < x - 1 < 10 .
-4
Para todo e > 0 , existe > 0 tal que | f ( x) - L | < e sempre que
0 < x - 1 < . O número depende do valor de e .
f ( x) ∈ ( L - e, L + e) sempre que x ∈ (b - , b + ) e .
83
y
f(x)
L+ε
L
L−ε
b−δ b b+δ x
Figura 2.3
Exercício resolvido
7) Seja f ( x) 4 x 5 .
Resolução.
a) Para x ≠ 2 , temos:
Logo, = 0, 025 .
b) Para x ≠ 2 , temos:
Tomando x ≠ 2 , temos:
e
| f ( x) - 3 | < e ⇔ 4| x - 2| < e | x - 2 | <
4
e
Portanto, quando 0 < x - 2 < , então | f ( x) - 3 | < e . Basta tomar
4
e
= , qualquer que seja e > 0 . Logo, lim f ( x) 3 .
4 x 2
Exercício proposto
5) Prove, usando esta última definição, que lim(3 x 5) 8 .
x1
Teorema 15. Seja f uma função definida num intervalo aberto que Este teorema estabelece
a equivalência das duas
contém o ponto a , exceto talvez em a . As afirmações seguintes são
Definições (11 e 12) de
equivalentes: limite aqui apresentadas.
a) Para todo e > 0 , existe > 0 tal que, se 0 < x - a < , então
| f ( x) - L | < e .
Demonstração:
(1) Vamos provar que (a) ⇒ (b), isto é, nossa hipótese é a afirmação
(a) e nossa tese é a afirmação (b).
1
Em particular, para = , sendo n qualquer natural, existe xn tal
n
1
que 0 < xn - a < e | f ( xn ) - L | ≥ e . Dessa forma, obtivemos uma
n
sequência ( xn ) tal que lim xn = a e xn ≠ a , mas lim f ( xn ) não é L .
Isso contradiz a hipótese.
A negação desta afirmação é: Existe e > 0 tal que, para todo > 0 ,
não é verdade que P( x) vale.
Portanto, a negação da afirmação (a) é: Existe e > 0 tal que, para todo
> 0 , existe x satisfazendo 0 < x - a < e | f ( xn ) - L ≥ e .
2.4 Indeterminação
Já tratamos ligeiramente deste assunto no último item do capítulo
anterior. Lá apresentamos quatro símbolos que representam inde-
0 ∞
terminações: , , 0 ⋅ ∞ e ∞ - ∞ . No presente contexto, será
0 ∞
necessário um estudo mais aprofundado.
x2 - 4
Como calcular o lim ?
x→2 x-2
Não é possível aplicar o teorema, pois lim ( x - 2) = 0 . Note que
x→2
lim ( x 2 - 4) também é zero.
x→2
86
x 2 4 ( x 2)( x 2)
Para x ≠ 2 , x2 .
x2 x2
x2 4
Logo, lim lim( x 2) 4 .
x x x 2 x 2
Acompanhe os exercícios:
Exercícios resolvidos
x 4 - 16
8) lim
x → 2 3 x 2 - 12
x 4 16 ( x 2 4)( x 2 4) x 2 4
para x ≠ ± 2 .
3 x 2 12 3( x 2 4) 3
87
x 4 - 16 x2 + 4
Logo, lim = lim .
x → 2 3 x 2 - 12 x→2 3
8
Agora podemos aplicar o Teorema 12 (d), obtendo .
3
x 4 - 16 8
Resposta. lim = .
x → 2 3 x 2 - 12 3
x3 + 4 x 2 - x - 4
9) lim
x →-1 x2 - 4 x - 5
Resolução. Sendo lim ( x3 + 4 x 2 - x - 4) = 0 e lim ( x 2 - 4 x - 5) = 0,
x →-1 x →-1
para x ≠ -1 e x ≠ 5 .
x3 + 4 x 2 - x - 4 x 2 + 3 x - 4 -6
Logo, lim = lim = = 1.
x →-1 x2 - 4x - 5 x →-1 x-5 -6
5+ y - 5
10) lim
y →0 y
Resolução. Novamente chega-se na indeterminação. Desta vez não
se trata de quociente de polinômios. Para conseguir simplificar a ex-
Não adote este
procedimento para raízes de
pressão e aplicar o Teorema 12 (d), devemos multiplicar o numerador
índice maior do que dois. e o denominador por 5 + y + 5 :
5+ y - 5 5+ y - 5 5+ y + 5
= ×
y y 5+ y + 5
5+ y -5 y 1
= = =
y ( 5 + y + 5) y ( 5 + y + 5) 5+ y + 5
para y ≠ 0 .
5+ y - 5 1 1 1
Logo, lim = lim = = .
y →0 y y → 0 5+ y + 5 5+ 5 2 5
88
x -1
11) lim
x →1 3 9- x -2
Resolução. Outro caso de indeterminação do tipo 0 . Aqui faremos A expressão obtida após
0 fazer a mudança de
uma mudança de variável: variável é um quociente de
polinômios.
Seja u = 3 9 - x . Devemos agora escrever o limite proposto usando
apenas a variável u.
De u = 3 9 - x segue que x = 9 - u 3 .
Logo,
x -1 9 - u3 -1 8 - u3 u3 - 8
lim 3 = lim = lim = - lim =
x →1 9 - x - 2 u →2 u - 2 u →2 u - 2 u →2 u - 2
(u 2- 2 )(u 2 + 2u + 4 )
=(u- lim
- 2)(u + 2u + 4) = -2 lim (u 2 + 2u + 4 )= -12.
= - lim u →2 u - 2 = - lim(u +u →22u + 4) = -12
u →2 u-2 u →2
3
t -1
12) lim
t →1 4
t -1
Resolução. Mais uma indeterminação do tipo 0 . Faremos também
0
uma mudança de variável. Para transformar a expressão num quo-
ciente de polinômios, devemos igualar t a uma potência de u , cujo
expoente seja múltiplo de 3 e de 4 .
Logo,
3 12
3
t 1 u 1 u 4 1 (u 2 1)(u 2 1)
lim lim lim 3 lim 2
t 1 4
t 1 u1 4 u12 1 u1 u 1 u1 (u 1)(u u 1)
Exercícios propostos
Calcule o valor de cada um dos limites:
3 x3 + 10 x 2 + 7 x - 2 3
8+ h -2
6) lim 7) lim
x →-2 x 5 + 2 x 4 + x 2 - 5 x - 14 h →0 h
89
3t 3 - t - 2 16 - x - 4
8) lim 9) lim
t →1 t 4 -1 x →0 x
4
4 x + 12 - 2 q -1
10) lim 11) lim
x →1 x -1 q →1 3 q -1
3t 2 - 8 + t
12) lim
t →-2 2t + 4
Definição 13. Seja f uma função definida num intervalo (b, c) . Dize-
mos que o limite de f quando x tende a b pela direita é L quando, para
toda sequência ( xn ) contida em (b, c) e que converge para b , tem-se
que ( f ( xn )) converge para L .
Notação: lim f ( x) L .
xb
y
f (x)
L+ε
L
L−ε
x
b b+δ
Figura 2.4
90
Notação. lim f ( x) L .
xb
y
L+ε
L
L−ε
f (x)
b−δ b x
Figura 2.5
Exercícios resolvidos
x 2 1 se x 2
13) Seja f ( x) .
3 2 x se x 2
Sugerimos ao leitor fazer um gráfico de f e, através deste, de-
terminar o valor de lim f ( x) e de lim f ( x) .
x2 x2
Logo, lim f ( x) = 3 .
x→2-
91
Logo, lim f ( x) = -1 .
x→2+
lim f ( x) = lim ( x 2 - 1) = 22 - 1 = 3 .
x→2- x →2-
lim f ( x) = lim (3 - 2 x) = 3 - 4 = -1 .
x→2+ x→2-
x2 4
15) Seja h( x) . Determine lim h( x) e lim h( x) .
| x2 | x2 x2
x 2 se x 2
h( x )
x 2 se x 2
lim h( x) lim ( x 2) 4 .
x2 x2
.
Resposta. lim h( x) 4 ; lim h( x) 4 .
x2 x2
92
3 x 2 -5 se x 1
16) Seja F ( x) 4 se x 1 . Determine lim F ( x) e lim F ( x)
x1 x1
3
x 3 se x 1
Resolução. lim F ( x) lim(3 x 2 5) 2 ;
x1 x1
Seja e > 0 . Existe, por hipótese, > 0 tal que | f ( x) - L | < e sempre
que x (a, c) e 0 < x - b < . Mas 00 <<| x - b | < ⇔ x ∈ (b - , b + )
e x≠b.
Portanto, para todo e > 0 , existe > 0 tal que | f ( x) - L | < e sempre
que x ∈ (a, b) e b - < x < b e | f ( x) - L | < e sempre que x (b, c)
Logo, lim F ( x) L .
xb
■
93
são diferentes.
1 1
Seja xn = e zn = .
n 2n + 2
Temos: xn > 0 e z n > 0 para todo n , lim xn = 0 e lim z n = 0 .
1
Mas lim f ( xn ) lim sen lim sen(nπ) lim 0 0 .
xn
1 π
E lim f ( zn ) lim sen lim sen 2nπ lim11 .
zn 2
Exercícios propostos
Para cada uma das funções seguintes, calcule:
4 x 2 se x 1
13) f ( x)
2 x 1 se x 1; a a1= 1
94
3x
14) f ( x) = ; a = 0.
2x - | x |
sen x - 2 se x<
2
15) f ( x) 0 se x= ; a=
2 2
cos 2 x se x>
2
f :[1, )
1
f ( x) 2
x
11 11 1
|| ff ((xx))--22|<
| <0,0,05 ⇔ 22++ --22 <<0,0,05
05⇔ ⇔ < 0, 05 ⇔ < 0, 05 (pois x > 0) ⇔ x > 20
05⇔
xx xx x
1 4
| f ( x)
- 2 |
< 0, 0004 x 2500 .
x 10.000
95
1 1
Ora, | f ( x) - 2 | < e ⇔
<e⇔ x> .
x e
1
Portanto, basta tomar x > para que seja | f ( x) - 2 | < e .
e
L+ε
L
L−ε
M x
Figura 2.6
1
Em nosso exemplo anterior f :[1, ) , f ( x) 2 já ficou pro-
x
1
vado que lim 2 2 . Desenhe o gráfico da função e determine
x x
M em função de e .
f : (-∞, - 1] →
1
f ( x) = 2 +
x
96
Com efeito,
1 1 1 1 11 1
| f| (fx()x-) 2-|2<|0, 0505
< 0, ⇔⇔2 +2 +-12-<2 < ⇔ ⇔< <⇔ ⇔
x x 20 20 x x20 20
1 1
⇔- < (pois x < 0) ⇔ - x > 20 ⇔ x < -20
x 20
Vejamos:
1 1 1 1
| f ( x) - 2 | < e ⇔
< e⇔ - < e⇔ - x > ⇔ x< -
x x e e
1
Portanto, para todo x menor do que - , teremos | f ( x) - 2 | < e .
e
Escrevemos: lim f ( x) L .
x
y
L+ε
L
f (x) L−ε
N x
Figura 2.7
97
1
Em nosso exemplo f : (, 1) , f ( x) 2 já ficou provado
x
1
que lim 2 + = 2 (pois dado e > 0 , basta tomar N = - 1 ). Dese-
x →-∞
x e
nhe o gráfico desta função.
1 1
a) lim = 0 . b) lim =0.
x →+∞ xk x →-∞ xk
Exercícios resolvidos
3x 2 + 8 x - 5
17) Calcule lim .
x →+∞ 4 - x3
Resolução. Aqui surge uma indeterminação do tipo ∞ . A fim de usar
∞
o Teorema 17, vamos dividir o numerador e o denominador da fração
por x 3 . Isso é possível, pois x ≠ 0 . Então,
3 8 5 3 8 5
+ 2 - 3 (1) lim + lim 2 - lim 3 (2)
3x 2 + 8 x - 5 x = x →+∞ x x →+∞ x x →+∞ x = 0 + 0 - 0 = 0
lim = lim x x
x →+∞ 4- x 3 x →+∞ 4 4 0 -1
3
-1 lim 3 - lim 1
x x →+∞ x x →+∞
4 x 2 + 11
Resposta. lim = 0.
x →-∞ 3 x 2 + x - 7
4 x 2 + 11
18) Calcule lim .
x →-∞ 3 x 2 + x - 7
4 x2 - 3 + 5x
19) Calcule lim .
x →+∞ 1- 2x
Resolução. Para que possamos usar o Teorema 17, dividimos os dois
termos da fração por x . Lembremos que se a e b são positivos, en-
a a
tão = e x2 = x .
b b
Como x é positivo, x = x 2 .
Logo,
4x2 - 3 5x 4x2 - 3 4x2 3
+ +5 - +5
4 x2 - 3 + 5x x2 x x2 x2 x2
lim = lim = lim = lim =
x →+∞ 1- 2x x →+∞ 1 2x x →+∞ 1 x →+∞ 1
- -2 -2
x x x x
5x 4x2 - 3 4x2 3 3
+ +5 - 2 +5 4- 2 +5
x x2 x 2
x x 2+5 7
= lim = lim = lim = =- .
x →+∞ 1 x →+∞ 1 x →+∞ 1 -2 2
-2 -2 -2
x x x
99
4 x2 - 3 + 5x
20) Calcule lim .
x →-∞ 1- 2x
Logo,
4x2 - 3 5x 4x2 3 3
+ - - 2 +5 - 4-
2
4 x - 3 + 5x 2 x 2
lim = lim - x = lim x x = lim x
x →-∞ 1- 2x x →-∞ 1 2x x →-∞ 1 x →-∞ 1
- -2 -
x x x x
4x2 - 3 5x 4x2 3 3
+ - - 2 +5 - 4- 2 +5
4 x2 - 3 + 5x 2 x 2
-2 + 5 3
m = lim - x = lim x x = lim x = =- .
∞ 1- 2x x →-∞ 1 2x x →-∞ 1 x →-∞ 1 -2 2
- -2 -2
x x x x
x - 2x + x2 .
( x + 2x + x2 ) ( x - 2x + x2 ) x 2 - (2 x + x 2 ) -2 x
x + 2x + x2 = = =
x - 2x + x2 x - 2x + x2 x - 2x
( x + 2x + x2 ) ( x - 2x + x2 ) x 2 - (2 x + x 2 ) -2 x
x + 2x + x2 = = = .
2 2
x - 2x + x x - 2x + x x - 2x + x2
-2 x
Portanto, lim ( x + 2 x + x 2 ) = lim .
x →-∞ x →-∞
x - 2x + x2
Dividindo os termos da fração por x e lembrando que, por ser x < 0 ,
x = - x 2 , chega-se a:
-2 -2
lim = = -1 .
x →-∞ 2 1+1
1+ +1
x
100
Exercícios propostos
Calcule os limites:
2 - x - 5 x3 2 x - 1 + x2
16) lim 3 17) lim
x →-∞ x - 12 x 2 + 27 x →+∞ x +1
2 x - 1 + x2 4x + 3
18) lim 19) lim
x →-∞ x +1 x →-∞
5 x - 3 x3 + 1
1 1
f ( x) 1010 2 10
10
e x 2 ( x 2) 2 10 e x 2
( x 2) 10
1 1 1
| x 2 | 5 e x 2 2 5 x 2 e x2.
10 10 105
Vejamos:
1 2 1
f ( x) M 2 M e x 2 ( x 2) e x2
( x 2) M
1
| x 2 | e x2
M
1
Portanto, f ( x) > M desde que 0 <| x - 2 |< , ou seja, desde que
M
1 1
x ∈ 2 - ,2+ - {2}.
M M
y= 1
(x − 2)²
2 x
2−δ 2+δ
Figura 2.8
102
1
Ficou provado que lim 2
.
x2 ( x 2)
1
De fato, dado M , basta tomar = e teremos f ( x) > M sempre
M
que x (2 δ, 2 δ) e x ≠ 2 . (Veja a figura).
1
Considerando a função g ( x) , esta tem comportamento
( x 2) 2
1
semelhante ao da função f ( x) . A diferença é que para
( x 2) 2
x arbitrariamente próximo de 2, g ( x) é arbitrariamente grande em
módulo, porém negativo.
Escreve-se: lim f ( x) = -∞ .
x →b
1
Vamos provar que lim .
x 2 ( x 2) 2
1
Seja B < 0 . Devemos encontrar > 0 tal que B sempre
( x 2) 2
que 0 < | x - 2 | < .
Ora,
-1 ( x - 2) 2 1 -1
2
< B e x ≠ 2 ⇔ > e x ≠ 2 ⇔ ( x - 2) 2 < ex≠2⇔
( x - 2) -1 B B
-1 -1
⇔| x - 2 |< e x ≠ 2 ⇔ 0 <| x-2|< .
B B
-1 -1
Basta tomar = . Note que > 0 , pois B < 0 .
B B
1
Logo, lim .
x 2 ( x 2) 2
103
y 2−δ 2+δ
2 x
−1
f (x) =
(x − 2)²
B
Figura 2.9
Notação. lim+ f ( x) = -∞ .
x →b
todo B < 0 existe A > 0 tal que f ( x) < B sempre que x ∈ X e x > A .
104
y
f (x)
A x
Figura 2.10 - lim f ( x) = +∞
x →+∞
y f (x)
A x
B
Figura 2.11 - lim f ( x) = -∞
x →+∞
a) lim- tg x = +∞ e lim+ tg x = -∞
x→ x→
2 2
b) lim+ ln x = -∞ e lim ln x = +∞
x →0 x →+∞
c) lim e x = 0 e lim e x = +∞
x →-∞ x →+∞
a 1 a 1 a
lim (an x n + an -1 x n -1 + an - 2 x n - 2 + ... + a1 x + a0 ) = lim an x n 1 + n -1 ⋅ + n - 2 ⋅ 2 + ... + 1
x →+∞ x →+∞
an x an x an
a 1 a 1 a 1 a 1
m (an x n + an -1 x n -1 + an - 2 x n - 2 + ... + a1 x + a0 ) = lim an x n 1 + n -1 ⋅ + n - 2 ⋅ 2 + ... + 1 ⋅ n -1 + 0 ⋅ n =
+∞ x →+∞
an x an x an x an x
a 1 a 1 a 1 a 1
= lim an x n 1 + n -1 lim + n - 2 lim 2 + + 1 lim n -1 + 0 lim n =
x →+∞
an x →+∞ x an x →+∞ x an x →+∞ x an x →+∞ x
1 1 +∞ se n é par
a) lim+ = +∞ ; b) lim- = .
x →0 xn x →0 x n -∞ se n é ímpar
Demonstração.
1
a) Seja M > 0 . Devemos obter > 0 tal que n > M sempre que
x
0 < x < . Mas
1 1 1
n
> M e x > 0 ⇔ xn < ex>0⇔0< x< n .
x M M
1 1
Portanto, tomando = n tem-se n > M sempre que 0 < x < .
M x
1
Assim, lim+ n = +∞ .
x →0 x
1
b) Vamos provar que, para n ímpar, temos lim- n
= -∞ .
x →0 x
1 1 1 1
n
< B ⇔ xn > e x < 0 ⇔ n xn > n ex<0⇔ x> n ex<0⇔
x B B B
1 1 1 1 1
n
< B ⇔ xn > e x < 0 ⇔ n xn > n ex<0⇔ x> n ex<0⇔ n <x<0
x B B B B
106
1 -1 1
Tomemos - = , isto é, = , ou melhor, = (pois
n
B n
B n B
B < 0 ).
1 1
Assim, para = , teremos < B sempre que - < x < 0 .
n B xn
1
Logo, lim- = -∞ .
x →0 xn
■
Exemplos.
1 1
a) lim- = -∞ ; lim+ = +∞
x →0 x x → 0 x
g ( x)
lim = -∞ .
x→a f ( x)
g ( x)
lim = -∞ .
x→a f ( x)
g ( x)
lim = +∞ .
x→a f ( x)
g ( x)
Tese. lim = +∞ .
x→a f ( x)
Demonstração. Existe 1 > 0 tal que f ( x) > 0 sempre que
0 <| x - a |< 1 . Seja M > 0 . Devemos encontrar > 0 tal que
g ( x)
> M sempre que 0 < | x - a | < .
f ( x)
c
Como lim g ( x) = c , para todo e > 0 , em particular para e = ,
x→a 2
c
existe 2 > 0 tal que g ( x) - c < sempre que 0 < | x - a | < 2 .
2
Mas
c -c c c 3c
g ( x) - c < ⇔ < g ( x) - c < ⇔ ≤ g ( x) ≤ .
2 2 2 2 2
c
Portanto, g ( x) ≥ sempre que 0 < | x - a | < 2 .
2
c
Como lim f ( x) = 0 , para todo e > 0 , em particular para e = ,
x→a 2
c
existe 3 > 0 tal que f ( x) - 0 < sempre que 0 < | x - a | < 3 .
2M
Seja = mín {1 , 2 3 } . Então, para 0 < | x - a | < , temos: f ( x) > 0 ,
c c c
g ( x) > e f ( x) < . De f ( x) > 0 segue que f ( x) < , ou
2 2M 2M
1 2M
seja, > .
f ( x) c
g ( x) c 1 c 2M g ( x)
Logo, > ⋅ > ⋅ = M . Assim, > M sempre que
f ( x) 2 f ( x) 2 c f ( x)
0<| x-a|< .
g ( x)
Conclui-se que lim = +∞ .
x→a f ( x)
■
Exercícios resolvidos
Para os exercícios 22 ao 26, calcule:
ln(3 x 1)
22) lim1
x |1 2 x |
2
1
Resolução. lim1 ln(3 x 1) ln 0 ; lim1 |1 2 x | 0 .
x 2 x
2 2
108
Mas 1 - 2x tende a zero por valores positivos. Pelo Teorema 19, con-
ln(3 x 1)
cluímos que lim .
1 |1 2 x |
x
2
3x
23) lim- 2
x →1 x + 2x - 3
e4 x
24) lim+
x →-3 x3 + x 2 - 6 x
Fatoramos o denominador:
x 3 2 x 2 6 x x( x 2 2 x 6) x( x 3)( x 2) .
1 - cos x
25) lim-
x→ sen 2 x
Resolução. lim(
1cos x) 2 ; lim- sen 2 x = 0 .
x π x→
- -
Se x → , então 2 x → 2 , ou seja, 2x corresponde a um ân-
gulo do quarto quadrante, cujo seno é negativo. Pelo Teorema 19,
1 - cos x
lim- = -∞ .
x → sen 2 x
y4 + 2 y -1
26) lim
y →-∞ 5 + 8 y3
2 1
4 1+ - 4
y + 2 y -1 y 3
y
lim = lim ;
y →-∞ 5 + 8 y3 y →-∞ 5 8
+
y4 y
2 1 5 8
lim 1 + 3 - 4 = 1 ; lim 4 + = 0
y →-∞
y y y →-∞ y
y
5 8 1 5
Escrevendo 4
+ = 3 + 8 , observa-se que, se y → -∞ , então
y y y y
1 5 5
< 0 e 3 + 8 > 0 , pois 3 está bem próximo de 0. Assim,
y y y
Este teorema é 5 8 y4 + 2 y -1
intuitivamente óbvio. + < 0 . Logo, lim = -∞ .
Salientamos que
y4 y y →-∞ 5 + 8 y3
“ ” pode ser substituído
por , , Exercícios propostos
ou .
Calcule cada um dos limites:
x2 2 x 2 - x2
20) lim 21) lim-
x3 ( x 3) 2 x →-1 x2 - 2x - 3
t+2 4x2 + 2x
22) lim+ 2
23) lim
t →2 4 - t x →+∞ 3- x
8 - x - x3
24) lim
x →-∞ 2 x 2 - 49 x
b) lim f ( x) ⋅ g ( x) = +∞
x→a
c) lim f ( x) ⋅ u ( x) = -∞
x→a
e) lim[u ( x) + v ( x)] = -∞
x→a
110
-∞ se c < 0
f) lim f ( x) ⋅ v( x) =
x→a
+∞ se c > 0
f ( x) -∞ se c < 0
g) lim =
x→a v( x) +∞ se c > 0
v( x)
h) lim =0
x→a f ( x)
Exercícios resolvidos
Para os exercícios de 27 ao 29, calcule:
tg x
27) lim- .
x→
(sen x - 3)3
2
sen x
Resolução. lim- tg x = lim- = +∞; lim- (sen x - 3)3 = -8. Pelo
x→
x→
cos x x→
2 2 2
tg x
item (g) do Teorema 20, lim- = -∞ .
x→
(sen x - 3)3
2
cos x
Resolução. lim+ ln x = -∞; lim cotg x = lim+ = +∞ . Pelo item
x →0 x → 0+ x →0 sen x
(c) do Teorema 20, lim+ ln x ⋅ cotg x = -∞ .
x →0
4x
29) lim x3 +
x →-∞
1 + 3x
4x 4 4
Resolução. lim x3 = -∞ ; lim = lim = . Pelo item (e)
x →-∞ 1 + 3 x x →-∞ 1
+3 3
x →-∞
x
do Teorema 20, o limite proposto vale -∞ .
Exercícios propostos
Calcule:
25) lim x 2 ⋅ e x
x →+∞
x
26) lim x ⋅
x →-∞
4
1 2x
27) lim- 2 + 2
x →3 x - 9 x +4
1 - ex
28) lim
x →+∞ 1
2 + cos
x
-1
4x + 5 3x - 4
29) lim +
x
e
x → 0 1 - cos x
-
1 + senx
sen x
2.8.1 Primeiro limite fundamental: lim =1
x →0 x
sen x
Demonstração. Provaremos que lim+ = 1.
x →0 x
Seja x a medida em radianos de um ângulo do primeiro quadrante.
(Veja a figura.)
112
y
D
B
x x
O C A
Figura 2.12
Observe que o triângulo AOB está contido no setor circular AOB, que
está contido no triângulo AOD. Assim, se S1 , S 2 e S3 representam,
respectivamente, as áreas do triângulo AOB, do setor circular AOB e
do triângulo AOD, temos: S1 ≤ S 2 ≤ S3 . Mas
OA ⋅ CB 1 ⋅ sen x sen x
S1 = = = .
2 2 2
Lembre que a área do setor circular de raio r e ângulo central é
1
dada por S = r 2 .
2
1 x OA ⋅ AD 1 ⋅ tg x tg x
Assim, S 2 = ⋅12 ⋅ x = e S3 = = = .
2 2 2 2 2
sen x x tg x sen x
Logo, ≤ ≤ , ou seja, sen x ≤ x ≤ .
2 2 2 cos x
Vamos dividir cada membro da desigualdade por senx , sabendo que
senx > 0 . Obtém-se:
x 1
1≤ ≤ .
sen x cos x
sen x
Invertendo cada membro da desigualdade, temos: 1 ≥ ≥ cos x ,
x
sen x
ou melhor, cos x ≤ ≤ 1 . Sendo lim+ cos x = 1 e lim+ 1 = 1, segue,
x x →0 x →0
sen x
pelo teorema do confronto, que lim+ = 1.
x →0 x
sen x
De maneira análoga, prova-se que lim- = 1 . Concluímos que
x →0 x
sen x
lim =1.
x →0 x
■
113
Exercícios resolvidos
sen 6 x
30) Calcule: lim .
x →0 6x
Resolução. Seja u = 6 x . Se x → 0 , então u → 0 e o limite proposto
sen u
pode ser escrito como lim , que é exatamente o limite funda-
u →0 u
sen 6 x
mental. Logo, lim =1.
x →0 6x
sen 4 x
31) Calcule: lim .
x →0 3x
Resolução. Não é a mesma situação do exemplo anterior.
sen 4 x 1 sen 4 x
Para x ≠ 0 , = ⋅ .
3x 3 x
Mas no denominador da última fração não temos 4x . Então, vamos
multiplicá-la e dividi-la por 4 :
sen 4 x sen 4 x
= 4⋅ .
x 4x
Usando o argumento do exercício anterior, temos:
sen 4 x 1 sen 4 x 4 4
lim = ⋅ 4 ⋅ lim = ⋅1 = .
x →0 3x 3 x →0 4x 3 3
sen (t 2 - 1)
32) Calcule: lim .
t →1 t -1
Resolução. Para t ≠ 1 , temos:
sen (t 2 - 1)
Para calcular lim , façamos u = t 2 -1 , obtendo
x →1 t 2 -1
sen u
lim =1.
u →0 u
sen (t 2 - 1)
Logo, lim = 2 ⋅1 = 2 .
t →1 t 2 -1
114
sen ax
33) Calcule: lim (a, b ≠ 0) .
x →0 sen bx
Resolução. Vamos dividir numerador e denominador por x , ou seja,
para x ≠ 0 ,
sen ax sen ax sen ax
⋅a
sen ax a
= x = ax = ⋅ ax .
sen bx sen bx sen bx ⋅ b b sen bx
x bx bx
sen ax a 1 a
Logo, lim = ⋅ = .
x → 0 sen bx b 1 b
1 - cos 2 x
34) Calcule: lim .
x →0 3x 2
Resolução. Com o propósito de usar o primeiro limite fundamental,
multipliquemos numerador e denominador por 1 + cos 2x , obtendo:
sen 2 x 1 1
Como lim = 2 e lim = , temos
x →0 x x → 0 1 + cos 2 x 2
1 - cos 2 x 1 1 2
lim 2
= ⋅4⋅ = .
x →0 3x 3 2 3
tg 3 x ⋅ tg x
35) Calcule: lim .
x →0 x - 2 x3
sen
Resolução. Usaremos a relação trigonométrica tg = :
cos
sen 3 x sen x
⋅
tg 3 x ⋅ tg x cos 3 x cos x sen 3 x ⋅ sen x sen 3 x sen x 1
3
= 3
= 3
= ⋅ 2
⋅
x - 2x x - 2x ( x - 2 x ) cos 3 x ⋅ cos x x 1 - 2 x cos 3 x ⋅ cos x
sen 3 x sen x 0 1
Agora, lim = 3 ; lim 2
= = 0 e lim = 1.
x →0 x x → 0 1- 2x 1 x → 0 cos 3 x ⋅ cos x
tg 3 x ⋅ tg x
Logo, lim = 3 ⋅ 0 ⋅1 = 0 .
x →0 x - 2 x3
115
Exercícios propostos
Calcule os limites:
sen 2 x sen 4 x
30) lim 31) lim
x →0 6x x →0 3x 2 - 2 x
x
Neste limite, “ ”
2.8.2 Segundo limite fundamental: 1
pode ser substituído por lim 1 + = e
“ ” sem alterar o
x →+∞
x
resultado.
Observação. Este limite pode ser escrito de outra forma, fazendo a
1
mudança de variável y = , pois: se x → +∞ , então
x
x 1
1
y → 0 e lim1 lim(1
+
y ) y e ;se x , entao y 0 e
x x x0
x 1 1
1
lim 1 + = lim- (1 + y ) y = e . Assim, lim(1 + y ) y = e .
x →-∞
x x →0 y →0
Exercícios resolvidos
4x
1
36) Calcule: lim 1 + .
x →+∞
4x
Resolução. Através da mudança de variável u = 4 x , obtém-se
4x u
1 1
lim 1 + = lim 1 + = e .
x →+∞
4x u →+∞
u
x
1
37) Calcule: lim 1 + .
x →-∞
3x
Resolução. Dessa vez, o expoente x não é igual ao denominador 3x .
Faremos a seguinte manipulação algébrica:
1
1 1 3
x 3x
1 + =
1 + .
3 x 3 x
1
1 1 3
x 3x 1
Logo, lim 1 + = lim 1 + = e 3 .
x →-∞
3 x x →-∞ 3 x
116
2x
3
38) Calcule: lim 1 - .
x →+∞
x
3
Resolução. Inicialmente escreveremos a expressão 1 - na forma
x
1
1+ :
v( x) 3 -3 1
1- = 1+ = 1+ .
x x -x
3
-6
-x
2x 3
3 1
Assim, 1 - = 1 + e então
x
- x
3
-6
-x
2x 3
3 1
lim 1 - = lim 1 + = e -6 .
x →+∞
x x →+∞ -x
3
1
39) Calcule: lim(1 3 x) x .
x0
1 1 3
Resolução. (1 3 x) (1 3 x) . Logo,
x 3x
1 1 3
lim(1 3 x) lim(1 3 x) 3 x e3 .
x
x0 x0
Exercícios propostos
Calcule os limites:
x
6x
1 2 1
35) lim 1 + 36) lim 1 -
x →-∞
x x →+∞
3x
117
1
- x+2
t t 1
37) lim 1 + 38) lim 1 +
t →0
4 x →-∞
x
1
39) lim(1 cx) x
(c )
x0
a x -1 y y 1 1
lim = lim = ln a ⋅ lim = ln a ⋅ lim = ln a ⋅ lim =
x →0 x y →0 ln( y + 1) y →0 ln( y + 1) y →0 ln( y + 1) y →0 1
⋅ ln( y + 1)
ln a y y
1
= ln a ⋅ lim 1 (Propriedade do Logaritmo)
y →0
ln( y + 1) y
1
= ln a ⋅ (Teorema 12 – itens (d) e (h))
1
ln lim( y + 1) y
y →0
1
= ln a ⋅ = ln a (Segundo Limite Fundamental).
ln e
a x -1
Portanto, lim = ln a .
x →0 x
ex -1
Caso Especial: lim = 1 , pois ln e = 1 .
x →0 x
Exercícios resolvidos
23 x - 1
41) Calcule: lim .
x →0 3x
23 x - 1 2u - 1
Resolução. Fazendo u = 3 x , temos: lim = lim = ln 2
x →0 3x u →0 u
118
e x -1
42) Calcule: lim .
x →0 x-4 x
Resolução. O denominador x - 4 x pode ser fatorado como
x ( x - 4) .
e x -1 e x -1 1 1 1
Logo, lim = lim ⋅ = 1⋅ - = - .
x →0 x - 4 x x →0 x x -4 4 4
32 x - 35 x
43) Calcule: lim .
x →0 x
32 x - 35 x 5x 3 -1
-3 x
5x
Resolução. Coloquemos 3 em evidência: =3 .
x x
Então:
32 x - 35 x 3-3 x - 1
lim = lim 35 x ⋅ lim ⋅ (-3) = 1 ⋅ ln 3 ⋅ (-3) = -3ln 3
x →0 x x →0 x → 0 -3 x
1
ou ln .
27
ecos x - 1
44) Calcule: lim .
2 x-
x→
2
cos y +
cos x
e -1 e -1 2
Resolução. Seja y = x - . Então, lim = lim .
2 y →0 y
2 x-
x→
2
Apliquemos a fórmula cos (a + b) = cos a ⋅ cos b - sen a ⋅ sen b a
cos y + : cos y + = cos y ⋅ cos - sen y ⋅ sen = -sen y.
2 2 2 2
ecos x - 1 e - sen y - 1
Assim, lim = lim .
x→
x -
y →0 y
2
2
Dividindo numerador e denominador por -seny , obtém-se:
e - sen y - 1
e - sen y - 1 -sen y e - sen y - 1 sen y
= = ⋅ - .
y y -sen y y
-sen y
119
e - sen y - 1
Para calcular lim , basta fazer u = -sen y e obter
y → 0 -sen y
eu - 1 sen y
lim = 1 . Já lim - = -1 (Primeiro Limite Fundamental).
u →0 u y → 0
y
Logo, o limite proposto vale 1⋅ (-1) = -1 .
Exercícios propostos
Calcule os limites:
5- x - 1 105 x -1 - 0,1
40) lim 41) lim
x →0 2x x →0 10 x
e - x - e3 x 2x - 2
42) lim 2 43) lim
x →0 x - 2 x x →1 1 - x 2
1
7 x -1 -
7 e3 x - 1
48) lim 49) lim x
x →0 x x →0 -
e 2
-1
2 + x 3 se x ≠ 1
50) Tome f ( x) = .
-3 se x = 1
a) Faça o gráfico de f (use o gráfico de y = x 3 ).
definição de sequências.
x+4
51) Seja h( x) = .
x+4
a) Faça o gráfico de h .
120
x+4
se x ≠ 4
52) Seja g ( x) = x + 4 .
a se x = -4
Para que valor(es) de a existe o lim g ( x) ?
x →-4
1
53) Seja f ( x) = cos . Considere as sequências
x
-1 1 2
xn = ; yn = ; zn = .
2n (2n - 1) (2n - 1)
20
tg (2 - t ) - 3 sec 2 t +
54) lim 3
x→
ecos3t + sen 2t
6
x8 - 1
55) lim
x →-1 1 - x 2
u 3 - u 2 - 2u - 40
56) lim
u →4 2u - 8
6 - 12 x
57) lim1
x→ 4x2 -1
2
2 x2 - 5x + 3
58) lim
x →-1 x2 - x
x 4 - 3 x 3 + 2 x 2 - 10 x + 12
59) lim
x →3 x 3 - x 2 - 18
121
x
+ 1 se x ≠ 4
60) Seja f ( x) = 2 . Faça um gráfico de f usando ré-
-1 se x = 4
1
gua. Dado e = , calcule > 0 tal que, se 0 < x - 4 < , então
2
f ( x) - 3 < e . Em outros termos, se x ∈(4 - , 4 + ) e x ≠ 4 , en-
tão f ( x) ∈ (2,5 , 3,5) . Em seguida, coloque estes intervalos de
raios e e no seu gráfico e comprove a sua resposta.
61) Seja f ( x) = 14 - 5 x .
9 + 5x + 4 x2 - 3 y -3
62) lim 63) lim ln
x →0 x y →3 y + 6 - 3
4
5x + 1 - x + 1
Sugestão: Divida numerador 64) 65) lim
e denominador por t.
x →3 x -3
2u - 2 -b + b 2 - 4ac
66) lim 67) lim (b, c ∈ )
u →1 3
26 + u - 3 a →0 2a
x2
5 - se x < -1
2
3x - 5
68) f ( x) = se - 1 ≤ x < 3 . Sendo x0 = -1; x0 = 3 .
2
-1 se x=3
- x + 5 se x > 3
1
69) f ( x) = 3 - 2 x + 1 ; x0 = -
2
122
x3 - 2 x 2 + 3x
70) f ( x) = ; x0 = 0
x
2 s + 14 - 4
71) Calcule lim- .
s →1 s -1
2 - 3x + 5 x 2 -4 x3 + 2 x - 50
72) Calcule lim e lim .
x →-∞ 12 x 4 - x 3 + 4 x →∞ 1 - x - x3
1 - 3x
73) f ( x) =
4x - 9x2 - x
5t + 4 t 2 - 2t - 15
74) g (t ) =
6t + 5
5y + 2
75) h( y ) =
2 3 2 y3 + y 2 + 1 - y
x3 x2
76) f ( x) = 2 -
3x - 4 3x + 2
Sugestão: Multiplique e
77) Calcule . divida por uma expressão
adequada.
10
78) Considere f ( x) = .
( x - 4) 2
2 - cos y
80) lim-
y →0 y3 - y
ln m
81) lim + 2
m →-
1 8m + 6m + 1
2
cos x sec x
82) lim+ - 2
(Analise cada membro separadamente.)
x →0
x- x x-x
4 x 4 - 2 x + 17
83) lim f ( x) e lim f ( x) , sendo f ( x) = .
x →-∞ x →∞ 1 + 3x - x3
3 1
4) -2 6) 7)
7 12
1 1
8) 2 9) - 10)
8 8
3
11) 12) -1 13) 3, 3, 3
2
1
29) +∞ 30) 31) -2
3
1
32) 2 33) 2 34)
8
1
-
35) e -2
36) e 37) e 4
1
38) e 39) ec 40) ln
5
ln10
41) 42) 2 43) - ln 2
20
-k
44) 45) 46) e -3
1+ k 2 2
1
47) e6 48) ln 7 49) -6
7
29
58) -1 59) 61) a) (1, 99, 2, 01)
21
5
62) 63) ln 6 64) -2
6
27 c
65) - 66) 54 67) -
32 b
1 3 3 1
71) 73) -3, - 74) ,
4 7 2 6
5 5 2 2 1
75) , 76) , 77)
2 2
3
2 2
3
9 9 4
125
y y
f (x) g(x)
g (a)
f (a)
b
a x a x
Figura 3.1 Figura 3.2
y
h(x)
c
h(a)
a x
Figura 3.3
Logo, ( f + g ) é contínua em a .
■
1
se x ≠ 0
b) g ( x) = x .
1 se x = 0
t
t + se t ≠ 0
c) h(t ) = | t | .
0 se t = 0
−t se t < 0
O domínio de h é . Lembrando que | t |= ,
t se t ≥ 0
t − 1 se t < 0
escrevemos: h(t ) = 0 se t = 0 .
t + 1 se t > 0
132
x2 + 2 se x < −1
2
d) F ( x) = 2 x + 7 se − 1 ≤ x < 3 .
4 se x = 3
2x −1 se x > 3
lim+ F ( x) = lim+ 2 x 2 + 7 = 3 .
x →−1 x →−1
Logo, lim F ( x) = 3 .
x →−1
lim F ( x) = lim+ (2 x − 1) = 5 .
x →3+ x →3
Logo, lim F ( x) = 5 .
x →3
1
x ⋅ sen se x ≠ 0
e) u ( x) = x .
0 se x = 0
133
O domínio de u é . Se a ≠ 0 , então
1 1
lim u ( x) = lim x ⋅ sen = a ⋅ sen = u (a ) .
x→a x→a
x a
Portanto, u é contínua em a .
1
No ponto 0: lim x ⋅ sen = 0 . (Por quê?) Sendo u (0) = 0 , con-
x →0
x
cluímos que u é contínua em 0.
Exercício resolvido
1) Determine o conjunto dos pontos em que a função
x3 − 1
f ( x) = 2 é contínua.
3x + 2 x
O domínio de f é formado Resolução. Sendo f uma função racional, é uma função contínua,
pelos números reais que não ou seja, f é contínua exatamente nos pontos do seu domínio.
anulam o denominador.
−2
Ora, 3 x 2 + 2 x ≠ 0 ⇔ x(3 x + 2) ≠ 0 ⇔ x ≠ 0 e x ≠ . Portanto, f é
3
−2
contínua no conjunto − 0, .
3
Exercício proposto
1) Seja f ( x) = sen 3 x + cotg 3 x . Determine o conjunto dos pontos
em que f é contínua.
g f
a b f (b)
f○g
Figura 3.4
lim f g ( x) = f (b) .
x→a
■
g f
a g(a) f ○ g(a)
f○g
Figura 3.5
lim f g ( x) = f lim g ( x) = f g (a ) .
x→a x→a
Logo, a função f g é contínua em a .
■
Exercícios resolvidos
2− x se − 3 ≤ x < −1
2x
e se − 1 ≤ x < 0
2) Seja f ( x) = 0 se x = 0 .
3
x + 1 se 0 < x ≤ 2
x 2 − 2 x + 3 se 2 < x < 5
a) Determine o conjunto dos pontos em que f é contínua.
x + 2a se x < −2
f ( x) = 3ax + b se − 2 ≤ x ≤ 1 .
3 x − 2b se x > 1
Resolução. Nos intervalos (−∞, −2), (−2,1) e (1, +∞) , f é contínua,
sejam quais forem os valores de a e b . Examinaremos os pontos -2
e 1:
8a − b = 2 .
3a + 3b = 3
1 2
Este sistema tem solução única: a = e b= .
3 3
1 2
Resposta. f é uma função contínua se, e somente se, a = e b= .
3 3
138
Exercícios propostos
2) Verifique se a função f é contínua no ponto 4:
3x − 2 se x < 4
f ( x) = 2 .
x − 4 x + 3 se x ≥ 4
4 − x2 se x < 0
0 se x = 0
g ( x) = 3 .
x + 2x + 4 se 0 ≤ x < 1
3x + 4 se x ≥ 1
x 2 − 2ax + 3 se x < −1
no ponto -1: f ( x) = .
4ax − 3 se x ≥ −1
5) Determine, se possível, o valor de k para que f seja contínua
x ⋅ arccos x se x < 1
no ponto 1: f ( x) ..
k se x = 1
Nos exercícios 6 e 7, determine:
1 − 2 x 2 se x < −1
− − x se − 1 ≤ x ≤ 0
6) f ( x) = sen x
3 se 0 < x <
x
cos x se x >
x2 se − 1 < x < 0
x
e − e se 0 ≤ x < 1
x2 −1
7) f ( x) = 1 − e x −3 se 1 ≤ x < 3
ln(2 x − 5) se 3 ≤ x < 5
−2 ln 25 se x = 5
139
Definição 25.
a) f :[−2,1] → , f ( x) = 3 − x 2
b) f : (0,1] → , f ( x) = 2 x
x se 0 < x < 1
c) f :[0,1] → , f ( x) = 1 .
2 se x = 0 e se x = 1
2 − x 2 se − 2 < x ≤ −1
d) f : (−2, 2] → , f ( x) = 2 .
x − 3 se − 1 < x ≤ 2
Apesar de f não estar definida num intervalo fechado e de
não ser contínua, assume o seu mínimo -3 no ponto 0 e seu
máximo 1 nos pontos -1 e 2. Lembre que as hipóteses do Teo-
rema 24 são suficientes, mas não necessárias para a existência
de máximo e mínimo.
141
cluir que [ z , s ] ⊂ f ( I ) .
Assim, f ( I ) é um intervalo.
Exercícios resolvidos
4) Verifique que o polinômio 4 x 4 − 3 x 3 + 5 x − 5 tem pelo menos
uma raiz real no intervalo (0,1) .
concluímos que existe c ∈ , tal que f (c) = 0 .
6 4
Exercícios propostos
8) Defina uma função contínua no intervalo (0,1) que assuma
máximo e mínimo nesse intervalo.
x + 2c se x < −2
a) f ( x) = 3cx + k se − 2 ≤ x ≤ 1
3 x − 2k se x > 1
k
1) − , k ∈
3
2) Não.
3) Descontínua em 0 e contínua em 1.
−7
4) a =
6
144
5) 0
6) a) − {0, } b) {0}
Por exemplo: o lucro de uma fábrica pode, grosso modo, ser con-
siderado uma função da quantidade x de peças produzidas men-
salmente. De que maneira o lucro é afetado por pequenas varia-
ções de x?
É fácil! Podemos dizer que se trata da reta que passa por P e toca
a circunferência apenas neste ponto. Mas também podemos afir-
mar que é a reta que passa por P e é perpendicular ao raio OP,
sendo O o centro da circunferência.
y C
Q
Figura 4.1
y
C
Q
f (xo + ∆x)
∆y
P α
f (xo)
xo x1 x
∆x
Figura 4.2
∆y = f ( x1 ) - f ( x0 ) = f ( x0 + ∆x) - f ( x0 ) .
Q = ( x1 , f ( x1 )) = ( x0 + ∆x, f ( x0 + ∆x)) .
y C
Secantes
Q
Posições de Q ao
se aproximar de P
t
f (xo) P
xo x3 x2 x1 x
Figura 4.3
∆y f ( x0 + ∆x) - f ( x0 )
m = lim = lim .
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x
∆y
situação em relação ao lim , dizemos que o gráfico de f não
∆x →0 ∆x
Exercícios resolvidos
1) Determine a equação da reta tangente ao gráfico da função
y = x 2 - 4 no ponto (2, 0) .
∆y f ( x0 + ∆x) - f ( x0 )
lim = lim :
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x
2
x
−4 reta
tangente
Figura 4.4
∆y 1
lim- = lim- = +∞ ;
∆x → 0 ∆x ∆x →0 3 (∆x) 2
∆y 1
lim+ = lim+ = +∞ ;
∆x → 0 ∆x ∆x →0 3 (∆x) 2
y
3
y = √x
Figura 4.5
∆y ∆y
Logo, lim- = -1 , enquanto lim+ =1.
∆x →0 ∆x ∆x → 0 ∆x
Conforme a Definição 26, o gráfico da função y = x não admite
reta tangente no ponto (0, 0) .
y = |x|
x
Figura 4.6
x2
se x ≤ 2
4) Verifique se o gráfico da função f ( x) = 22
- x + 4 se x > 2
admite reta tangente no ponto (2, 2) . 2
(2 + ∆x) 2
-2
∆y f (2 + ∆x) - f (2) 2 4 + ∆x
= = = .
∆x ∆x ∆x 2
∆y 4 + ∆x
Logo, lim- = lim- = 2.
∆x →0 ∆x ∆x →0 2
Para ∆x > 0 , temos 2 + ∆x > 0 e então
(2 + ∆x) 2
- +4-2
∆y f (2 + ∆x) - f (2) 2 -4 - ∆x
= = = .
∆x ∆x ∆x 2
154
∆y -4 - ∆x
Logo, lim+ = lim+ = -2 .
∆x →0 ∆x ∆x → 0 2
Concluímos que o gráfico dessa função não admite reta tangente
no ponto (2, 2) .
f (x)
2
2 x
Figura 4.7
Exercícios propostos
5) a) Verifique se o gráfico de f admite reta tangente no ponto
P. Em caso afirmativo, escreva a sua equação.
x se x ≤ 0
1.2) f ( x) = ; P = (0, 0)
x se x > 0
2
1.3) f ( x) = x 3 ; P = (0, 0)
155
e for finito.
Exercício resolvido
5) Um projétil é atirado verticalmente para cima, de uma al-
tura de 1 metro acima do solo, com velocidade inicial de
50m/s. Se o sentido positivo é para cima e se o tempo é con-
tado a partir do lançamento do projétil, então a função que
descreve o movimento é s = f (t ) = -5t 2 + 50t + 1 . (Considera-
mos g = 10 m/s 2 ). Determine:
Resolução.
f (t0 + ∆t ) - f (t0 )
vi = lim . Mas
∆t →0 ∆t
f (t0 + ∆t ) - f (t0 ) -5(t0 + ∆t ) 2 + 50(t0 + ∆t ) + 1 - (-5t02 + 50t0 + 1) ∆t (-10t0 + 50 - 5∆t )
= = =
∆t ∆t ∆t
= -10t0 + 50 - 5∆t .
b) Para t0 = 2 , temos vi = 50 - 20 = 30 .
c) Para t0 = 3 , temos vi = 50 - 30 = 20 .
Observações Importantes:
f ( x0 + ∆x) - f ( x0 )
3) A fração é chamada de razão incremental
∆x
ou quociente de Newton de f em x0 . Por meio da mudança
f ( x0 + ∆x) - f ( x0 )
de variável x = x0 + ∆x , o limite: lim pode
∆x →0 ∆x
f ( x) - f ( x0 )
ser escrito como lim que é uma forma útil para
x → x0 x - x0
algumas demonstrações.
Exercícios resolvidos
6) Calcule a derivada da função f ( x) = 3 x :
a) no ponto 4;
Resolução.
f (4 + ∆x) - f (4) 3 4 + ∆x - 6
a) f ′(4) = lim = lim que conduz à
∆x →0 ∆x ∆x → 0 ∆x
0
indeterminação .
0
Mas
3 4 + ∆x - 6 (3 4 + ∆x - 6) (3 4 + ∆x + 6) 9∆x 9
= ⋅ = =
∆x ∆x 3 4 + ∆x + 6 ∆x(3 4 + ∆x + 6) 3 4 + ∆x + 6
9 3
Logo, f ′(4) = lim = .
∆x →0 3 4 + ∆x + 6 4
f ( x + ∆x) - f ( x) 3 x + ∆x - 3 x
b) f ′( x) = lim = lim .
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x
3
Procedendo analogamente, encontra-se f ′( x) = .
2 x
2
7) Dê a equação da reta tangente ao gráfico de f ( x) = no
x
ponto de abcissa -1.
Resolução.
s (12) - s (8)
a) vm = = 18 m/s.
12 - 8
s (9 + ∆t ) - s (9)
b) vi = s′(9) = lim = 16 m/s .
∆t →0 ∆t
159
Exercício proposto
2) Seja f ( x) = x 3 - 5 x + 1 . Calcule:
a) f ′(1) ;
f (a + ∆x) - f (a )
b) Se lim+ existe e é finito, dizemos que f
∆x →0 ∆x
possui derivada à direita em a , representada por f +′ (a ) .
Exercícios resolvidos
x 2 se x ≤ 2
9) Seja f ( x) = .Verifique se f é derivável no
- x + 6 se x > 2
ponto 2. Caso seja, calcule f ′(2) .
f (2 + ∆x) = (2 + ∆x) 2 .
4
f (x)
2 x
Figura 4.8
x2
1 + 2 se x < 1
10) Seja g ( x) = 2
. Verifique se g é derivável
- ( x - 2)
+ 2 se x ≥ 1
2
no ponto 1. Caso seja, calcule g ′(1) .
- (1 + ∆x - 2) 2 3
+2-
g (1 + ∆x) - g (1) 2 2 = 1.
g +′ (1) = lim+ = lim+
∆x →0 ∆x ∆x → 0 ∆x
161
2 g(x)
3/2
1
1 2 x
Figura 4.9
Exercício proposto
3) Verifique se a função é derivável no ponto indicado.
2 x 2 + x se x ≤ 3
a) f ( x) = 2 ; ponto 3.
x + 7 x - 9 se x > 3
4 x - 9 se x ≤ 2
b) h( x) = 2
; ponto 2.
-2 x + 7 se x > 2
f ( x) - f (a)
em a se o lim existe e é finito.
x→a x-a
Para x ≠ a , podemos escrever
f ( x) - f (a)
f ( x) - f (a) = ⋅ ( x - a ). (1)
(1)
x-a
f ( x) - f (a)
Por hipótese, lim = f ′(a ). Além disso, lim( x - a ) = 0.
x→a x-a x→a
f ( x) - f (a)
lim( f ( x) - f (a )) = lim ⋅ lim( x - a ) = f ′(a ) ⋅ 0 = 0
x→a
x→a x-a x→a
Demonstração. Seja x ∈ .
Por definição,
f ( x + ∆x) - f ( x) c-c
f ′( x) = lim = lim = lim 0 = 0 .
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x ∆x →0
Logo, f ′( x) = 0 .
■
163
n n n
x n + x n -1∆x + x n - 2 (∆x) 2 + ... + n -1 n
x(∆x) + (∆x) - x
n
1
2
n - 1
= =
∆x
n(n - 1) n - 2
nx n -1∆x + x (∆x) 2 + ... + nx(∆x) n -1 + (∆x) n
= 2 =
∆x
n(n - 1) n - 2
∆x nx n -1 + x ∆x + ... + nx(∆x) n - 2 + (∆x) n -1
2 =
=
∆x
n(n - 1) n - 2
= nx n -1 + x ∆x + ... + nx(∆x) n - 2 + (∆x) n -1 .
2
f ( x + ∆x) - f ( x)
Agora percebe-se que lim = nx n -1, ou seja,
∆x →0 ∆x
f ′( x) = nx . Portanto, se f ( x) = x , então a função derivada de
n -1 n
f é f ′( x) = nx .
n -1
Exemplos.
• Se f ( x) = x , então f ′( x) = 1x 0 = 1 .
• Se f ( x) = x 2 , então f ′( x) = 2 x .
• Se f ( x) = x 4 , então f ′( x) = 4 x3 .
1 -1
• Se f ( x) = = x -1 , então f ′( x) = -1x -2 = 2 .
x x
1 1 -1 1
• Se f ( x) = x = x 2 , então f ′( x) = x 2 = .
2 2 x
1 2
x 1- 2 - 13 2
3 3 ′
• Se f ( x) = 3 = x = x , então f ( x) = x = 3 .
x 3 3 x
Exercício proposto
4) Encontre a derivada das funções:
1
a) y = 2 b) y = 3 x c) y = x 2 x
x
f ( x + ∆x) - f ( x)
lim = f ′( x) .
∆x →0 ∆x
Como
Logo, g é derivável e g ′( x) = k f ′( x) .
2 6 2
Exemplo. Se f ( x) = x , então f ′( x) = ⋅ 6 x5 = 4 x 5 .
3 3
165
Esta regra pode ser escrita Proposição 10. Se u e v são funções deriváveis em x , então a
abreviadamente como
função g = u + v é derivável em x e g ′( x) = u ′( x) + v′( x).
(u + v)′ = u ′ + v′ .
u ( x + ∆x) - u ( x)
Demonstração. Por hipótese, lim = u ′( x) e
∆x →0 ∆x
v( x + ∆x) - v( x)
lim = v′( x) . Observe que
∆x →0 ∆x
u ( x + ∆x) - u ( x) v( x + ∆x) - v( x)
= + .
∆x ∆x
Aplicando o limite e usando a hipótese, temos:
ou seja, g ′( x) = u ′( x) + v′( x) .
■
Observações.
Exemplo. Se P ( x) = 5 x 4 - 8 x 3 + 2 x 2 - 7 x + 8, então
P′( x) = 5 ⋅ 4 x3 - 8 ⋅ 3 x 2 + 2 ⋅ 2 x - 7 ⋅1 + 0,
ou seja, P′( x) = 20 x3 - 24 x 2 + 4 x - 7.
166
v( x + ∆x) - v( x)
lim = v′( x) .
∆x →0 ∆x
Observe que
v( x + ∆x) - v( x) u ( x + ∆x) - u ( x)
= u ( x + ∆x) ⋅ + v( x) ⋅ .
∆x ∆x
Aplicando o limite, temos:
g ( x + ∆x) - g ( x)
lim = u ( x) ⋅ v′( x) + v( x) ⋅ u ′( x),
∆x →0 ∆x
ou seja, g é derivável e g ′( x) = u ( x) ⋅ v′( x) + u ′( x) ⋅ v( x).
Exemplo. Se f ( x) = ( x 4 + 2 x) ( x 3 - 3 x 2 ), então
f ′( x) = ( x 4 + 2 x) (3 x 2 - 6 x) + (4 x3 + 2) ( x3 - 3 x 2 ) = 7 x 6 - 18 x 5 + 8 x 3 - 18 x 2 .
167
Exercício proposto
5) Seja f ( x) = (2 x3 - 4 x 2 ) (3 x 5 + x 2 ) . Calcule f ′( x) e depois
f ′(1) .
u ( x + ∆x) - u ( x)
lim = u ′( x)
∆x →0 ∆x
v( x + ∆x) - v( x)
lim = v′( x) e v( x) ≠ 0 .
∆x →0 ∆x
Então,
u ( x + ∆x) u ( x)
-
g ( x + ∆x) - g ( x) v( x + ∆x) v( x) u ( x + ∆x) ⋅ v( x) - u ( x) ⋅ v( x + ∆x)
= = =
∆x ∆x v( x + ∆x) ⋅ v( x) ⋅ ∆x
u ( x + ∆x) ⋅ v( x) - u ( x) ⋅ v( x) + u ( x) ⋅ v( x) - u ( x) ⋅ v( x + ∆x)
= =
v( x + ∆x) ⋅ v( x) ⋅ ∆x
u ( x + ∆x) - u ( x) v( x + ∆x) - v( x)
= v( x) ⋅ - u ( x) ⋅ =
v( x + ∆x) ⋅ v( x) ⋅ ∆x v( x + ∆x) ⋅ v( x) ⋅ ∆x
1 u ( x + ∆x) - u ( x) v( x + ∆x) - v( x) .
= v( x) ⋅ - u ( x) ⋅
v( x + ∆x) ⋅ v( x) ∆x ∆x
hipóteses, temos:
168
1 v( x) ⋅ u ′( x) - u ( x) ⋅ v′( x)
2
⋅ [v( x) ⋅ u ′( x) - u ( x) ⋅ v′( x)] =
[v( x)] [v( x)]2
v( x) ⋅ u ′( x) - u ( x) ⋅ v′( x)
Portanto, g ′( x) = .
[v( x)]2
■
x5 - 6
Exemplo. Seja f ( x) = . Então
x4 + 1
( x 4 + 1) 5 x 4 - ( x 5 - 6) 4 x 3 x8 + 5 x 4 + 24 x 3
f ′( x) = = .
( x 4 + 1) 2 ( x 4 + 1) 2
Exercícios propostos
2 x3 + 4
6) Calcule g ′( x) , sendo g ( x) = .
x2 - 4 x + 1
t -1
7) Calcule f ′(t ) , sendo f (t ) = .
t +1
R2 - a2 a
8) Seja h( R ) = , sendo a uma constante. Calcule h′ .
2
2 2
R +a
x n ⋅ 0 - 1 ⋅ nx n -1 -nx n -1
f ′( x) = 2n
= 2 n = - nx n -1- 2 n = - nx - n -1.
x x
Ainda falta provar essa regra para o caso em que o expoente é
racional, o que será feito em breve.
169
( g f )′(a ) = g ′[ f (a )] ⋅ f ′(a ) .
g f ( x) - g f (a )
lim = g ′ [ f (a )] ⋅ f ′(a ).
x→a x-a
170
g f ( xn ) - g f (a )
lim = g ′[ f (a )] ⋅ f ′(a )
xn - a
lim yn = b (1)
g f ( xn ) = g f (a ) g[ f ( xn )] - g[ f (a )] g ( yn ) - g (b) yn - b ,
= = ⋅
xn - a xn - a yn - b xn - a
1) 1 é infinito e 2 é finito.
g f ( xn ) - g f (a ) g f ( xnk ) - g f (a )
lim = lim , nk ∈ 1 (2)
xn - a xnk - a
Mas
g f ( xnk ) - g f (a ) g ( ynk ) - g (b) ynk - b
lim = lim ⋅ lim (3)
xnk - a ynk - b xnk - a
171
g ( yn ) - g (b)
lim = g ′(b) .
yn - b
g ( ynk ) - g (b)
Mas então a subsequência também tem limite
y - b
nk
g ′(b) . (4)
g f ( xn ) - g f (a )
lim = g ′[ f (a )] ⋅ f ′(a ) .
xn - a
Aplicando o lema à se-quência g f ( xn ) - g f (a ) , segue
xn - a
que, também neste caso,
g f ( xn ) - g f (a )
lim = g ′[ f (a )] ⋅ f ′(a ) .
xn - a
3) 2 é infinito e 1 é finito.
g f ( xn ) - g f (a ) g f ( xtk ) - g f (a )
Então, lim = lim = 0.
xn - a xtk - a
Logo, sendo f ′(a ) = 0 , tem-se também
g f ( xn ) - g f (a )
lim = g ′[ f (a )] ⋅ f ′(a ) .
xn - a
Portanto, concluímos que ( g f )′(a ) = g ′[ f (a )] ⋅ f ′(a ) .
Exercícios resolvidos
11) Se f ( x) = (3 x + 2) 4, calcule f ′( x).
u ( x) = 3 x + 2 e g (u ) = u 4 .
1
12) Sendo y = , calcule y′ .
( x - 1) 4
6
1
1 2 -1 2t + 1
g ′(t ) = (t + t + 1) 3 ⋅ (2t + 1) = .
3 3 3 (t 2 + t + 1) 2
-1 -1
Logo, g ′(-1) = = .
33 1 3
f ′( x) = ( x3 - 2) 2 3( x 2 + 1) 2 2 x + 2( x3 - 2)3 x 2 ( x 2 + 1)3 =
= 6 x( x 3 - 2) 2 ( x 2 + 1) 2 + 6 x 2 ( x 3 - 2)( x 2 + 1)3
Exercícios propostos
Calcule a derivada de cada uma das funções:
9) f ( x) = (8 x 2 - 3)5 ;
10) g (t ) = 3 t 4 - 2t ;
( y 2 - 5)3
12) f ( y ) = ;
( y 2 + 4) 2
174
g ( yn ) - g (b) 1
De (1) e (2) segue que lim = .
yn - b f ′(a )
1
Concluímos que g ′( y ) = , ∀y ∈ f ( I ) .
f ′( x)
■
Exercícios resolvidos
15) Seja f ( x) = x 3 - 8 e g a inversa de f . Determine g ′( x) .
1 1
Resolução. Conforme o Teorema 28, g ′( y ) = = 2 . Ago-
f ′( x) 3 x
ra é preciso escrever x em função de y , pois lembre-se de que
x = g ( y ) . Mas y = f ( x) = x 3 - 8 ⇔ x 3 = y + 8 ⇔ x = 3 y + 8 .
1
Logo, g ′( y ) = .
3 3 ( y + 8) 2
1
Resposta. g ′( x) = .
3 3 ( x + 8) 2
y-6 y-6
y = 3( x + 2)5 + 6 ⇔ ( x + 2)5 = ⇔ x+2= 5 .
3 3
4
1 1 3
Logo, g ′( y ) = = 5 .
y-6
4 15 y - 6
15 5
3
4
1 3
Resposta. g ′( x) = 5 .
15 x - 6
176
y = t2 + 2 ⇔ t2 = y - 2 ⇔ t = ± y - 2 .
1 1
g ′( y ) = = 4 .
f ′( x) 5 x + 1
Exercícios propostos
13) Seja f ( x) = 4 - 9 x e g = f -1 . Calcule g ′( x) .
Exercício resolvido
18) Já foi provado que se n ∈ e se f ( x) = x n, então f ′( x) = nx n -1.
Com auxílio da regra da cadeia e do Teorema da Função In-
versa, prove que essa fórmula vale para qualquer expoente
p
q
racional, ou seja, se p e q são inteiros e q ≠ 0 e f ( x) = x ,
p
p q -1
então f ′( x) = x .
q
1
Bem, g ′( x) = px p -1 e então
p -1
q1 p 1
-
g ′[u ( x)] = p x = px q q
(2)
y = xq ⇔ x = y q .
1
-1
q
1 1 y
Logo, u ′( y ) = q -1
= 1
= .
1
1-
q
q
q y q
qy
1
-1
q
x
Então, u ′( x) = (3)
q
Substituindo (2) e (3) em (1), temos:
1
p 1 -1 p 1 1 p
q
- x p - + -1 p -1
f ′( x) = px q q
⋅ = xq q q = xq .
q q q
178
f ( x ) = a x.
∆y f ( x + ∆x) - f ( x) a x +∆x - a x a ∆x - 1
= = = ax .
∆x ∆x ∆x ∆x
∆y
Lembrando que f ′( x) = lim , desde que este limite seja finito,
∆x →0 ∆x
temos:
xa -1
∆x
x a ∆x - 1
lim a = a ∆lim = a x ⋅ ln a ,
∆x →0
∆x x → 0 ∆x
conforme o terceiro limite fundamental.
Exercícios resolvidos
2
19) Seja f ( x) = 2 x . Calcule f ′( x).
Exercícios propostos
2 1
16) Calcule f ′(2) , sendo f ( x) = e x -2 x
+ .
e5 x
3
51- x
17) Calcule g ′( x) , sendo g ( x) = .
3x
y = a x ⇔ x = log a y.
1 1 1
g ′( y ) = = x = .
f ′( x) a ln a y ln a
1
Se g ( x) = log a x , então g ′( x) = , ∀x > 0 .
x ln a
180
1 u′
y′ = ⋅ u′ = .
u ln a u ln a
1 1
Caso Particular. Se f ( x) = ln x , então f ′( x) = = . Se u é
x ln e x
u′
uma função de x e y = ln u , então y′ = .
u
Exercícios resolvidos
22) Calcule a derivada de y = log 3 ( x 4 - 3).
4 x3 4 x3
y′ = = .
( x 4 - 3) ln 3 ln 3 x 4 - 3
u ′ 3 x 2 + 4e 4 x
f ′( x) = = 3 4x .
u x +e
24) Sendo g ( x) = ln( x)3 , calcule g ′(e) .
1 3ln( x) 2
g ′( x) = 3u 2u ′ = 3ln( x) 2 = .
x x
3ln(e) 2 3
Logo, g ′(e) = = .
e e
Exercícios propostos
18) Calcule a derivada de y = log 2 ( x 6 - x) .
x2
20) Seja u ( x) = . Calcule u ′(2) .
ln(3 x - 4)
21) Calcule v′( x) , sendo v( x) = (1 + e5 x - ln 3 x) 2 .
181
sen 2 x + cos 2 x = 1
sen ( x + y ) = sen x ⋅ cos y + cos x ⋅ sen y
cos ( x + y ) = cos x ⋅ cos y - sen x ⋅ sen y
f ( x + ∆x) - f ( x)
Vamos examinar o quociente .
∆x
Bem,
Exercícios resolvidos
25) Seja f ( x) = 5sen (2 x 2 ) . Calcule f ′( x) .
26) Seja g (t ) = sen 3 2t . Calcule g ′ .
3
Resolução. Escrevamos g (t ) = u 3 , sendo u = sen2t . Pela regra da
cadeia,
Então, cos x = sen - x e sen x = cos - x .
2 2
Com efeito, aplicando a fórmula
sen ( A + B) = sen A cos B + sen B cos A
à expressão sen - x , temos:
2
sen - x = sen ⋅ cos (- x) + sen (- x) ⋅ cos = 1 ⋅ cos x + ( -sen x)0 = cos x.
2 2 2
Seja f ( x) = cos x = sen - x . Aplicando a fórmula da derivada
2
do seno e a regra da cadeia, temos:
f ′( x) = cos - x (-1) = - cos - x = -sen x.
2 2
183
Portanto, f ′( x) = -sen x.
Exercícios resolvidos
27) Calcule f ′(), sendo f () = cos 2 6 .
28) Calcule f ′ , sendo f (t ) = ecos 2t - sen t cos 2t.
4
Resolução.
f ′(t ) = ecos 2t (-sen 2t )2 - [sen t (-sen 2t )2 + cos t cos 2t ]
= -2sen 2t ⋅ ecos 2t + 2sen t sen 2t - cos t cos 2t.
Logo,
cos 2
f ′ = -2sen ⋅ e + 2sen sen - cos cos = 2 - 2..
4 2 4 2 4 2
Exercícios propostos
22) Calcule f ′( x), sendo f ( x) = x 2 cos 3x - 2sen 3x. .
23) Calcule g ′ , sendo g ( x) = sen 2 x - cos3 4 x. .
6
Portanto, f ′( x) = sec 2 x.
Exercício resolvido
29) Seja f ( x) = tg 3 x + . Calcule f ′( x).
4
Resolução. f ′( x) = sec 2 3 x + 3 = 3sec 2 3 x + .
4 4
cos x
Novamente aplicamos a regra do quociente a f ( x) = :
sen x
Exercícios resolvidos
30) Calcule a derivada de f ( x) = cotg x3 .
ou melhor,
-2
g ′( x) = - 2 ln 3 ⋅ 3tg 2 x ⋅ sec 2 2 x.
sen 2 x ⋅ cos 2 x
Exercícios propostos
24) Calcule f ′( x) se f ( x) = tg 3 x + cotg 2 3 x. .
25) Calcule f ′ , sendo f ( x) = 2cotg3 x + ln(sen x). .
4
sen x sen x 1
f ′( x) = -1(cos x) -2 ⋅ (-sen x) = = ⋅ = tg x ⋅ sec x ,
cos 2 x cos x cos x
ou seja, f ′( x) = tg x ⋅ sec x .
Exercício resolvido
32) Seja f ( x) = sec x 4 . Calcule f ′( x) .
x ∈ - {k ; k ∈ }.
11
Como cos sec xx == senxx) -)1-1 , vamos aplicar novamente a re-
==((sen
senx
sen x
gra da cadeia para derivar f :
186
cos x cos x 1
f ′( x) = -1(sen x) -2 ⋅ cos x = - = ⋅ = -cotg x ⋅ cossec x
sen 2 x sen x sen x
y′ = -se
Observação. De modo geral, ′
cotgyu=⋅ cossec u ,⋅ uentão
y′ = -cotg u ⋅ cossec u ⋅ u ′ .
Exercícios resolvidos
33) Seja f ( x) = ln(cossec x ) . Calcule f ′( x).
Logo,
-cotg x
Portanto, f ′( x) = .
2 x
Exercícios propostos
26) Calcule a derivada de cada uma das funções. Para chegar às
respostas dos itens b), c) e e), use as relações: 1 + tg 2 x = sec 2 x
e 1 + cotg 2 x = cossec 2 x :
b) g ( ) = tg - ;
x2
c) y = ln(sen x) - xcotg x - + ;
2 6
187
d) f ( x) = (cossec 2 2 x + 1)6 ;
tg 3
e) f () = tg + ;
3
1 + cos x
, calcule f ′ .
27) Seja f ( x) =
1 - cos x 3
1 + tg x
28) Seja f ( x) = ln , calcule f ′ .
1 - tg x 6
Sendo que x ∈ - , e que, nesse intervalo, o cosseno é positi-
2 2
1
vo, temos cos x = 1 - y 2 e, dessa forma, g ′( y ) = .
1- y2
Podemos agora escrever a derivada de g na variável que desejar-
1
mos: se g ( x) = arcsen x , então g ′( x) = .
1 - x2
188
1 -1
Pelo Teorema 28, g ′( y ) = = para todo y ∈ (-1,1) .
f ′( x) sen x
Mas sen x = ± 1 - cos 2 x = ± 1 - y 2 . Como sen x > 0 para x ∈ (0, ),
-1
segue que sen x = 1 - y 2 . Logo, g ′( y ) = .
1- y2
-1
Podemos então escrever: Se g ( x) = arccos x , então g ′( x) = .
1 - x2
-u ′
Observação. De modo geral, se y = arccos u , então y′ = .
1- u2
2
x2 -2 xe x
Exemplo. Se f ( x) = arccos (e ) , então f ′( x) = 2
.
1 - e2 x
1
2 x
Exemplo. Se y = (arctg x ) 2 , então y′ = 2arctg x ⋅ , ou me-
1+ x
arctg x
lhor, y′ = .
x (1 + x)
-1
Como exercício, usando o Teorema 28, mostre que g ′( y ) = ,
1+ y2
para todo y ∈ .
-u ′
Observação. De modo geral, se y = arccotgu , então y′ = .
1+ u2
Exercício resolvido
3
35) Sendo f ( x) = x ⋅ arccotg 2 x , calcule f ′ .
2
Resolução:
(-2) 2x
f ′( x) = 1 ⋅ arccotg 2 x + x ⋅ 2
= arccotg 2 x - .
1+ 4x 1 + 4x2
3
2
3 2 3
Então, f ′ = arcotg 3 - = - .
2 3 6 4
1+ 4 ⋅
4
sen x
g ( y ) = arcsec y . Sendo f ′( x) = sec x ⋅ tg x = , percebemos que
cos 2 x
f ′( x) existe e é diferente de zero para x ∈ (0, ) - . Pelo Teore-
2
ma 28, g é derivável em (-∞, -1) ∪ (1, +∞) .
11
arc secyy==arccos
arcsec arccos , ∀y ∈ (-∞, -1] ∪ [1, ∞) .
yy
Com efeito, observe a sequência de equivalências: Seja
Então:
1 1 1
x = arcsec y ⇔ y = sec x ⇔ y = ⇔ cos x = ⇔ x = arccos
cos x y y
11
arc secyy==arccos
Logo, arcsec arccos , ∀y ∈ (-∞, -1] ∪ [1, ∞) .
yy
1
Assim, g ( y ) = arccos e, para derivar g , utilizaremos a fór-
y
mula da derivada da função arco-cosseno e a regra da cadeia:
-1
- 2
y 1 y2 y 1 2
g ′( y ) = = 2⋅ = = , pois y 2 = y .
1 y y 2
- 1 y 2
y 2
- 1 y y2 -1
1- 2
y
1
Portanto, se g ( x) = arcsec x , então g ′( x) = .
x x2 -1
u′
Observação. De modo geral, se y = arcsecu , então y′ = .
u u2 -1
5
Exemplo. Se f ( x) = arcsec5 x , então f ′( x) = , ou me-
5 x 25 x 2 - 1
1
lhor, f ′( x) = .
x 25 x 2 - 1
191
g : (-∞, -1] ∪ [1, +∞) → - , - {0} ;
2 2
g ( y ) = arccossec y .
- cos x
Como f ′( x) = -cotg x ⋅ cossec x = , fica claro que f ′( x) exis-
sen 2 x
{0}. Pelo Teorema 28,
te e é diferente de zero para x ∈ - , -{0}
2 2
concluímos que g é derivável em (-∞, -1] ∪ [1, ∞) .
-1
Se g ( x) = arccossec x , então g ′( x) = .
x x2 -1
Exercícios propostos
De 29 a 34, dada f ( x) , calcule f ′( x) .
x 2 arctg x arctg x x
30) f ( x) = + -
2 2 2
192
31) f ( x) = 3 arccossec 2 x
x+a
33) f ( x) = arccotg ; a∈
x-a
34) f ( x) = x 1 - x 4 + arccos x 2
2
k
35) Sendo g (t ) = arctg e k uma constante positiva, calcu-
t
le g ′(-k ) .
Como proceder?
Exercícios resolvidos
36) Encontre a derivada da função definida implicitamente por
2 x 2 - y 3 - 1 = 0.
4x
4 x - 3 y 2 y′ - 0 = 0 ⇒ y′ = .
3y2
11-- eexxcos
cos y
⇒ yy′′ == xx
.
cos
cos yy --ee sen y + 2 y
y
A
f1(x)
t1
5
t2
f2(x)
1 3 4 5 x
Figura 4.10
195
6 - 2x
2 x + 2 yy′ - 6 - 10 y′ = 0 ⇒ y′ = ,
2 y - 10
que é a expressão da derivada, tanto de f1 como de f 2 .
6 - 2⋅4 -1 6 - 2⋅4 1
Logo, f1′(4) = = , f 2′ (4) = = .
2(5 + 3) - 10 3 2(5 - 3) - 10 3
-1
Resposta. Os coeficientes angulares das retas t1 e t2 são e
3
1
respectivamente.
3
Exercício proposto
36) Calcule a derivada da função definida implicitamente.
a) x 2 - y 2 = 1 - y 3
b) xe 2 y - x 2 y 2 + x - 1 = 0
u′
Logo, y′ = y v + v′ ln u e, como y = u v, temos:
u
u′
y′ = u v v + v′ ln u .
u
Exercícios resolvidos
39) Seja y = (sen x)arctg x . Calcule y′ .
Resolução:
y′ cos x 1
Derivando: = arctg x ⋅ + ⋅ ln (sen x) .
y sen x 1 + x 2
ln (sen x)
Logo, y′ = y arctg x ⋅ cotg x + 2 e, como y = (sen x)arctg x ,
1+ x
ln (sen x)
temos y′ = (sen x)arctg x arctg x ⋅ cotg x + .
1 + x 2
Resolução:
y′ 1 cos x
y = x cos x ⇒ ln y = cos x ⋅ ln x ⇒ = cos x ⋅ - sen x ⋅ ln x ⇒ y′ = x cos x - sen x ⋅ ln x
y x x
Exercício proposto
37) Calcule a derivada da função y = x x .
y y′
u+v u ′ + v′
k ⋅u (k ∈ ) k ⋅ u′
u ⋅v u ′v + uv′
u vu ′ - uv′
v v2
f u f ′(u ) ⋅ u ′
197
u r ; r ∈ - {0} ru r -1u ′
a u ; a > 0, a ≠ 1 a u ⋅ ln a ⋅ u ′
eu eu ⋅ u ′
vu ′ ′
u v ; u ( x) > 0 uv + v ln u
u
u′
log a u; a > 0, a ≠ 1
u ⋅ ln a
u′
ln u; u ( x) > 0
u
sen u cos u ⋅ u ′
cos u -sen u ⋅ u ′
tg u sec 2 u ⋅ u ′
cotg u -cossec 2u ⋅ u ′
sec u sec u ⋅ tg u ⋅ u ′
cossec u -cossec u ⋅ cotg u ⋅ u ′
u′
arcsen u
1- u2
-u ′
arccos u 1- u2
u′
arctg u 1+ u2
-u ′
arccotg u 1+ u2
u′
arcsec u u u2 -1
-u ′
arccossec u u u2 -1
198
f (n -1) : An - 2 → .
Exercícios resolvidos
4 2
41) Seja f ( x) = x + 3x - 1 . Obtenha
(IV ) (n )
ff′′′′((xx),), ff′′′′′′((xx),), ff(IV ) ((xx)) ee ff(n ) ((xx))
para n qualquer.
f ′( x) = 4 x3 + 6 x ;
f ′′( x) = 12 x 2 + 6 ;
f ′′′( x) = 24 x ;
f (IV ) ( x) = 24 .
g ( IV ) (t ) = sen t + cos t ;
g (V ) (t ) = cos t - sen t .
Exercícios propostos
38) Seja y = e x cos x . Mostre que y satisfaz a equação
y′′ - 2 y′ + 2 y = 0 .
7 5
39) f (x ) = - x 6 + x 4 - 3x 2 + 5
8 4
3 x
40) y = 3x - 4 3 x +
x2
at + b
41) f (t ) =
ct + d
42) g (u ) = (5 - 4u 3 )7
43) h( y ) = 3 a + by + cy 2
44) F ( x) = (2 + 3 x 2 ) 1 + 5 x 2
200
f ( x + ∆x) - f ( x)
f ′( x) = lim ,
∆x → 0 ∆x
para calcular f ′( x) , sendo f ( x) = 3 x 2 - 2 x + 1.
5
46) Seja g (t ) = . Através da definição, calcule g ′(-1) e
8-t
g ′(a ) , sendo a < 8 .
x2 - 6
47) Dê a equação da reta tangente ao gráfico de y = no
3x + 4
ponto de abscissa -2 (use as regras de derivação).
f ( x) = x3 - 2 x 2 - 6 x + 2
y = -7 x + 8.
2 1
x sen se x ≠ 0
49) Seja g ( x) = x . Calcule g ′(0) (você deve
0 se x = 0
usar a definição de derivada).
x3 se x < 0
51) Seja f ( x) x 2 .
se x ≥ 0
4
a) Faça o gráfico de f .
c) f é derivável em 0?
x
1 - cos
52) Seja f ( x) = 3 . Calcule f ′( ) .
x
sen
3
53) Seja g (t ) = cos 2 t + sen 2 (3t ) . Calcule g ′(t ) .
55) Seja g () = ln(1 + tg ) - sec 2 (3) . Calcule g ' .
4
56) y = ln (sen 2 x)
2 2
x 3x x
57) y = e + xe - 5
a ax -
x
1
65) Seja y = e + e . Mostre que y '' = 2 y .
a
2 a
66) Seja f (t ) = ln sen t . Calcule f ′′′(t ) .
1 (-1) n ⋅ n !
68) Seja y = . Mostre que y ( n ) = , ∀n ∈ .
x+a ( x + a ) n +1
69) A igualdade x 2 e xy - xy 2 = 1 - y define implicitamente uma
função y = g ( x) . Calcule g ′( x) .
202
c) h′(1); c) k ′(1).
2 x 4 - 16 x 3 + 6 x 2 - 8 x + 16 3 3 x ln 5 + 1
3
6) 17) -51- x
( x 2 - 4 x + 1) 2 3x 2
1 6 x5 - 1
7) 18) 6
t ( t + 1) 2 ( x - x) ln 2
203
4x
19) 35)
2x2 - 5 4k
2x
4 ln 2 - 6 36) a) y ' =
20) 2 y - 3y2
(ln 2) 2
1 2 xy 2 - e 2 y - 1
21) 2(1 + e5 x - ln 3x) 5e5 x - b) y′ =
x 2 x(e 2 y - xy )
22) f ′( x) = (2 x - 6) cos 3 x - 3 x 2 sen 3 x
37) y′ = x x (1 + ln x)
23) 2 3
21 5
3sec 2 3 x 39) - x + 5 x3 - 6 x
24) f ′( x) = - 6 cotg 3 x ⋅ cossec 2 3 x 4
2 tg3 x
3 4 9
25) 1 - 3ln 2 40) - - 2
2 x 3 x
3 2
2x x
26) a) cos x [1 + ln (sen x)] - tg x
ad - bc
b) tg 2 41)
(ct + d ) 2
c) x ⋅ cotg 2 x
42) -84u 2 (5 - 4u 3 )6
d) -24 (cossec 2 2 x + 1)5 ⋅ cossec 2 2 x ⋅ cotg 2 x
e) sec 4 2cy + b
43)
3 3 (a + by + cy 2 ) 2
27) -4 3
x(45 x 2 + 16)
28) 4 44)
1 + 5x2
arcsen x arccos x
e +e
29)
1 + x2 45) 6 x - 2
5
30) x ⋅ arctg x 46) a)
54
-1 5
31) b)
3 x 3 (arccossec 2 x) ⋅ 4 x - 1 2 2
2(8 - a ) (8 - a )
1 7
32) 47) y = x +8
x[1 + (ln x) 2 ] 2
a 1 5
33) 48) (1, -5) e , -
x + a2
2
3 27
1 - 2 x - 3x 4 49) 0
34)
4
1- x
3 m -3 m
50) a) min b) 0 c) min
20 80
2
52)
9
55) 13
56) 2 cotg x
2 2
57) 2 xe x + (1 + 3 x)e3 x - 2 x ⋅ 5 x ⋅ ln 5
58) 2 x arctg x
4 arcsen 2 x ⋅ arccos 2 x - 2
59)
1 - 4 x 2 ⋅ arccos 2 x
5e5 x
60) 5esen 5 x ⋅ cos 5 x -
1 + e10 x
1
x x (1 - ln x)
61)
x2
1
63)
3 ( x + 5) 2
3
64) 3x 2
y 2 - xe xy ( xy + 2)
69) y′ =
x 3e xy - 2 xy + 1
1
70) a) 17 b) c) -8 d) 15
9
Capítulo 5
Aplicações da Derivada
Capítulo 5
Aplicações da Derivada
∆y
Fazendo ∆x tender a zero e supondo que o lim exista, este in-
∆x →0 ∆x
Exercícios Resolvidos
1) A área A de um círculo é uma função do seu raio.
Resolução.
−2 2 4
a) Sendo P(t ) = t + 2t + 6 , P′(t ) = − t + 2 . Para t = 2 (anos),
5 5
2
temos P′(2) = = 0, 4 .
5
Resposta. Em 01/01/2007, o rendimento bruto anual deverá estar
crescendo à taxa de 0,4 milhões de reais por ano.
6
b) Para t = 4 , temos P′(4) = − = −1, 2 .
5
Resposta. Em 01/01/2009, o rendimento bruto anual deverá estar
decrescendo à taxa de 1,2 milhões de reais por ano.
Exercícios Resolvidos
3) Um balão esférico é enchido de modo que o seu volume au-
menta à razão de 2 cm3 / s . Com que taxa aumenta o raio do
balão no instante em que este mede 5 cm? E no instante em
que mede 10 cm?
Temos a fórmula conhecida: Resolução. Enquanto o balão é enchido, seu volume é uma função
do raio e o raio é uma função do tempo t (a qual não conhecemos).
Então V é também função de t . Para resolver o problema, devemos
escrever o(s) dado(s) e o que é pedido em notação de derivadas:
210
dV dR
Dado: = 2 cm3 / s; pede-se: quando R = 5 e quando
dt dt
R = 10 cm.
dV dR
Para estabelecer a relação entre e , devemos derivar V em
dt dt
relação a t usando a regra da cadeia. Como V representa o volume
4
de uma esfera de raio R , temos: V = R 3 .
3
dV dV dR dV dV dR
= ⋅ . Como = 4 R 2 , temos = 4 R 2 .
dt dR dt dR dt dt
dV
Mas = 2.
dt
dR 1
Logo, = .
dt 2 R 2
dR 1
Para R = 5 , temos = ≅ 0, 0064 cm/s .
dt 50
dR 1
Para R = 10 , temos = ≅ 0, 0016 cm/s .
dt 200
1
Resposta. O raio aumenta à taxa de cm/s quando ele vale 5 cm
50
1
e cm/s quando ele vale 10 cm.
200
Observação. Note que a taxa de variação do raio é inversamente
proporcional ao quadrado do raio.
10
y
Figura 5.1
dx
Temos os seguintes dados: comprimento da escada 10 m; = 0,8 m/s .
dt
dy
Pede-se: quando x = 6 .
dt
Da figura e do Teorema de Pitágoras, temos que x 2 + y 2 = 100 .
�
Sejam h e R a altura e o raio da base, respectivamente, do cone for-
4
dV
mado pela serragem. Os dados do problema são: = 0, 25 m3 /h
R dt
Figura 5.2 e o outro é ilustrado através da Figura 5.3.
212
�
4
R
Figura 5.3
dh
Pede-se: quando h = 2 m. A relação entre as variáveis V , R e h
dt
R 2 h
é estabelecida pela fórmula do volume do cone: V = .
3
Mas é possível escrever V como função de uma das variáveis:
R ou h .
h
Observando a Figura 5.3, temos que: tg = e como tg = 1 ,
4 R 4
segue que R = h .
h3
Logo, V = . Note que V é função de h e h é função de t .
3
dV dV dh
Conforme a regra da cadeia: = ⋅ , ou seja,
dt dh dt
1 dh dh 1
= h 2 ⋅ ⇒ = .
4 dt dt 4 h 2
dh 1
Para h = 2 , temos = m/h.
dt 16
Resposta. No momento em que o topo do monte está a 2 metros do
1
solo, ele sobe com velocidade de m/h, que é aproximadamente
16
2 cm/h.
z y
P
A
x
Figura 5.4
dz
Pede-se: quando x = 0, 6 km e y = 0,8 km.
dt
Aplicando o Teorema de Pitágoras ao triângulo cujos lados medem
x, y e z , temos: x 2 + y 2 = z 2 . Agora derivemos ambos os lados da
igualdade em relação a t :
dx dy
x +y
dx dy dz dz
2x + 2 y = 2z ⇒ = dt dt .
dt dt dt dt z
dz 0, 6(−90) + 0,8(−110)
Logo, = = −142 .
dt 1
Resposta. Naquele instante, os carros se aproximam com uma veloci-
dade de 142 km/h.
Exercícios Propostos
2m
1) Um tanque tem a forma de um cone com o vértice para baixo.
Sua altura é de 4 metros e o diâmetro da base mede 2 metros
(Veja a Figura 5.5). Através de uma torneira, despeja-se água
no tanque à taxa de 1,5 m3 por hora. Determine a velocidade
com que sobe o nível da água no momento em que este está a
3 metros de altura.
p u x
a q r s v b
Figura 5.6
215
Exemplos:
2
1) f ( x) = 5 − x .
2) g ( x) = ( x − 3) 2 + 14 .
absoluto.
Reveja no livro de
Introdução ao Cálculo o
3) . gráfico da função seno
(senóide).
Observando seu gráfico, concluímos:
y
4
3
−5 −1 1 5 x
−2
Figura 5.7
f ( x ) − f (c )
lim+ ≥ 0 , isto é, f +′ (c) ≥ 0 .
x →c x−c
Exercício Resolvido
7) Determine os pontos críticos das funções:
a) f ( x) = x 4 − x 3 − 3 x 2 + 156
33+± 105
105
ou xx==
x(4 x 2 − 3 x − 6) = 0 ⇔ x = 0 ou .
88
3 − 105 3 + 105
Resposta. Os pontos críticos de f são: 0, e .
8 8
b) g ( x) = 3 x − x .
1
Resolução. g ′( x) = − 1 . Note que g ′( x) não existe para x = 0 .
3 3 x2
1 3
g ′( x) = 0 ⇔ 1 = 3 3 x 2 ⇔ 1 = 27 x 2 ⇔ x = ± , ou seja, x = ± .
27 9
3 3
Resposta. Os pontos críticos de g são: 0, − e .
9 9
219
Exercícios Propostos
Determine os pontos críticos de:
3) f ( x) = x 5 − 3 x 3 + 4 x − 8
4) g ( x) = x + cos 2 x; 0 ≤ x ≤ 2
Exercício Resolvido
8) Determine os extremos absolutos e os pontos em que eles
ocorrem:
x3 x 2
a) f ( x) = − − 6 x + 1; x ∈ [−3, 6] .
3 2
Resolução. Como exercício, verifique que os pontos críticos de f no
intervalo (−3, 6) são -2 e 3.
11 25
Agora calculamos as imagens: f (−3) = ; f (−2) = ; f (6) = 19 ;
2 3
25
f (3) = − .
2
Conclusão. O ponto de máximo absoluto de f é 6 e o valor máximo
absoluto é 19. O ponto de mínimo absoluto de f é 3 e o valor mínimo
25
absoluto é − .
2
220
2
b) g :[−3,3] → ; g ( x) = ( x 2 − 4) 3 .
Exercícios Propostos
Determine os extremos absolutos de f e os pontos em que eles
ocorrem:
5) f ( x) = −5 x + 7; x ∈ [−2,10] ;
9
6) f ( x) = x 4 + 5 x 3 − x 2 + 10; x ∈ [−1, 2] ;
3 2
7) f ( x) = 22sen
sen x + cos 2x
2 x; x ≤ .
y0
a c b x
Figura 5.8
221
Atenção: pode haver mais Em qualquer caso, existe tal que f ′(c) = 0 .
do que um ponto c em ■
(a, b) tal que .
x se 0 ≤ x < 1
Considere f :[0,1] → ; f ( x) = .
0 se x = 1
Essa função é contínua e derivável em (0,1) e f (0) = f (1) . Mas não
existe c ∈ (0,1) tal que f ′(c) = 0 , pois f ′( x) = 1; ∀x ∈ (0,1) . É que f
é descontínua no ponto 1.
Exercício Resolvido
9) Verifique se as hipóteses do Teorema de Rolle estão satisfeitas
e, neste caso, encontre o(s) ponto(s) que satisfaz(em) a tese.
−1 1
f : , → ; f ( x) = x 4 − 2 x 2 .
2 2
−1 1
Resolução. f é contínua em , por ser polinômio; f é deri-
2 2
−1 1 −1 1
vável em , também por ser polinômio; f = f por
2 2 2 2
−1 1
ser f uma função par. Logo, existe c ∈ , tal que f ′(c) = 0 .
2 2
f ′( x) = 4 x − x = 0 ⇔ x = 0 ou x = 1 ou x = −1 .
3 2
222
−1 1
Os pontos 1 e -1 não pertencem ao intervalo , .
2 2
Resposta. c = 0 satisfaz a tese.
f (b) − f (a )
f ′(c) = .
b−a
Interpretação Geométrica: Sejam A = (a, f (a )) e B = (b, f (b)) . O
teorema afirma que, satisfeitas as hipóteses, existe pelo menos um
ponto Q = (c, f (c)) sobre o gráfico de f , com a < c < b , tal que a
reta tangente ao gráfico em Q é paralela à reta secante que passa
por A e B .
y
Q
B
f (b)
f (a)
A
x
a c b
Figura 5.9
f (b) − f (a )
g ( x) = ( x − a) + f (a) .
b−a
Seja h a função que atribui a cada x ∈ [a, b] a diferença entre f ( x)
f (b) − f (a )
e g ( x) , isto é, h( x) = f ( x) − ( x − a ) − f (a ) . Afirmamos
b−a
que h satisfaz as hipóteses do Teorema de Rolle.
223
Além disso, é fácil constatar que h(a ) = h(b) = 0 . Pelo Teorema de Rol-
f (b) − f (a )
Atenção: pode haver mais le, existe tal que h′(c) = 0 , ou seja, f ′(c) − = 0.
do que um ponto que b−a
satisfaz a tese do teorema. f (b) − f (a )
Portanto, f ′(c) = .
b−a
■
Exercício Resolvido
10) Verifique se f satisfaz as hipóteses do Teorema do Valor
Médio e, em caso afirmativo, encontre um ponto c tal que
f (b) − f (a )
f ′(c) = :
b−a
f :[−6,10] → ; f ( x) = 100 − x 2 .
f (10) − f (−6) 1 −c
f ′(c) = = − . Mas, f ′(c) = .
10 + 6 2 100 − c 2
Então,
−c 1
=− ⇔ 2c = 100 − c 2 ⇔ 4c 2 = 100 − c 2 ⇔ c 2 = 20 ⇔ c = ±2 5
100 − c 2 2
A igualdade 2c = 100 − c 2 revela que c não é negativo. Logo,
c=2 5.
Exercício Resolvido
2
11) Seja f ( x) = x 4 e − x . Determine os intervalos em que f é cres-
cente e aqueles em que f é decrescente.
225
Temos f ′( x) = 0 ⇔ x = 0 ou x= 2 ou x=− 2.
− 2 0 2
2 x 3e − x
2
− − + +
2−x + + + −
2+x − + + +
f ′( x) = 2 x e
3 −x 2
( 2 − x) ( 2 + x) + − + −
Exercício Proposto
8) Determine os intervalos em que f é crescente e aqueles em
que f é decrescente, sendo f ( x) = 2 x 3 + 7 x 2 − 40 x + 33 .
Por hipótese e pelo Teorema 32, existe > 0 tal que f é crescente
em [c − , c] e decrescente em [c, c + ] .
Exercício Resolvido
12) Determine os pontos de máximo e mínimo relativos da função
bem como os seus extremos relativos.
a) f ( x) = 12 x5 + 27 x 4 − 8 x3 − 1 .
Convém fatorar f ′ :
1 1
f ′( x) = 12 x 2 ⋅ 5( x + 2) x − = 60 x 2 ( x + 2) x − .
5 5
227
1
−2 0 5
60x 2 + + + +
1 − − −
x− +
5
x+2 − + + +
f ′( x) + − − +
b) f ( x) = x − 3 3 ( x − 4) 2 .
2
Resolução Parcial. f ′( x) = 1 − . Os pontos críticos de f são
3
x−4
4 e 12. (Verifique isto!)
3
x−4 −2
Para analisar o sinal de f ′ , escrevemos: f ′( x) = .
3
x−4
228
4 12
3
x−4 −2 − − +
3
x−4 − + +
f ′( x) + − +
2 x 3 + 3 x 2 se x ≤ 0
c) f ( x) = x 2 − 3 se 0 < x ≤ 2 .
− x + 3 se x > 2
6 x 2 + 6 x = 0 e x < 0 ⇒ x = 0 ou x = −1 e x < 0 ⇒ x = −1
Pontos 0 e 2: Quando uma função está definida por mais de uma sen-
tença, devemos ter o cuidado de examinar se ela é contínua naqueles
pontos críticos em que ela é dada por uma expressão à esquerda e por
outra à direita do ponto. No presente exemplo, tais pontos são 0 e 2.
−1 2 x
−3
Figura 5.10
Exercícios Propostos
Obtenha os extremos relativos da função e os pontos em que eles
ocorrem:
9) f ( x) = x 5 − 5 x 3 − 20 x − 2 ;
3 x + 5 se x < −1
10) g ( x) = 2 x 3 − x ; 11) h( x) = x 2 + 1 se − 1 ≤ x < 2 .
7 − x se x ≥ 2
Exercício Resolvido
13) Determine os pontos de máximo e de mínimo relativo das
funções:
a) f ( x) = 3 x 4 + 4 x 3 − 72 x 2 + 87
f ′( x) = 0 ⇔ x = 0 ou x = −4 ou x = 3.
2
b) f : − , → e f ( x) = sen 3 x
2 2
Resolução. f ' ( x) = 6sen3x cos 3 x
231
sen3 x = 0 e − <x< ⇔ 3 x = 0 ou 3 x = ou 3x = −
2 2
⇔ x = 0 ou x = ou x = − .
3 3
cos 3 x = 0 e − < x < ⇔ 3x = ou 3 x = −
2 2 2 2
⇔x= ou x = − .
6 6
Os pontos críticos de f são: − , − , 0, e .
3 6 6 3
Para usar o Teorema 34, precisamos de f ′′( x) :
c) f ( x) = x 5 − x 4 .
Resolução. f ′( x) = 5x 4 − 4 x3 = x3 (5 x − 4)
4
f ′( x) = 0 ⇔ x = 0 ou x = .
5
4
Os pontos críticos de f são: 0 e .
5
f ′′( x) = 20 x3 − 12 x 2 = 4 x 2 (5 x − 3) .
4 16 4 4
Ponto : f ′′ = 4 ⋅ 5 ⋅ − 3 > 0 . Logo, é ponto de mínimo
5 25 5 5
relativo.
Exercícios Propostos
Determine os pontos de máximo e de mínimo relativo das funções:
5
12) f ( x) = x5 − x 4 − 5 x 3 + 21 ;
2
13) g ( x) = 22sen
sen x + cos 2 x ; x ≤.
Tal variável deverá ser expressa como função de uma única variá-
vel independente para que possamos aplicar nossos conheci-
mentos sobre máximos e mínimos.
Exercício Resolvido
14) Um fabricante deseja vender o seu produto em latas ci-
líndricas com capacidade para 1 litro. Quais as dimen-
sões da lata mais econômica, isto é, daquela que requer R
menor quantidade de material em sua fabricação? Figura 5.11
Superfície Lateral h
2�R base
Figura 5.13
Figura 5.12
233
500
A′( R) = 0 ⇔ R = 3 .
500
Portanto, a função A( R ) é decrescente em 0, 3 e crescente
500 500
em 3 , ∞ . Isso permite concluir que 3 é ponto de mínimo
absoluto de A .
Exercícios Resolvidos
15) Um fazendeiro deseja cercar um terreno plano e retangular
para pastagem. O terreno situa-se à margem de um rio reti-
ficado, o qual será aproveitado como “cerca natural”. A cerca
colocada nos 3 lados do terreno tem um custo de R$ 12,00 por
metro linear. Ele pretende ainda passar uma cerca perpendi-
cular ao rio, a qual divide o terreno em duas partes iguais.
Essa cerca é mais simples e custa R$ 8,00 por metro linear.
O fazendeiro dispõe de R$ 8.000,00 para colocar toda a cerca.
Calcule as dimensões do terreno a ser cercado que oferece a
maior área de pastagem para o gado.
235
Resolução.
x
y y y
Rio
Figura 5.14
2000 − 3 x
y= (1)
8
2000 − 3 x 3x 2
Assim, A = x , ou seja, A( x) = 250 x − ;
8 8
2000
0< x< .
3
Devemos encontrar o extremo absoluto dessa função.
3 1000
A′( x) = 250 − x ; A′( x) = 0 ⇔ x = .
4 3
1000
O único ponto crítico de A é .
3
−3 1000
A′′( x) = . Logo, A′′ < 0 e pelo Teorema 34, segue que
4 3
1000
é ponto de máximo relativo de A .
3
2000
Como a função A( x) é contínua em 0, e tem um único ex-
3
1000
tremo relativo, o Teorema 35 garante que é ponto de máximo
3
absoluto de A .
236
1000
De (1), temos que para x = , y = 125 .
3
Resposta. Para cercar o terreno de maior área possível com tal inves-
1000
timento, o fazendeiro deverá cercar = 333,33m paralelamente
3
ao rio e 125 m perpendicularmente ao rio, oferecendo ao seu gado
uma área de 41.666,25 m2 .
A
Figura 5.16
x 2 + 36 12 − x
minimizada é T ( x) = + ; x ∈ [0,12] .
4 6
Repare que o intervalo de variação de x é fechado. Trata-se, pois, de
um problema de extremos absolutos num intervalo fechado. Assim,
os candidatos a ponto de mínimo absoluto são os pontos críticos em
(0,12) , além de 0 e de 12.
x 1
T ′( x) = −
2
4 x + 36 6
12
T ′( x) = 0 ⇔ 6 x = 4 x 2 + 36 ⇔ 36 x 2 = 16( x 2 + 36) ⇔ x = ± .
5
12
O valor mínimo de T ( x) ocorre num dos 3 pontos: 0, ou 12 .
5
12
Como T (0) = 3,5 , T ≅ 3,12 e T (12 ) ≅ 3,35 segue que o valor
5
12
mínimo de T ocorre para x = ≅ 5,366 .
5
Resposta. O homem deve desembarcar a 5.366 m de B e caminhar
os 6.634 m restantes.
Exercícios Propostos
14) Entre todos os retângulos cujo perímetro vale 10 m , determine
as dimensões daquele que tem a maior área.
y y
y = g (x)
y = f (x)
x x
Figura 5.17 Figura 5.18
y y
C F
y = f (x)
E
B y = g (x)
A D
x x
Figura 5.19 Figura 5.20
t
Em outras palavras, f ′( x) aumenta à medida que x au-
menta, enquanto g ′( x) diminui. Em outras palavras, po-
deríamos dizer que f ′ é crescente, enquanto g ′ é decres-
x cente.
a c b
Definição 33. Seja f : (a, b) → uma função derivável.
Figura 5.21
Dizemos que o gráfico de f é côncavo para cima (c.p.c.)
quando f ′ é crescente em (a, b) . Dizemos que o gráfico
y de f é côncavo para baixo (c.p.b.) quando f ′ é decrescente
em (a, b) .
Figura 5.22
Analogamente, apenas trocando a palavra “acima” pela
palavra “abaixo” se o gráfico é c.p.b. em (a, b) . (Veja a Figura 5.22.)
240
y = f (x)
a b c d e f x
Figura 5.23
Exemplos:
2
a) Seja f ( x) = x . Como f ′( x) = 2 x , que é uma função crescente,
concluímos que o gráfico de f é c.p.c. em qualquer intervalo
( a, b) .
1
b) Seja g ( x) = ln x . Como g ′( x) = , que é uma função decrescen-
x
te em (0, +∞) (Por quê?), segue que o gráfico de g é c.p.b. em
qualquer intervalo (a, b) com a > 0 .
sen x se − <x≤0
2
c) Seja h : − , → , h( x) = .
2 2 cos x se 0 < x <
2
cos x se − < x < 0
2
Então h ' ( x) = ..
−sen x se 0 < x <
2
241
Agora verifique que h′ é crescente em − , 0 e decrescente em
2
0, . Conclua que o gráfico de h é c.p.c. em − , 0 e c.p.b.
2 2
em 0, .
2
Observação. Recomendamos ao leitor fazer gráficos das funções
f , g , h e checar através destes as respectivas conclusões.
y
Pontos de
inflexão
x
Figura 5.24
Teorema 37. Seja f uma função e (c, f (c)) um ponto de inflexão do grá-
fico de f . Se f ′′(c) existe, então f ′′(c) = 0 .
Observação. O fato de ser f ′′(c) = 0 não garante que (c, f (c)) é pon-
to de inflexão. Por exemplo, se f ( x) = x 4 , então f ′′(0) = 0 , mas (0, 0)
não é ponto de inflexão. Verifique!
to de inflexão. Verifique!
Exercícios Resolvidos
18) Determine os pontos de inflexão do gráfico de f e os interva-
los em que este é c.p.c. bem como aqueles em que ele é c.p.b..
a) f ( x) = x 5 − 10 x 4 + 2 x + 11
0 6
20x 2 + + +
x−6 − − +
f ′′( x) − − +
10
Resolução. O leitor pode checar que f ′′( x) = 3 − 2 . Note que
3x − 1
1
f ′′( x) não existe para x = .
3
Por outro lado,
10
f ′′( x) = 0 ⇔ 3 = 2 ⇔ 10 = 2 3 3 x − 1 ⇔ 1000 = 8(3 x − 1) ⇔ x = 42
3x − 1
1 1
Assim, temos dois pontos candidatos a pontos de inflexão: , f
3 3
e (42, f (42)) . Convidamos o leitor a conferir o sinal de f ′′ conforme
especificado no quadro:
1
3 42
f ′′( x) − + −
1 1
Concluímos que o gráfico de f é c.p.c. em , 42 e c.p.b. em −∞,
3 3
1 1
e em (42, +∞) . O gráfico tem dois pontos de inflexão: , − e
(42, 1361) . 3 9
244
Exercícios Propostos
Faça uma análise da concavidade do gráfico da função e determine
os eventuais pontos de inflexão:
4 3 2
17) f ( x) = x + 2 x − 12 x + 5 x − 1 ;
4
18) g ( x) = (5 x − 2) .3
2 x
x=2
Figura 5.25
a) lim− f ( x) = −∞ ; b) lim+ f ( x) = +∞ ;
x→2 x→2
c) lim f ( x) = 0 ; d) lim f ( x) = 0 .
x →−∞ x →+∞
1) lim− f ( x) = −∞ ; 2) lim− f ( x) = +∞ ;
x→a x→a
3) lim+ f ( x) = −∞ ; 4) lim+ f ( x) = +∞ .
x→a x→a
Exemplos:
3x − 5
b) Seja f ( x) = 2 . Como x 2 − 4 = 0 ⇔ x = ±2 , as retas “candi-
x −4
datas” a assíntotas verticais são x = 2 e x = −2 .
Logo, para todo k inteiro, a reta x = k + é assíntota vertical
2
do gráfico da função tangente.
1) lim f ( x) = b ;
x →−∞
2) lim f ( x) = b .
x →+∞
Exemplos:
1
a) Se f ( x) = 2 + , então lim f ( x) = 2 e lim f ( x) = 2 .
x x →−∞ x →+∞
f(x) = 2+1
x
Assíntota Horizontal
Assíntota Vertical
Figura 5.26
x − 1 + x2
c) Seja f ( x) = . Convidamos o leitor a verificar que
3x − 1
2
lim f ( x) = e que lim f ( x) = 0 . Podemos concluir que o grá-
x →−∞ 3 x →+∞
2
fico de f possui duas assíntotas horizontais: y = 0 e y = .
3
Exercícios Propostos
Dê a equação das assíntotas verticais e horizontais do gráfico da
função:
3 6 − 5t 2
19) f ( x) = ; 20) g () = cotg ; 21) h(t ) = .
( x + 1) 2 2t 2 − 3t − 2
247
1) Domínio de f ;
2) Pontos de descontinuidade;
8) Concavidade do gráfico de f ;
9) Pontos de inflexão;
248
Exercícios Resolvidos
x 4 3x 2
19) Faça o gráfico da função f ( x) = − + 2x + 5 .
4 2
Resolução. Vamos seguir os itens do roteiro:
1) Domínio de f :
x 4 3x 2 x4
3) lim f ( x) = lim − + 2 x + 5 = lim = +∞ .
x →−∞ x →−∞
4 2 x →−∞ 4
x4
lim f ( x) = lim = +∞ .
x →+∞ x →+∞ 4
f ′′( x) = 3 x 2 − 3 = 3( x + 1)( x − 1) .
.
Logo, f ′( x) = 0 ⇔ x = −2 ou x = 1 e f ′′( x) = 0 ⇔ x = −1 ou x = 1
249
As informações relativas aos itens (6), (7), (8) e (9) serão dispostas
num quadro. Lembre-se de que G ( f ) representa o gráfico de f .
Gráfico:
y
5,75
1,75
−2
−3 −1 1 2 x
Figura 5.27
250
x2 + 1
20) Faça o gráfico da função f ( x) = .
x2 − 4
1
2 1+
x +1 x2 = 1
lim 2 = lim
x →+∞ x − 4 x →+∞ 4
1− 2
x
lim f ( x) = +∞ ; lim+ f ( x) = −∞ ;
x →−2− x →−2
lim f ( x) = −∞ ; lim f ( x) = +∞ .
x → 2− x → 2+
1 2
5) Ponto em que o gráfico corta o eixo Y: 0, − . Como x + 1 não
4
pode ser zero, o gráfico não intersecta o eixo X.
Derivadas:
−10 x 30 x 2 + 40
f ′( x) = 2 (Confira!) e f ′′( x ) = (Confira!)
( x − 4) 2 ( x 2 − 4)3
Logo, f ′( x) = 0 ⇔ x = 0 ; f ′′( x) = 0 ⇔ 30 x 2 + 40 = 0 , o que jamais
ocorre.
Note que nem f ′ nem f ′′ estão definidas nos pontos 2 e -2. Esses
pontos, não pertencendo ao domínio de f , não são pontos críticos
de f . Apesar disso, são considerados pontos significativos, pois neles
pode ocorrer uma alteração do gráfico, nos aspectos crescimento e
concavidade.
251
1 −
x=0 − 0 0 é ponto de máx. relativo
4
não não
x=2 não existe
existe existe x = −2 é assíntota vertical
2 2
10) Pontos auxiliares: −1, − ; 1, − ; (−3, 2) ; (3, 2) .
3 3
Gráfico:
y
2
1
−3 −2 −1 −1/4 1 2 3 x
−2/3
Figura 5.28
252
2 5
21) Idem para a função f ( x) = 5 x 3 − x 3 .
f ( x) = 5 3 x 2 − 3 x5 .
2 5 2
5 x 3 − x 3 = 0 ⇔ x 3 (5 − x) = 0 ⇔ x = 0 ou x = 5 .
10 − 13 5 23 5 2 3 2 5 2 − x
Derivadas: f ′( x) = x − x = 3 − x = 3 .
3 3 3 x 3 x
10 − 43 10 − 13 10 1 1 10 1 + x
f ′′( x) = − x − x =− + 3 =− .
9 9 9 3 x4 x 9 3 x4
não não
x=0 0 0 é ponto de mín. relativo
existe existe
6
3
3√4
4
x
−1 1 2
Figura 5.29
254
−x
2
e 2 se x ≤ 2
22) Idem para f ( x) = 3
x − 2 x 2 + 8 se 2 < x ≤ 6
3
x3 8
lim+ f ( x) = lim+ − 2 x 2 + 8 = ≅ 2, 7
x→2 x→2
3 3
x2
−
(3) lim f ( x) = lim e 2
= 0 . lim f ( x) não faz sentido.
x →−∞ x →−∞ x →+∞
Derivadas:
2
x
−
− xe 2 se x < 2
f ′( x) = .
x 2 − 4 x se x > 2
Assim, f ′( x) = 0 ⇔ x = 0 ou x = 4 .
−x 2
2
2
f ′′( x) = e ( x -1) se x < 2 .
2 x − 4 se x > 2
Logo, f ′′( x) = 0 ⇔ x = −1 ou x = 1 .
−
1
−
1
x = −1 e 2
≅ 0, 6 + 0 −1, e 2
é ponto de inflexão
−1 < x < 0 ----------- + − f é cresc. e o G ( f ) é c.p.b.
x=0 1 0 − 0 é ponto de máx. relativo
−
1
− − 12
x =1 e 2 0 1, e é ponto de inflexão
1< x < 2 ----------- − + f é dec. e o G ( f ) é c.p.c.
não não
x=2 e −2 ≅ 0,14 2 é ponto de descontinuidade
existe existe
1
10) Pontos auxiliares: (3, −1) , 5, − , (6,8) .
3
y
8/3
1
−1 1 2 3 4 5 6 x
−1
−8/3
Figura 5.30
256
Exercícios Propostos
Faça um esboço do gráfico das funções:
22) f ( x) = x 4 − 2 x 2 + 1 ;
23) f ( x) = ln( x 2 + 1) ;
2x −1
se x < 0
24) f ( x) = x + 3 ;
x − 12 x + 4 se x ≥ 0
3
25) f ( x) = x + cos x .
Teorema 38. Regra de L’Hospital: Sejam f e g funções deriváveis em Este teorema não
todos os pontos de um intervalo aberto I , exceto talvez no ponto a ∈ I . será demonstrado.
f ′( x)
1) Se lim f ( x) = lim g ( x) = 0 e se lim = L , então
x→a x→a x→a g ′( x)
f ( x)
lim =L.
x→a g ( x)
f ′( x)
2) Se lim f ( x) = lim g ( x) = +∞ e se lim = L , então
x→a x→a x→a g ′( x)
f ( x)
lim =L.
x→a g ( x)
Observação. O teorema vale também para limites laterais e limites
no infinito.
257
Exercícios Resolvidos
6sen x − x
23) Calcule lim .
x → 0 cos x + 2 x − 1
6sen x − x 6 cos x − 1 5
Logo, lim = lim = .
x →0 cos x + 2 x − 1 x → 0 −sen x + 2 2
x3 + 1
24) Calcule lim .
x →−1 2 x 4 + 2 x 3 + 5 x 2 + 5 x
x3 + 1 3x 2 3 3
lim 4 3 2
= lim 3 2
= =− .
x →−1 2 x + 2 x + 5x + 5x x →−1 8 x + 6 x + 10 x + 5 −7 7
ln(cos 2 x)
25) Calcule lim− .
x→ ( x − ) 2
0
Resolução. Mais uma indeterminação do tipo . (Verifique!)
0
ln(cos 2 x) −2tg 2 x
Aplicando o Teorema 38, temos: lim− 2
= lim− .
x→ ( x − ) x → 2( x − )
Como lim− (−2tg 2 x) = 0 e lim− 2( x − ) = 0 , devemos aplicar o
x→ x→
258
−2tg 2 x −4sec 2 2 x −4
teorema outra vez: lim− = lim− = = −2. .
x→ 2( x − ) x → 2 2
ln(cos 2 x)
Logo, lim− = −2 .
x→ ( x − ) 2
e2 x + x
26) Calcule lim .
x →+∞ e3 x + x
∞
Esse último limite nos leva também à indeterminação . Aplicando
∞
novamente o Teorema 38, temos:
2e 2 x + 1 4e 2 x 4 4 4
lim 3 x
= lim 3 x
= lim e − x = lim e − x = ⋅ 0 = 0 .
x →+∞ 3e + 1 x →+∞ 9e x →+∞ 9 9 x →+∞ 9
e2 x + x
Logo, lim =0.
x →+∞ e3 x + x
Exercícios Propostos
Calcule os limites:
sen 2 x − 2sen x
26) lim ;
x → 0 sen 3 x − 3sen x
x −1
27) lim
x →∞
sen
x
259
Procure lembrar quais são Foi visto no capítulo 2 que são sete os casos de indeterminação. O
ou consulte seu material. Teorema 38, porém, permite aplicar a regra de L’Hospital somente
0 ∞
para os casos e .
0 ∞
E quando surge alguma das demais indeterminações, não podemos
aplicá-la?
Exercícios Resolvidos
1 1
27) Calcule o lim+ − .
x →1 ln x x −1
regra de L’Hospital:
1
1−
x − 1 − ln x x x −1
lim+ = lim+ = lim+ .
x →1 ( x − 1)ln x x →1 1 x →1 x − 1 + xln x
( x − 1) ⋅ +ln x
x
Como lim(
+
x − 1) = 0 e lim(
+
x − 1 + xln x) = 0 , aplicamos novamente a
x →1 x →1
x −1 1 1
regra de L’Hospital: lim+ = lim+ = .
x →1 x − 1 + x ln x x →1 1 + 1 + ln x 2
1 1 1
Logo, lim+ − = .
x →1 ln x x −1 2
cotg 3 x
Podemos escrever x ⋅ cotg 3 x = ou então
1
x
x x
x ⋅ cotg 3 x = = .
1 tg 3 x
cotg 3 x
x 1 1 1
lim = lim 2
= . Logo, lim x ⋅ cotg 3 x = .
x →0 tg 3 x x → 0 3sec 3 x 3 x → 0 3
ln y = ln(cos x) x .
2
− tg x
L’Hospital: lim ln y = lim ..
x →0 2x x →0
− sec 2 x 1
lim ln y = lim =− .
x →0 x →0 2 2
Como a função logarítmica é contínua, o Teorema 22 garante que:
1
lim ln y = ln lim y = − .
x →0 x →0 2
1 1 1
− −
Logo, lim y = e , ou seja, lim(cos x)
2 x2
=e . 2
x →0 x →0
261
1
Para escrever ln y como um quociente, lembremos que cos x =
sec x
ln tg x
e, portanto, ln y = .
sec x
Agora é possível aplicar a regra de L’Hospital, pois lim− ln tg x = ∞ e
lim− sec x = ∞ . x→
2
x→
2
Logo,
sec 2 x
tg x sec x cos x 0
lim− ln y = lim− = lim− 2 = lim− 2
= =0.
sec x ⋅ tg x tg x sen x 1
x→ x→ x→ x→
2 2 2 2
Assim, lim− ln y = 0 , ou seja, ln lim− y = 0 , donde, lim− y = 1 .
x→ x→
x→
2 2 2
Exercícios Propostos
Calcule os limites:
1
28) lim x x 29) lim (e3t − cos 2t ) cossec 2t
x →∞ t →0
3
30) lim( x + e x ) x 31) lim ⋅ tg
x →∞ →∞
1
x
32) lim+ x ln ( e −1)
x →0
262
Se uma função qualquer é derivável num ponto, ela pode ser lo-
calmente aproximada por um polinômio. Mais precisamente se f
é uma função derivável no ponto a , existe um polinômio P ( x) tal
que, para x suficientemente próximo de a , a diferença entre f ( x) e
P ( x) é muito pequena. Ou seja, o erro cometido ao substituir f ( x)
por P( x) é muito pequeno quando x está próximo de a .
f ( x) − f (a)
f ′(a ) ≅ , ou seja, f ( x) ≅ f (a ) + f ′(a )( x − a ) , em que ≅
x−a
significa aproximadamente.
gráfico de f (x)
gráfico de P1(x)
f (x)
r1(x)
P1(x)
f’ (a).(x − a)
f (a) θ
tg θ = f’(a)
a x x
Figura 5.31
P2 ( x) = f (a ) + f ′(a )( x − a ) + M ( x − a ) 2 .
f ′′(a )
Então P3 ( x) = f (a ) + f ′(a )( x − a) + ( x − a) 2 + N ( x − a )3 . Para de-
2
f ′′′(a )
terminar o valor de N , note que P3′′′ (a ) = 3.2 N e N = .
3!
264
f ′′(a ) f ′′′(a )
Logo, P3 ( x) = f (a ) + f ′(a )( x − a ) +
( x − a)2 + ( x − a )3 e,
2! 3!
para valores de x próximos de a , temos f ( x) = P3 ( x) + r3 ( x) . E as-
sim sucessivamente.
Definição 37. Seja f uma função que num ponto a admite derivadas
até ordem n . O Polinômio de Taylor de ordem n de f em a é:
f ′′(a ) 2 f ( n ) (a) n
Pn (h) = f (a ) + f ′(a )h + h + + h .
2! n!
Exercício Resolvido
32) Determine o polinômio de Taylor de ordem n , no ponto zero,
da função f ( x) = e x .
Teorema 39. Seja f uma função n + 1 vezes derivável em cada ponto de Este teorema não
um intervalo aberto I que contém o ponto a . Então, para cada ponto x do será demonstrado.
intervalo I , existe um ponto z entre x e a tal que:
265
f ′′(a ) f ( n ) (a)
f ( x) = f (a ) + f ′(a )( x − a ) + ( x − a)2 + + ( x − a ) n + rn ( x)
2! n!
f ( n +1) ( z )
sendo rn ( x) = ( x − a ) n +1 .
(n + 1)!
Exercício Resolvido
33) Seja f ( x) = ln x . Determine o polinômio de Taylor com resto
de Lagrange no ponto a = 1 , de ordem:
Valores em Valores em
f ( x) = ln x f (1) = 0
f ′( x) = x −1 f ′(1) = 1
f ′′( x) = − x −2 f ′′(1) = −1
f ′′′( x) = 2 x −3 f ′′′(1) = 2
f (v ) ( x) = 4.3.2 x −5 f (v ) (1) = 4!
( x − 1) 4
sendo r3 ( x) = , para z entre x e 1.
4z4
266
( x − 1) 2 ( x − 1)3 ( x − 1) n ( x − 1) n +1
ln x = ( x − 1) − + − ... + (−1) n +1 + (−1) n + rn ( x) = Pn ( x) + rn ( x)
2 3 n (n + 1) z n +1
para z entre x e 1.
(0,1) 4
| r3 (1,1) |= ; 1 < z < 1,1 .
4z4
1
Como z > 1 , temos < 1 e então
z4
1 (0,1) 4 (0,1) 4
| r3 (1,1) |= 4 ⋅ < = 0, 000025 .
z 4 4
Portanto, | r3 (1,1) | < 2,5 ×10−5 < 10−4 .
Exercícios Propostos
33) Determine o polinômio de Taylor de ordem n no ponto a ,
da função dada.
a) f ( x) = sen x; n = 4; a =
6
b) f ( x) = cos x; n = 8; a = 0
c) f ( x) = 3 x ; n = 2; a = 8
35) Seja f ( x) = x :
267
43) f ( x) = x 3 − 3 x 2 + 1 ;
45) f ( x) = e x sen x ; 0 ≤ x ≤ 2 ;
47) f ( x) = x 2 6 − x 2 .
c) f ( x) = 3 ( x + 7)5 .
52) Entre todos os pares de números reais cuja soma é 500, deter-
mine aquele cujo produto é o maior possível.
ln(tg x)
60) lim
x→ sen x − cos x
4
5 1
61) lim 2 −
x→2 x + x − 6 x−2
62) lim+ sen x ⋅ ln x
x →0
x
63) lim− ( x − 2) tg
x→2 4
64) lim+ (sen x)sen x
x →0
1
2x x
65) lim( x + e )
x →0
64
6) Ponto de máximo absoluto: 2; Valor máximo absoluto: ; Ponto
3
de mínimo absoluto: -1; Valor mínimo absoluto: 29
6
7) Pontos de máximo absoluto: e 5 ; Valor máximo absoluto: 3 ;
6 6 2
Ponto de mínimo absoluto − ; Valor mínimo absoluto: -3
2
271
5 5
8) f é crescente em (−∞, 4] e , +∞ e decrescente em −4, 3
3
9) Ponto de mínimo relativo: +2; Valor mínimo relativo: −50 ; Ponto
de máximo relativo: −2 ; Valor máximo relativo: 46
5
13) Pontos de máximo relativo: e ; Pontos de mínimo relativo:
6 6
e −
2 2
5 64
15) Lado da base: 3 ≅ 85cm ; Altura: 3 ≅ 136cm
8 25
16) Quadrado de lado R 2 .
17) c.p.c. em (−∞, −2) e em (1, +∞) ; c.p.b. em (−2,1) . Pontos de infle-
xão: (−2, f (−2)) e (1, f (1)) .
1
21) Assíntotas verticais: t = − e t = 2 , assíntota horizontal:
2
5
y=−
2.
1 1 3
26) 27) 28) 1 29)
4 2
33)
2 3 4
1 3 1 3 1
a) P4 ( x) = + x− − x− − x− + x−
2 2 6 4 6 12 6 48 6
x 2 x 4 x 6 x8
b) P8 ( x) = 1 − + − +
2 4! 6! 8!
1 1
c) P2 ( x) = 2 + ( x − 8) − ( x − 8) 2
12 288
x 2 x3 x 4 xn
34) ln ((xx +−1) = x − + − + ... + (−1) n +1 + rn ( x) , sendo
2 3 4 n
n+2 x n +1
rn ( x) = (−1) (1 + z ) − ( n +1)
n +1
x − 4 ( x − 4) 2 ( x − 4)3 5 − 72
35) a) P3 ( x) = 2 + − + ; r3 ( x) = − z ( x − 4) 4
4 64 512 128
1 1 1 5 − 72
b) 5 = 2 + − + + r3 (5); r3 (5) = − z , com 4 < z < 5.
4 64 512 128
Ou melhor, 5 = 2, 236328 + r3 (5) , com | r3 (5) | < 3 ×10−4 .
O resultado está correto até a 3ª casa decimal.
42) 6, 4 m s
3 7
45) Ponto de máximo relativo: ; Ponto de mínimo relativo:
4 4
3
46) Pontos de máximo relativo: e ;
4 4
Ponto de mínimo relativo:
2
47) Pontos de máximo relativo: 2 e -2; Ponto de mínimo relativo: 0
3
52) 250 e 250 54) raio: R = r ; altura: H = 3h
2
56) lado da base: 2m; altura: 1m
1
60) 2 61) − 62) 0
5
4 3
63) − 64) 1 65) e
275
Referências
ÁVILA, G. Análise Matemática para a licenciatura. São Paulo: Edgard
Blucher, 2001.