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JOAO - No final dos anos 1990, a Nike reavaliou suas práticas ambientais e de
trabalho devido às pressões sociais causadas pela sua própria maneira de
conduzir seu negócio: baixos salários na Indonésia, trabalho infantil no
Paquistão e no Camboja e péssimas condições de trabalho na China e no
Vietnã. Para recuperar sua imagem e mesmo o direito de operar em alguns
países reviu seu modelo de negócios monitorando as condições de trabalho
utilizadas na cadeia produtiva pelo mundo e se aproximou de organizações
internacionais e sem fins lucrativos como a Youth Foundation, a MacArthur
Foundation e o Banco Mundial para ajudar a fundar a Aliança Global Pró
Trabalhadores e Comunidades. Além disso, lançaram o Projeto Reutilize um
Calçado por meio de parcerias com fabricantes de superfícies esportivas
sintéticas. Os calçados passaram a ser concebidos de maneira que pudessem
ser desmontados e que a sola de borracha e a entressola de espuma servissem
de matéria-prima para a produção de superfícies atléticas esportivas. A
corporação, que um dia foi o anti-exemplo de responsabilidade social, esforça-se
para reelaborar princípios de design visando criar produtos inteiramente
desmontáveis na ponta final de seu ciclo de vida, com componentes reutilizáveis
e recicláveis
MAURICIO – CONCLUSAO
Na verdade a grande maioria das empresas, ainda busca pela sustentabilidade
contínua a difícil missão em conciliar ao objetivo de aumentar o valor para o
acionista. De fato, algumas têm defendido que a criação de um mundo mais
sustentável irá exigir que as empresas sacrifiquem os lucros e o valor ao
acionista em nome do bem público. Considerando os argumentos legais ou
morais para a ação das empresas, os executivos inevitavelmente subestimam as
oportunidades estratégicas de negócios associadas a esse importante tema. A
fim de evitar esse problema, os executivos precisam fazer uma ligação direta
entre a sustentabilidade da empresa e a criação de valor para o acionista.
Considerando os aspectos apresentados, em especial os ganhos não apenas
financeiros com a maior eficiência na produção mas também com a
sustentabilidade da aquisição de matérias-primas, assim como o melhor
posicionamento da marca da empresa perante seus stakeholders após a
mudança para uma postura socioambiental correta, sustenta por mais tempo sua
sobrevivência e manutenção em seu mercado no futuro. Na realidade enquanto
a sustentabilidade for tratada como um conjunto de metas a alcançar, uma
obrigação conveniente para não perder negócio ou o mero objeto de um plano
com cuja essência as pessoas parecem não se identificar intimamente, então as
soluções encontradas serão sempre superficiais, utilitárias e de curtíssimo
espectro. Nunca é demais lembrar: sustentabilidade não representa um trabalho
a mais, um custo a mais ou uma função a mais com que se preocupar numa
corporação. Significa o modo mais humano—e portanto, o melhor — de pensar
e fazer negócios.