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Resumo: Trabalhar com pessoas nem sempre foi uma tarefa fácil. Pessoas possuem
idéias, pensamentos e sentimentos diferentes uma das outras. Na era do conceito, a
ciência destes fatores torna-se uma grande ferramenta, em face do cenário atual em
que o tradicional gerenciamento de pessoas cede espaço cada vez maior à liderança.
Gerenciar indica adequação; liderança indica influência e, em um cenário de constantes
mudanças, uma nova geração de líderes parece tomar cada vez mais espaço, a
geração y: jovens acostumados a inovações, recém graduados e nascidos nos anos 80.
Como em se tratando de seres humanos, há o fator psicológico, o autoconhecimento
torna-se imprescindível para a manutenção de liderança eficaz para a geração y e para
a solução dos desafios nesta era. Este artigo tem por objetivo analisar a importância do
autoconhecimento na liderança da geração y e como o domínio-próprio pode ser
importante para implantar confiança, manter a liderança eficaz e desenvolver uma
cultura da transparência entre líderes e liderados.
1 Introdução
1.2. Justificativas
Para compreender melhor o perfil desta geração, muitas empresas estão criando canais
específicos para se aproximar destes jovens. Seguindo a lógica de que uma geração
sucede a outra, logo haverá um grande percentual de líderes de geração y dentro das
organizações, o que demandará conhecimento sobre seu perfil para que suas
qualidades sejam corretamente desenvolvidas influenciando positivamente a
organização. Este fato torna necessário o conhecimento e aplicação da psicologia no
desenvolvimento da temperança para aperfeiçoamento das qualidades do líder e da
influência de sua liderança.
2 Fundamentação teórica
2.1 Liderança
A geração y de acordo com Rocha (2009, p. 54) apresenta um perfil analítico que leva
os jovens a pensarem muito nos fatos antes de tomarem decisões, embora não
acostumados com preocupações sobre estabilidades em cargos, esta geração
demonstra ser perspicaz. Possui força e vigor intelectual que os capacita a exercer
grande influência.
Geralmente eles são muito responsáveis, gostam muito de tecnologia, o que os torna
extremamente atualizados e aptos para se adequar a mudanças.
A liderança exercida por esta geração esta baseada em pilares de confiança; eles são
motivados por feedback, focam os resultados e se preocupam em realizar suas tarefas
no menor tempo hábil, se possível agregando alguma inovação ou algo que lhes
conceda algum mérito. São extremamente criativos e buscam criar laços de confiança
mutua entre colegas e liderados.
Não vêem a hierarquia como um argumento-fim, não costumam se prender tanto à
formalidade e apresentam uma educação que privilegia a individualidade e suas
manifestações. Segundo Periscinoto (2008):
A mente exercerá influência sobre o corpo, como afirma White (2001, p. 396) “a mente
rege o homem todo. Todas as nossas ações quer sejam boas ou más, originam-se na
mente”. Desta forma, o cultivo do domínio-próprio sobre os pensamentos e a mente, de
modo que todas as atitudes tomadas sejam previamente refletidas, sábias e prudentes,
aliado à temperança sobre todos os hábitos da vida conduzirão a um grande poder de
influenciar coerente e positivamente e a um mais alto grau de assertividade na tomada
de decisões.
O fato do autoconhecimento agregar confiança e segurança própria também ajuda no
sentido de que não ocorram ações por motivos como desconfiança dos outros, ataques
inconscientes ou criações de situações que sejam tentativas inconscientes de fuga da
realidade. Muitos líderes tomam péssimas decisões por não terem suficiente confiança
em si mesmos de que a honra que seus subordinados receberiam caso suas decisões
fossem diferentes não iria diminuir ou anular sua posição individual como líder.
Logo, a temperança e o domínio-próprio que podem também advir do
autoconhecimento tornam-se indispensáveis à boa liderança.
4 Conclusão
Referências
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Acesso em: 06 jul. 2009.
PERISCINOTO, Alexandra. Geração Y chega à liderança! Disponível em:
<http://www.academiadofuturo.com/>. Acesso em: 06 jul. 2009.
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ROCHA, Márcia. Depois do primeiro choque de realidade. Como a crise mudou o perfil dos impacientes
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WHITE, Ellen G. Mente, Caráter e Personalidade, v. II, p. 373, 396, 443. Tatuí: Casa Publicadora
Brasileira, 2001.