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Instituto de Química
Márcio Ferreira
Introdução
e-Ea/RT (1)
k = Ae-Ea/RT (2)
dln k = Ea (3)
dT RT2
ln k = lnA - Ea (4)
2
RT
que é uma reação de segunda ordem, já que sua velocidade depende da concentração
dos dois íons.
Um conveniente método de velocidade inicial para o estudo cinético dessa
reação foi proposto por King e Jacobs. Baseia-se na redução de uma alíquota de tiossulfato de
sódio pelo iodo formado na reação anterior, conforme a equação:
- d [ S 2 O8 -2 ]
= k 2 [ S 2 O8 -2 ][ I - ] (7)
dt
- d [ S 2 O8 -2 ]
= k 1 [ S 2 O8 -2 ] (8)
dt
é a ù
k1t = ln ê ú ® k1t = b
ë (a - x ) û
(9)
k¢ =
1
. (10)
t
3
Ee E
ln k ¢ = ln B - ® ln t = - ln B + a . (11)
RT RT
Parte Experimental
4
Figura 1: Desenho esquemático do equipamento utilizado no experimento, onde: a)
Copo de Bécker. b) Tubo de vidro com a solução de K2S2O8. c) Tubo de vidro com a solução
de Na2S2O3 e KI. d) Termômetro. e) Agitador.
Resultados
5
Com os valores obtidos experimentalmente, reportados do Anexo 1, construímos a
Tabela 1, a seguir:
6,4
6,2
6,0
5,8
5,6
ln t (s)
5,4
5,2
5,0
4,8
4,6
4,4
0,00330 0,00335 0,00340 0,00345 0,00350 0,00355 0,00360 0,00365
T (K )
-1 -1
Com o software Microcal Origin 5.0 fizemos a regressão linear da reta, e obtivemos:
ln t = A + B.T-1
Onde:
A = -15,279 (± 0,500)
B = 5946,8 (± 143,9)
A correlação foi de 0,99912 e o desvio padrão de 0,02664.
6
Comparando a equação obtida com a equação (11), temos:
Ea/R = 5946,8
Ea = 11,8 Kcal.mol-1
Discussão
Para a grande maioria das reações, a energia de ativação não é uma propriedade que
se encontre quantificada em tabelas ou manuais. Desta maneira, a comparação dos dados
experimentais é dificultada.
Foram encontrados dois valores distintos para a energia de ativação, segundo o
método utilizado, nos trabalhos de H.F. Shurvell. Segundo este trabalho, dois grupos de
estudantes realizaram o mesmo experimento, obtendo valores para Ea de 12,6 e 11,8 kcal.mol-
1
, sendo que o primeiro grupo realizou o experimento para 7 temperaturas e o segundo, 8
temperaturas.
O valor obtido experimentalmente em nosso trabalho, foi de 11,8 kcal.mol-1 (± 0,3
-1
kcal.mol ), o que representa um valor idêntico ao valor obtido pelo segundo grupo,
mostrando dessa forma a grande reprodutibilidade do experimento.
A reação estudada é na verdade, uma reação de segunda ordem, dependendo sua
velocidade da concentração dos íons persulfato e iodeto. Logo, a consideração da reação ser
primeira ordem, é apenas uma aproximação do comportamento real da reação.
O controle da temperatura, uma vez que não tínhamos um banho termostático, foi
bastante trabalhoso, implicando pequenas variações na temperatura do experimento,
principalmente nos patamares mais elevados.
Outra possível fonte de erro mensurável foram vestígios de água de lavagem dos
tubos entre cada experimento. É sabido que a diluição dos reagentes modifica a força iônica
do meio, interferindo na constante de velocidade da reação.
Erros referentes as medidas de tempo podem ser citados, uma vez que se estabeleceu
como tempo zero o momento da mistura dos reagentes e este tempo pode conter uma pequena
variação de um experimento para outro. A determinação do ponto final, por ser uma
determinação visual, tende a aumentar o erro experimental.
Bibliografia
7
2. Shurvel, H. F.; J. Chem. Educ. 43, 555 (1966).
3. Logan, S. R., J. Chem. Ed., 59, 279 (1982).
4. Bueno, W. A.; Degrève, L., Manual de Laboratório de Físico-Química, 2ª ed.,
139-141 (1978)
5. International Critical Tables of Numerical Data, Physics, Chemistry and
Technology, Mc Graw-Hill Book Company, 1, 18 (1926).