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APOSTILA DE PRÁTICAS DE
MORFOLOGIA VEGETAL
O estudo interno das estruturas dos vegetais é feito observando-se os cortes finos de tecido vegetal
em microscópio óptico. Portanto, lembre-se que são necessários cuidados redobrados com este
equipamento para sua conservação.
Quanto ao material vegetal, normalmente utiliza-se o material vegetal coletado a fresco, com a
possibilidade de utilização de material herborizado após sua hidratação. Para a conservação do material
vegetal são utilizadas soluções fixadoras, que promovem a morte das células e sua preservação estrutural
em estado próximo do material fresco. As principais substâncias fixadoras são formol, o álcool, iodo,
bicromato de potássio e os ácidos: acético, pícrico crômico e ósmico. A escolha do uso de soluções
depende dos objetivos do trabalho a ser realizado. Atenção para evitar o contato das soluções fixadoras com
a pele, pois a maioria das substâncias citadas é tóxica.
Para que a luz possa atravessar o tecido a ser estudado, os cortes feitos devem ser suficientemente
finos e transparentes. Utiliza-se regularmente o micrótomo para obtenção de cortes finos, mas para
realização dos cortes neste equipamento, o material vegetal deve estar devidamente desidratado e incluído
em um suporte (mais comum: parafina). Podemos também realizar cortes à mão livre, com auxilio de uma
lâmina de barbear e um suporte (isopor, pecíolo de embaúba, medula do caule de sabugueiro). O corte deve
ser imediatamente transferido para um recipiente contendo água destilada. Os cortes realizados devem ser
o mais finos possível, possibilitando a observação das estruturas vegetais.
Tipos de secções: em anatomia vegetal são observadas estruturas vegetais através de secções
delgadas levadas ao microscópio óptico, que permite somente observações bidimensionais. Faz-se
necessária a observação de vários planos de corte. Os planos utilizados para secção são:
O desenho permite que você relembre as suas observações com mais facilidade. Além disso,
desenhando, você estará identificando e interpretando as características que compõem uma estrutura
complexa, formada por diferentes células e estruturas. Os desenhos em anatomia vegetal não devem ser
“obras de arte”, mas devem representar o material observado com os seus detalhes. Por isso:
Represente o material que está sendo observado o mais fiel possível. Se a parede é espessa,
desenhe com um traço mais grosso (Veja exemplo na Figura 1).
Parênquima paliçádico
Inclua os detalhes das células individuais, como forma, conteúdo, etc. Identifique sempre as
estruturas e faça uma breve descrição do material. Não faça desenhos minúsculos, cujos detalhes serão
difíceis de serem observados. Desenhe um número menor de células, mas com maior riqueza de detalhes.
Não esqueça de identificar o material, indicar o aumento e o corante (quando possível) utilizados. Estas
informações são necessárias para a correta interpretação do material estudado. Não há necessidade de
você desenhar todo o campo observado. Desenhe um detalhe que represente adequadamente o que está
sendo estudado. Caso você queira ter uma idéia do todo, faça um desenho esquemático (Veja exemplo na
Figura 2).
Os tecidos vegetais podem ser representados da seguinte maneira (de acordo com Metcalfe &
Chalk):
Colênquima
Esclerênquima
Felema ou súber
Parênquima
Xilema
Floema
Epiderme
3. MANUSEIO DO MICROSCÓPIO:
3.1 O Equipamento
O aspecto externo do microscópio evoluiu continuamente acompanhando o progresso da pesquisa
biológica. Apesar dessa evolução, os modelos modernos ainda possuem muito em comum com os
instrumentos antigos no que diz respeito a sua configuração exterior e peças essenciais, mas possuem uma
óptica e partes elétricas mais sofisticadas.
Os microscópios modernos compõem-se das seguintes partes essenciais:
Objetivo: Treinamento na obtenção de cortes à mão livre, preparações histológicas e esquematização das
estruturas observadas no microscópio. Caracterizar os tipos celulares.
aumento:
aumento:
Objetivo: reconhecer diferentes plastos. Identificar o tecido de revestimento, bem como, todas as estruturas
a ele relacionadas.
Objetivo: Conhecer a anatomia e a estrutura geral da raiz e do caule, diferenciando os grupos vegetais,
bem como os estágios de crescimento.
Material 2: Caule de abóbora (Cucurbita sp.), chuchu (Sechium edule) ou de mamona (Ricinus communis)
Procedimento: Fazer cortes transversais, colocar em água, corar com azul de toluidina, lavar, cobrir com
lamínula e observar ao microscópio.
Observar o xilema e o floema primários. Desenhar os tipos celulares presentes.
Procedimento: Efetuar finas secções transversais das folhas fornecidas. Depositar as secções em placa de
Petri com água. Montar em lâmina com uma gota de água, cobrir com lamínula e observar no microscópio.
Objetivo: Analisar e reconhecer a organização estrutural das flores, assim como suas variações
morfológicas.
AULA 8 – SEMENTE:
Objetivo: Reconhecer os diversos componentes da semente, tanto em nível morfológico quanto anatômico.
AULA 9 – FRUTO: