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II-Objetivos
III-Desenvolvimento
OPERAÇÕES UNITÁRIAS
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• Secagem: Retirada da umidade de materiais sólidos;
• Umidificação: É o inverso da secagem. Ajusta a quantidade de umidade em
produtos;
• Destilação: Usa a diferença da pressão de vapor dos componentes para separar
alguns componentes de uma mistura de vários componentes líquidos;
• Absorção: Retira componentes de uma mistura gasosa pela ação de um líquido.
• Separação por membrana: Envolve a separação de um soluto de um liquido
pela difusão do liquido para outro líquido através de uma membrana
semipermeável;
• Extração líquido-líquido: Neste caso, um soluto é removido de uma solução
pelo contato com outro líquido que é relativamente imiscível com a solução;
• Adsorção: Na adsorção um componente de uma corrente gasosa é removido
pela sua aderência a uma superfície sólida adsorvente;
• Troca iônica.
• Lixiviação.
• Cristalização.
• Separações físicas: (filtração, centrifugação, peneiramento, cominuição,
adensamento).
• Agitação e mistura: É o inverso dos processos de separação.
• Emulsificação. Desintegração e separação mecânica. Transporte hidráulico e
pneumático de sólidos. Fluidização.
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Existem um pequeno número de princípios elementares, técnicas matemáticas e leis
da físico-química que são fundamentais e formam a base para o estudo da transferência
de momento, calor e massa e os processos de separação. Quem pretende operar
processos industriais deve ter um bom domínio destes conhecimentos
(BOMBARDELLI, 2009).
LIXIVIAÇÃO
PROCESSO
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adequada. Com o contato intimo entre as fases, o soluto se difunde através das fases,
passando para a fase líquida. O processo de recuperar um componente por este processo
denomina-se Lixiviação; o processo de lixiviação onde desejamos retirar um
componente indesejável da fase sólida denomina-se Lavagem.
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Materiais vegetais e animais: Materiais biológicos apresentam estrutura celular e
normalmente o composto desejado está contido dentro da célula. Neste caso, a taxa de
extração pode ser comparativamente lenta devido à resistência da parede da célula à
difusão. Por outro lado, o processo de moagem para levar a granulometria a níveis tais
que exponha o conteúdo das células é impraticável.
A beterraba, por exemplo, é cortada em fatias finas para reduzir a distância
requerida para extração. As células da beterraba são mantidas intactas; isto permite que
o açúcar atravesse a membrana semipermeável enquanto que as albuminas e outros
produtos coloidais indesejáveis não atravessam a membrana. Para extração de produtos
farmacêuticos, utiliza-se antes secar o produto, o que ajuda a romper a parede celular,
assim o solvente pode agir diretamente na dissolução do soluto. A parede celular de
semente de soja assim como de vários outros produtos vegetais sofrem ruptura quando o
material original tem sua dimensão reduzida para 0,1 mm a 0,5 mm por meio de roletes
ou lâminas. As células são menores em diâmetro, mas as paredes se rompem e o óleo
vegetal é facilmente acessível pelo solvente (GEANKOPLIS, 1998).
TAXAS DE LIXÍVIA
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porcentagem de vazio e a tortuosidade (escoamento em meios porosos)
(GEANKOPLIS, 1998; TREYBAL, 1980).
Em materiais biológicos alguma complexidade pode ocorrer devido à presença
de células; em lixiviação de fatias de beterrabas, por exemplo, em torno de 1/5 das
células são rompidas no fatiamento, então o processo para estas células é semelhante ao
processo de lavagem. Já nas células remanescentes, o açúcar deve se difundir através
das células. Então, o resultado é de dois processos de transferência agindo
simultaneamente e o processo não segue um mecanismo simples de difusão, com
difusividade efetiva constante.
Com soja, o grão inteiro não pode ser lixiviado efetivamente. A taxa de difusão
do óleo de soja no grão de soja fatiado não permite interpretação fácil, daí, o método de
projeto de extratores é dado pelo uso de experimentos de laboratório.
A resistência à transferência de massa do soluto da superfície do sólido para o
seio do líquido é em geral muito pequena comparado à resistência à difusão dentro do
próprio sólido. Em alguns casos, a transferência de massa da superfície sólida para o
líquido controla o fenômeno. Não há resistência na fase sólida se o material é puro
(GEANKOPLIS, 1998).
TIPOS DE EQUIPAMENTOS
- Leito móvel. São processos utilizando estágios contra corrente onde o leito ou estágio
se move ao invés de ser estacionário. São largamente empregados na extração de óleos
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de sementes vegetais como algodão, amendoim e soja. A semente é inicialmente
descascada e algumas vezes pré-cozido, às vezes parcialmente secas e quebradas ou
cortadas. Algumas vezes o processo de extração do óleo é acompanhado por prensagem.
O solvente usado normalmente é um produto de petróleo como hexano
(GEANKOPLIS, 1998).
Assim como em Extração liq-liq, aqui também necessitamos lidar com equação
de operação ou relação do balanço material e a relação de equilíbrio entre duas
correntes. Algumas considerações devem ser feitas no processo de lixiviação:
- É assumido que a fase sólida livre de solvente, é insolúvel no solvente.
- Em lixiviação, assumindo que há solvente suficiente para que todo soluto
presente no sólido seja dissolvido, o equilíbrio é atingido quando o soluto estiver todo
dissolvido no solvente (GEANKOPLIS, 1998).
- É assumido que não há adsorção do soluto pelo sólido. Daí, a concentração da
solução na fase líquida que deixa o estágio é a mesma da solução que permanece no
estágio com a fase sólida. A corrente que sai com a fase líquida sobrenadante denomina-
se overflow, e a corrente que sai com a fase sólida denomina-se underflow ou corrente
de lama slurry stream. Conseqüentemente, a concentração de óleo presente na corrente
overflow é igual à concentração de óleo que sai na corrente de lama. Representando a
reta de equilíbrio em um gráfico ‘xy’ obtemos uma reta de 45o. A quantidade de solução
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retida no sólido em cada estágio depende da viscosidade e da densidade
(GEANKOPLIS, 1998).
LIXIVIAÇÃO NÃO-IDEAL
Lixiviação
Ideal
Para sistemas com baixo razão de soluto na alimentação, uma quantia finita de
solvente deve ser necessária criar duas fases em equilíbrio (GEANKOPLIS, 1998).
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LIXIVIAÇÃO MULTI-ESTÁGIO CONTRACORRENTE
CRISTALIZAÇÃO
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O crescimento do cristal é o subseqüente crescimento do núcleo que atingiu o
tamanho crítico do cluster. A nucleação e o crescimento continuam a ocorrer
simultaneamente enquanto a supersaturação existir. A supersaturação é a força motriz
da cristalização, portanto, a velocidade de nucleação e de crescimento é comandada pela
existência de supersaturação na solução. Dependendo das condições, tanto a nucleação
quanto o crescimento podem ser predominantes um sobre o outro, e conseqüentemente,
são obtidos cristais com tamanhos e formatos diferentes. Quando a supersaturação é
ultrapassada, o sistema sólido-liquido atinge o equilíbrio e a cristalização está completa,
a menos que as condições de operação forem modificadas do equilíbrio de forma a
supersaturar a solução novamente (AZEVEDO, 2004)
Cristalização é usada quando se deseja remover de uma solução líquida o
componente dissolvido (soluto) em forma de cristais. Por muitos anos, a prática comum
na produção de cristais era aquecer uma solução até uma condição próxima da saturação
e colocá-la em tanques retangulares abertos, onde a solução era resfriada e os cristais
depositados. Entre as várias opções mais atuais, a cristalização a vácuo em operação
contínua é uma delas; neste caso, a solução salina aquecida é enviada a um vaso que
opera sob vácuo, onde ocorre a evaporação do solvente (pela redução da pressão) e a
conseqüente queda de temperatura - dessa forma, cristais do soluto são produzidos pelo
aumento da concentração e também pela redução da temperatura (BARCZA, 2010;
GEANKOPLIS, 1998).
Existem sete tipos de cristais, dependendo da distribuição dos eixos referidos
nos ângulos:
1. sistema cúbico. Três eixos iguais em ângulos retos entre si.
2. sistema tetragonal. Três eixos perpendiculares entre si, com um eixo maior
os outros dois.
3. Ortorrômbico. Três eixos perpendiculares entre si, todas as opções.
4. Sistema hexagonal. Três eixos iguais em um avião em ângulos de 60 "entre si e
quarta eixo perpendicular a esse plano e não necessariamente o mesmo comprimento
5. sistema monoclínico. Três eixos desiguais, duas perpendiculares em um plano e uma
terceira forma ângulo com o plano.
6. sistema triclínico. Três eixos desiguais formando ângulos estranhos uns aos outros
que não são 30 "De 60 "ou 90".
7. sistema trigonal. Três eixos iguais com a mesma inclinação (GEANKOPLIS, 1998).
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A cristalização na indústria de alimentos pode ser usada para dois propósitos: O
material líquido pode ser separado em fases sólidas e líquidas de diferentes
composições, uma ou as duas frações podem ser o produto desejado do processo.
Quando não há separação da fase sólida então toda a matéria-prima é considerada como
produto. O processo de cristalização pode ser iniciado por refrigeração ou evaporação.
Esta operação unitária é muito empregada principalmente na cristalização de frutas
(CARLOS, 2005).
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APLICAÇÕES
A cristalização é uma operação bastante antiga, pois desde de muito anos atrás
que a cristalização do cloreto de sódio a partir da água do mar é conhecida. Também na
fabricação de pigmentos se usa, desde dos tempos antigos, a cristalização. Hoje em dia,
a cristalização industrial surge na fabricação de sal de cozinha e açúcar, na fabricação
de sulfato de sódio e de amônia para a produção de fertilizantes, na fabricação de
carbonato de cálcio para as indústrias de pasta e papel, cerâmica e de plásticos, na
fabricação de ácido bórico e outros compostos para a indústria de insecticidas e
farmacêutica, entre muitos outros processos industriais.
IV-Conclusão
V-Referências bibliográficas
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BOMBARDELLI, Clovis. Operações Unitárias I. Universidade Tecnológica Federal
do Paraná. Campus de Toledo, PR, 2009.
PRICE, Chris J., . Take Some Solid Steps to Improve Crystallization. Chemical
Engineering Progress, September 1997, p. 34.
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