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E
TECNOLOGIA
AÇÚCAREIRA
2006
2
ENGENHARIA
E
TECNOLOGIA
AÇUCAREIRA
Capitulo I
Cana de açúcar -Sob o ponto de vista tecnológico, a cana de açúcar compõe-se de fibra e
caldo.
O caldo que se extrai da cana, é a matéria prima da industria açucareira, e tem
composição variável. Para que possa ter idéia desta composição o caldo extraído de uma
cana sadia possui a seguinte composição:
Água...................................................... 75,0 – 82,0 %
Sólidos totais dissolvidos...................... 18,0 – 25,0 %
Açucares................................................ 15,4 – 24,0 %
Sacarose................................................ 14,5 – 23,5 %
Glicose.................................................. 0,2 - 1,0 %
Levulose................................................ 0,0 - 0,5 %
Não açucares.......................................... 1,0 - 2,5 %
Substancias orgânicas........................... 0,8 - 1,5 %
Substancias inorgânicas........................ 0,2 - 0,7 %.
Pode-se considerar que um colmo normal de cana madura contenha 12,5% de fibra
e 88,0 % de caldo. O colmo possui cerca de 25,0 % de partes duras, representadas pelos
nós, e cascas, e 75,0 % das partes moles constituídas pelas as partes internas dos
meritalos.
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P2O5 0.7
SO3 0.2
Cl vestígios
%
% Celulose 5.50
Fibra 10,00 Pentosana (Xylan) 2.00
Araban……………………………………. 0.50
Lignina…………………………………….. 2.00
Sacarose
Glicose ou Dextrose
Frutose ou Levulose
Clorofila
Componentes que aumentam Amido
com o crescimento e diminuem Substâncias corantes
com a maturação Gomas
Cêras
Ácidos orgânicos
Água
Sacarose
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Nos estudos feitos por Browne, as canas ainda verdes apresentam um mesmo teor
de Dextrose e Levulose, mas quando as canas de aproximam de sua maturação, a
levulose diminui e às vezes desaparece, mas que irá aparecer no mel final. Isso se deve a
uma transformação isomérica da dextrose, quando soluções quentes de sacarose são
reaquecidas em meio alcalino, especialmente em presença de sais de potássio.
O aumento da sacarose no período de maturação caracteriza-se pelo decréscimo
dos não-açúcares, ocasionando conseqüentemente um aumento na pureza dos caldos.
A fibra aumenta com a maturação, o que é benéfico para a indústria, devido ser
usada como combustível.
As substâncias nitrogenadas durante o período de crescimento não são albuminas
coaguláveis pelo calor e a cal, o que vem explicar o motivo porque as canas maduras
clarificam melhor.
O conteúdo mineral é mais alto no período de maturação, primeiro porque tendo
terminado a maturação da cana, também terminou o armazenamento de elementos
minerais, acúmulo que faz e que não se perde durante todo período vegetativo, e assim,
encontramos mais fósforo, mais potássio,
etc, na maturação, do que no crescimento. Em segundo lugar, devido à concentração que
existe no período de maturação, em virtude da evaporação que se processa pelas folhas.
As substâncias corantes diminuem com a maturação. As canas maduras são um pouco
mais ácidas do que aquelas que se acham no período de crescimento, isto devido ao
aumento do ácido fosfórico.
Do que vimos, não apenas interessam desde o ponto de vista de fabricação o teor
de sacarose na cana, se não a relação desta com os sólidos e a quantidade dos
constituintes que possam ser prejudiciais à fabricação.
Daí porque, as usinas bem orientadas nos campos e nas fábricas têm sempre seus
canaviais, divididos em canas de maturação precoce e as de maturação tardia; a fim de
que possam elas ser moída no seu período ótimo de maturação.
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Nós
Colmo ........................... internódios, internos ou meritalos
Parte aérea Folhas gêmeos
Flores
- Pedregulho.
4 - Metais –
5 – Água -
Perdas nas limpezas – As perdas nas limpezas podem ser consideradas em duas
categorias:
a – Perdas mecânicas – Perdas de canas, pedras, seixos, areia , material
fibrosa etc,. Estas perdas de açúcar são na ordem de 2% ou mais.
b – Perda de açúcar durante a lavagem da cana – A perda de pol depende
dos danos causados na cana durante o corte e o carregamento mecanico. Estas perdas é
na ordem máxima de 1%.a lavagem de cana.
Fotossíntese - As canas cultivadas nas regiões tropicais e semitropicais, para que a cana
floresça e metabolize a sacarose e outros açúcares monossacarídeos, são necessários
três fatores principais: calor, luz e umidade.
. O açúcar da cana é um carboidratado de fórmula geral C12H22O11, é um
dissacarídeo que consiste de dois compostos monossacarídeo: D-glicose e D-frutose. Os
componentes monossacarídeos se condensam em grupos glicosídicos. Estes dois grupos,
que nos monossacarídeos livres mostram um equilíbrio de configuração α e β, se fixam na
molécula de sacarose em uma configuração α da frutose; enquanto que a componente
glicose está ligada na sua forma peronosidica normal, a frutose mostra na molécula de
sacarose uma forma normal furonosídica, que não é observada na frutose livre. De acordo
com essas circunstâncias, o nome químico da sacarose – D – glucopiranosil – B – D –
fruto furanosídio.
H – C CH2OH
O
HO – C - OH C
HO – C O H - C - H
O
H – C H - C - OH
H – C H - C
CH2OH CH2OH
Glicose Frutose
última a atingir esta etapa é a superior, mas antes que isso ocorra já a parte inferior
começa a mostrar um princípio de degradação da sacarose. Estes são os fatores que
devem determinar o momento mais indicado para o corte, tendo em conta não apenas
pureza da parte superior e inferior da cana, mas também o seu peso relativo.
Dentro das condições normais de desenvolvimento, a maturação da cana-de-açúcar
é função direta de vários fatores, tais como, a umidade do solo, tratos culturais,
variedades, época do plantio, praga, moléstias, topografia do terreno, variedades, etc.
Os dois primeiros exercem maiores influências, de vez que, os períodos de intensa
umidade e alta temperatura correspondem a aquela de maior atividade do crescimento
vegetativo, ocasião em que a cana não consegue armazenar açúcar, pois este depende
de sua atividade funcional. Somente quando cessa o crescimento da planta, é que o teor
de sacarose do caldo começa a se elevar, este fenômeno é favorecido quando os fatores
água e temperatura baixam, sendo que a água é o fator mais importante.
É esta uma das razões pelos quais os caldos de canas mais ricas em sacarose, são
encontrados por vezes em regiões onde ocorrem estações climáticas acentuadamente
secas e relativamente frescas.
Para que uma fábrica possa obter alto rendimento, torna-se necessário que se
plante variedades de diferentes épocas de maturação: a) Maturação precoce,
b) Maturação média e
c) Maturação tardia.
Em regiões mais privilegiadas, no que diz respeito a regularidade pluviométrica,
uma mesma variedade botânica de cana-de-açúcar, poderá apresentar uma maturação
jovem ou tardia, segundo a época em que seja plantada.
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Capitulo II
PREPARO DA CANA
Esteira alimentadora - Tem por finalidade, suprir a esteira principal de uma camada de
cana mais ou menos uniforme, e que permita desordenar as canas, para uma melhor
eficiência das navalhas. Sua largura é idêntica a do condutor principal.A esteira
alimentadora pode ser transversal ou axial.
Sua velocidade deve ser a metade da velocidade do condutor principal, entretanto,
seu acionamento, deve ser feito por motores elétrico, dotadas de variador de velocidade,
cuja velocidade permita variar no momento que for necessário.
Compreende uma seção horizontal e outra seção inclinada.
O comprimento da seção horizontal deve ser de duas vezes maior, que o
comprimento da
maior carroceria dos caminhões existentes no transporte de cana para abastecer a usina.
Quanto ao desnível, entre o topo de esteira alimentadora a parte horizontal de
principal é de mais ou menos 5,00 m. Quanto à potência necessária para o seu
acionamento (Hugot), é:
T = 0. 6 x S
T = C.V. absorvidos pelo condutor alimentador.
S = Área carregada com cana no condutor auxiliar em m2.
Pe = 1000 C . H λ
75 x 3600
Esteira elevadora de bagacinho - Esteira elevadora que faz retornar o bagacinho retido
pela tela do (cush-cush), ao colchão de bagaço entre ternos. As taliscas são de borracha,
a fim de evitar o desgaste das telas coadoras. O cálculo da potência procede-se de forma
idêntica ao condutor de cana.
A superfície filtrante deve ser de 0,1 m2/TCH , com perfurações das telas deverão ser
de 0,6 a 0,8 mm de diâmetro para os dois primeiros ternos de 1,5 mm de diâmetro para os
demais ternos. A espessura das telas deverá ser de 1,0 mm para os primeiros ternos e de
1,1 a 2 mm para os demais ternos a velocidade linear das correntes é de 15,24 m/min.
Mesa alimentadora - Tem por objetivo, permitir melhor alimentação da esteira principal e
permitir maior moagem horária.
Há autores que dimensionam as mesas alimentadoras pelas T.C.H. moídas pela
fábrica, aplicando a fórmula: S = 0,6 . C
Onde: S = Superfície da massa em m2.
C = trabalho da fábrica em T.C.H.
Devemos dimensionar a largura das mesas, baseado na maior carroceria dos
caminhões que transportam canas, acrescida de um metro de cada lado. As correntes de
arrastos da mesa alimentadora tem velocidade maior que a do condutor principal.
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. Com velocidade menor haverá o risco de que as canas caiam em grandes volumes
que poderá produzir o travamento das navalhas.
Capitulo III
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MOENDAS
Moendas - As moendas, geralmente são constituídas de quatro a seis ternos. Cada terno
é composto essencialmente de três rolos horizontais, formando um triângulo.
O rolo superior ou rolo de pressão localiza-se no vértice superior do triângulo,
O rolo de entrada ou rolo caneiro localiza-se na linha inferior ao rolo superior,
juntamente com o rolo de saída ou rolo bagaceiro.
Os rolos de entrada e saídas são fixos, enquanto que o rolo superior flutua
controlado por um sistema hidráulico.
Os rolos se compõem de camisa e eixo. A camisa é vestida ao eixo, isto é, ferrada
a quente. Os moentes dos eixos de moendas repousam em mancais de bronze, providos
de circulação de água e canais de lubrificação. O rolo tem por objeto, esmagar as canas
em duas etapas ou duas pressões, fazendo com que o bagaço passe do tambor de
entrada ao de saída, através da bagaceira ou virola.
A bagaceira ou virola funciona como um transportador fixo, onde o bagaço em
transito desliza-se sobre ela.
As camisas são dotadas de frisos para melhorar a capacidade de alimentação e
permitir uma melhor drenagem, formando ângulos que variam de 45 ° a 50° e que o ângulo
dos frisos do tambor de saída são iguais ao ângulo dos frisos do tambor de pressão, e
possuindo a mesma altura.
Os frisos são de três tipos :
Frisos circunferências: São ranhuras circulares, usinadas na superfície lateral do
cilindro, formando como que planos perpendiculares ao eixo.
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Frisos Messchaerts: São usados no rolo de entrada de cada terno, com intervalo
de quatro em quatro polegadas e profundidade de uma polegada e largura de um quarto
de polegada. Frisos chevrons: São usados nos rolos de entrada e superior, com formato
de um V.
Nos tambores de pressão dos ternos vamos encontrar os flanges ou pestanas.
Virgens ou castelos - São pares de estruturas em aço, que são fixados sobre os
lageirões, por possantes parafusos. Os castelos ou virgens suportam aos rolos de
moendas e a virola ou bagaceira. Os lajeirões são construídos geralmente em aço, estão
presos à base. Quase sempre sua parte central, é côncava, servindo de coletor de caldo, e
recebe o nome de párol. Costuma-se forrar o párol, com
um lençol de cobre, com objetivo de protegê-lo contra a oxidação produzida pelo caldo e
pelos produtos anticépticos.
Com o fim de evitar modificações nas aberturas de entrada e saída dos rolos, assim
como flutuações acima dos limites do tambor de pressão, os mancais que suportam os
moentes dos tambores estão fortemente fixados pelos cabeçotes.
F1
F PH
CILINDRO SUPERIOR
F2
ENTRADA
S
E
Pistões que se travam nos cabeçotes das virgens podem ser: desenho deficiente, falta de
lubrificação descentralização causada por desgaste do mesmo.
Chumaceiras ou mancal superior que se travam na queixada das virgens; pode ser pelos
os seguintes motivos:
C) - Carretas dos rolos defeituosos podem ser: carretas más desenhadas, carretas
em más condições, que devido à reação dos dentes, obrigam ao rolo superior a
momentos alheios aos que deveriam ter, pela variação do colchão de bagaço.
- Pistões - No desenho dos pistões tem-se que levar em conta, que seu comprimento
deve ser de pelo menos 1,5 vezes o seu diâmetro. Alguns fabricantes estão construindo
pistão oco, transmitindo a pressão hidráulica, através de duas barras de aço, de tal modo,
que faz às vezes de junta universal, e qualquer desequilíbrio do mancal superior, não se
transmite ao pistão.
- Desgaste - Um pistão deve estar bem ajustado à sua camisa, a fim de evitar que revire.
Quando a relação entre as áreas de entrada e saída é muito alta, a resultante das
forças tende a revirar os pistões e chumaceiras. Deve-se manter esta relação a mais baixa
possível sem afetar a extração das moendas.
O desenho dos dentes de uma carreta deve ser de tal que com a variação no
levantamento, não resulte velocidade periférica demasiado variável, acomodando-se o
melhor possível aos diâmetros e posições do tambor de pressão, nem reações violentas
que afetem o seu levantamento normal.
Outros motivos - Enumeram outros motivos, tais como:- desgastes das virolas e rolos das
moendas; - pressões diferentes nos hidráulicos da moenda;- parafuso distribuidor do
bagacinho;- uniformidade do colchão do bagaço;- tipo de canas, etc...
Embebição - Uma moenda, depois de bem ajustada, é responsável por uma eficiência de
trabalho de 90% do açúcar e não-açúcar contido na cana moída.
Daí, porque, sob qualquer ponto de vista industrial ou econômico que se analisa,
deve-se dispensar às moendas, um cuidado todo especial, além de requerer experiência e
em seu manuseio.
Os números usados no controle químico e que representam a eficiência de trabalho
de um “tandem”, são: Sacarose: Extraída % de sacarose em cana;
Perdas nas moendas;
Caldo absoluto perdido % de fibra.
Pode-se considerar a cana constituída por três caldos:- O medular (o mais rico);– O
contido pelos nós (o menos rico);- E o de córtex (o mais pobre).
Esses três caldos constituem o caldo absoluto da cana. Porém, a moagem a seco,
não é bastante, para permitir a extração de um máximo econômico do caldo normal, uma
vez que, o alto
poder absorvente da fibra seca, retém o caldo extraído de outras células pela ação
compressiva dos rolos.
Teremos que usar a embebição e a maceração, para a atingir o objetivo de obter
uma extração máxima.
Estas razões justificam uma desintegração preliminar da cana antes de passar
pelos ternos, como na prática é conseguido com o uso de navalhas, desfibradores e
esmagadores. O conhecimento desses princípios básicos, ajuda a melhorarmos a
extração das moendas.
- Altura do colchão de bagaço – Nas mesmas condições: moagem diária, dimensões dos
rolos, pressão e velocidade periférica dos tambores, que são os fatores determinantes da
altura do colchão de bagaço, tanto a embebição como a maceração será mais eficiente,
isto é, terá tanto maior poder de penetração, tanto vertical como lateral, quanto menor
seja a altura do colchão, desde que ele se mantenha compacto.
J. Salinas observou que a embebição ou maceração aplicada à saída de cada terno
permite uma maior penetração do líquido macerante do que quando aplicada à entrada
das moendas. Destas observações concluiu da conveniência de colchões mais finos de
bagaços. Para que não afetasse a moagem diária, teve que moer com altas velocidades
periféricas nos rolos, onde em alguns casos, usou até velocidades variantes entre 18 a 25
metros por minuto, resultados inteiramente coroados de êxito. Usam-se velocidades nos
transportadores intermediários de 8 á 20 vezes a velocidade periférica dos cilindros de
moendas. Nestas condições a camada de bagaço sobre o condutor, formará um colchão
de 10 a 20 mm. de espessura sobre o transportador, que neste caso ele deverá ser de
borracha.
- Quantidade de água ou de caldo diluído aplicado sobre o bagaço - Este fator está
relacionado
com a capacidade de evaporação da fábrica, é evidente que o limite da água de
embebição depende dos múltiplos efeito e da sobra de bagaço.
A má colocação da embebição de 30% sobre a cana, (ou 250% sobre a fibra) com
um fator de mistura de 20%, não seria tão eficaz como uma boa colocação de embebição
de 20% sobre cana (166% sobre a fibra aproximadamente) com um fator de mistura de
50%. No segundo caso, a eficiência da maceração será 40% maior que no primeiro, com
outras, substanciais vantagens econômicas.
- Infecção bacteriológica dos caldos diluídos - Em virtude do baixo Brix dos caldos
macerantes torna-se necessário se ter um cuidado todo especial com a assepsia das
moendas, sob pena de grandes prejuízos serem causados neste departamento.
Várias bactérias que provém do campo, são termófilas, tais como “Leuconostoc de
Mesenteroides” e outros, sensíveis apenas aos produtos clorados.
C = ------------------------------------------------
F
Qa = π x d x L x R x A x 1.620
F x 25
Onde:
d = Diâmetro do rolo de pressão em pés;
L = Comprimento do rolo de pressão em pés;
R e A = Respectivamente revoluções por hora dos rolos e altura de entrada do
colchão de bagaço, sendo A medido no 1º terno, expresso em pés.
Fora da incógnita A relativa ao primeiro terno, a qual é função da cana moída, não
existe o número de rolos ou ternos do “tandem”. Na mesma época que aparecia a fórmula
de López Ferrer
Onde: C = Capacidade em TC.H.;
c = Fator de preparação e 1,10 a 1,25;
n = rpm dos ternos;
L = Comprimento dos rolos em m.;
D = Diâmetro dos rolos em m.;
N = Número de rolos de moendas do tandem;
f = Fibra em relação à unidade.
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Kr = função do friso;
N = número de rolos onde as navalhas são consideradas como dois rolos.
Daí a fórmula: ____
Qa = 100 x Kr x L x V x √ N
F
Qa máximo = L x V x √ N x 150
F
EXEMPLO: Uma usina que tenha uma navalha, um esmagador e quatro ternos, cujos rolos
tenham 7 pés de comprimento, velocidade periférica dos últimos rolos de 40 pés/minuto,
moendo cana de 11,5% de fibra, moerá normalmente:
____
Mínimo: = 125 x 7 x 40 x √ 16 = 12,173 @. cubanas/hora = 140 ton./hora
11,5
____
Máximo: = 7 x 40 x √ 16 x 150 = 14,609 @ cubanas/hora = 170 ton./hora
11,5
Potência das moendas - As potências que indicam as obras técnicas, estão, geralmente,
em função das toneladas de fibra manipuladas.
Nas instalações movidas a vapor, estas potências se determina em H.P. por
tonelada de fibra por hora (H.P.I./T.F.H.), ou por tonelada de cana por hora (H.P.I./T.C.H.).
A determinação da potência consumida por um tandem é complexa e integra
numerosos fatores, tais como:
1. - Potência consumida pela compressão do bagaço;
2. - Potência consumida pela fricção entre os mancais e os moentes;
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Cálculo das aberturas das moendas - Este é um dos cálculos mais importantes,
anualmente feitos nas usinas, onde existem realmente técnicos e técnica.
Na maioria de nossas fábricas, para não dizer a totalidade, as áreas de abertura de
entrada e saída das moendas não são determinadas por cálculos. Mas, que os mecânicos
ou serralheiros imaginam pelo simples fato de terem aprendido de seus mestres que, para
moer-se uma taxa de X ton/hora, em uma moenda cujos rolos tenham “Y” de diâmetro e
“Z” de comprimento, cujo R.P.M. dos rolos seja V e o número de ternos Δ, carece então de
uma abertura de entrada e saída respectivamente de Se e Ss.
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Fatores básicos para determinar as áreas de entrada e saída dos ternos do tandem. -
São fatores básicos para a determinação das áreas de entrada e saída dos ternos, os
seguintes:
1) - Quantidade de cana que se deseja moer;
2) - Percentagem de fibra na cana;
3) - Composição quantitativa do bagaço à saída de cada terno;
4) - Velocidade angular e linear dos rolos de cada terno do “tandem” ;
5) - Natureza do material de que são feitos os rolos e virolas;
6) - Drenagem do caldo extraído;
7) - Dispositivo alimentador dos ternos;
8) - Tipo de maceração e quantidade do líquido macerante;
9) – E outros fatores tais como: condições mecânicas das moendas;
embebição com cachaça, quantidade e distribuição do bagacinho, etc.
F' + H = 100
Chamando de umidade, a parte líquida contida no bagaço. Dos estudos realizados
por Noel Derr, sobre a compressibilidade do bagaço, ele chegou à conclusão de que há
um ponto tal de pressão, a partir da qual, a unidade de volume não sofre redução.
A aplicação de pressões sobre o colchão de bagaço reduzirá seu volume até um
determinado ponto que, a partir do qual, o bagaço atuará como um corpo rígido.
Naturalmente, este ponto muito difícil de ser determinado, torna-se ainda mais, de vez que
depende da variedade da cana e do seu grau de preparação.
A seguir, transcreveremos os resultados obtidos em uma Usina equipada com
uma navalha, um esmagador e seus ternos. Teremos oportunidade de observar que há
uma pequena diferença no peso específico do líquido que acompanha a fibra seca (que
convencionamos chamar de umidade), cujo peso específico é decrescente, à medida que
nos aproximamos do último terno o qual, geralmente, está compreendido entre 66 e 62
Lbs. / pés3
ESMAGADO 1 2 3 4 6
5 TERNOS
R TERNO TERNOS TERNOS TERNOS TERNOS
F' 22,00 28,00 35,00 41,00 45,00 49,00 52,00
H 78,00 72,00 65,00 59,00 55,00 51,00 48,00
Fw 78,00 87,00 91,00 95,00 98,00 100,00 101,00
hm 66,00 66,00 65,00 64,00 63,00 62,00 62,00
Por exemplo: Quando a cana é preparada por uma navalha com um esmagador ou por
um duplo esmagador sem navalhas, a relação do primeiro terno será de H/F' = 72/28. Se
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4) Velocidade linear dos rolos - A quantidade de fibra que passa pelos ternos de um
“tandem” é constante da unidade de tempo, enquanto que o seu volume irá decrescendo
sob as sucessivas e crescentes pressões a que está submetido o bagaço em trânsito.
Como conseqüência, o operador terá que calcular aberturas compatíveis com a
manutenção do volume correspondente à saída de cada terno.
termos que nos contentar, com dimensões mais próximas das que nos fornecem os
cálculos , etc.
Para fixar-se a capacidade volumétrica do bagaço em transito em um “tandem”, ter-
se-á de levar em consideração não só o cálculo da área de abertura, mas, sobretudo a
velocidade linear desenvolvida pelo tambor superior, a qual é função do diâmetro desse
mesmo rolo.
De b h b De b h
a e c a c a
e e
h’ d f d’ h’ a h’ c
d p f d d f
Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3
Frisos de mesmo passo e Frisos de mesmo ângulo e Frisos de mesmo passo e
ângulos iguais passos diferentes ângulos diferentes
Como se constata nas figuras 1,2 e 3, a área efetiva por onde o bagaço passa, para
a secção considerada em cada um dos casos, é fornecida por:
Figura nº 1, chamando:
A1 = Área do triângulo abc
A2 = Área do triângulo acdf
A3 = Área do triângulo def
A’ = Área efetiva por onde passa o bagaço
S = Distância de ponta a fundo de frisos entre os rolos.
p = Passe dos frisos
L = Comprimento dos rolos
h = Profundidade dos frisos.
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Logo:
A’ = A1 + A2 – A3 porém A1 = A3 por se tratar de triângulos iguais, onde:
A’ = A2
De onde concluímos, que a área efetiva para a secção considerada é igual a do
retângulo acdf, o que é o mesmo que:
A’ = A2 = S . P
Área total será dada por:
A’ = S x L
Figura nº 2, chamando:
A1 = Área do triângulo abc
A2 = Área do triângulo acd’f
A3 = 2 (área do triângulo def)
A’ = Área efetiva por onde passa o bagaço.
Logo:
A’ = A1 + A2 – A3 para a secção correspondente a um dente do rolo.
Figura nº 3, chamando:
A1 = Área do triângulo abc
A2 = Área do triângulo acd’f
A3 = Área do triângulo dcf
A’ = Área efetiva por onde passa o bagaço.
A área correspondente à secção de um dente, será dada por:
A’ = A1 + A2 – A3
Pelo que vimos da figura anterior, concluímos que, a área efetiva, pode ser suposta
como girando ao redor do eixo do tambor superior, formando assim um volume de
revolução. De acordo com esse critério, que é certo, podemos aplicar o teorema de
Pappus, que diz assim:
“O VOLUME QUE GERA UMA ÁREA PLANA QUE GIRA EM TORNO DE UM EIXO, É IGUAL AO
PRODUTO DESSA ÁREA PELA CIRCUNFERÊNCIA QUE DESCREVE SEU CENTRO DE GRAVIDADE”.
Então se fizermos:
V1 = Volume gerado pela área A1 ao girar em torno do eixo de pressão.
V2 = Volume gerado pela área A2 ao girar em torno do eixo de pressão.
46
h h
S De S C De
C
h’ S
Dm = De – h + C (1)
Onde:
De = Diâmetro externo do rolo superior
h = Altura do dente do rolo superior
C = Distância entre as linhas de centro dos dentes dos rolos: superior e saída
47
Como se pode apreciar, na fórmula (1), Dm é função de C e este por sua vez está
subordinado a Dp, cujo valor é o que buscamos para determinar o ajuste. Em outras
palavras, a equação (1) tem duas icógnitas, Dm e C.
Contudo, podemos estabelecer outra equação, que é a seguinte:
V = A x v (2)
Onde:
V = Volume em trânsito em pés3/minuto
A = Área efetiva por onde passa o bagaço, em pés2
v = Velocidade linear correspondente a um determinado a um tambor imaginário
cujo diâmetro exterior é determinado pelo centro de gravidade do retângulo antes
mencionado, ou seja, cujo diâmetro exterior é Dm.
Por outro lado sabemos que: A=LxC (3)
Onde:
L = É o comprimento dos rolos em polegadas.
C = É a distância entre os centros de dentes, em polegadas.
Sabemos também que:
v = π x Dm x N (4)
Vb = Qb_
bw
Vb1 = 2000 = 1,838 m3/min
1088
Vb2 = 1428,6 = 1,238 m3/min
1154
49
h = 4”1/4 e h’ = 3”3/8
N = 5,37 rpm e a capacidade volumétrica.
50
V = 38,40 pés3/minuto.
Segundo a fórmula nº 5, temos:
Dm = 1.728 x V / 78 x C x π x N
Dm = 1.728 x 38,40 / 78 x C x 3,1416 x 5,37
Dm = 50,4 / C
50,4 / C = De - h + C
C(De - h + C) = 50,4
C(35,5 - 4,25 + C) = 50,4
C2 + 31,25 C - 50,4 = 0
C = - 31,25 + 31,252 + 4 x 50,4 / 2
C = 1,565”
Conhecido C poderemos determinar Dp - Com efeito:
C = h / 2 + h’ / 2 + Dp
Dp = C – (h / 2 + h’ / 2)
O traçado:
1º ) - Em um ponto qualquer C , da linha ab, se traça a vertical cd, que conterá o centro
do tambor de pressão;
2º ) - Marca-se a distância C 01 = Z, de acordo com os diferentes tipos de virgens. Do
ponto 01 como centro, se descreve o círculo R1, com o diâmetro exterior do rolo superior;
3º ) - Com a distância X = R1 + R2 + E + 1/16” (que compreenda a soma dos raios do
tambor superior e o de entrada, mas a Entrada, e mais 1/16” para o ajuste); desde o ponto
01 como centro, se intercepta à linha ab no ponto O2. Deste último ponto como centro e
com o raio exterior R2, do rolo de entrada, se descreve o círculo m2;
4º ) - O centro O3 e o círculo m3 do tambor de saída, são obtidos de maneira análoga ao
item 3. A distância Y = R1 + R3 + S , quando S é positivo, é Y = R 1 + R3 - S , quando
S é negativo, isto é, quando a saída está engrenada.
5º ) - Marca-se o ponto N sobre ab, tal que, T = 1/3R 1 ; do ponto N, traça-se o
segmento NO1, prologando-se indefinidamente.
6º ) - Com a distância R3 + D, se descreve o arco m4, com centro em O3.
7º ) - Tira-se uma tangente comum ao tambor de pressão e ao tambor de entrada; o ponto
de contacto dessa tangente com o segmento NO1, representa o ponto inicial da virola, e A
a sua altura inicial.
8º ) - Sobre a vertical cd, com a distância R1 = A + 1/4” determina-se a altura B.
9º ) - Com o centro em O1 e o raio R = R1 + B + 1/4” , traça-se o arco m5 , que
intercepta o arco m4 no ponto u3, e C representará a altura da virola.
10º ) - Sobre os segmentos u1u2 e u2u3, tira-se as mediatrizes ff' e ee' o ponto de
convergência W, dessa duas últimas linhas, com a 3ª do raio será o centro do arco u1u2u3
e, conseqüentemente, será o centro do arco da espiral da virola.
11º ) - O pescoço de ganso da virola se obtém, traçando-se uma arco de raio V, desde o
ponto u1 ao fundo do friso.
52
Capitulo IV
53
PURIFICAÇÃO DO CALDO
Caldo de cana - O caldo da cana é uma solução de sacarose impura e diluída, cujas
impurezas se encontram em suspensão e em dissolução. O caldo da cana quando
extraído pelo conjunto de esmagamento, tem cor variante, do gris claro ao verde escuro, é
um líquido turvo e que contém bastante ar misturado. Existem nele todos os componentes
solúveis da cana, tais como: sacarose, açúcares redutores, sais orgânicos e inorgânicos,
pectinas e gomas. Além do ar já mencionado, possui em suspensão: bagacinho, terra,
clorofila, albumina, etc. Sua reação logo após a extração, é ácida, débil para as canas
verdes e as maduras, porém forte, para aquelas que passaram do seu estado de
maturação. Para eliminar as impurezas do caldo, faz-se mister o uso de agentes: físicos,
químicos e físico-químicos. O técnico açucareiro tem que conhecer profundamente os
constituintes da cana-de-açúcar, as reações destes com cada um dos agentes usados na
purificação das soluções sacarinas, no decurso da elaboração do açúcar, cuja etapa
derradeira, é a obtenção da sacarose impura sob forma de cristais.
Nas usinas, faz-se um extenso uso de agentes clarificantes com o objetivo de
conseguir variações desejáveis na natureza dos materiais processados. O objetivo de
vários procedimentos de purificação do caldo misturado, que são lodosos e de cor verde
escura, é convertê-los em caldo clarificado brilhante e de cor amarelo claro. O ideal seria,
que o caldo clarificado, tivesse uma cor pelo menos próxima ao hialino.
Com o objetivo de se conseguir um bom caldo clarificado de grau luxímetrico ou
turbidimétrico próximo ao da água, se tem utilizado tanto o calor (agente físico), como
algumas substâncias químicas e físico-químicas, cuja ação é precipitar aqueles não-
açúcares, que, não sendo eliminados do caldo irão interferir negativamente, quer na
quantidade como na qualidade do açúcar produzido. Ë de presumir-se, que a seleção de
substâncias químicas usadas na clarificação do caldo, foi feita com o completo
conhecimento da natureza química dos não-açúcares que se desejasse eliminar, porém,
assim não aconteceu.
A cal foi praticamente o único agente purificador em uso, muito antes que as
investigações químicas tivessem revelado a natureza dos não-açúcares presentes no
caldo misturado. O mesmo aconteceu ao agente físico, o calor, cuja aplicação é anterior a
54
da cal. É a cal o principal agente clarificante. Busca-se por duas vias, conseguir-se
melhores índices de eficiência. A primeira através de melhores, automatizando-os, a fim de
evitar erros do fator humano, e minimizar do custo operacional. A segunda via é coadjuvar
com outras substâncias a função da cal, buscando-se eliminar os não-açúcares refratários
de sedimentar-se com o simples procedimento da caleação e calefação.
Sacarose - O leite de cal tem efeito sobre as soluções de sacarose, apenas a quente, em
soluções concentradas. Fervidas em soluções alcalinas concentradas, a sacarose se
decompõe em ácidos: láctico, fórmico, acético e húmico; os quais se unem a base
presente formando os sais correspondentes. Em apenas pequenas concentrações, os
álcalis combinam-se com a sacarose, a frio, formando combinação solúveis de reação
alcalina, chamadas sacaratos.
O hidróxido de cálcio assim como de outras terras alcalinas (Ba, Sr, etc) formam
também sacaratos. Os sacaratos de cálcio conhecidos são:
Açúcares redutores - Como a ação dos álcalis sobre cada um destes açúcares (glicose e
levulose)
difere pouco, estudaremos apenas a sua ação sobre a glicose. Esta é talvez a mais
importante questão, das muitas que possam ocorrer em uma usina de açúcar branco.
Os álcalis e terras alcalinos, diluídos, especialmente em altas temperaturas,
transformam a glucose (dextrose e frutose) em: glicose, frutose e manose; dessas três
substâncias, as duas primeiras são ao término, aproximadamente iguais enquanto que, a
56
3) Substâncias corantes
Clorofila, antociamina, sacaretina e taninas ....... 17.0 %
5) Sais inorgânicos
Fosfatos, cloretos, sulfatos, silicatos, nitratos de
sódio, potássio, cálcio, magnésio, alumínio, ferro........ 7.0 %
Capitulo V
SULFITAÇÃO
Gás sulfuroso -O emprego do gás sulfuroso pode ser feito de dois métodos:
-Borbotagem;
-Contra corrente em colunas próprias.
O primeiro processo alem de menos eficiente no que se refere ao contato do SO 2
com o caldo, propicia maiores perdas da sacarose por hidrolise.
O segundo processo, o de contra corrente indicado para o fabrico do açúcar branco
direto, por consumir menor quantidade de enxofre por tonelada de cana na obtenção de
um determinado pH e permitir uma perda mínima por hidrolise da sacarose.
Quando sulfitamos os caldos de um pH 5,5 apesar de ter espaço de tempo
relativamente curto entre a calagem e sulfitação, não impede que haja hidrolise da
sacarose, ao mesmo tempo em que a celulose do bagaço se hidrolisa. E como o SO 2 não
é uma substancia permutante e sim descorante provoca uma certa quantidade de
anomalias no processo: dificuldades no trabalho de decantação, e evaporação ao mesmo
tempo em que os colóides perturbam as operações de filtragem da cachaça, cujas tortas
são bastante úmidas e conseqüentemente moles.
60
- Forno – O forno de enxofre que é fixo ou móvel, tem formato cilíndrico, construído em
aço carbono ou em ferro fundido. O forno móvel é acionado por um motor elétrico girando
em baixa rotação. Em uma das extremidades é dotado de um porta-ló por onde alimenta o
enxofre na forma de bastonetes e controla a entrada de ar, para mistura do enxofre no
processo de queima e na outra extremidade está conectado com a caixa de sublimação;
-Colunas de resfriamento - tem a função de resfriar o gás sulfuroso que sai do forno com
temperatura elevada, antes de entrar em contato com o caldo, vês que em alta
temperatura, aumenta as condições de corrosão;
61
Anticéptico - O gás sulfuroso tem ação preservativa sobre o caldo, já que ele é um
poderoso anti-séptico. Atua principalmente sobre o Leuconostoc de Mesenteroides, é
um dos poucos microorganismos, que tem como primordial para a sua propagação o
alcalino.
Capitulo VI
CALEAÇÃO
Objetivos – O principal objetivo: a eliminação dos não açucares, caldos de baixa turbidez,
volume mínimo de lodo e mínima formação de cor.
Para obter resultados satisfatórios na fabricação de açúcar, a etapa de purificação
dos caldos é uma das mais importante. Nesta posição a cal representa o papel de principal
de agente clarificante, razão por que sua qualidade é importante e deve ser controlada
com todo o rigor.
A cal é o primeiro agente clarificante, tendo como finalidade, provocar a coagulação
de substancias tais como pectinas, albuminas entre outras. A pureza da cal é muito
importante ao processo, pois cada tipo de impureza produz um efeito indesejável: alteram
o tipo de tamanho dos flocos formados, reduzem a velocidade de decantação: aumentam
as incrustações dos trocadores de calor, entre outros danos no processo.
A operação de caleação é uma das mais importantes no processo de fabricação de
açúcar e os resultados que podem ser obtidos com uma operação, que as partículas
dispersas de Ca(OH)2 no leite de cal sejam menor possível, para facilitar uma rápida
dissolução e reação com o caldo.
A solubilidade da fase sólida do hidróxido de cálcio aumenta com maior grau de
dispersão das partículas (proporção de água utilizada e tempo de extinção).
Para avaliar o grau de dispersão e, conseqüentemente a qualidade do leite de cal é
feito ensaio
de decantação: 100 ml → 15º BÉ (2 horas)
90 95 ml Boa Dispersão
60 90 ml Dispersão moderada
< 60 Dispersão Ruim
O caldo após sulfitado,- elaboração do açúcar branco de consumo direto,- recebe
outro agente clarificante, a cal, sob a forma de hidróxido. A adição do leite de cal se faz
nas mexedeiras, obtendo-se um pH de 6,8.
Na elaboração do açúcar demerara ou crú, adiciona-se o leite de cal até obter um
pH entre 7,0 e 7,4.
65
Em qualquer dos processos o leite da cal deve ter um grau Bé igual ou inferior a
quatro, a fim de se obter uma ótima reação cal caldo.
A finalidade é obter o pH do caldo misto o mais próximo possível do valor desejado
e pré-fixado tanto da escolha correta desse pH, quanto sua mínima variação ao valor
fixado, dependem os resultados obtidos no processo de clarificação.
pH → não é possível ter uma regra geral para encontrar um pH ótimo devido aos
diferentes tipos de não-açúcares presentes no caldo. O pH ótimo é aquele que se obtém
um pH do xarope de 6,5 e obtém-se um mel final com pH próximo de 5,8 de tal maneira
que a cristalização é conduzida na faixa de 5,8 a 6,5.
Um pH superior a 6,5 aumenta a viscosidade, aumento de cor e perdas elevadas de
açucares redutores, principalmente a frutose. Com o pH inferior a 6,5 a inversão da
sacarose aumenta com rapidez. Neste caso o caldo misto deve ser elevado para um pH de
7,4 no caso o processamento do açúcar demerara. Com o pH de 6,5 temos um valor muito
bom para conduzir as operações na seqüência da cristalização, obtendo-se massas
cozidas fáceis de elaboração, mínimo de cor indesejável, pequena decomposição de
açucares redutores, e perda mínima de sacarose por inversão.
O pH exato da calagem do caldo varia com a sua composição, onde os ajustes
freqüentes no ponto de controle são freqüentes no ponto de controle. Cana de boa
qualidade ocorre boa clarificação com esse controle. Ou seja, há boa floculação da matéria
em suspensão, decantação rápida e fluxo de caldo limpo. Com cana de má qualidade ou
deteriorada torna-se, muitas vezes, impossível obter um
caldo claro e uma decantação rápida. Caldo de aparência leitosa constitui indicio de cana
velha (azeda). Isto é causado por dextranas que, pela ação protetora dos colóides,
impedem uma boa floculação. Em tais casos uma calagem mais elevada pode mostrar se
útil, mesmos que os efeitos na cristalização do açúcar sejam menos favoráveis.
Alcalinização – O caldo após sulfitado recebe outro agente clarificante, a cal, sob a forma
de hidróxido. A adição do leite de cal se faz nas caleadeiras também chamadas de
mexedeiras.
A caleação poderá ser: a frio ou simples caleação, e a quente, processo Daves, de
dupla caleação.
66
Efeito do processo da calagem – A cal pode ser adicionada sob a forma do leite de
cal ou de sacarato de cálcio.
O leite de cal é uma solução com muito cálcio em suspensão e pouco em solução.
Considerando que apenas os íons de cálcio presentes na solução estão aptos a
reagirem imediatamente com o caldo, isto significa que a cal em suspensão deverá
primeiro dissolver-se para depois reagir.
O sacarato é uma solução na qual o cálcio se encontra totalmente na forma iônica
e portanto a reação é instantânea.
A principal diferença entre os dois métodos está relacionada com a maior
disponibilidade de cálcio em solução permitindo que a reação ocorra com maior rapidez.
Durante a calagem o fosfato de cálcio precipita-se garantindo uma carga positiva que
neutraliza a carga negativa das proteínas e outras partículas absorvidas na superfície
do cristal formado. É de grande importância a área superficial disponível e não o peso
do cristal de fosfato de cálcio. E enquanto mais fino forem os cristais maior será a
redução da carga nas partículas. Este é o principio básico da dosagem da dosagem
com o sacarato, onde adicionando a cal dissolvida, obtém-se floculos de fosfato de
cálcio bastante finos e que apresenta grande superfície especifica. Outra vantagem do
sacarato sobre o leite de cal é quanto o bombeamento, circulação e armazenamento.
Com o sacarato os problemas com bombas, obstrução de canalização são bem
menores. Se a dosagem com sacarato de cálcio a quente não for suficiente para
reduzira carga superficial das partículas, neste caso a etapa seguinte será a adição de
67
1) Alcalinização a frio: Adiciona-se ao caldo cru o leite de cal, (com 2.5 á 7.5% de
CaO), elevando o seu pH de 7.0 á 8.6; aquecendo-se a seguir a temperatura de 105 á
115º, após deixando-o repousar. Normalmente, se deseja ter um caldo clarificado
neutro.
Cal viva de boa qualidade -Uma cal viva, de boa qualidade para a indústria açucareira,
deve reunir as seguintes condições:
- Irrigada com 0,5 a 1% de seu peso com água, deve queimar ou se apagar em
poucos minutos com um aumento substancial de sua temperatura. A formação de
hidróxido de cálcio é uma reação exotérmica, segundo a equação:
-Juntando-se depois 10% do seu peso com água, ao pôr uma malha fina, não deve
deixar um resíduo maior do que 10% do peso inicial da cal virgem. Este resíduo retido
pelas malhas, se a cal for realmente boa, misturado com bastante água, deverá amolecer
dentro de uma hora aproximadamente.
- A cal apagada dissolve-se no ácido clorídrico, sem produzir efervescência, e nem
deixar resíduos (insolúveis) superior a 2%.
- As quantidades de óxidos de Fe e Al não excedam a 2%.
- Que o sulfato seja até 0,2%.
- Que os óxidos de Mg e K assim como a sílica seja até 2%, mesmo acontecendo
com a água e CO2.
- O CaO aproveitável deve variar entre 85 e 90% em uma cal de primeira classe.
Devido a pequena solubilidade da Ca(OH)2 na água, (uma parte Ca (OH)2 é dissolvido em
790 partes de água), o produto resultante da cal apagada, quando se usa um excesso de
água (geralmente uma parte de cal para 3,5 a 4 partes de água) é uma suspensão de
água de cal, de partículas de Ca (OH)2 muito fina. As operações automatizadas de
caleação requerem um leite de cal bem preparado, para o que necessita de adequadas
instalações. Este departamento deve constituir de:
69
redutores x 100
Coeficiente glucosico = _______________________________
Pol
O aumento do coeficiente glucósico do xarope em comparação do caldo decantado,
denuncia que produziu inversões. Alem disso se deve estabelecer o balanço de
redutores totais convertendo a redutores por cálculos, a sacarose que o xarope contem
e assim quando todo o açúcar que sai do evaporador calculado em redutores é menor
do que o que entrou se concluirá que houve decomposição de açucares redutores.
Métodos de adição da cal ao caldo - Existem dois métodos de adição do leite de cal:
método manual e Método eletrometrico
Método manual: Consiste em intermitentemente verter volumes requeridos do leite de cal
de densidade conhecida, as mexedeiras. O grande inconveniente desse sistema é de criar
zonas de alta alcalinidade muito prejudiciais principalmente ao fabrico do branco direto.
Outros o fazem criando um tanque acima das mexedeiras os quais providos de agitação,
recebe o leite de cal e daí, por meio de uma válvula deixa-se cair vagarosamente o leite de
cal durante certo tempo, e no final do tempo de retenção, faz-se a corrente, porém, não
existe mais onde a indústria atingir um estágio tecnológico melhor.
dos limites muito estreitos, um compensador para a temperatura. Assim é feita para medir
a reação do caldo, no ponto de entrada do tanque, de repouso, razão pela qual se deve
incorporar um eficiente sistema de esfriamento.
O controle da alcalinização é importante para obtenção de um caldo clarificado
compatível com o açúcar a se obter. Existem dois métodos: intermitente e contínuo.
O primeiro pode ser feito de várias formas:
- Por meio de indicadores;
- Por processo calorimétrico;
- Por papel indicador;
- Por potenciômetro de laboratório.
Desses procedimentos, entre nós o controle intermitente por papel indicador ainda é
o mais usado. O segundo método, o contínuo faz-se o controle ao pH com um registrador
que poderá ser instalado conjuntamente com o potenciômetro. Este processo requer vários
cuidados, entre eles a limpeza dos eletrodos e a possibilidade de aferição periódica. Um
outro cuidado que não deve ser esquecido é o da manutenção de temperatura do caldo. A
variação do pH é da ordem de 0,1 unidades por cada 4º C.
-Capitulo VII
AQUECEDORES DE CALDO.
Aquecedores tipo Webre - Os aquecedores de caldo tipo Webre consta de três corpos
horizontais, um sobre os outros, construídos em chapas de aço carbono que varia de 9 á
16 mm. Os corpos são ligados através de condutos de caldo, nos cabeçotes frontais e do
vapor no corpo.
No corpo inferior se faz a drenagem das águas condensadas e a extração dos
gases incondensáveis.
A temperatura dos gases incompensáveis é de 10°C inferior a da temperatura do
vapor, ou seja: Tgi = tv - 10
Recomenda-se instalar os purgadores bem próximo à saída das águas
condensadas, a fim de ter maior aproveitamento do vapor. Só se usa purgador nos
aquecedores cuja pressão de vapor de aquecimento seja positiva.
O feixe tubular é fixado em dois espelhos, construído em aço carbono ou inox, cuja
quantidade de n tubos pôr passo é função da vazão ou capacidade de moagem, que é
acrescida do caldo de retorno dos filtros, do leite de cal e a água usada no parol das
moendas para remover o bagacinho. Chamando de caldo para o processo de purificação,
o somatório desse material.
76
O somatório dos n tubos, nos três corpos, cada, com dois passos, fornece a
superfície interna de aquecimento. Os tubos são em aço carbono com espessura de 1,9 á
2,65 mm ou em aço inox, latão ou cobre com espessura de 1,0 á 1,6 mm, e comprimento
padrão de 4.880 mm.
Nas extremidades colocam-se as tampas, que são projetadas para trabalhar com
pressão, normalmente, de 8 a 10 kg/cm2, e quando são fechadas devem ser bem vedadas.
As extremidades dos corpos recebem o nome de cabeçote. Um cabeçote frontal,
que é dividido em dois passos, e o outro cabeçote traseiro, onde tem uma chapa horizontal
tipo vertedor.
Os espelhos são em aço carbono, ou em aço inox e espessura que varia de 25,4 à
38,1 mm conforme o diâmetro do aquecedor.
Vapor para aquecimento - O aquecimento é feito com vapor servido, oriundo das turbinas
a vapor – vapor saturado-, e vapor vegetal produzido no primeiro e no segundo efeito,
desde que a pressão seja positiva, o qual passaremos a chamar de V1 e V2
respectivamente. Quando o múltiplo efeito for um quíntuplo efeito só devem sangrar
vapor vegetal do terceiro efeito, desde que sua pressão seja positiva, o qual denominamos
de V3.
Usando: Vapor servido para os últimos estágios de aquecimento, vapor vegetal
V3, vapor vegetal V2, e vapor vegetal V1 para os primeiros estágios de aquecimento.
Nos corpos que tem pressão negativa recomenda-se ter muito cuidado ao fazer
sangria pois existindo penetração de ar nas diversas linhas de vapor ou nas linhas dos
incondensáveis o que é provável, desequilibrar todo o sistema..
A eficiência do aquecimento é função da transferência de calor entre o vapor na
superfície externa do feixe tubular e o caldo que passa internamente.
Uma boa transferência de calor requer a remoção dos gases incondensáveis e uma
boa drenagem das águas condensadas.
Um outro fator importante é a incrustação na parte interna do feixe tubular, que são
relativamente moles que devem ser removidas.
Velocidade do caldo - A velocidade do caldo deve ser na faixa de 1,8 à 2,0 m/s.
Recomenda-se para projetos, velocidade de 1,5 m/s.
77
Velocidade superior a 2,0 m/s, reduz o tempo de contato do caldo com o agente
térmico, que é o calor. Velocidade inferior a 1,5 m/s, aumenta as possibilidades de
incrustações.
Tv
KB = --------------------------------- F
0,045 + e . f
v
Tv = temperatura do vapor que alimenta o aquecedor ºC;
78
Perdas de carga – Admitindo que os tubos estejam limpos é dada pela seguinte formula:
J = 0,002 V_ ( C + L )
D
Onde : J - perdas de carga no aquecedor em m.c.a
V – velocidade do caldo no aquecedor m/s
D – diâmetro dos tubos em metros
79
Processo mecânico – faz-se com raspa de aço, ou com chicote elétrico que faz acionar
um dispositivo vibratório conhecido como vibrador mecânico. Este método de limpeza
apresenta vários inconvenientes entre os quais de provocar estria no feixe tubular.
Limpeza usando caldo misto a frio – É um dos métodos mais econômicos. A limpeza se
processa por ação abrasiva do caldo, em alta velocidade e em contra corrente sobre as
incrustações. Antes de proceder a limpeza, e conveniente aquecer a unidade a
temperatura correspondente a 0,352 kg/cm2 durante uns 40 minutos. A cada oito dias
recomenda-se abrir o aparelho para passar uma escova para remover uma tênue
incrustação que se forma no feixe tubular.
80
Capitulo VIII
81
DECANTAÇÃO
Decantação - Esta é uma das fases das mais importantes na elaboração do açúcar; onde
uma boa decantação geralmente fornece um bom açúcar, com perdas mínimas no
processo.
Si não temos uma boa decantação todas as operações seguintes terão dificuldades
porque terão dificuldades para corrigir as etapas seguintes. Si tem uma má decantação
todas as operações em seguidas serão dificies porque não pode corrigir os passos
posteriores. A produção de um açúcar de boa qualidade exige que tenha tido uma boa
decantação. Ou seja uma má decantação não produz açúcar de boa qualidade.
Para elaborar um bom açúcar é necessário ter: boa decantação boa semente e boa
cristalização.
Um decantador deve fornecer os meios para a obtenção do caldo a partir da etapa
de alcalinização, com boas condições para a recuperação do açúcar. Isto significa fornecer
um produto livre do material insolúvel e a um nível de pH a fornecer xarope com pH de
6,5.
O aparelho de decantação deve ter as seguintes funções:
- remoção de gases,
- sedimentação,
- remoção das escumas,
- saídas de caldo decantado,
- espessamento da cachaça e
- remoção da cachaça..
.
82
O caldo a ser tratado nesses aparelhos entra continuamente com saída simultâneas
de caldo clarificado, cachaça e escumas.
O melhor projeto é aquele que tem velocidade mínima na alimentação e nos pontos
de saída a fim de reduzir as correntes interferentes. Os decantadores com vários pontos
de alimentação a saída do caldo são os mais difíceis de controlar.
Nesses aparelhos deve-se evitar a formação dos gases no seio do decantador
mediante uma apropriada distribuição do caldo e correta extração dos gases.
No decantador deve ser mantido com nível mínimo de cachaça e bem compactado.
Controlando esse detalhe operacional, o decantador deve produzir caldo claro livre
de matéria insolúvel e um nível de pH ótimo e sem destruição da sacarose.
Segundo as direções de fluxos do caldo e da cachaça, os decantadores contínuos
são classificados em três sistemas:
- Clarificadores de correntes encontradas .........-- consideradas um bom sistema,
- Clarificadores de correntes paralelas,.............. - considerado um sistema melhor;
- Clarificadores de correntes perpendiculares, ...- considerado como melhor sistema;
Quanto à formação de flocos de cachaça ponto principal na clarificação dos caldos
de cana, tem dois fatores básicos: fator de adesão e fator de colisão.
Fator de adesão - É aquele que tem a tendência dos flocos em aderir-se quando se
chocam entre si, devido ao movimento browniano resultante do tratamento químico
envolvendo o pH na obtenção do ponto isoelétrico das substancias contidas no caldo.
O emprego de P2O5 aos caldos, é universal. Países onde se faz controles racionais
da matéria-prima sabem por antecipação, o provável conteúdo de P2O5 nas canas,
segundo a procedência. A partir desses controles se adicionará ou não o P2O5 nas
mexedeiras, com o objetivo de que se tenha um mínimo de 0.035 graus por 1000 ml de
caldo. O P2O5 é apenas um coadjuvante mono-ciclo, não obstante a isso obtemos
resultados vantajosos, tais como: maior eliminação de colóides, menor quantidade de sais
de cálcio no caldo clarificado, decantação mais rápida, melhor filtração da cachaça,
açúcares de melhor qualidade, massas cozidas de mais fácil centrifugação (turbinação) e
méis finais mais exauridos. Os contras: maior volume de cachaça, maior consumo de cal,
84
maior custo de evaporação, são inteiramente compensados com o incremento que deverá
ocorrer no rendimento. Os tipos de fosfato usados são: o ácido fosfórico e o super-triplo. O
custo de cada um desses coadjuvantes é quem determina a seleção para cada fábrica.
Clarificação - Uma boa clarificação pode ser obtida com um apropriado controle de pH
resultante de uma alcalinização correta; controle de temperatura correta e constante;
velocidade correta do caldo através dos clarificadores; separação rápida do lodo; uso
correto de agentes auxiliares de clarificação, como são os floculantes, usando o tipo mais
apropriado e em forma correta; evitar a formação de gases no seio dos clarificadores
mediante uma apropriada distribuição do caldo e uma correta extração de gases.
Mencionamos, o conceito de canas sadias, pois quando processamos canas
deteriorada se torna difícil a operação de clarificação e as subseqüentes etapas do
processo de fabricação de açúcar.
Escala do pH na fabricação
Demerara Cristal VHP
Sulfitação x 3,8 a 4,2 x
Mexedeiras 7,5 a 7,6 7,2 a 7,4 7,5
Decantação 7,0 a 7,2 6,8 7,0
88
Sais de ferro - São de pouca importância para os produtores de branco, uma vez que,
sendo o trabalho conduzido em meio ácido, devido a substâncias redutoras que
anteriormente foram adicionadas no caldo (SO2 ou hidrosulfito de sódio) impessam que os
novos sais de ferro que se `referem atinjam os açúcares.
de cozimento trabalham com suas superfícies de aquecimento (no caso das serpentinas)
livres de incrustações e que os espelhos superiores das calandras sejam côncavos,
dificilmente teremos o fenômeno de caramelização, trabalhando-se com o vazio normal.
Entretanto, o mesmo não acontecia no tempo onde os cozimentos eram conduzidos com
fogo direto em aparelhos abertos.
Finalmente, para completar esta parte sobre substâncias corantes, convém lembrar
que no início das safras, os primeiros cozimentos fornecem açúcar amarelo devido, a
impurezas em suspensão nos caldos, por deficiência de limpeza nos aparelhos e
tubulações; e não a certas substâncias corantes insolúveis ou sais de ferro, como
anteriormente se acreditava.
Fermentações que podem ocorrer - Diferentes fermentações podem ocorrer nas usinas
as quais devem ser impedidas, especialmente nas fábricas de açúcar branco, onde a
temperatura, reação e a concentração, favorecem a maior ou menor intensidade da
fermentação. Por outro lado, além de destruir a sacarose (aumento das perdas
indeterminadas), no caso do branco, é de escurecer o açúcar, tira o brilho do cristal. As
usinas de açúcar podem apresentar as seguintes fermentações: Dextrina, láctica,
butírica, alcoólica e espumosa.
Dextrina - Quase todas as canas, principalmente aquelas que ainda não atingiram a seu
ponto de maturação são veículos de microorganismos, chamado “Leuconostos
Mesenteróides”, transformando o açúcar em uma substância gelatinosa formada quase
exclusivamente de dextrina. Este fenômeno é acompanhado de ácido láctico e acético.
Esses microorganismos propagam-se melhor em meio alcalino e são bactérias
termófilas. Entretanto, são facilmente combatidas, usando-se o hipoclorito de sódio nas
moendas ou outras substâncias específicas.
Fermentação láctica - Todos os açúcares que se encontram no caldo de cana podem ser
atacados pelos produtores de ácidos lácticos. Segundo os autores, a fermentação láctica
ocorre mais freqüentemente nas usinas que usam o processo de carbonatação, ou em
caldos decantados, ligeiramente ácidos e postos a esfriar durante um tempo longo. Porém,
a fermentação láctica segundo OWENS, é facilmente contida elevando-se a temperatura
das soluções sacarinas, acima de 70º C.
91
Cinzas - O conteúdo de cinzas no caldo é muito pequeno e o potássio constitui quase 50%
dessas cinzas. Durante a alcalinização, o K se separa em parte em estado livre e a outra
parte forma sulfito quando o caldo é sulfitado. Quando em presença de combinações
solúveis de cálcio com ácidos orgânicos, os sais solúveis de potássio já mencionados, se
92
Pectinas e gomas - A pectina se precipita pela cal somente em parte, sendo que as
gomas não se precipitam. Porém, quando no processo de sulfitação, onde usamos uma
maior quantidade de cal, quase que a eliminamos totalmente. Devido a este feito devemos
atribuir uma maior filtrabilidade dos caldos.
Influência dos ácidos sobre os componentes da cana - Como não usamos os ácidos
na fabricação do açúcar sob a forma de cristal, apenas estudaremos a influência dos
ácidos diluídos.
Ácidos orgânicos, cinzas, albuminas, pectinas e gomas - A ação dos ácidos diluídos
sobre estes elementos constituintes do caldo, é de pouca ou nenhuma consideração.
93
Capitulo IX
94
FILTRAÇÃO
Filtro rotativo a vácuo deve conter - Bomba de ar, peneira para bagacilho, ventilador,
agitador e motor para o acionamento do filtro.
Lavagem – A quantidade de água de lavagem que passa ao caldo claro, representa uma
pequena fração de água enviada ao filtro um valor próximo de 20 a 25%. A maior parte fica
retida a torta.A eficiência da lavagem tem maior importância do que a água empregada. A
temperatura da água empregada deve está entre 75 a 80 °C
Capitulo X
EVAPORAÇÃO
Vaporização (V) - É o fenômeno pelo qual um fluído passa do estado líquido para o
estado de vapor.
Condensação (W) - É o fenômeno pelo qual, o fluído passa do estado de vapor para o
estado líquido.
Vapor saturado - É produzido em contato com a água e por isso contam sempre uma
certa quantidade de partículas d’água. Contendo umidade, torna-se um bom condutor de
calor, goza da propriedade de, sendo constantes a temperatura da água e do vapor, ser
sua força elástica sempre a mesma, qualquer seja o volume ocupado. É bom condutor de
calor.
97
Volume de vapor - É o espaço ocupado por um certo peso de vapor a uma dada
pressão.
Sempre que a água cede calor sensível, sua temperatura baixa, e quando recebe
calor sensível, sua temperatura se eleva.
Calor latente - De vaporização da água, é a quantidade de calor recebido pela água para
passar do estado líquido ao estado de vapor, sem variação de temperatura.
- É o valor necessário à mudança de estado sem variação de temperatura.
Calor total - É a soma do calor latente mais o calor sensível, lembramos que a maior
quantidade do calor total do vapor é calor latente. Exemplo: Pressão a 2,0 kg /m2 cada,
temperatura de 119,6ºC, calor sensível 119,6 cal calor latente 527,0 cal e o calor total =
119,6 + 527,0 = 646,9 cal
Golpe de Ariete - É o golpe provocado por líquidos como a água condensado, nas
tubulações que carregada pela pressão de vapor, com velocidade altíssima, provocando
danificações nas válvulas, tubulações e equipamentos.
Pressão - É a razão entre a componente normal de uma força e a área em que ela atua,
isto é, a força por unidade de superfície.
100
P=F
S
Queda de pressão - A queda de pressão do vapor é devido ao atrito e condensação
entre dois pontos na tabulação.
Primeiro princípio - Estabelece que um quilo de vapor evaporará tantos quilos de água
sob a forma de vapor quanto forem os efeitos.
Teríamos o consumo teórico, para:
Mono Efeito -............ um kg de vapor evapora um kg de água
Duplo Efeito - ...........um kg de vapor evapora dois kg de água
Triplo Efeito - ...........um kg de vapor evapora três kg de água
103
Tais valores não são rigorosamente corretos, como veremos mais adiante, mas o
suficiente necessários para os cálculos de rotina.
Verifica-se que o consumo de vapor se restringe apenas ao primeiro efeito.
Ao estabelecer este princípio, não se levou em conta a temperatura da solução a
entrada de cada efeito, pois a partir do segundo efeito, ocorre sempre um flash, onde as
temperaturas de ebulição diminuem gradativamente, mas atingindo um mínimo no último
efeito.
condensação das primeiras caixas se usa para alimentar as caldeiras de vapor e os dois
últimos para imbibição: nas moendas, filtros, turbinas de açúcar, diluição de méis, etc.
Perdas de sacarose por arrasto - Podem ocorrer quando o aparelho está trabalhando
com o nível alto, ou quando é mal desenhada, ou má projetada ou mal construída. A altura
desde o aparelho superior até a cúpula, sem contar com esta, deve ser pelo menos de
duas e meia vezes o comprimento dos tubos. Não obstante todas as precauções, todas as
caixas devem estar dotadas de separadores, onde os gases sofrem uma expansão que faz
perder a velocidade e ao mesmo tempo em que os obstáculos que se põem fazem
recuperar as partículas de açúcar mecanicamente conduzidas pelo próprio vapor. É de
maior importância este separador no último corpo.
Os diafragmas de A. Webre, colocados em forma de meia lua e uma altura de um
metro acima do espelho superior, impedem por choque, que as partículas de açúcar
atinjam o domo.
As perdas de sacarose por arrasto, não apenas têm importâncias desde o ponto de
vista da recuperação, como também, evitando acidificar as águas que alimentam as
caldeiras de vapor, evitando por outro lado, corroer o condensador e tubulações.
Os reativos hiper-sensíveis como – naftol e outros, - caíram no desuso, e somente
empregando-se na determinação do pH.
Todas as águas de condensação devem estar acima de pH=7 sem necessidade de
se juntar nenhum neutralizante.
Quando o caldo está trabalhando com pH = 7 ou, às vezes, até alcalino diminui esta
perda e, no segundo caso, podemos evitar usando niveladores automáticos de caldo ou
exigindo maior vigilância do operador. A investigação está baseada na fórmula do
coeficiente glucósico:
Sacarose
4) A terceira caixa se alimenta com o caldo que está agora na segunda caixa, tendo-se
que repetir todas as operações que fizemos com o primeiro vaso, isto é, fechar a válvula
que comunica o domo da segunda com a calandra da terceira - abrir a válvula de vapor
direto na calandra desta - comunicada com a atmosfera a câmara de vapor vegetal da
segunda, abrindo para isto, a válvula do copo de evaporação (também conhecido com o
nome de quebra vácuo). Quando se esgota o caldo da segunda caixa, se conhece por
uma entrada brusca de ar na terceira caixa;
5) A terceira caixa se liquida da mesma forma que a primeira e a segunda;
6) A quarta caixa se liquida da mesma forma que as anteriores, apenas com a diferença,
que o xarope fornecido por esta, não terá a mesma concentração das anteriores, porque
não devemos correr o risco de trabalharmos com os espelhos superiores descobertos.
O xarope procedente da liquidação da última caixa de um múltiplo efeito terá pelas
razões expostas, um Brix mais baixo que o normal.
Isto, porém, não causará maiores danos, em virtude de seu pequeno volume. A
quantidade que se torne impossível de ser extraída pela bomba, no final do processo, terá
que ser conduzida para o canal de limpeza da fábrica.
as dificuldades inerentes dos projetos antigos, isto é, tubo central não é selado. A
instalação do tubo central selado tem obtido valores na ordem de 25 a 50% na capacidade
evaporativa. O caldo é alimentado na seção inferior do evaporador e sua circulação pelo
feixe tubular só circula uma só vez e o caldo após o processo de convecção sai pelo tubo
central, que está completamente selado, e não permite recirculação do caldo.
Precauções necessárias para obter os melhores resultados são as seguintes:
1 - evitar que tenha pouco liquido no feixe tubular, que fique atomizado e forme uma
neblina que não possa deter as precauções normais contra arrastes.
2 - é indispensável que a alimentação se distribua de maneira uniforme em todo o
fundo, para assegurar que nenhuma área da superfície de aquecimento fique seca. A
alimentação irregular poderá levar ao fracasso.
3 - para subir um pouco o nível do caldo se fixa na parte superior do tubo central
menos no ultimo efeito um anel cilíndrico de 100 mm de altura , e neste se fixa um anel de
150 mm,
4 - o nivelamento das caixas é importante.
O tubo central selado garante a troca térmica perfeita, isto é, teoricamente para
cada quilo de vapor que alimenta a caixa evapora a mesma quantidade de vapor.
Gases incondensáveis – São gases inertes e frios que tem a propriedade de reduzir a
taxa de transmissão d calor quando ocorre o acumulo dos mesmos.
Os gases incondensáveis são constituídos de ar e gás carbônico.
Além dos gases contidos no vapor e o contido na solução, outra parte penetra pelas
as juntas, pelas as válvulas e pelos os poros da chapa etc.
Uma camada de 1,0 mm de gases incondensáveis corresponde a uma incrustação
na ordem de 140,0 mm.
A quantidade de gases incondensáveis contido no vapor d’água em alguns casos
pode a chegar a 7%. Normalmente este valor deve ser calculado na base de 3 a 5%. A
origem da água deve ser levada em conta.
A localização deve ser nas condições desfavoráveis. Normalmente no lado oposto a
entrada do vapor.
Existe casos de fugas dos GI através da porosidade do metal ou da solda. O
método da chama detecta estes possíveis vazamentos. Pressão positiva a chama afasta-
se e pressão negativa a chama dirige-se para o costado.
113
Causas e feitos dos gases incondensáveis – Na industria não é possível obter vapor
absolutamente livre dos gases incondensáveis.
Este fenômeno é comum na forma de condensação atmosférica, na formação de
orvalho.
Condensação em presença de incondensáveis também ocorre em equipamentos
industriais nos quais evaporam líquidos contendo ar dissolvido que posteriormente é
condensado, evidentemente na presença deste ar.
Nos aparelhos onde o espaço se encontra a uma pressão inferior a pressão
atmosférica a proporção dos gases se soma com o ar que penetra através das válvulas,
juntas, soldas, e até pelos poros do metal.
A condensação de um componente ocorre quando a pressão parcial se excede aa
pressão de vapor deste componente, na temperatura da superfície fria. Se existe esta
diferença de pressão parcial, o constituinte condensável difundir-se-á através da fase
gasosa em direção da superfície fria onde ocorrerá à condensação, alem de receber o
calor latente por condução e convecção proveniente da fase gasosa.
A extração dos gases incondensáveis acumulados na câmara da solução a ser
concentrada e é de maior importância. O fluxo de vapor tende a arrastar consigo o ar e ir
condensando-o com o vapor. A mistura vai ser cada vê mais rica em ar. Isto significa que o
vapor tem uma trajetória de direção bem definida e o ar irá acumulando na parte superior,
e dali será extraído por completo.
Concluímos que a localização da extração dos gases incondensáveis seja feita no
lado oposto ao da alimentação do vapor de aquecimento.
11 + 9 =1
10n 10n
Onde:
∆ E = 11 - 9
n-1
Exemplo:
-Para o Duplo Efeito
∆ E = 11 - 9 = 2
2-1
11 + 9 = 1
2 x 10 2 x 10
11 + 10 + 9 = 1
30 30 30
∆ E = 11 - 9 = 2 = 0,66 ou 0,67
4-1 3
11 + 10,33 + 9,67 + 9 = 1
40 40 40 40
11 + ..... + 9 = 1
10m 10n:
11 + 10,33 + 9,67 + 9 = 1 ou
40 40 40 40
f1 + f2 + f3 + f4 = 1
Chamando de:
QUADRO - Normais de P, T, λ e v
Calandra ∆ Corpo
Efeito
P T λ V P-∆ P P T λ v
1 Po To λ o Vo Pó - ∆ P1 P1 T1 λ1 v1
2 P1 T1 λ 1 v1 P1 - ∆ P2 P2 T2 λ2 v2
3 P2 T1 λ 2 v2 P2 - ∆ P3 P3 T3 λ3 v3
4 P3 T3 λ 3 v3 P3 - ∆ P4 P4 T4 λ4 v4
118
Substituindo em 2, teremos: E T = M i ( Mi . Ci .)
119
CF
ET = Mi (1 - Ci )
Cf
Generalizando:
Po = pressão inicial
Pf = pressão final
f = representa o fator
Pó e Pf- = são valores conhecidos e bem determinados.
3 1,027 99,8 539,0 1,684 1,027- 0,453 0,574 84,3 548,6 2,904
4 0,574 84,3 548,6 2,904 0,574 - 0,421 0,153 54,0 566,7 10,02
Com esses dados e não esquecendo que em quádruplo efeito os vasos devem
evaporar igualmente e conhecida à superfície calórica, se calcula o quilos de vapor que
são produzidas por segundo.
122
A tabela das propriedades do vapor saturado nos fornece o volume que ocupa um
quilo de vapor e, de posse deste dado, averiguamos a velocidade dos vapores no tubo.
A fórmula “Q = S . V” , nos permite calcular as áreas, uma vez que temos a
velocidade e o volume.
Vapor - CELL (baixa pressão), sua capacidade por tonelada de cana em 24 horas, é
idêntica a de um pré-evaporador.
123
Economia de vapor
Mas se nesta planta de processo, projeta-se um múltiplo efeito, que se faz sangria
teremos:
V’T = V’E + ( Vp - Σ Sa )
Onde: V’E = vapor consumido pelo múltiplo efeito em kg / h
Vp = Vapor consumido por aquecedores, tachos a vácuo e outros em kg / h
Σ As = Vapor produzido nas sangrias em kg / h.
V’T = Vapor total consumido na fabricação do açúcar em kg / h.
1º Caso - Parte da premissa, que não há sangria - Este estudo servirá apenas de
comparativo, com os demais casos, onde exista sangria.
Para provar a economia de vapor se faz necessário tomar por base o peso do
material a concentrar, as concentrações iniciais e finais, e o consumo fixo do vapor
utilizado e para outros fins do processo.
Imaginando uma usina hipotética, onde deveremos concentrar 300.000 kg/h de
caldo decantado, cujo Brix inicial é 15° e que obtenha um xarope com 60° Brix.
O múltiplo efeito evaporará 225.000 kg/h, e consumirá 56.250,00 kg/h e admite-se
que os aquecedores e tachos consumirão 108.750,00 totalizando 165.000,00 kg /h.
Neste caso o consumo de vapor por tonelada de cana será 550,0 kg /h.
2° Caso – Sangria no primeiro efeito – Sangrará do primeiro efeito 65.000,00 kg/h, para
aquecedores e tachos a vácuo, teremos consumo de vapor no processo e fabricação
148.750,00 kg/h ou consumo por tonelada de cana de 495,833 kg/tch.
Observação – Não é aconselhado sangrar em efeitos cujo corpo tenha pressão negativa,
pois qualquer possível vazamento desequilibrará todo o sistema salvo quando as linhas de
sangrias são bem dimensionadas com tubulações submetidas a ultra som e a raio X.
Superfície da 1ª caixa:
SA1 = 55 + 794,1 = 849,1 = 850 m²
ou
S A1 = (25.515 + 1.767,2) 529,1 = 27.281,2 x 529,1 = 849,10 m2 = 850,0
m2
2.000 (115 - 106,5) 2.000(115-106,5)
Limpeza do feixe tubular - A limpeza de múltiplo efeito pode ser feita através de um
desses processos: MECÂNICO, QUÍMICO e BIOLÓGICO.
Limpeza química, - por ser a mais eficaz, mais cômoda é a universalmente adotada.
Cada vez que desligar uma caixa, passa água e após se enche com uma solução de
soda cáustica, de tal maneira que, quando liquidamos a quarta caixa, podemos dizer que a
terceira ficou preparada e se aquecendo. Com a quarta, se faz a mesma operação, até
limpá-la e enchê-la com a solução de soda cáustica.
129
A solução de soda cáustica deve ter 20º Bé e a temperatura deve ser de 80° C e
não deve ultrapassar de 90° C. Distribui-se a solução uniformemente para cada efeito e
faz-se a limpeza isoladamente em cada efeito e deve-se manter a solução sob circulação
durante quatro horas fervendo o mais tumultuosamente possível, é o bastante. Deve-se ter
o cuidado de deixar o quebra vácuo completamente aberto. Lava-se a calandra com água,
até desaparecer a reação alcalina.
Países há, onde após lavar apenas uma vez com água, torna-se a encher a
calandra com uma solução de ácido muriático na proporção de 70 quilos de ácido para
cada 200 m2 de superfície de aquecimento, e fervê-lo durante uma hora, também
tumultuosamente.
As incrustações têm as seguintes origens:
1) Devido às impurezas contidas na cal que se alcaliniza os caldos;
2) Devido a uma precária clarificação;
3) Devido aos constituintes da própria cana, variedade e terrenos.
As incrustações de natureza orgânica, geralmente se depositam na primeira caixa e
nos pré-evaporadores e nos corpos seguintes se depositam as incrustações de origem
mineral.
As orgânicas podem ser: bagacinho e outros componentes da cachaça devidos uma
má clarificação e, as minerais são sais de cálcio, de magnésio, de ferro, sílica, carbonatos,
sulfatos, etc.
A limpeza de múltiplo efeito pode ser feita de dois metodos: MANUAL (em desuso) e
a QUÍMICA.
A química, pode ser a mais eficaz, mais cômoda e a universalmente adotada.Cada
vez que se desligar uma caixa, se passa água e após se enche com uma solução de soda
cáustica, de tal maneira que, quando liquidamos a quarta caixa, podemos dizer que a
terceira ficou preparada e se aquecendo. Com a quarta, se faz a mesma operação, até
limpá-la e enchê-la com a solução de soda cáustica.
Esta solução se aquece pelas válvulas de vapor direto que cada caixa contém na
calandra.
Capitulo XI
CONDENSADORES
Segundo Hausbrand, para que tenha maior eficiência do sistema, a água sai da
coluna barométrica a temperatura de 40º C, ou no máximo 42º C, e descarrega no poço
onde instala-se a extremidade inferior da coluna barométrica, estabelecendo o selo
hidráulico..
A quantidade de água injetada no condensador a qual chamamos de água de
injeção, isto é os quilos de água por quilos de vapor necessário para condensar o vapor
que vai para o condensador, e é dado pela seguinte fórmula:
W.te
Material que entra = material que sai
E.C + wTe = (E + w) Ts
E.C + wTe = Ets + wTs E Bomba vácuo
E.C + Ets = wTs – wTe C
w = E (C – Ts)
(Ts – Te) Q+w
Ts
Coeficiente de injeção: CI = (C – Ts) E
Ts - Te
Onde: C = Calor total do vapor;
C I = coeficiente de injeção,
E = Evaporado que vai ser condensado,
C = calor total do vapor que vai condensar,
Ts = Temperatura da água a saída da coluna barométrica;
Tc = Temperatura da água de injeção
A velocidade da água na coluna barométrica é dada pela seguinte fórmula:
_______
V = K √ 2 g . Ho
Onde: V = Velocidade de queda da água em m/s;
K = É um fator que depende do vazio do último efeito ou do tacho a vácuo;
g = É a aceleração da gravidade;
133
A altura Ho da coluna barométrica deve ser calculada para trabalhar com um vazio
maior do que aquele que normalmente trabalha.
Calculo do multi-jato:
Seja: ∆ = Diâmetro do multi-jato
φ = Diâmetro entrada vapor
Diâmetro ∆ = 1,2 a 1,5 φ
Altura parte cilíndrica = 1,6 ∆ a 2,0 ∆
Velocidade de água na coluna V = 4,0 e 5,0 m/s
Velocidade de elevação V = 2,5 e 3,5 m/s
Quantidade de bicos = Qt
Qb
Qt = Volume de água de injeção m3/h
Qb = Volume de um bico m3/h
Formato dos bicos = tronco cone
134
Relação = d = 0,85 D
Pressão de água nos bicos = 0,5 a 1,5 Kg/m2
Poço – Local onde fica mergulhada a extremidade inferior da coluna barométrica. O poço
recebe a água do coeficiente de injeção mais o vapor condensado da ultima caixa ou do
tacho a vácuo que desce pela coluna barométrica..
O volume do poço é mínimo de três vezes o volume da água que contem a coluna
barométrica.
Capitulo XII
COZIMENTO
O líquido dotado do poder indutor especifico são: álcool isopropílico, álcool etílico
(anidro), a gasolina e o querosene. Toma-se para cada um quilo de semente dois litros de
álcool, ou gasolina.
Magma - É uma mistura de açúcar com xarope, mel ou água, produzido pôr meios
mecânicos.
Mel Final - Ë o mel oriundo do ultimo cozimento. É o licor mãe que é separado dos
cristais pôr centrifugação.
Mel A, Mel B e Mel C - É o mel definido de acordo com o tipo das massas de onde
procedem.
Sacarose x 100
Pureza Clerget = Pza Clerget = -------------------------
Sólidos Totais
136
Pol x 100
Pureza Aparente = Pza = ----------------------------
Brix
Corte - É o volume que se transfere de um tacho para outro tacho ou para uma
sementeira.
Lei de Winter y Carp - Cada uma parte de não-açúcar impede a cristalização de 0,4
partes de sacarose.
137
Calor Especifico da Massa - A formula que fornece o calor especifico para a massa
cozida é :
C = 1 – 0,007 B
Objetivo principal da usina – É obter um bom açúcar, com altos rendimentos de cristais
e perdas mínimas.
Para obter um bom açúcar é necessário que tenha: Boa decantação
Boa semente
Boa cristalização
de novos cristais. Nesta zona se obtém cristais mais uniformes e de melhor qualidade e é
necessário usar aparelhos que indiquemas curvas de saturação e de super saturação.
Método de cristalização - Escolher entre estas, a fase onde deve ocorrer a cristalização,
que é obtida por: semeadura completa: por choque “Shocking”; ou por aparição
espontânea dos cristais.
Selecionar a zona onde os cristais obtidos por qualquer dos métodos de cristalização
devem ser conduzidos a fim de evitar que não haja dissolução, nem aparição de cristais,
porém permitir apenas que os já formados desenvolva-se.
Nos últimos anos, se tem estudado a teoria e prática da cristalização onde se tem
A.WEBRE como o pioneiro desses estudos e pesquisas.
Na zona saturada, não há nem crescimento nem formação de cristais.
A zona metaestável, caracteriza-se em permitir que os cristais formados apenas se
desenvolvam, sem que haja dissoluções e nem reprodução, isto com o fim de obter-se
cristais uniformes e conseqüentemente de melhor qualidade, é necessário lançarmos
mãos de aparelhos que indiquem as curvas de saturação e supersaturação.
Na zona Lábil, há ainda crescimento de cristais, entretanto aparecem novas
nucleações. Desde que haja formação de cristais, devemos evitar esta zona, para evitar
resultados desfavoráveis. É impossível conduzir a cristalização com relação à
uniformidade e tamanho dos cristais, é evidente que esta operação deve ser feita
enquanto o xarope esteja na zona metaestável de supersaturação e daí por diante
devemos manter os cozimentos nesta mesma zona.
Se excedermos esses índices, atingiremos a zona intermediária, e
conseqüentemente, aparecerão novos cristais. Por outro lado, se a concentração
140
Rendimento cristais na massa cozida -Em todo cozimento arreado, além das
determinações rotineiras de: Brix, Pol e Pureza, recomenda-se determinar o rendimento
de cristais da massa cozida.
Esse fato é sumamente importante no que diz respeito ao volume e exaurimento
dos méis, sobretudo, dos méis finais. Ele nos indicará da necessidade de aumentarmos o
volume de grãos, ou melhor dito, o número de cristais, por ocasião das cristalizações dos
cozimentos finais.
Quanto aos cozimentos de ensacamento, o empobrecimento dos méis e redução
do seu volume, desde que a superfície total dos cristais seja ótimo, obtém-se por dar à
massa cozida um Brix conveniente.
O rendimento de cristais pode ser obtido de dois modos:
a) – MÉTODO DIRETO - Por centrífuga ou prensa específica, ambas de
laboratório;
141
Exemplos:
1º) – Brix da massa cozida 93; Pol % 75; Pureza Massa Cozida – 80.64; umidade do
açúcar 0.5; pureza do mel 60; pol % do açúcar 97.
Rendimento % = 100 x 75 - 93 x 60 / 96 – 99.5 x 60 / 100 = 51.47
2º) – Brix da Massa Cozida 95; pol % 57; pureza da massa cozida 60; pureza do mel
30; pol % do açúcar 91,5; umidade do açúcar 2.
Rendimento Cristal = 100 x 57 – 95 x 30 / 91.5 – 98 x 30 / 100 = 45,89%
Obtido o rendimento % de cristais de uma massa cozida, deveremos lutar pelos os
seguintes valores:
1º) – Açúcar refinado: Rendimento 65 %;
2º) – açúcar de ensacamento: Branco de consumo direto e demerara: Rendimento
50 a 60 %.
3°) – açúcar refinado: Branco de consumo direto e demerara: Rendimento 45 a 55
%.
Exemplo: Determinar os hectolitros de mel, que deverão ser enviados à destilaria, por
uma massa cozida final.
Nota: - Antes, deveremos proceder a análise da massa, do mel e do açúcar:
Brix da massa cozida 95; pol % massa cozida 57; Pureza da massa cozida 60;
Pureza do mel final 30; Pol % no açúcar 91.5; Umidade do açúcar 2%; capacidade do
tacho 45 ton.; Brix do mel final 88; peso de 1 galão de mel final nestas condições: 12,075
lbs.
Solução :
Rendimento de cristais = 100 x 57 – 95 x 30 / 91,5 – (98 x 30) / 100 = 45.89 %
45 ton = 99208,5 lbs. de massa cozida.
45,89 x 99208,5 / 100 = 45.526,8 lbs. de açúcar.
45.526,8 / 132,3 = 344 sacos de 60 quilos de 91.5 do Pol.
344 x 91.5 / 96 = 328 sacos do açúcar de 96 de Pol.
143
Quantidade de solução de mel e xarope a injetar nos tachos - Para determinar aos
cozimentos os volumes das soluções de mel a injetar nos cozimentos, quando conhecidas
as purezas desses líquidos e a pureza do pé.
Para tanto, torna-se apenas necessário aplicar a fórmula seguinte: % da solução a
injetar =
= [ Pureza do pé – Pureza desejada / Pureza do pé – Pureza da solução a injetar]
100 - % da solução a injetar = % do pé de cozimento em peso.
Exemplo - Deseja-se obter uma massa cozida de 60º de Pureza, dispondo-se de um Pol
de 80º de pureza e uma solução de mel de 50º. Sabe-se que o Brix da massa cozida ao
arrear, deverá ser de 95º e que a esta densidade o volume do tacho corresponderá a 40
toneladas.
Para facilitar o trabalho de cálculo vamos operar em unidades inglesas, devido as
tabelas de Spencer.
Resolução - Aplicando a fórmula anteriormente indicada, teremos % da solução em
peso de mel a injetar = 100 (80 – 60) / 80 – 50 = 66.6
% de pé em peso = 100,0 – 66.6 = 33,4
Como admitimos que o tacho tivesse 40 ton., que em unidades inglesas corresponde a
88.185,36 lbs. teremos:
88.185,36 x 66.6 / 100 = 58.731,44 lbs. de mel.
Como o mel foi diluído a uma solução de 60 Brix o aquecido a uma temperatura
próxima a do cozimento, 60o C, a correção a subtrair ao brix, é de 4.47, logo:
60.00 – 4.47 = 55.53
1 galão de mel nestas condições, pesa 10.52 lbs., então:
58731,44 x 95 / 100 = 55.794,87 lbs. da solução de mel.
144
Tamanho dos cristais - O tamanho ideal dos cristais variam de 0,8 a 1,2 mm. Os cristais
podem ser maiores que 1,3 mm, porem não devem ser inferiores a 0,7 mm.
O tamanho dos cristais, para : Massa Cozida A = 0,8 a 1,20 mm
Massa Cozida B = 0,8 a 1,20 mm
Massa Cozida C = 0,5 a 0.55mm
Devemos lembrar que tanto maior a superfície de grãos finos, maior quantidade de
mel envolve os cristais sob forma de película, rebaixando a polarização
Cozimento frouxo - É um cozimento que contem excesso de mel entre os cristais, isto é,
um cozimento com Brix baixo, muito mel e poucos cristais.
Diante dessa situação, será melhor conduzir os cozimentos o mais apertado
possível, porém, dentro da zona de segurança, que é meta estável.
Segundo Mr. WEBRE, quando conduzimos um cozimento frouxo, fatalmente haverá
reprodução.
O melhor será conduzir os cozimentos o mais apertando possível, porém, dentro da
zona de segurança – a metaestável.
EUGENNE GILLET, em seu livro “CRISTALIZAÇÃO DE BAIXO GRAU”, nos diz que: “O
volume líquido entre os cristais, deve ser o suficiente para conseguir uma circulação
satisfatória”. Geralmente há complicações quando procuramos separar os cozimentos ao
termina-los. Por esta razão, devemos conduzir os cozimentos o mais apertados possível,
dentro da zona de segurança.
147
Finos - Grãos finos, falsos ou reproduzidos, são cristais de tamanho menor que os
normais, que, como os anteriores, têm maior superfície por unidade de peso, que por
ocasião de afinação, como no caso dos conglomerados, propicia a dissolução de mais
açúcar. Neste caso, são os próprios cristais finos, que se dissolvem, aumentando o volume
e pureza do licor de lavagem reduzindo a capacidade do departamento de refundição ao
mesmo tempo que onera o custo do mesmo departamento.
Gêmeo - Consiste em dois cristais unidos em seus lados maiores. São como os
conglomerados, difícies de lavar e retêm impurezas nas faces onde se soldaram. Não
obstante o que foi dito, esse tipo de cristal, não propicia muitas dificuldades, na refinaria.
Os gêmeos se formam, quando a cristalização se faz por “SHOCKING” ou
espontaneamente. Os gêmeos ocorrem também, quando há impurezas provenientes do
caldo da cana ou do caldo de canas de há muito cortadas, ou seja, canas velhas. Quando
cristalizarmos com semente, não devem aparecer cristais gêmeos.
Variações no vazio - Uma outra causa que produz a avaria dos cristais, é a instabilidade
do vazio. Tais variações são inevitáveis com o uso de condensadores centrais e, ainda,
com condensadores individuais se estes dependem de um sistema central de vazio.
Em ambos os casos, quando se descarrega um cozimento e novamente se comunica
o tacho, é indispensável que haja uma bomba auxiliar para aumentar o vazio no aparelho,
antes de comunicá-lo ao sistema central, evitando desta forma dificuldades.
Quando a comunicação do vazio a um tacho, se faz sem o auxílio de uma bomba
auxiliar, forçosamente haverá variações no sistema geral, provocando reproduções e
conglomerados em outros tachos. Quando este choque térmico ocorre, o resultado será
148
tanto pior se a concentração é baixa, isto é, se ela está frouxa, melhor será ela apertada
(concentrada) do que frouxa (.Brix baixo).
Alimentação fria - Uma outra causa determinante de má formação dos cristais, é devido à
temperatura dos líquidos que alimentam. Tanto a água, como xarope e soluções de méis,
usados na alimentação dos tachos, devem ter à mesma temperatura da massa em cocção.
Tamanho dos cristais em relação aos pesos e volumes das massas - Devemos optar
pelo processo de semeadura completa, por não exigir acervo de várias anos de trabalho
de tachos e que pode fornecer cristais de tamanho pré-determinado e, ao mesmo tempo,
homogêneos.
Naturalmente, que cristalizando pelo método de semeadura completa, tornou-se
indispensável equipar a fábrica para este fim principalmente o tacho onde procedemos a
cristalização. Este processo apresenta as seguintes vantagens:
a) – melhor qualidade do açúcar comercial;
b) – mais rápido e mais fácil trabalho dos tachos e centrífugas e,
conseqüentemente, aumento relativo dos ditos departamentos;
c) – maior possibilidade de incrementar o esgotamento de mel final;
d) – maior facilidade em produzir cristais de tamanho “STANDARD” no açúcar
I – Exemplo - Tomemos 140 hectolitros. da semente cujo tamanho médio dos cristais, é
de 0,5 mm e fazemos um cozimento, de 420 hectolitros Calcular aproximadamente o
tamanho do cristal resultante.
A³ = A' 3 420 / 140 = 0.5 3 x 3 = 0.72 mm
Controle das variáveis que determinam o tamanho do cristal - A fórmula que governa
num tamanho maior ou menor de cristal de ensacamento ou comercial, desde que se
conheça o tamanho da semente, volume do pó de cozimento e o volume final deste
mesmo cozimento, é a seguinte:
152
V' = Ac x Pe e V = Sem x Pa
Daí: A = A' 3 Ac x Pe / Sem x Pa (2)
Sem = 100 (Pme-Pa) (Pe- Pz) / (Pa - Pme) (Pe - Pa) (5)
(Pz - Pa) (Pa - Pme) (Pe - Pa) Pe (Pz - Pm) (Pa - Pme) Pe
K = Sem x Pa = -_______________________________________________________
(6)
(Pe - Pm) (Pme – Pa) (Pe – Pz) Pa (Pme - Pa) (Pe - Pz) Pa
153
Admitamos que a semente produzida seja de 0.5 mm o que desejamos obter açúcar
comercial de 0.77mm.
Substituindo na fórmula (3) os símbolos pelos valores acima e tirando o valor de K,
teremos: K = 0.773 / 0.53 = 3,66
Daí concluímos que, em qualquer usina que produza semente de tamanho médio de
0.5 mm e açúcar comercial de 0.77 mm, ocorrerão 3 hipóteses: K = 3.66 o cristal médio
será de 0.77 mm , não faltará nem sobrará semente.
K > 3,66 haverá falta de semente e o cristal será maior de 0.77 mm.
K > 3,66 teremos que dissolver semente ou produzir um cristal menor de 0.77 mm.
Problemas - Em uma usina, que não importa qual seja o seu sistema de massa cozida,
se tomou os seguintes dados: Pz = 85 ;
Pm = 33 ;
Pe = 98 ;
Pme = 60 ;
Pa = 85
A' = 0.55 mm.
Calcular o tamanho do cristal que se produzirá.
Solução -
Determinando-se o valor de K, usando-se a fórmula (6), teremos:
K = (85 - 33) (85 - 60) 98 / (60 - 33) (98 - 85) 85 = 4.27
Como 4,27 é maior do que 3,66 se conclui que a referida usina, está produzindo um
cristal comercial maior de 0,77 mm.
Aplicando a fórmula (3a), obteremos o tamanho médio de cristal produzido.
A³ = 0.5 3 x 4,27 = 0.81 mm
Admitamos que a supra citada usina, decidiu fabricar açúcar a granel de 1 mm.
Calcular a quantidade de semente que teremos de dissolver, partindo de uma semente de
0.5 mm.
154
3
RESOLUÇÃO: Sabemos que: A³ = A' K
K = A3 / A3 = 1,0 ³ / 0,53 = 8
Sem = Ac x Pe / K x Pa = 80 x 98 / 8 x 85 = 21,6 %
Problema - Admitindo que a usina quisesse produzir um cristal de 1 mm nas que não
desejasse dissolver açúcar, qual seria o tamanho do cristal da semente?
K = 80 x 98 / 21.6 x 85 = 4,27
A' 3 = A / K = 1 / 4.27
A’ = 1 / 1.62 = 0.61 mm
Para que não dissolva semente e produza cristal de 1,0 mm terá que elaborar uma
semente média de 0.61 mm.
V / V' = A3 / A'3
Instrumentos que deve conter um tacho - Um tacho equipado para cristalizar deverá
ter :
1 – Um recipiente cujo volume contenha pelo menos uma vez e meia o volume da
semente envolta no líquido;
2 – O recipiente que é destinado a fazer a mistura. Deve ser equipado com motor
elétrico;
3 – Um aparelho para medir de super saturação;
4 – Um manômetro de pressão absoluta;
5 – Um termômetro que indique a temperatura do vapor saturado;
6 – Um termômetro de chicote longo, cujo bulbo esteja colocado no centro do tubo
central da calandra;
7 – Um manômetro que indique a pressão na calandra;
8 - Sonda;
9 - Instrumentos baseados na condutibilidade;
10- Refratômetro de tacho. Registrador;
11- Controle automático da pressão absoluta;
12- Controle automático de nível.
Corpo - O corpo deve ser reto, isto é, ter o mesmo diâmetro do espelho, a fim de evitar a
formação de maior percentual de cristais irregulares.
Consumo de vapor pelas Massas Cozidas – Em média o consumo de vapor para cada
quilo de água evaporado da massa cozida é :
Massa cozida A ............................1,15 kg / h
Massa cozida B..............................1,20 kg / h
Massa cozida C..............................1,25 kg / h
161
Limpeza dos tubos do cozedor – Deve ser feita lavagem, com vapor, em cada intervalo
de cozimento. Nas paradas longas ou no fim de safra deve-se, fazer limpeza química
(soda caustica ).
Processo de duas massas cozidas - Usa-se este processo de duas massas, quando a
usina produz xarope de baixa pureza ou possua poucos vasilhames tais como tachos,
sementeiras, cristalizadores e turbinas de açúcar.
Os processos usadas são de duas massas cozidas : Primeira ou A e Terceira ou C.
Massa cozida A – É elaborada com Pza igual ou superior a 83, é elaborada com um pé
de cozimento, formado do magma C, e alimentada só com xarope ou xarope com
recirculação de solução de mel A.
162
Massa cozida C – É elaborada com Pza de 59 a 62, é elaborada com semente virgem, e
alimentada com solução de mel B.
Processo duplo magma - Este processo se obtém um único açúcar elaborado pela
massa cozida A.
Utilizando o açúcar C sob forma de magma é usado com pé de cozimento para
elaboração da massa cozida B, e o açúcar B sob forma de magma é usado como pé de
cozimento para elaboração da massa cozida A, e ensacando único açúcar elaborado pela
massa cozida A.
Brix das massas cozidas - Quanto mais baixa a Pureza da massa , maior deverá ser o
seu Brix.
Massa Cozida A = Brix até 93
Massa Cozida B = Brix de 93 - 94
Massa Cozida C = Brix igual ou maior de 96.
Tempo de cozimento - Quanto menor for a pureza da massa cozida, maior será o tempo
para elaboração dessa massa:
Os ciclos completos de cozimento podem tomar como valores médios:.
Massa Cozida A = 3,5 a 4 horas
Massa Cozida B = 5,0 a 6 horas
Massa Cozida C = 7,0 a 8 horas
163
Distribuição dos volumes dos tachos para os diferentes tipos de massa cozida –
Recomenda-se adotar os seguintes valores:
Sistemas de duas massas - Usando a seguinte relação 3 volumes de massa A para 1,0
volume de massa C ou em percentuais, 75% de MCA e 25%de MCC.
Sistema de três massas - Usando a seguinte relação 2,0 volumes de massa cozida A
para um volume de massa cozida C e 1,48 volume de massa cozida B para 1,0 de
massa C, e em percentuais, 46% de MCA, 31% de MCB e 23% de MCC.
164
Processo de três massas cozidas – Praticamente para massa cozida A, o seu volume é
duas vezes o volume de massa B e o volume da massa B, é duas vezes o volume da
massa C.
Volumes Massa A = 1,700 hl pôr TC
Massa B = 0,850 hl pôr TC
Massa C = 0,425 hl pôr TC .
Cor – A formação de cor está relacionada quando se opera com temperaturas elevadas no
pré-evaporador e no primeiro efeito, principalmente quando se tem o tempo de retenção
prolongado.
Dos componentes responsáveis pela formação de cor, o ferro é o mais importante.
Portanto quanto mais elevado for o teor de ferro na solução a ser concentrada maior será
a formação de cor.
O aumento de cor , normalmente aumenta no processo de clarificação.
A cor escura dos caldos crú é causado por: - vários derivados dos polifenóis entre
os quais o principal é o tanino, e por ferro oriundo dos rolos de moendas.
As principais matérias colorantes são: clorofila, autocianina, sacaretina, tanino e
xantofila.
Para obter um açúcar com cor baixa, deve evitar o uso excessivo de cal. Não
permitir que nenhuma operação seja feita usando excesso de calor durante longo tempo.
A alteração de cor varia em função das canas queimadas e da falta de limpeza nas
canas esmagadas, e as alterações que o caldo sofre no decantador.
Açúcar com mínimo de cor se obtém quando esmaga canas novas, canas madura,
canas de boa qualidade e limpa, isto é, isenta de impurezas.
167
Circulação nos tachos a vácuo – A maior ou menor circulação natural nos tachos
usados nas usinas de açúcar,depende do tamanho, tipo, desenho, superfície de
aquecimento, pressão de vapor, vazio, tipo do material a ser manipulado, etc.
168
Cozimento C – Após o cozimento deixar a massa resfriar no próprio tacho a vácuo. Desliga-
se o vapor. Deixar ligado durante vinte minutos o vazio e a coluna barométrica.
Recomenda-se colocar mel final como lubrificante para fluidizar a massa cozida.
Manter ligado o circulador mecânico, se o tacho a vácuo for dotado desse
equipamento.
Após descarregar no cristalizador deixar resfriar, lentamente, durante mínimo de trinta
horas até que a massa atinja a temperatura na faixa de 38º a 42 ºC.
Após atingir essa temperatura aquecer a massa cozida a temperatura de 50º a 52 ºC
e em seguida centrifugá-la.
171
Capitulo XIII
MALAXADORES
TU = ( TC + Tc ) Q.C
173
TU
N C = ----- --- + 1
24
Capitulo XIV
TURBINAS DE AÇÚCAR
Fatores que influenciam o ciclo da turbina - Os principais fatores que influencia o ciclo
da turbina são: - Viscosidade da massa cozida,
- regularidade e tamanho dos cristais,
-rapidez do arranque da turbina,
-força centrífuga, desenvolvida com a velocidade de operação,
-lavagens com água e vapor ,
- rapidez do freio e da descarga.
Turbinas contínuas - São do tipo cônicas com eixo vertical. A cesta perfurada possui um
ângulo de conicidade de 34o; e sua rotação é na ordem de 2600 rpm.
Usadas para centrifugação das massas cozidas de terceira ou C
A massa a ser centrifugada deve ser aquecida a temperatura de 50o C.
175
Capitulo XV
Secadores
Capitulo XVI
BALANÇO TÉRMICO
Um dos trabalhos que o engenheiro químico tem é oferecer à fábrica onde trabalha,
é de uma tecnologia que venha satisfazer as exigências da usina, uma compatibilidade
com a sua época. Quando da exigência econômica, evidentemente, a tecnologia deve ser
reformulada.
A indústria açucareira não foge a essa regra. A tecnologia usada há anos, com
plena justificativa econômica da época, necessita hoje ser revista totalmente.
Cumpre, hoje, adotar uma tecnologia correspondente às exigências econômica do
futuro próximo.
Hoje, devido aos altos custos dos combustíveis tais como fuil-oil, lenha entre outros
e da energia elétrica, temos que admitir que a indústria açucareira deve satisfazer as suas
necessidades térmicas e energéticas a partir exclusivamente da queima do seu próprio
bagaço.
178
O valor comercial que o bagaço tem atualmente, poderá no futuro, ser maior. Um
balanço térmico e energético bem equilibrado propicia a indústria, utilizar a menor
quantidade possível de bagaço, criando um excedente para comercialização.
O consumo de vapor nos processos - energia térmica - varia com os equipamentos
existentes, com o modo de operar, e com a produção do produto elaborado; açúcar e o
álcool.
A produção de energia - térmica e elétrica - nas usinas utiliza normalmente o
sistema de co-geração simples: mesmo neste esquema há várias formas, mais ou menos
eficientes de adequar os níveis de geração de energia elétrica e mecânica - moendas,
turbo geradores e turbo bomba - e o nível de energia térmica - vapor de escape - às
necessidades do processo.
O sistema opera em série, com a possibilidade de reduzir a pressão do vapor direto
à pressão do vapor servido, em paralelo, para ajustar o consumo do processo na
elaboração do açúcar e álcool.
Uma operação térmica bem balanceada, não teria excesso de vapor de escape: o
vapor vivo, após a expansão das máquinas, seria justamente o necessário para os
processos.
É possível, encontrar situações, onde o consumo de vapor no processo seja maior,
em relação ao vapor direto gerado pelas caldeiras, havendo, portanto, necessidade de
reduzir à pressão do vapor direto a pressão do vapor servido, para saturando-o e
complementando ao processo. Poderá ocorrer o contrário, a soma do vapor de escape
com o vapor vegetal ser maior do que o vapor direto, neste caso o excesso será perdido, o
que poderá desequilibrar o balanço térmico.
Em muitas usinas, aparentemente o sistema está balanceado, porque a usina
adquire energia externa o que não deveria ocorrer. Caso há, onde usinas são obrigadas
comprar combustíveis outros, a fim de completar o combustível bagaço, também são
casos de desequilíbrio térmico.
A) Preparo da cana - O preparo da cana pode ser feito de várias opções, entre as quais
podemos instalar: Dois jogos de facas, ou um jogo de faca mais um desfibrador ou dois
jogos de facas mais um desfibrador.
Como alternativa, é aconselhável instalar um nivelador antes da primeira navalha, a
fim de manter altura constante da cana na esteira.
Bombas - O acionamento das bombas, na maioria dos casos é feito por motores
elétricos, muito embora em alguns casos se faça utilização de turbinas a vapor, hidráulico
ou outro meio.
Alimentação das caldeiras - Recomenda-se que cada caldeira, tenha uma bomba
acionada por motor elétrico, e uma outra acionada por turbina a vapor.
Água tratada para resfriamento - Deve ser tratada, ou pelo menos decantada e filtrada e
deve ser usada para:
- Mancais das moendas,
- Mancais das engrenagens,
- Redutores de velocidade,
- Para os mancais das turbinas a vapor,
- Nos cristalizadores (malaxagem).
Água não Tratada - A água bruta captada dos mananciais utilizados para:
- Tratamento da água,
- Lavagem da cana,
183
- Colunas barométricas,
- Lavagem dos equipamentos,
- Limpeza de um modo geral.
Aquecimento do caldo:
Primeiros estágios ______________________________ Vapor vegetal V-2
Último estágio _________________________________ Vapor Servido
Temperatura de saída do ultimo rstagio______________110º a 110º C
Evaporação
Brix do caldo decantado _________________________ 15º
Brix do xarope _________________________________ 60º
Vapor primeiro efeito____________________________ Vapor servido
Vapor pré-evaporador, se existir____________________ Vapor servido
Uso do termo compressor, recirculando o vapor vegetal,e misturando o vapor servido.
Sistema de evaporação__________________________ quádruplo ou quíntuplo efeito
Sangria_______________________________________preferencia: caixas que tem
pressão positiva no corpo
Turbinas de açúcar:
MCA ____________________ 750 kg/ciclo ___________ ciclo = 200 segundos
MCB ____________________ 750 kg/ciclo ___________ ciclo = 240 segundos
MCC ___________________6.000 kg/ciclo ___________ ciclo = 60 minutos.
Uso doVapor:
Vapor direto ______________ Turbinas a vapor
Complemento para o processo, reduzindo a pressão do
vapor a usado no processo.
BALANÇO MASSAS
Volume massa cozida por dia = fator x TCD
Quantidade de cozimento dia = volume massa cozida dia
volume do tacho
Quantidade de cozimentos com um tacho = horas dia operação
ciclo cozimento
SEMENTE:
Mis . Cis = Mfs . Cfs
Mis = Massa inicial semente = volume x peso específico
Cis = Brix inicial semente
Mfs = Massa final semente = volume x peso específico
Cfs = Concentração final semente.
Mfs = Mis . Cis
Cfs
Evaporado semente = Es = Mis - Mfs
ALIMENTAÇÃO
Mia . Cia = Mfa . Cfa
Mia = Massa Inicial Alimentação =
Cia = Brix inicial alimentação
Cfa = Massa final alimentação
Cfa = Brix final alimentação.
Mia = Mfa.Cfa
Cia
Evaporado da alimentação = EA = Mia - Mfa
Evaporado total = E T = EA + ES
SEMENTE MAGMA
Volume do pé = 38% do volume do tacho a vácuo
Mis = 0,38 x 50 x 1.467 = 27.873,0 kg/coz
Mfs = 27.873,0 x 88 = 26.374,5 kg/coz.
Es = 27.873,0 - 26.374,5 = 1.498,5 kg/coz.
ALIMENTAÇÃO
Mfa = Massa final alimentação = PMC - Mfs
188
E = 28.725,5
Ali= 48.725,5
75.524,4 27.873,0
Sem= 26.374,5
Alimentação Magma
MCA
75100 kg
SEMENTE MAGMA
Volume pré = 38% volume do tacho a vácuo.
Mis = 27.873,0 kg
Mfs = 26.374,5 kg
Es = 1.498,5 kg
ALIMENTAÇÃO
MFB = Massa final alimentação B = PMC - MFS
MFA = 75.800,0 - 26.374,5 = 49.425,5 kg.
E = 30.330,0
A = 49.425,5
78.257,0 27.873,0
S = 26.374,5
Alimentação Magma
75.800,0
Evaporado hora = 30.330,0 x 9,792 = 12.374,7 kg/h
24
SEMENTE VIRGEM
Volume pé = 38% volume do tacho a vácuo
Mis = 27.873,0 kg
Mfs = 26.374,5 kg
ES = 1.498,5
ALIMENTAÇÃO
MFA = Massa final da alimentação C = PMC - MFS
MFA = 76.200,0 - 26.374,5 = 49.825,5 kg
Massa inicial alimentação = Mia = 49825,5 x 96 = 79.720,8 kg
60
Evaporado da alimentação = 79.720,8 - 49.825,5 = 29.895,3 kg
Evaporado total = ET = EA + ES = 29.895,3 + 1498,5 = 31393,8 kg
E = 31.393,8
A = 49.825,5
79.720,8 S = 26.374,5 27873,0
Alimentação Semente
76.200,0
Evaporado hora = 31.393,8 x 5,904 = 7.722,9 kg/h
24
COZIMENT
MASSA EVAPORADO KG CALOR LATENTE CONSUMO VAPOR
O
COZIDA COZIMENT HORA SERVIDO VEGETAL SERVIDO VEGETAL
DIA
O
A 16,992 28.297,5 20.034,7 525,7 531,8 17.134,7 4.437,2
B 9.792 30.330,0 12.374,7 - 531,8 - 14.446,7
C 5.904 31.393,8 7.722,9 - 531,8 - 9.425,8
191
Total evaporado =
Servido 40% = 40.132,3 x 0,4 = 16.052,92
Vegetal 60% = 40.132,3 x 0,6 = 24.079,38
Fazendo
A = Ks
Mc
Vapor vegetal 2
A = 1200 x 221,7 = 0,7949.
367.800 x 0,91
Vapor servido
A = 1440 x 221,7 = 0,9538
367.800 x 0,91
TS1 = 100 - (100-28) é 0,7949 = 67,4º C
TS2 = 100 - (100-67,4) 0,4516 = 85,2ºC
TS3 = 100 - (100 - 85,2) 0,4516 = 93,3ºC
TS4 = 120 - (120 - 93,3) 0,3853 = 109,7ºC
Bagaço
Produção para tonelada de cana ________________ 343,14 Kg
Produção hora ______________________________ 118.383,30 Kg
Conclusão - Concluímos ser viável termicamente uma usina de açúcar que opere nessas
condições.
196
Capitulo XVII
BALANÇO DE MATERIAIS
2º SULFITAÇÃO
MATERIAL POL NÃO POL MAT.SECA FIBRA ÁGUA PESO MATERIAL
Caldo 11,625 2,268 13,893 --- 86,107 100,000
Misturado
SO2 --- 0,030 0,030 --- --- 0,030
Caldo Sulfitado 11,625 2,298 13,923 --- 86,107 100,030
3º CALEAÇÃO
MATERIAL POL NÃO POL MAT.SECA FIBRA ÁGUA PESO MATERIAL
Caldo Sulfitado 11,625 2,298 13,923 --- 86,107 100,030
Caldo Filtrado 2,257 1,594 3,851 --- 19,599 23,450
2
HO --- --- --- --- 2,028 2,028
Cal --- 0,100 0,100 --- --- 0,100
Caldo sulfo 13,882 3,992 17,874 --- 107,734 125,608
Caleado
4º VAPORIZAÇÃO
MATERIAL POL NÃO POL MAT.SECA FIBRA ÁGUA PESO MATERIAL
Antes flash 13,882 3,992 17,874 --- 107,734 125,608
Perdas flash --- --- --- --- 2,245 2,245
Após flash 13,882 3,992 17,874 --- 105,489 123,363
198
5º CLARIFICAÇÃO
MATERIAL POL NÃO POL MAT.SECA FIBRA ÁGUA PESO MATERIAL
Caldo após 13,882 3,992 17,874 --- 105,489 123,363
flash
Cachaça 2,325 1,704 4,029 --- 11,000 15,000
Caldo 11,557 2,287 13,874 --- 94,489 108,363
decantado
6º FILTROS
MATERIAL POL NÃO POL MAT.SECA FIBRA ÁGUA PESO MATERIAL
Cachaça 2,325 1,675 4,000 11,000 15,000
Bagacilho 0,020 0,007 0,027 0,330 0,343 0,700
Lavagem 11,250 11,250
Total 2,345 1,682 4,027 0,330 22,593 26,950
Torta 0,088 0,088 0,176 0,330 2,994 3,500
Caldo filtrado 2,257 1,594 3,851 19,599 23,450
7º EVAPORAÇÃO
MATERIAL POL NÃO POL MAT.SECA FIBRA ÁGUA PESO MATERIAL
Caldo 11,557 2,287 13,874 94,489 108,363
Decantado
Evaporação 83,306 83,306
Xarope 11,557 2,257 13,874 11,183 25,057
199
MALAXAGEM
PARA A MASSA A
Volume de massa cozida por dia ..............= 4.028,88 Hl = 4.030 Hl
Volume dos cristalizados (individual) .............................. = 500 Hl
Peso da massa cozida no cristalizador = 50.000 x 1,524 = 76.200 Kg
Cozimento por dia .............................................................. = 8 cozimentos
Número de cozedores a vácuo (tachos) ............................ = 2 unidade
Tempo de cura...................................................... = 2 horas
Nº de turbina para centrifugar a massa ............. = 3 unidades
Número de ciclo por hora da centrifugação ...... = 16 unidades
Capacidade hora de centrifugaçção .......... = 3 x 650 x 16 = 31.200 Kg
Tempo de centrifugação .................................. = Peso da m. c. no cristalizador
Capacidade de centrifugação
Tempo necessário para centrifugar a massa contida no cristalizador de 500 Hl.
76.200 = 2 h 25 min
31.200
PARA A MASSA B
Volume de massa cozida por dia = 599,28 Hl. = 600 Hl
Volume do cristalizador (individual) = = 500 Hl
Peso da massa. cozida no cristalizador = 30.000 x 1.5168 = 45.504 Kg
Cozimento por dia .................................... = 2 cozimentos
Número de cozedores a vácuo (tachos) = 1 unidade
Nº de turbinas p/centrifugar a massa = 3 unidades
Capacidade hora de centrifugação = 215 x 10 x 3 = 6.450 Kg
Tempo necessário para centrifugas a massa contida
contida num cristalizador de 500 Hl ......... = 45.504 / 6.450 = 7,05 h. = 7 h 3 min
PARA A MASSA C
Volume de massa cozida por dia ......................... = 1.524,480 Hl. = 1525 Hl
Volume do cristalizador (individual) 500,0 hl
Peso da m. c. no cristalizador = 50.000 x 1524 = 76.200 Hl
Cozimento por dia .............................................. = 3 cozimentos
Número de cozedores a vácuo (tacho) ................ = 1 unidade
Tempo de cura........... .......................................... = 18 horas
Número de turbinas para centrifugar a m. c. = 2 unidades
Capacidade hora de centrifugação ..................... 2 x 10.000 = 10.000 Kg/h
205
TURBINAS DE AÇÚCAR
MASSA COZIDA A
Quilos de massa por dia ............................................................. = 605.317,512 Kg
Tipo de turbina de açúcar a ser instalada ................................. = SALZGITTER
Características da turbina .......................................................... = Automática tipo FZ 600
Ciclo por hora ........................................................................... = 15
Carga de massa por ciclo ......................................................... = 650 Kg
Ciclo por dia ............................................................................ = 15 x 22 = 330
Carga de turbina dia = Kg/ciclo x ciclos hora
Carga de massa / unidade / dia .............................................. = 650 x 15 x 22 =
214.500 Kg
Quantidade de turbinas = Kg massa dia / Capacidade dia de turbina
Quantidade de turbinas a instalar = 605.317,512 = 3
MASSA COZIDA B
Quilos de massa por dia ........................................... = 90.900,984 Kg/dia
Tipos de turbina a instalar ........................................ = T G B (Mausa)
206
Características:
Dimensões = 24" x 40"
Ciclo = 10
Carga de massa de cada unidade ........................... = 215 Kg
Ciclos/dia = 10 x 22 ........................................ = 220
Carga de massa / unidade e / dia = 220 x 215 = 47.300 Kg
Quantidade de turbinas a instalar = 90.900,984 / 47.300 = 2
MASSA COZIDA C
Quilos de massa por dia ............................................... = 232.322,136
Tipo de turbina de açúcar a instalar = KONTI - 10
Capacidade média ........................................................ = 10.000 Kg de massa/h
Capacidade/dia = 10.000 x 22 ................................. = 220.000 Kg/hora
Quantidade de turbinas a instalar ................................ = 232.322,136 / 220.000,00 = 2
unidades.
3) % açúcar = Pza M.C - Pza sol. Mel / Pza ac. - Pza sol. Mel x 100
RESUMO
100,00 partes de m. c. de 60 pza procedem de 28,57 de xpe. de 85 pza
149,07 “ “ “ “ 75 “ “ “ 74,53 “ “! “ 85 “
189,20 “ “ “ “ 85 “ “ “ 189,20 “ “ “ 85 “
438,27 292,30
208
Teremos:
Xarope de Pza 85 . .................................................................. 151,95 (189,20 - 37,25)
Semente de Pza 85 ................................................................... 37,25
Soma: m. c. de Pza 85............................................................... 189,20
Menos açucar. de 98 de polarização .......................................... 114,67 (189,20 x
0,6061)
Mel de 65 de Pza .................................................................... 74,53
Xarope de 85 de Pza.... ............................................................ 59,86 (74,53 - 14,67)
Semente de 85 de Pza ............................................................. 14,67
Soma: m. c. de 75 Pza ............................................................ 149,07
Menos açúcar de 98 Pza ........................................................... 77,64 (149,06 x
0,5208)
Mel de 50 Pza ........................................................................... 71,43
Xarope de 85 Pza ..................................................................... 28,57
Soma: m. c. de 60 Pza ............................................................. 100,00
QUADRO “2”
209
HECTOLITRO DE M. C. A
A tabela “2” nos informa que serão produzidos 78,71 partes de M. C. A, de 190 %
de Brix por 100 partes extraído.
Logo das 480 ton. de Brix extraídos serão obtidos 377,808 ton. de M. C. A de 100
% de Brix (480 x 0,78,71).
Como a densidade correspondente ao Brix de 90° é igual a 1.48259, temos que
M = V x d ∴ V = 3.77.808 / 1,48059 = 254.829,72 litros = 2.548 hectolitros.
SACOS DE AÇÚCAR A DE 60 KG
210
Na tabela “2” concluímos, que 100 partes de Brix extraídos, correspondem a 47,70
partes em peso de Brix no açúcar A.
Logo, dos 377,808 quilos de Brix extraídos correspondem a 180.214 kg., de açúcar
A de 100% de Brix (377.808 x 0,4770).
Como a percentagem de sólidos no açúcar é de 99,4 (100 - 0,60), os sacos de
açúcar A elaborados serão = 3.022 (180.214 / 59,640) sabemos que, 0,994 x 60 é
igual a 59,640.
SACOS DE AÇÚCAR B DE 60 KG
Como foi procedido para o açúcar A , vemos na tabela “2” , que 100 partes de Brix
extraídos, correspondentes a 32,30 partes em peso de Brix no açúcar B.
Logo dos 297.648 quilos de Brix extraídos correspondem a 96.140 quilos de açúcar
B de 100% de Brix (297.648 x 0,323).
Como a percentagem de sólidos no açúcar é de 99.4 (100 - 0,60), os sacos de
açúcar B elaborados serão = 1.612 = (96.140 / 59.640).
NÚMERO DE COZIMENTOS
Massa cozida A = 2.548 / 500 = 5,09 aproximadamente 5
Massa cozida B = 2.008 / 500 = 4,016 “ 4
Massa cozida C = 1,.347 / 500 = 2,694 “ 3
Capitulo XIX
TERMINOLOGIA AÇUCAREIRA
01. BRIX
É o porcento (%), em peso, dos sólidos solúveis contidos numa solução de sacarose
pura.
Diante de um acordo geral, o Brix passou a representar os Sólidos Aparentes - que
contém uma solução de açúcar. É determinado por um aerômetro Brix, ou usada uma
outra determinação densimétrica convertida em escala Brix, através de uma correção.
04. CALDO ABSOLUTO - São todas as substâncias sólidas dissolvidas da cana mais a
água total da cana. Expressando-se sob a equação:
213
05. CALDO NORMAL - O ISSCT, abandonou esta nomenclatura, devido aos seus
diferentes significados. (Spencer Meade-Tradução da 9ª Edição).
06. CALDO SEM DILUIR - É o caldo extraído pelas moendas, ou retido pelo bagaço, ao
qual se aplica a correção em presença de água de embebição. Para fins de cálculo,
supõe-se que o seu Brix é igual ao Brix do Caldo Primário.
07. CALDO DE PRIMEIRA PRESSÃO - É o caldo extraído pelos dois primeiros rolos do
tandem (rolo de pressão e o rolo de entrada). Este caldo não recebe embebição. Antes era
definido como caldo extraído pelo esmagador.
08. CALDO PRIMÁRIO - É todo o caldo extraído antes de ter iniciado a diluição.
Quando ocorre em certas Usinas, em que a diluição é feita a entrada do primeiro
terno, resume-se o caldo primário ao caldo extraído pelo esmagador.
09. CALDO SECUNDÁRIO - É todo o caldo diluído, ou seja, todo o caldo extraído, que
tenha recebido qualquer tipo de diluição.
10. CALDO MISTURADO - È a mistura do caldo primário com o caldo secundário. Este
caldo é o que segue para o departamento de fabricação.
11. CALDO DO ÚLTIMO TERNO - É todo o caldo extraído pelo último terno do tandem.
12. CALDO DE ÚLTIMO PRESSÃO - É o caldo extraído pelos dois últimos ROLOS do
tandem (rolo de pressão e rolo de saída).
13. CALDO RESIDUAL - É todo caldo retido pelo bagaço; expressa-se sob a forma da
equação:
Caldo Residual = Bagaço - Fibra
214
15. FIBRA - É a matéria seca e insolúvel, em água que contém a cana. O teor de fibra
varia dependendo das variedades e das condições de cultura. A fibra verdadeira ou
celulose não se determina no controle da Usina.
16. EMBEBIÇÃO - É o processo no qual se aplica água ou caldo ao bagaço, para que se
misture com o caldo existente neste e o dilua.
A água empregada nesta operação, recebe o nome de água de embebição.
22. EXTRAÇÃO BRIX - É um termo muito afim com a extração da Pol. E o Brix do caldo
misturado porcento (%) de Brix na cana.
Esta relação permite deduzir a riqueza da cana por uma simples multiplicação, sempre
que conhece o caldo de 1ª pressão.
29. XAROPE - É o caldo concentrado nos múltiplos efeitos, antes que tenham extraído
cristais.
31. MEL FINAL - É o licor mãe separado dos cristais por centrifugação.
É denominado de MEL: de Primeira, de Segunda, etc., ou de A, B, etc., de acordo
com a massa de onde procedem. Aquele proveniente do último cozimento, recebe o nome
de mel final
32. MAGMA - É a mistura de açúcar com xarope, mel ou água, produzido por meios
mecânicos.
40. FATOR MEL FINAL - É a razão entre sacarose (Pol) que se perde no mel final e os
não açúcares (não Pol) que entram na fabricação com o caldo misturado.
O fator Mel Final pode ser representado por:
Capitulo XVIII
CONTABILIDADE AÇUCAREIRA
Enfim, a Contabilidade Açucareira, desde que seja feita dentro dos moldes
internacionais, muito contribuirá para que se possa analisar as melhorias que poderiam ser
introduzidas nos diversos departamento, mostrando suas deficiências, fornecimento de
dados sobre condições operacionais de trabalho ou apresentação de outros, e ainda, da
substituição dos equipamentos responsáveis por algum desequilíbrio na fábrica.
PESO DO BAGAÇO:
Peso Cana + Peso da água de embebição = Peso Caldo Misturado + Peso do
Bagaço.
Fibra % do bagaço:
BRIX % CALDO ABSOLUTO - Determina-se quando são conhecidos: Peso Brix Caldo
Misturado, Peso Brix Bagaço e Peso do Caldo Absoluto, donde teremos:
POL % CALDO ABSOLUTO - Determina-se quando são conhecidos: Peso Pol Caldo
Misturado, Peso Pol Bagaço e Peso do Caldo Absoluto, teremos:
Pol % Caldo Absoluto = (Peso Pol C. Misto + Peso Pol
Bagaço) 100
Peso Caldo Absoluto
Peso do Caldo
Absoluto
% Cana
POL ENTRADA % CANA - Determina-se quando são conhecidos: Peso Pol na Cana e
o Peso da Cana, teremos:
Pol Entrada % Cana = Peso Pol Cana x
100
Peso da Cana
POL EXTRAÍDA % CANA - Determina-se quando são conhecidos: Peso Pol Caldo
Misturado e o Peso da Cana, teremos então:
Pol Extraída % Cana = Peso Pol Caldo Misturado x
100
Peso da Cana
DIAS DE SAFRA - Os dias de safra são os transcorridos desde o primeiro dia em que se
iniciou a safra, até o dia do seu encerramento.
Considerar-se-á tempo perdido, aquele em que o trem de moendas não tenha
trabalhado, isto é, não foi feito nenhum esmagamento.
Total de Horas de
Safra
FIBRA a 12,5% -A quantidade de fibra que contém a cana, influi na extração. Para eliminar
a influência das variações do percentual em fibra, Noel Deerr propôs uma fórmula para
reduzir a extração a uma base comum de 12,5 % da fibra contida na cana.
Mundialmente se usa a extração reduzida como um dos critérios da eficiência da
moenda.
Dedução:
Chamando de:
e = extração de pol, com f de fibra na cana
f = fibra na cana
e ' = extração de pol com f ' de fibra (12,5 %)
f ' = fibra com 12,5 %
v = caldo absoluto no bagaço.
Sabemos que:
Extração de Pol obtido + Extração Pol retira no bagaço = 100 Extração de Pol.
e + r =
100
Então teremos:
100 extração Pol ........................................................ 100 - f
(100 - e) extração retida ............................................. V
V = (100 - e ) (100 - f)
100
Expressando em fibra %
V = (100 - e ) (100 - f) . 100
100 f
230
V = (100 - e ) (100 - f)
f
Chamando de:
r
r' a Pol retida no bagaço % Cana
Temos que, a extração retida:
r = 100 - e
r ' = 100 - e '
r" = 100 - e"
rn = 100 - en
r' = r (100 - f )
7f
Exemplo:
Extração de Pol = 95
Pol retida no bagaço = 100 - e = 100 - 95 = 5 = r
Fibra na cana = 12,0 %
MATERIAL EM ELABORAÇÃO
AÇÚCAR - Para elaborar o açúcar que pode produzir os materiais que se encontram em
elaboração na Usina, existem várias maneiras de proceder-se.
1 2 3 4 5 6 7 8
PRODUTO VOLUME PESO EM PESO % BRIX PESO DE POL % PESO
LITRO VOLUME PRODUZIDO SÓLIDOS POL
Caldo Clarif. 568,464 1,047 591,712 12,50 74.462 10,25 61,054
Xarope 56,974 1,281 72,968 58,96 43,022 45,35 36,007
Massa A 69,490 1,471 102,235 88,58 90,563 71,64 73,292
Massa B 32.620 1.488 48,055 91,08 49,275 68,58 33,339
Massa C 418,032 1,492 623,544 91,59 571,481 58,15 362,825
M e 1 A 32,763 1,308 42,489 63.75 27,232 40,00 17,181
M e 1 B 14,413 1,304 18,791 64,56 12,133 34,58 6,498
Semente 14,215 1,459 20,746 87,08 18,067 76,27 15,824
Virgem
Semente - - - - - - -
TOTAL 1.207,041 1.2641 1.525,856 57,75 881,235 39,67 605,960
Fórmula:
Peso total de Pol em processo x 100
Peso total do Brix em processo
Fórmula:
Peso de sólidos retidos x Pureza do Açúcar
100
Fórmula:
Peso de Açúcar de 96º Pol
Peso do saco
Fórmula:
Peso de Pol em Processo - Peso de Pol no
Açúcar
Fórmula:
Peso do mel final em processo
Peso da unidade de volume de 88º Brix
237
(1,4 - _____40________)
Caldo Misturado
Fórmula : Eficiência Teórica = __________________________ x 100
96
Exemplo: - Cana moída - 1500 t; Rto. Calculado no Stock - 100 kg / T.C. Pureza do
Caldo Misturado - 84% ; Pol do caldo - misturado 15.96% ; Pureza do mel
final - 35%.
100
Não-Açúcares = 100 x S - S
Pza.
Então:
Donde:
X = R.T. = 100 (1.4 - 40 )
Pza.
Capitulo XX
pH
pH do caldo primário ≥ 5,0 ( uma queda abaixo de pH = 5,0 constitui sintoma de cana
deteriorada.
pH do caldo misto = 7,5
pH caldo caleado = 7,0 a 7,4
pH caldo decantado = 7,0
pH do xarope = 6,5
pH da cristalização é conduzida na faixa de 6,5 a 5,8
pH do mel final = 5,8
Caldo de aparência leitosa constitui um índice de cana azeda ou velha.
pH águas condensadas igual ou maior que
241
CAPACIDADE MÉDIA
Lilás Alcalis
Preto Inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (óleo
combustível, óleo lubrificante, etc).
Alumínio Gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa
viscosidade (óleo diesel, gasolina, solventes, etc).
Cinza-claro Vácuo
Cinza-escuro Eletrodutos
Branco Vapor
Marron Cor vaga, podendo ser alotada para identificar qualquer
fluido não-identificável para demais cores.
A canalização de água potável deverá ser diferenciada de forma inconfundível das
demais.Os depósitos ou tanques fixos que armazenam fluídos deverão ser
identificados pelo mesmo sistema de cores que as canalizações por eles
abastecidos.
O sentido do escoamento do fluido deve ser indicado para seta.
Capitulo XXI
Bibliografia Consultada
1-Pieter Honig. Princípios da Tecnologia Azucarera. Vol I CECSA
2-Pieter Honig. Principios da Tecnologia Azucarera. Vol II CECSA
3- Pieter Honig. Princípios da Tecnologia Azucarera. Vol III CECSA
4- E.C. Gillett. Low Grade Crystallization, Califórnia and Hawaiian Sugar Refining CorpLtd,
Crockett, Califórnia 1948.
5 – A.L.Webre.- Circulacion in vacuum pans. Mech Eng..
245
Índice
Capitulo I – Matéria prima
Capitulo II – Preparo da cana
Capitulo III - Moendas
246