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O presente artigo tem por escopo analisar a possibilidade de inserção da bioética e seus
princípios no rol do catálogo dos direitos fundamentais da Carta Magna brasileira. Estas
considerações surgiram a partir da leitura e estudo que teve por base e aspiração o
maravilhoso livro cujo titulo é ³A eficácia Jurídica dos Direitos Fundamentais´ de Ingo
Wolfgang Sarlet. Logo, tentará relacionar a microbioética e a macrobioética com os
dispositivos constitucionais através do critério da equivalência. Buscará a efetivação da
bioética como biodireito no contexto social através da educação ambiental, e buscará
sua eficácia jurídica no respectivo catálogo com fundamento nos princípios
constitucionais brasileiros. As primeiras manifestações bioéticas surgiram antes da
criação do neologismo bioética. Estas manifestações deram-se através de movimentos
sociais e, até mesmo, de movimentos ambientais. Trata-se, ainda hoje, de manifestações
da sociedade contra os abusos cometidos pela pesquisa científica da biomedicina (nos
casos clínicos de seres humanos) e da biotecnologia (que intervém no equilíbrio
ambiental com as pesquisas em animais e plantas). No primeiro caso, cujo objeto é o
homem, trata-se da microbioética; no segundo caso, cujo objeto é vida humana, animal
e vegetal, verifica-se a macrobioética. Em se tratando de microbioética, em 1947, após a
II Guerra Mundial, a sociedade exigiu, além da condenação dos médicos nazistas, maior
proteção para os sujeitos participantes de pesquisas com fins terapêuticos. Foi com o
Código de Nüremberg que se buscou esta segurança ao respeito pela vida humana dos
voluntários participantes de pesquisas com seres humanos. Surgiu, então, um dos
critérios da bioética, que é o consentimento informado do paciente. O fundamento desta
tutela encontra-se no princípio da dignidade humana e no respeito à integridade física,
psíquica e moral do paciente pesquisado.
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