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1.

Serviço Docente

A duração do trabalho semanal dos docentes é de 35 horas, integra uma componente lectiva e
uma componente não lectiva e desenvolve-se em cinco dias de trabalho. ECD Art.º 76.ºn.ºs 1
e2

1.1. Componente Lectiva


A componente lectiva corresponde ao número de horas de aulas leccionadas e abrange todo o
trabalho efectuado com a turma durante o período de leccionação de cada disciplina ou área
curricular não disciplinar e encontra-se fixada de acordo com o quadro seguinte: ECD Art.º
78.º n.º 2 e art.º 77º
Duração da Componente Lectiva
Pré – Escolar 25 horas
1º Ciclo do Ensino Básico 25 horas
2º e 3º Ciclos do Ensino Básico 22 horas
Ensino Secundário 22 horas
Ensino Artístico Especializado (Música e Dança) 22 horas
Educação Especial 22 horas

Na organização da componente lectiva semanal dos docentes é aplicável a seguinte tabela:


Despacho/2008 (a publicar) art.º 3.º n.º 2

Componente Lectiva Tempos lectivos


Tempos para actividades de apoio
(90 minutos)
educativo e enriquecimento e
(artigos 77º e 79º do ECD)
complemento curricular (90
minutos)(3)
(1) (2)
22 horas 11 1
20 horas 10 1
18 horas 9 1
16 horas 8 0.5
14 horas 7 0.5

Os tempos constantes da coluna 3 da tabela deverão ser destinadas preferencialmente a


actividades de apoio educativo, complemento curricular e de reforço das aprendizagens dos
alunos, designadamente para implementar planos de recuperação, acompanhamento e
desenvolvimento.

Os tempos para apoio educativo são um recurso essencial que visa não só apoiar alunos com
mais dificuldades de aprendizagem, mas todos aqueles que numa ou noutra matéria possam
requerer mais tempo de trabalho ou de aprendizagem. Se cada escola rentabilizar estes tempos
em apoio educativo, cada docente terá no seu horário um ou dois tempos que lhe permite
sistematicamente acompanhar e apoiar os seus alunos.
É também importante que a gestão destes tempos possa ser efectuada com alguma
flexibilidade de modo que eles se possam adequar aos diferentes horários das turmas que o
professor lecciona. Tal só é possível se isso for tido em conta na elaboração dos horários e na
gestão flexível destes tempos.

Em horários com componente lectiva inferior a 14 horas não há lugar à atribuição dos tempos
identificados na coluna 3. Despacho/2008 (a publicar) art.º 3, n.º 3

1.2. Componente Não Lectiva

A componente não lectiva de serviço docente inclui a componente de trabalho individual e a


componente de trabalho no estabelecimento.

A componente não lectiva de trabalho individual destina-se à preparação de aulas, avaliação


do processo de ensino aprendizagem, elaboração de estudos e trabalhos de natureza
pedagógica ou científico-pedagógica); Despacho/2008 (a publicar) art.º 5º, n.º 1

A componente não lectiva de trabalho a nível de estabelecimento é desenvolvido sob a


orientação das respectivas estruturas pedagógicas intermédias em actividades tais como:

• Avaliação de desempenho de outros docentes;


• Direcção de turma;
• Coordenação de estruturas de orientação educativa: departamentos curriculares,
coordenação ou direcção de cursos, sejam eles profissionais, de educação e formação
ou outros;
• Direcção de instalações;
• Coordenação da biblioteca escolar;
• Coordenação de ano ou de ciclo;
• Coordenação de TIC;
• Coordenação de clubes e ou projectos;
• Funções no âmbito do desporto escolar;
• A substituição de outros docentes do mesmo agrupamento de escolas ou escola não
agrupada na situação de ausência de curta duração, nos termos do n.º 5 do artigo 82.º
do ECD;
• Orientação e acompanhamento de alunos nos diferentes espaços escolares;
• Dinamização de actividades de enriquecimento e complemento curricular, incluindo as
organizadas no âmbito da ocupação plena dos tempos escolares;
• O apoio individual a alunos;
• Frequência de acções de formação contínua que incidam sobre conteúdos de natureza
científico-didáctica com estreita ligação à matéria curricular que lecciona, bem como
as relacionadas com as necessidades de funcionamento da escola definidas no
respectivo projecto educativo ou plano de actividades, sempre que decorram fora dos
períodos de interrupção das actividades lectivas, caso em que serão deduzidas na
componente não lectiva de estabelecimento a cumprir pelo docente no ano escolar a
que respeita.

A componente não lectiva de estabelecimento dos educadores de infância e dos professores do


1.º CEB é ainda utilizada na supervisão pedagógica, na avaliação, no acompanhamento da
execução de actividades de animação e de apoio à família, no âmbito da educação pré-escolar,
bem como em actividades de enriquecimento curricular no 1.º ciclo do ensino básico.
Despacho/2008 (a publicar) art.º 6º, n.ºs 1 e 2

1.3. Serviço nocturno ECD Art.º 84.º

O serviço docente pode ser distribuído no período diurno e/ou nocturno.

Considera-se serviço docente nocturno o serviço prestado entre as 20H de um dia e as 7H do


dia seguinte. DL 259/98, de 18.08, art.º 32.º n.º 1

Para efeitos de cumprimento da componente lectiva, as horas de serviço docente nocturno são
bonificadas com o factor 1,5 , arredondado por defeito.

Às horas da componente não lectiva é aplicável o factor 1.

Exemplificamos no seguinte horário

Em caso de ser identificado qualquer risco, a docente grávida, puérpera ou lactante, pode
solicitar a dispensa de trabalho nocturno mediante a apresentação de atestado médico. Lei
35/2004, de 29.07, art.º 83.º

1.4. Serviço extraordinário

O serviço docente extraordinário é aquele que for prestado além do número de horas das
componentes lectiva e não lectiva registadas no horário semanal do docente. (o total do
horário semanal do docente ultrapassará as 35H contabilizando componente lectiva +
componente não lectiva de estabelecimento + componente não lectiva de trabalho individual).
ECD Art.º 83.ºO serviço extraordinário é de cumprimento obrigatório, sempre que resultar de
situações ocorridas durante o ano lectivo.

Está limitado a 5H semanais salvo casos excepcionais devidamente fundamentados

O serviço extraordinário não deve ser atribuído a:

• Docentes que gozem do estatuto de trabalhador estudante;


• Docentes que estejam em apoio a filhos deficientes;
• Docentes que beneficiem de redução nos termos do art.º 79.º do ECD, excepto para
completar o respectivo horário face à carga horária da disciplina (tal só pode ser tido
em conta na distribuição das horas efectivamente lectivas tendo por base a carga
lectiva semanal de cada disciplina/conjunto de disciplinas); Despacho. (a publicar),
art.º 4.º, n.º 4
• Docentes que pertençam a grupos de recrutamento onde existam docentes do quadro
com insuficiência de tempos lectivos.

2. Distribuição de Serviço Docente

Compete ao órgão de direcção executiva do agrupamento de escolas/escola não agrupada


distribuir o serviço docente de acordo com os critérios gerais a que deve obedecer a
elaboração dos horários, ouvido o Conselho Geral e aprovado pelo Conselho Pedagógico. DL
75/2008, de 22.04, Art.º 20.º n.º 4, alínea d), Art.º 13º n.º 1, alínea m), Art.º 33º alínea l)
O órgão de direcção executiva deve dar a conhecer aos coordenadores de departamento
curricular o projecto de rede da escola, com indicação do número de turmas previstas, das
respectivas disciplinas e carga horária, bem como do respectivo regime de funcionamento;
será igualmente distribuída uma relação de professores que desempenharão cargos
pedagógicos, do número de horas da respectiva redução da componente lectiva prevista bem
como os apoios educativos, incluindo os apoios para Português Língua Não Materna que
farão parte dos horários.

A distribuição do serviço docente deve orientar-se pela defesa da qualidade de ensino e pelos
legítimos interesses dos alunos.

Os agrupamentos/escolas são responsáveis pelo acompanhamento educativo dos alunos


durante o período de permanência no espaço escolar pelo que devem definir um plano anual
de distribuição de serviço docente que assegure a sua ocupação em caso de ausência do
professor titular de turma ou de disciplina. Desp. 17860/2007, de 13.08, art.º 12º

2.1. Componente lectiva

Em cada grupo de recrutamento os horários docentes são completos;


Todos os docentes que não tenham horário devem ser indicados para concurso de
destacamento por ausência de componente lectiva.

Não é permitida a distribuição ao docente de mais de 6 horas lectivas (45 minutos)


consecutivas nem mais de 2 turnos diários( só excepcionalmente se poderá incluir num
terceiro turno a participação em reuniões de natureza pedagógica). ECD Art.º 78.º , n.º 13 e
Despacho/2008 (a publicar), art.º 3º, n.º 5

De modo a garantir alguma qualidade e capacidade de trabalho é importante que os horários


dos docentes não tenham mais de 5 horas consecutivas. Cumpridas estas 5H deverá haver
lugar a uma interrupção

Se, nalguns grupos de recrutamento o número de horas docentes disponíveis for insuficiente
para completar todos os horários dos docentes do quadro ter em atenção:

• o Os docentes podem leccionar toda e qualquer disciplina, mesmo noutro ciclo ou


nível de ensino, para a qual tenham habilitação adequada, independentemente do
grupo para o qual foram recrutados; Despacho/2008 (a publicar), art.º 10º, n.º 3
• Deve-se iniciar a distribuição de serviço construindo horários completos;
• Por grupo de recrutamento só poderá haver um e um só horário com insuficiência de
tempos lectivos;
• Não devem ser atribuídas horas extraordinárias a nenhum docente do respectivo
grupo;
• Havendo horários zero estes devem ser identificados para efeito de destacamento por
ausência da componente lectiva ou afectação.

A contratação de docentes só pode acontecer quando todos os docentes do quadro tiverem


horário completo.

2.2. Componente não lectiva a nível de estabelecimento ECD Art.º 82.ºDespacho/2008 (a


publicar), art.º 2.º
Compete ao órgão de direcção executiva ouvido o conselho pedagógico e as estruturas de
coordenação educativa e supervisão pedagógica determinar o número de horas a atribuir à
componente não lectiva de estabelecimento, após ponderação equilibrada de variáveis na
atribuição do serviço lectivo docente, tais como:

• o número de níveis e de programas leccionados;


• o carácter teórico-prático da disciplina;
• as cargas horárias das disciplinas atribuídas;
• a diversidade de anos de escolaridade;
• o número de alunos por turma;
• a tipologia da turma no que concerne à sua diversidade cultural, étnica e de problemas
de aprendizagem.

Na elaboração do horário é obrigatoriamente registada a totalidade das horas destinadas ao


trabalho a nível de estabelecimento. ECD Art.º 76.º, n.º 3

A componente não lectiva de estabelecimento deve ser distribuída tendo em conta que:

• Para os docentes com horário completo sem redução ao abrigo do art.º 79º do ECD,
não deverá ultrapassar as quatro horas semanais, que deverão ser preferencialmente
destinadas a actividades de apoio educativo e enriquecimento curricular bem como ao
acompanhamento dos alunos nos diferentes espaços escolares e outras actividades no
âmbito do projecto educativo da escola.
• Não devem ser atribuídas a estes professores actividades de substituição em caso de
ausência do professor, a menos que não haja outros docentes disponíveis para o fazer.
• Para os docentes que já beneficiam da redução da componente lectiva ao abrigo do
art.º 79º do ECD, as horas para trabalho a nível de estabelecimento são acrescidas dos
tempos supervenientes determinados na tabela constante do art.º 3º do Despacho/2008
(a publicar), os quais são preferencialmente destinadas a actividades de apoio
educativo e enriquecimento curricular complementar, e a estas adicionam-se as horas
de redução da componente lectiva ao abrigo do art.º 79º do ECD as quais são
utilizadas prioritariamente para o desempenho das seguintes funções e de acordo com
as seguintes prioridades:
o Avaliação do desempenho do pessoal docente;
o Coordenação de estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica,
conforme previsto nos art.ºs 42º a 46º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22.04
(cargos desempenhados preferencialmente por professores titulares);
o Coordenação pedagógica no âmbito do desporto escolar, sem prejuízo do
disposto na alínea c) do n.º 7;
o Apoio individual a alunos.

Despacho/2008 (a publicar), art.º 7º, n.º 2

Podem ainda ser utilizadas para a dinamização de actividades decorrentes da ausência do


docente titular de turma/disciplina, aulas de apoio, actividades de biblioteca/centro de
recursos, salas de estudo ou de dinamização de clubes e projectos.

2.3. Distribuição do serviço docente - algumas sugestões a ter em conta.


Nos horários dos alunos, dever-se-á atender a que :
• As disciplinas de língua estrangeira e de Educação Física não devem ser leccionadas
em dias seguidos. Tal procedimento pode acarretar prejuízos para os alunos já que
terão um espaço de dias em que não têm contacto com a língua ou em que não
praticam qualquer exercício;
• A mesma disciplina não deve ser sempre leccionada ao último tempo da manhã ou da
tarde;
• Sempre que as actividades escolares decorram no período da manhã e da tarde, o
intervalo do almoço não poderá ser inferior a uma hora nos estabelecimentos de
ensino dotados de refeitório e de uma hora e trinta minutos para os restantes; Desp.
14026/2007, 03.07, n.º 4.3
• As aulas de Educação Física só poderão iniciar-se uma hora depois de findo o período
definido para almoço no horário do respectivo grupo/turma; Desp. 14026/2007, 03.07,
n.º 4.4
• Os horários devem ter uma distribuição lectiva equilibrada, pelos cinco dias da
semana, de modo que não existam dias muito sobrecarregados;
• Nos dias com um maior número de aulas, os horários deverão ter uma distribuição
onde se integrem disciplinas de carácter teórico e disciplinas de carácter prático;
• No mesmo dia, o número de aulas curriculares não deve ultrapassar 4 blocos (8
tempos de 45 minutos);
• Na distribuição da carga lectiva semanal deve evitar-se a existência de aulas isoladas e
de "furos".

Nos horários dos docentes, dever-se-á:

• Atribuir as actividades de apoio ao estudo, no âmbito do 1.º ciclo do ensino básico, ao


docente titular de turma sempre que no agrupamento não possam ser realizadas por
docentes sem horário lectivo atribuído, com insuficiência de tempos lectivos, com
dispensa da componente lectiva, por docentes de apoio educativo ou por qualquer
docente do agrupamento na sua componente não lectiva de estabelecimento.
Despacho/2008 (a publicar), art.º 6º, n.º 3
• Garantir que as horas destinadas ao trabalho individual e participação de reuniões não
seja inferior a 8 horas para os docentes da educação pré-escolar e 1º ciclo do ensino
básico e, nos restantes níveis de ensino, 10 horas para os docentes com menos de 100
alunos e 11 horas para os docentes com mais de 100 alunos; Despacho/2008 (a
publicar), art.º 5º, n.º 2
• Evitar a atribuição ao docente de um número superior a oito turmas e / ou quatro
conteúdos programáticos diferentes com excepção das situações limite, como é o caso
das disciplinas que têm apenas um tempo semanal (45 minutos);
• Obviar a distribuição a professores de turmas em que se encontrem familiares seus ou
pessoa com quem viva em economia comum;
• Garantir a atribuição de cargos de coordenação pedagógica, designadamente nas
estruturas de orientação educativa e de supervisão pedagógica aos docentes providos
na categoria de professor titular ou, na sua inexistência, aos docentes mais experientes
a nível pedagógico e prioritariamente desempenhado nas horas de redução que o
docente beneficie no âmbito do art.º 79º do ECD ou nas horas marcadas para prestação
de serviço a nível de estabelecimento. Despacho/2008 (a publicar), art.º 7.º, n.º 1
• Evitar a atribuição de Direcção de Turma a docentes que não leccionem toda a turma,
nem àqueles cuja relação pedagógica seja pouco frequente (uma hora lectiva semanal
– 45 minutos).
2.4. Constituição de equipas pedagógicas
Despacho/2008 (a publicar), art.º 11º

Para acompanhamento dos alunos ao longo do ciclo sugere-se a formação de equipas


pedagógicas constituídas por professores das diferentes disciplinas do ano de escolaridade. De
modo a planearem atempadamente o trabalho da turma é importante que estas equipas iniciem
as suas funções no período de constituição de turmas.

Os docentes dos grupos de educação especial deverão integrar estas equipas para que possam
fomentar e interligar o trabalho relativo a alunos que precisem desse apoio.

A análise do percurso escolar dos alunos permitirá diagnosticar as suas características e


dificuldades de aprendizagem, viabilizando a elaboração de um plano curricular de turma com
a explicitação das estratégias a desenvolver para ultrapassar as dificuldades identificadas.

As equipas devem desenvolver a mais estreita articulação na planificação das actividades


lectivas, bem como nas de complemento e enriquecimento curricular e apoio educativo, de
modo a prevenir a repetência e a promover o sucesso escolar.

Ao longo do ano e no seu final, as equipas devem proceder a uma rigorosa avaliação do
trabalho realizado, antes de planearem o ano lectivo seguinte.

2.5. Apoio educativo aos alunos


Despacho/2008 (a publicar), art.º 12º

As situações de apoio educativo devem ser transitórias no sentido em que há um diagnóstico


de dificuldades, um plano de trabalho e a colmatação dessas necessidades, com a recuperação
do aluno.

O apoio educativo deve ser preferencialmente atribuído ao professor titular de turma ou de


disciplina que elaborará o respectivo plano de recuperação, acompanhamento ou
desenvolvimento.

As aulas são marcadas nos horários dos alunos e professores respeitando as regras de
elaboração dos horários dos alunos.

Estas horas e funções podem ser atribuídas aos docentes existentes na escola sem turma
atribuída ou com horários com insuficiência de tempos lectivos e aos docentes que exercem
funções de avaliação de outros docentes e que não têm turma atribuída.

É importante ter em conta que todos os professores têm no seu horário horas para apoio
educativo.

Nos casos em que não existam docentes com insuficiência de componente lectiva nos
estabelecimentos de ensino do agrupamento, a direcção executiva pode contratar docentes
para apoio educativo, no respeito pelas horas de crédito de que dispõe. Recorda-se que, no 1º
CEB existe uma fórmula de cálculo de apuramento do número de horas para apoio educativo:
Nº de turmas do 1º ciclo x 25
_____________________________
10

2.6. Ocupação plena de tempos escolares.


Despacho/2008 (a publicar)),art.º 13º

Para assegurar a ocupação plena dos tempos escolares dos alunos em caso de ausência
temporária do professor, a escola deve elaborar um plano anual de distribuição de serviço
docente o qual é dado a conhecer aos pais/encarregados de educação na primeira reunião com
o Director de Turma.

O plano anual deve conter actividades educativas (ex: projectos, clubes, salas de estudo) que
potenciem o desenvolvimento educativo, o enriquecimento curricular e o reforço das
aprendizagens dos alunos.

Ausência do professor titular de turma/disciplina


Considera-se ausência de curta duração :
ECD Art.º 82.º, n.º 3, alínea e) e n.º 5

• Na educação pré-escolar e 1.º CEB – até 5 dias lectivos de ausência;


• No 2.º e 3.º CEB e no ensino secundário – até 10 dias lectivos de ausência.

A fim de garantir o cumprimento dos programas, o professor deve, sempre que possível,
entregar ao conselho executivo o plano da aula a que irá faltar. ECD Art.º 82.º ,n.ºs 6 e 7

O órgão de direcção executiva deve determinar a sua substituição, preferencialmente através


da permuta da actividade lectiva programada entre os docentes da mesma turma, ou então por
um professor com formação adequada, dando preferência aos docentes do quadro com
insuficiência de tempos lectivos. Despacho/2008 (a publicar),art.º 12º, n.º 5

Se a substituição não puder ser garantida por um professor com formação adequada, deve o
professor substituto organizar actividades de enriquecimento e complemento curricular, em
contexto de sala de aula ou noutros espaços escolares, tais como:

• Actividades em salas de estudo;


• Clubes temáticos;
• Actividades de uso das tecnologias de informação e comunicação;
• Leitura orientada;
• Pesquisa bibliográfica orientada;
• Actividades desportivas orientadas;
• Actividades oficinais, musicais e teatrais.

3. Reduções da Componente Lectiva

3.1. Redução da componente lectiva ao abrigo do art.º 79º do ECD

3.1.1. Docentes da Educação Pré-Escolar e do 1º CEB em monodocência ECD Art.º 79.º


n.ºs 2,3,4, 5 e 7
Pode ser atribuída uma redução de 5 horas da respectiva componente lectiva semanal aos
docentes que tenham completado no ano escolar anterior 60 anos de idade.

Podem ainda requerer ao órgão da direcção executiva a dispensa total da componente lectiva,
pelo período de um ano escolar, aos docentes que reúnam os seguintes requisitos:

ANOS Docentes da Educação


Pré-Escolar e do 1º CEB Condições
Idade Serviço em mono-docência
Dispensa total durante 1 A concessão desta dispensa apenas pode ser
Indiferente 25 a 30
ano escolar concedida no caso em que os docentes não
Dispensa total durante 1 estão abrangidos pelo regime transitório de
Indiferente 33 a 38 aposentação
ano escolar

A dispensa total pode ser usufruída num dos 5 anos imediatos àquele em que se verificou o
requisito.

Os docentes que usufruem de dispensa total têm uma componente não lectiva limitada a 25H
semanais, preferencialmente para: formação, realização de estudos, assessorias técnico-
pedagógicas, acompanhamento e supervisão, produção de materiais pedagógicos.

3.1.2. - Docentes do 2º e 3º CEB, Ensino Secundário e Educação Especial Art.º 79.º n.º 1 e
6
ANOS Docentes do 2º e 3º CEB, ensino secundário e
Redução educação especial
Idade Serviço
Diurno Nocturno
Menor 50 Menor 15 0 22 15
50 a 55 15 a 20 2 20 14
55 a 60 20 a 25 4 18 12
60 ou mais 25 ou mais 8 14 10

A redução da componente lectiva (art.º 79º do ECD) determina o acréscimo correspondente da


componente não lectiva a nível de estabelecimento, que deve constar no respectivo horário.
Despacho/2008(a publicar), art.º 4º, n.º 3

A aplicação do disposto no artigo 79.º do ECD determina a impossibilidade de prestação de


serviço lectivo extraordinário, salvo nas situações em que tal se manifeste necessário para a
completação do horário semanal do docente.Despacho/2008(a publicar), art.º 4º, n.º 4

Os docentes que já beneficiam duma redução da componente lectiva por idade e tempo de
serviço ao abrigo do estabelecido pelo anterior ECD, mantêm essa redução, mas o novo
direito só se efectuará estando cumpridos os requisitos descritos no quadro anterior.

As reduções por idade e tempo de serviço apenas produzem efeitos no início do ano escolar
imediato ao da verificação dos requisitos exigidos. ECD Art.º 79.º, n.º 4

3.2. Exercício de funções de avaliador e cargos de natureza pedagógica


O desempenho de funções de avaliador ou de cargos de natureza pedagógica pode dar lugar à
redução efectiva da componente lectiva, se se encontrarem esgotadas o n.º de horas de
redução ao abrigo do art.º 79º do ECD e da componente não lectiva a nível de
estabelecimento de que o docente disponha.

3.2.1.- Exercício das funções de avaliador de outros docentes


Despacho/2008(a publicar), art.º 8º

Os docentes que exercem a função de avaliadores têm uma hora semanal por cada 4 docentes
a avaliar.

Se as horas de componente não lectiva de estabelecimento e as horas de redução de que o


docente usufrui ao abrigo do artigo 79º do ECD forem insuficientes procede-se à redução da
componente lectiva do docente.

Tratando-se de pessoal docente da educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico, e o


docente avaliador tiver mais do que 7 docentes a avaliar pode optar por ficar sem grupo ou
turma atribuído, exercendo as horas correspondentes à componente lectiva não utilizada nas
funções de avaliação de desempenho, na coordenação das actividades da componente de
apoio à família, apoio educativo e apoio ao estudo aos alunos do 1º ciclo do ensino básico.

Os docentes que ficam sem turma, só podem delegar noutro a avaliação dos docentes deste
que tenham para avaliar mais de 21 docentes. É o docente avaliador que decide o número de
docentes a avaliar, nada impede que ele possa avaliar mais de 21 docentes. A definição do
número de docentes a avaliar, bem como a nomeação dos avaliadores deve ter em conta o
número de docentes existentes nos departamentos, bem como o restante serviço existente na
escola. As horas não utilizadas nas funções de avaliação de docentes, são prestadas em apoio
educativo aos alunos

Ao pessoal docente da educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico que exerça as


funções de avaliador e tenha grupo ou turma atribuído, não devem ser distribuídas as
actividades de apoio ao estudo, referidas no n.º 11 do Despacho n.º 14460/2008, de 26 de
Maio, já que essas horas serão destinadas ao exercício das funções de avaliação dos docentes.

3.2.2. - Cargos de orientação educativa que dão sempre lugar à redução da componente
lectiva:

• Direcção de Turma dos cursos diurnos (2H); Despacho/2008 (a publicar), art.º 7.º, n.º
7 a)
• Delegado à profissionalização (2H por cada profissionalizando a acompanhar, até ao
máximo de 8H); Despacho/2008 (a publicar),art.º 7.º, n.º 7 b)
• Responsável pelo grupo/equipa do desporto escolar (de acordo com o projecto
aprovado pela respectiva DRE sendo a distribuição da competência do órgão de
gestão); Despacho/2008 (a publicar), art.º 7º, n.º 7c)
• Orientador de escola (2H por cada aluno estagiário, até ao limite máximo de 8H); se o
professor orientador beneficiar de redução da componente lectiva, no âmbito do Artigo
79º, do ECD, 50% das horas de redução revertem para o exercício das funções de
orientação de estágio. DL 287/88, de 19/08, Capítulo X, art.º 37.º; Inform.
18/SEE/2007, de 18/07, n.º 3
3.2.3.- Podem ainda usufruir da atribuição da redução da componente lectiva os
seguintes cargos de natureza pedagógica, quando o docente não beneficiar de redução no
âmbito do Artigo 79º, do ECD, ou, beneficiando deste direito, seja necessário completar a
redução prevista para o exercício do cargo, havendo ainda a possibilidade de o Órgão de
Gestão entender que o tempo em falta possa ser completado com recurso às horas de
componente não lectiva de trabalho no estabelecimento:

• Coordenador da Biblioteca Escolar ( 8 a 11 horas, conforme o número de alunos) e


desde que não exista um docente com funções de bibliotecário com dispensa total da
componente lectiva. Despacho/2008 (a publicar), art.º 9º, n.º 2)
• Coordenador das TIC (6, 8 ou 9 horas, conforme a tipologia do Agrupamento/Escola).
Desp. 26691/2005, de 27/12, n.º 5, a),b) e c)
• Director dos Cursos Profissionais (Número de horas variável, em função do número
de turmas). Desp. 14758/2004, de 23/07, Cap. IX, n.º 33.2
• Director dos Cursos CEF (Número de horas variável, em função do número de turmas)
Desp. Conj. 453/2004, de 27.07, art.º 5.º, n.º 2 f) , Of. nº 1722/ANQ, de 26/03
• Coordenador dos Cursos EFA (Número de horas variável, em função do número de
turmas)
• Coordenador Pedagógico do Ensino Recorrente Nocturno (2 horas/turma)
Despacho/2008 (a publicar), art.º 7.º, n.º 5 b)
• Coordenador das estruturas de orientação educativa (equiparadas às previstas nos
Artigos 4º, 8º, 10º e 11º, do constantes do Decreto Regulamentar nº 10/99, de 21 de
Julho, entretanto revogado, ou outras da responsabilidade do Agrupamento/Escola). O
número de horas para o exercício destes cargos deve estar definido pelo
Agrupamento/Escola no Regulamento Interno
• Os Coordenadores dos Conselhos de Docentes da Educação Pré-Escolar e do 1º Ciclo
do Ensino Básico, exercem o cargo em regime de acumulação de funções públicas,
aplicando-se o disposto no Artigo 7º, da Portaria nº 814/2005, de 13/09.
Despacho/2008 (a publicar),art.º 7.º, n.º8

3.2.4. - Outros cargos de orientação educativa exercidos no âmbito da componente não


lectiva, que conjugam a utilização prioritária do previsto no Artigo 79º, do ECD, com as
horas de componente não lectiva de trabalho no estabelecimento: Desp. nº 17860/2007, de
13/08, art.º 7.º, n.º 4 a) e b)

• Membro da equipa da Biblioteca/CR – número de horas a definir pela escola


(utilização prioritária do art.º 79.º do ECD ou CNL);
• Coordenador Pedagógico no âmbito do Clube de Desporto Escolar – número de horas
a definir pela escola (utilização prioritária do art.º 79.º do ECD ou CNL);
• Director de Instalações – número de horas a definir pela escola no RI (utilização
prioritária do art.º 79.º do ECD ou CNL)

OBS - Os cargos aqui referenciados bem como as remunerações, dizem respeito a diplomas já
revogados: DL nº 115-A,/98 de 04/05, Decreto Regulamentar nº 10/99, de 21/07 e DL nº 355-
A/98, de 13/11. Ver Artigos nº 53º e 54º do DL 75/2008, de 22/04.

3.2.5.- Cargos que, obrigatoriamente, têm de ser desempenhados por docentes com a
categoria de professor titular: ECD Art.º 35.º, n.º 4

• A coordenação pedagógica do ano, ciclo ou curso;


• A direcção de centros de formação das associações de escolas;
• A coordenação de departamentos curriculares e conselhos de docentes;
• O exercício das funções de acompanhamento e apoio à realização do período
probatório;
• A elaboração e correcção das provas nacionais de avaliação de conhecimentos e
competências para admissão na carreira docente;
• A participação no júri da prova pública para admissão ao concurso de acesso à
categoria de professor titular.

3.2.6. - Outros cargos e/ou funções que podem dar lugar a redução de componente
lectiva Desp. 14310/2008, de 23/05

• Coordenador do CNO;
• Docente com funções de profissional RVC ;
• Mediador no âmbito dos Cursos EFA – 2 horas lectivas semanais por cada grupo de
formação, previsto no Artigo 19º, da Portaria nº 230/2008, de 07/03;
• Coordenador para acompanhar e articular as ofertas de qualificação integradas no
Sistema Nacional de Qualificações (Coordenador dos Cursos EFA?) – redução de 6 ou
12 horas, em função do número de tipos de oferta de qualificação existentes no
Agrupamento/Escola. O docente que assuma esta função tem de ser um Vice-
Presidente do Conselho Executivo, um Adjunto ou um Assessor.

Os docentes que desempenhem estes cargos devem leccionar pelo menos uma turma.

O tempo destinado a estas funções deve ser prioritariamente exercido no âmbito das horas de
redução de componente lectiva proveniente do Artigo 79º, do ECD, conjugadas com as horas
de CNL de trabalho no estabelecimento. Sendo estas horas insuficientes, há lugar à redução de
componente lectiva.

3.2.7. - Cargos ao nível da gestão das escolas: Vice-Presidentes e Assessores

Dado que não foi ainda publicado qualquer normativo sobre esta matéria, foi decidido que na
preparação do novo ano lectivo deveriam ser tidas em conta os critérios vigentes nos anos
lectivos anteriores.

3.2.8. - Exemplos de distribuição de serviço docente

• Componente lectiva dos 2º e 3º CEB e ES = 22 horas


• Componente lectiva dos Ed. Infância e ES = 25 horas

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