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FACULDADE DE ECONOMIA

DA
UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Reabilitação de Centros Históricos

Filipa Queirós
Coimbra, 2007

 
ÍNDICE

1. Introdução ........................................................................................................ 1
2. Desenvolvimento .......................................................................................... 3
2.1 Estado das artes ………………. ………………………………………. 3
2.1.1 Definição e Evolução do Conceito de Centro Histórico …….... 3
2.1.2 Problemas Comuns ………………………………………...….…. 7
2.1.3 Reabilitação Urbana: Programas de intervenção ……....……... 14
2.2 Descrição detalhada da pesquisa ………………………. …………… 18
3. Avaliação de página da Internet ……………………………. ……………. ……. 20
4. Ficha de leitura ………………. …………………………………………………. … 22
5. Conclusão …………………………. …………………. …………………………… 25
6. Referências bibliográficas ………………………………………………. ………. 27

Anexo a
Página de Internet avaliada

Anexo b
Texto de suporte da ficha de leitura

 
Ficha Técnica

Título: Reabilitação de Centros Históricos


Autor: Ana Filipa Gamboa Queirós

Nº de Estudante: 20070904

1º Ano Sociologia

Imagem de capa: http://sweet.ua.pt/~a32875/nova_pagina_2.htm

Este trabalho foi realizado no âmbito da cadeira de Fontes de Informação


Sociológica, sob orientação do professor Paulo Peixoto.

Coimbra, Dezembro de 2007

 
"A vida constrói-se.
Constrói-se a partir daquilo que é,
Na medida em que acreditamos no que pode vir a ser...
E pomos mãos à obra!"

Baden Powell

 
1. Introdução

“As principais urbes do país estão a sentir com alguns anos de atraso o “efeito
donut” que marcou a evolução urbana das cidades americanas dos anos 60: a
desertificação e a degradação do centro histórico e a concentração populacional nas
periferias. Lisboa, Porto e Coimbra recorreram a sociedades de reabilitação para travar
a erosão do património, a criação de guetos de insegurança e a ameaça aos símbolos
identitários das cidades, normalmente situados na baixa abandonada”. (Público, 2005)
Os centros históricos foram eleitos como um dos principais problemas das
cidades nas últimas décadas, sobretudo a partir dos anos 80 quando os movimentos
migratórios provocaram um gradual despovoamento nestes centros.
Estas áreas centrais começaram a ser substituídas por outras regiões da cidade,
onde se começaram a concentrar actividades ligadas aos mais variados sectores. Com
este afastamento a importância destes centros diminuiu, diminuindo também o
investimento público e privado que neles se fazia. Assim, fomos assistindo a uma
degradação progressiva não só do património cultural, mas também da identidade
adjacente a estes centros históricos.
Numa tentativa de valorizar o património cultural destas zonas da cidade e,
consequentemente, torná-lo mais atractivo, ao longo das últimas décadas, têm surgido
alguns documentos internacionais, tais como: a carta de Atenas, a carta de Veneza e a
Convenção para a protecção do património mundial, cultural e natural. Já nos anos 80
surge a carta de Washington, a declaração de princípios da sociedade para a
preservação do património construído, entre outras cartas e recomendações inseridas
na mesma temática.
Os centros históricos são o coração de uma cidade, “testemunhos vivos de
épocas passadas” (Salgueiro, Teresa B., 1992). São o palco onde se narra a história de
cada um dos habitantes que ao longo da vida a herdaram, construíram e modificaram.

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A escolha deste tema, dentro de todo um vasto conjunto sugerido pelo professor,
deve-se a várias razões, mas sobretudo ao interesse que esta temática sempre me
despertou.
Para restringir um pouco mais o tema, procurei focar-me em 3 Sub temas que
irão ser tratados ao longo deste trabalho: Definição e evolução do conceito de Centro
Histórico; Problemas comuns; Reabilitação Urbana: Programas de Intervenção.
Gostaria de agradecer aos funcionários da Câmara Municipal de Coimbra -
Gabinete para o Centro Histórico, que me receberam e informaram de uma forma
simpática, mostrando-me qual o melhor caminho a seguir.
Agradeço também ao meu professor, Doutor Paulo Peixoto pela constante ajuda
que me deu e pela forma clara como esclareceu todas as minhas dúvidas; Obrigado.

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2. Desenvolvimento
2.1 Estado das Artes
2.1.1 Definição e Evolução do Conceito de Centro Histórico

“O centro histórico, outrora constituía o centro vital da urbe no seu complexo


social, meios urbanos de produção e de comércio, negócios e administração.
Entretanto, a expansão física rompe este quadro, ao deslocalizar os sectores
produtivos, administrativos e residenciais, dando lugar à desertificação e
envelhecimento da população residente, à pobreza e à degradação da actividade
económica e dos edifícios.” (Caetano, 1999).
Todas estas alterações que se fizeram sentir criaram uma percepção diferente
destes centros. Foram vários os indivíduos e as organizações que se debruçaram no
conceito de centro histórico, pensando que, conhecendo a origem da palavra, talvez
fosse mais fácil revitalizá-los de forma sustentável.
O conceito de centro histórico tem sofrido alterações à medida que os tempos
passam. No entanto, regra geral, é visto como um livro de memórias materiais e
imateriais, que possui importantes referências e indicações de identidade dos povos
que aí habitam e habitaram ao longo do tempo.
Apesar de não falar concretamente em centro histórico, a Carta de Atenas,
instituída em 1931 foi aquela que, pela primeira vez, estabeleceu critérios de
preservação e revitalização de edifícios antigos. Esta carta realçava a ideia de que os
monumentos são um testemunho vivo de tradições, sendo por isso indispensável a sua
preservação.
A Carta de Veneza – Carta Internacional sobre a Conservação e o Restauro de
Monumentos e Sítios, criada em 1964, alargou e renovou o conceito já abordado na
Carta de Atenas, aprofundando ainda os seus princípios. Assim sendo, o conceito de

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monumento histórico deixou de estar somente relacionado a criações arquitectónicas,
passando a englobar sítios quer urbanos, quer rurais – desde que estes encerrem
vestígios de civilizações que, de alguma forma, simbolizem uma fase marcante da
história. Esta Carta declara que “os monumentos de um povo, são portadores de uma
mensagem do passado, são um testemunho vivo das suas tradições seculares.”1

Em 1977, num Colóquio sobre Conservação realizado em Quito, define-se centro


histórico como sendo um espaço físico condicionado pelas relações que se foram
estabelecendo entre as pessoas, ao longo do tempo. Estamos perante uma fase da
história em que se reconhece que estes centros não devem ser vistos apenas como
portadores de uma herança física e material, mas sim como elementos indispensáveis à
compreensão dos hábitos, crenças, tradições, e relações sociais que se foram
desenvolvendo ao longo do tempo e que, obviamente são representativos da identidade
de uma população. “A característica especial de um centro histórico é o reconhecimento
por parte dos seus habitantes e dos habitantes do resto da cidade de que o centro
histórico é uma área urbana com identidade própria e aparência particular”. (Hardoy e
Guttman, 1992)
Em 1983, Pereira de Oliveira alerta para o facto de o conceito de centro histórico
ser “atemporal porque eminentemente cultural”, isto é, são os valores actuais que
definem o que é deveras histórico. Fazendo uma abordagem sociocultural, Pereira de
Oliveira admite que os conjuntos históricos em questão só podem ser considerados
património quando a sociedade os reconhecer “como seus”.
Redigida pela ICOMOS2 em 1987, a Carta Internacional para a Salvaguarda das
Cidades Históricas traçou objectivos específicos no que diz respeito à conservação das
“cidades históricas”. Neste documento, todas as cidades, centros e bairros importantes
são reconhecidos como “históricos” pelo simples facto de representarem a
multiplicidade das sociedades ao longo das décadas.
                                                       
1
  A  Carta  de  Veneza  data  de  1964  e  foi  elaborada  pelo  ICOMOS.  Esta,  veio  alargar  o  conceito  de  monumento 
histórico, acrescentado que um monumento histórico era mais que uma construção arquitectónica. Assim define‐
se como sendo algo que simbolize um momento marcante na história. 
2
 Conselho Internacional dos Monumentos e dos Sítios 

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Um outro autor (Mário Nunes in Carvalho e Fernandes, 1988) afirma que um
centro histórico “(…) corresponde ao centro de pequenos prédios, porque nem sempre
as técnicas de construções permitiam maiores edificações (…). É o espaço de
pequenas ruas, porque era reduzida a circulação de carroças e carruagens; é o espaço
sem grandes centros comerciais ou industriais, porque a actividade era artesanal e o
comércio a retalho (…), mas também é um espaço socialmente rico, pois a (…) sua
fisionomia depende dos (…) que nele viveram construindo igrejas, mosteiros, palácios,
edifícios grandiosos, casas harmoniosas, logo foi o lugar onde se desenvolveram os
principais episódios da história social”. Pessoalmente considero esta intervenção de
Mário Nunes muito importante. Nos tempos de hoje quando falamos em centro histórico
de uma cidade associamos, quase que instintivamente, a um local da cidade onde
predominam edifícios antigos - alguns bastante degradados; onde a população
residente é maioritariamente envelhecida, não por opção própria muitas vezes, mas
porque não têm posses para pagar rendas mais elevadas e onde se vive em condições
precárias. Esquecemo-nos assim de todo o património adjacente, seja ele material ou
cultural, e que tanto valor trás à nossa cidade.
Mais recentemente, e após alguns estudos, chega-se à conclusão que o centro
histórico coincide com o espaço urbano que outrora equivalia à totalidade da cidade,
onde coabitavam classes sociais distintas e todos os meios urbanos. No entanto “a
expansão física urbana rompe com este quadro, começando a aparecer, dentro do
primitivo recinto, grandes diferenças tanto no tecido físico, como no social. Em
consequência destas alterações, no casco encontram-se sectores muito diferentes, uns
como resultado de intervenções radicais sobre o tecido, outros distinguem-se pela não
intervenção, com condições muito distintas de evolução, estado físico e nível social. E
da trama anterior (…), genericamente, pouco resta na actualidade, (…). (Caetano,
1999)
Há quem considere ainda que “O “centro histórico”, não obstante a existência de
novos espaços urbanos, diz respeito a um lugar circunscrito e delimitado onde se
localizam as fontes deste ethos e as manifestações festivas, estéticas e emblemáticas
da sua afirmação.” (Peixoto, 2003).

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Tendo anteriormente apresentado um pouco da evolução do conceito de centro
histórico, podemos agora concluir que este corresponde ao núcleo da cidade, ao seu
local inicial, onde durante séculos se edificaram grandiosos edifícios e monumentos,
reflexo das culturas e relações entre os humanos que aí habitaram. Representa “o
deserto escondido no miolo das cidades”, (Corvacho, 2005) no qual, permanece uma
pluralidade de identidades próprias características das vivências de determinadas
culturas e povos.

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2.1.2 Centros Históricos: Problemas Comuns

Para além de criar uma intervenção física de recuperação e valorização do


património, a reabilitação urbana limita a deterioração da paisagem, ao mesmo tempo
que fomenta a cidadania, fixa a população residente, potencia o comércio tradicional e
alicia o turismo.
É fundamental que a reabilitação restitua aos habitantes a afeição pelo seu
espaço e descubra os valores inerentes de cada lugar. Ao intervir, em qualquer que
seja o lugar, temos de ter em conta que o nosso “alvo” é um organismo vivo e
mentalizarmo-nos daquilo que, na realidade, é uma cidade. Reabilitar é actualizar
conservando e prezando a identidade.
A revitalização dum centro histórico “passa pela introdução de novas actividades
e o preenchimento das áreas devolutas, quer pelo restauro (…) de velhos edifícios,
quer pela construção de novos, sempre que se justifique” (Rocha Pinto, idem).
As cidades portuguesas, os centros históricos em específico, apresentam um
conjunto vasto de problemas comuns que merecem especial atenção:

1) O Despovoamento – “A desertificação dos centros urbanos é uma regra


com muito poucas excepções” (Schmidt e Cardoso, 2007a). Apesar de clássico, este
fenómeno continua a ser um dos principais problemas dos centros históricos
portugueses. No entanto, ultimamente tem alcançado dimensões desmedidas, tanto em
Portugal como em outros lugares da Europa. “O abandono dos centros históricos é um
problema Global e não ocorre só em Portugal (…)” (Schmidt e Cardoso, 2007a).
Começou a verificar-se aquando a construção de bairros residenciais na periferia
das cidades. Estes novos espaços urbanos obstruíram a permanência de jovens nos
centros históricos provocando simultaneamente a deterioração dos edifícios ocupados
por parte da população idosa que, sem recursos económicos, se vê incapacitada para
os recuperar.

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Um outro agente responsável pelo despovoamento que se tem verificado nesta
região específica é a intensa procura de habitações maiores e mais baratas por parte
de famílias que sofrem aumentos significativos de rendimento. O custo do solo nas
periferias é substancialmente mais baixo e o espaço para construção está ainda pouco
farto em relação ao centro das cidades. “Os jovens, em grande medida, desertaram do
centro, procurando casa longe dali ou mesmo nos concelhos limítrofes, e nas casas vai
ficando sobretudo a população idosa que, ainda por cima, se confronta com problemas
de isolamento e de falta de apoio social.” (Corvacho, 2005).
Por outro lado, este abandono foi também efeito da desmedida e descontrolada
terciarização que se fez sentir. Os edifícios foram ocupados de uma forma
desmesurada, provocando transformações na vivência e identidade dos centros
históricos, pondo em risco inclusive o seu papel de referência social e cultural.
No entanto, a terciarização não deve ser vista como um agente problemático
destes centros. Isto porque, cria postos de emprego, promove a habitação e resolve, de
certa forma, os problemas da indústria.

2) O Envelhecimento – A população residente nestas áreas é


maioritariamente idosa, sendo que, cerca de 25% tem mais de 65 anos. FONTE INE.
Este elevado envelhecimento da população acarreta incalculáveis consequências
para o crescimento e recuperação sustentáveis dos nossos centros históricos:
embaraça a recuperação do parque habitacional uma vez que esta camada específica
da população não possui meios económicos para fazer as respectivas construções; A,
cada vez maior, ausência de jovens acaba por originar um abandono crescente,
sobretudo à noite. Todas estas consequências podem ter ainda repercussões maiores,
nomeadamente em actividades económicas. Quer isto dizer que, sendo a maioria da
população residente idosa, naturalmente, o poder de compra que possui é muito pouco
significativo, o que condiciona a permanência de actividades económicas aí
implementadas.
“As capitais de Distrito não param de perder população e os custos com as
acessibilidades dispararam” (Marcelino, 2006).

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Gráfico 1 – Evolução do Índice de Envelhecimento no centro histórico de Coimbra
*Fonte – INE

3) A precariedade do parque habitacional – Apesar das inúmeras


tentativas para resolver este problema, a habitação não deixou de afectar a imagem
dos centros históricos portugueses.
O congelamento das rendas foi, talvez, a medida que mais contribuiu para a
degradação das habitações. O estado de ruínas destas casas, muitas em risco de
desmoronamento, deve-se ao facto de serem privadas. Por outro lado, a actual
legislação faz com que as autarquias percam o direito a intervir, podendo apenas dar ou
não autorização para a realização das obras. Outra situação, para além de grave, torna-
se insuportável uma vez que, como já foi referido anteriormente, se trata de população
idosa e com poucos recursos financeiros.
Não menos grave, acontece que os proprietários aproveitam o facto de as
rendas serem de baixo custo para não efectuar qualquer tipo de construção. Assim,
aguardam o desmoronamento natural dos edifícios para mais tarde poderem vender os
terrenos por um valor muito mais elevado.
Naturalmente que as situações anteriormente descritas merecem ser analisadas
por entidades competentes, não só por uma questão de preservar o património cultural

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de um país, mas também para que diminua o número de pessoas – maior parte idosos,
a viver em condições insuportáveis.

Ilustração 1 – degradação em pleno centro histórico


*Fonte - Câmara Municipal de Coimbra (200?)

Ilustração 2 – traçado característico das ruas do centro histórico


*Fonte – http://infohabitar.blogspot.com

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4) Tráfego automóvel, acessibilidades e estacionamento – Nos centros
históricos “as ruas não chegam para os carros, os carros prejudicam os peões, o
estacionamento não chega” (Portas, 1981).
O traçado do centro histórico com ruas estreitas complica bastante a circulação
de veículos, o que condiciona também a circulação de peões. O facto destes centros
serem maioritariamente habitados por idosos exige que determinadas medidas sejam
aplicadas, nomeadamente alterações no traçado das ruas. No entanto mantêm-se as
pedras em calçada, as ruas estreitas e íngremes, entre outras coisas.
“Hoje, transitam dez vezes mais carros que em 1991 e circula-se cada vez pior,
apesar de sucessivos e caros alargamentos e desnivelamentos”. (Schmidt e Cardoso,
2007b).
O problema do estacionamento é outro ponto a ter em conta. Não há espaços
reservados ao estacionamento de veículos automóveis nestes centros e as alternativas
têm custos elevados. Assim, o estacionamento é feito em cima de passeios,
desrespeitando por completo os peões.
O acesso ao centro histórico é igualmente deficitário. São escassos os
transportes públicos que circulam nestas zonas, o que agrava ainda mais o tráfego
automóvel.

5) Equipamentos de saúde, escolares, de cultura e de lazer – Outro


aspecto que marca os nossos centros históricos é a carência de infra-estruturas e
equipamentos.
Ao nível da saúde são insuficientes os equipamentos disponíveis e com poucas
condições.
Tendo em conta que a maioria da população residente é idosa, era de esperar a
existência de infra-estruturas de apoio, tais como centros de dia e lares. No entanto o
mesmo não se verifica e quando existem, são de qualidade duvidosa; muitos ilegais.
Quanto a equipamentos escolares a questão deve ser analisada segundo outra
perspectiva. Eles existem, no entanto, a construção de escolas nas periferias provocou
um crescente abandono, contribuindo igualmente para desertificação. Com esta

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situação as autarquias desistiram de recuperar os edifícios, o que mais uma vez
contribuiu para o abandono.
Os equipamentos culturais existem, por vezes até em grande número. No entanto,
o espaço envolvente de abandono e desertificação acaba por fazer com que esses
espaços fiquem camuflados e pareçam inexistentes ao olhar do público.
Quanto à construção de espaços verdes, são poucas ou quase nenhumas as
zonas destinadas, o que acaba por tornar-se um entrave para cativar novos turistas.
Outro factor igualmente importante é o abandono por parte de entidades
competentes e o incumprimento do dever cívico de cada cidadão na preservação e
manutenção dos espaços verdes e de lazer existentes.

6) O mercado tradicional – Antigamente o centro histórico era o local onde


se efectuavam todas as transacções económicas. Contudo, a expansão das cidades
com a construção de novos bairros nas periferias, acabou por transferir estas
actividades para outras zonas da cidade. Um outro factor que contribuiu para a
desvitalização destes centros foi a abertura de centros comerciais e hipermercados nas
periferias, o que deslocou a maior parte da população para esses espaços.
Sendo o comércio crucial para a habitabilidade, a sua inexistência provoca uma
perda da capacidade de atracção da população que não quer viver nestes centros.
Assim, o clima de insegurança agrava-se, o que trás inúmeras consequências no tecido
urbano.

Temos que ter em consideração que a lista de problemas referentes aos centros
históricos não acaba aqui. Existem outros que se confinam mais a uns centros que
outros.
Assim sendo, é necessário identificar o que está errado para que se possam
operar estratégias de intervenção. Só assim se pode evitar que estes centros caiam em
esquecimento. São eles que confinam às cidades importância e que preservam as
memórias que nos identificam e preservam a nossa identidade como cidadãos.

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2.1.3 Reabilitação Urbana: Programas de Intervenção

Ao longo dos anos tem sido de notar uma crescente urbanização que tem tido
impactos positivos e negativos, tais como desequilíbrios sociais das sucessivas
transformações económicas.
Esta decadência suscitou uma crescente preocupação por parte dos governos
que têm procurado dar respostas no sentido de solucionar os casos mais
problemáticos. Estas têm-se traduzido em Programas de Intervenção que obtêm
financiamento do Orçamento de Estado, de Fundos Estruturais da União Europeia e de
outras entidades que pretendam dar apoio.
Assim sendo, estes são apenas alguns dos programas existentes em Portugal:

1) RECRIA – Regime Especial de Comparticipação na Recuperação de


Imóveis Arrendados.
Tendo origem em 1988, este programa surgiu da constatação de que o parque
habitacional das duas grandes áreas metropolitanas de Portugal, Lisboa e Porto, se
encontrava bastante deteriorado.
Antes do RECRIA, em 1976, foi lançado o PRID – Programa para a
Recuperação de Imóveis Degradados. Este programa foi novamente relançado em
1983, possibilitando a concessão de empréstimos a particulares que pretendam
recuperar o património habitacional.
O RECRIA é comparticipado pela Câmara Municipal e pelo INH – um “fundo
perdido”. Este programa destina-se aos proprietários, aos inquilinos e aos municípios
cuja renda tenha sido alterada.
Para incorporar este programa, é necessário que o contrato de arrendamento
seja anterior a 1 de Janeiro de 1980 e que a renda não tenha tido nenhuma correcção
extraordinária.

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Gráfico 2 – Adesões ao Programa RECRIA
*Fonte - Câmara Municipal de Coimbra (200?)
 
2) PRAUD – Programa de Reabilitação de Áreas Urbanas Degradadas.
Este programa pretende reabilitar e renovar áreas urbanas consideradas
degradadas. Destina-se a indivíduos que, por algum motivo não possam integrar o
programa RECRIA ou outros programas e a indivíduos que habitem ou sejam
proprietários de um imóvel que pode estar arrendado.
Cabe ao PRAUD a reabilitação de coberturas, de fachadas e de instalações
sanitárias e redes, quando estas existem em condições precárias ou simplesmente não
existem.
O pagamento será efectuado pelo proprietário no prazo de quinze dias após uma
notificação da câmara municipal

Ilustração 3 – Delimitação das áreas PRAUD


*Fonte – Gabinete para o Centro Histórico

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3) REHABITA – Regime de Apoio à Recuperação Habitacional em Áreas
Urbanas Antigas.
O REHABITA é uma extensão do RECRIA que pretende auxiliar financeiramente
os municípios na recuperação de regiões urbanas antigas. Destina-se em situações em
que os inquilinos ou os proprietários dos edifícios se deneguem a realizar obras.
Um dos problemas ligado a este programa é a incapacidade da câmara de
predispor um parque habitacional que possa servir de provisório enquanto se realizam
as obras.

4) SOLARH – Programa de Apoio Financeiro Especial para a Realização


de obras de Conservação e Beneficiação em Habitações.
Destina-se à realização apenas de obras de conservação ordinária, extraordinária
e de beneficiação. A indivíduos ou agregados familiares de poucos recursos que
possuam única e exclusivamente uma habitação e a instituições de solidariedade
social.

5) PROHABITA – Programa de Financiamento para Acesso à Habitação


Este programa pretende dar resposta a situações de necessidade habitacional, de
famílias carenciadas e de bairros sociais desprovidos de condições mínimas de
habitabilidade.

Como estes, existem muitos mais programas não menos importantes postos em
prática, em Portugal: PERU (Programa de Emergência para a Reabilitação Urbana),
PROCOM (Programa de Apoio à modernização do Comércio), PROSIURB (Programa
de Consolidação do Sistema Urbano Nacional e de Apoio à execução dos Planos
Directores Municipais), RECITE/REBUILD (Regiões e cidades para a Europa/Energias
Renováveis aplicadas em Edifícios de Cidades Europeias com Centros Históricos),
entre outros.

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A degradação do tecido urbano tem-se alastrado como uma praga. Daí a
necessidade de intervir com medidas e instrumentos próprios.

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2.2 Descrição detalhada da pesquisa

Ao longo deste trabalho vários foram os obstáculos que me surgiram: a escolha


do tema, a sua delimitação, a forma como havia de tratar a informação e conduzir a
pesquisa, entre outros. Decidi escolher o tema “Reabilitação de Centros Históricos” por
ser um tema que, desde sempre me interessou. Realizei uma pesquisa inicial para
tentar perceber a quantidade de informação existente sobre esta temática e assim
verifiquei que há muita informação escrita sobre este assunto. Se por um lado isso me
animou e incentivou, por outro senti-me perdida, sem saber por onde começar. Após
algumas leituras decidi visitar o Gabinete para o centro histórico onde pude ter uma
visão abrangente daquilo que tem sido feito no centro histórico de Coimbra. Tive a
oportunidade de falar com funcionários da câmara a trabalhar neste ramo, de lhes
explicar o que pretendia deste trabalho e foi assim que recebi imensos conselhos sobre
a melhor forma de procurar informação para este assunto em específico. Em primeiro
lugar informaram-me que o site da Câmara Municipal de Coimbra, actualmente, dispõe
de imensa informação. Encontram-se lá imensos documentos que me cativaram. Nunca
pensei que o site se encontrasse tão actualizado e com tanta informação. Em segundo
lugar, ensinaram-me que uma das melhores formas de estudar este problema era
vendo, observando o centro histórico de Coimbra, foi o que fiz.

A minha pesquisa centrou-se em documentos recolhidos no site da C.M.C3,


assim como em outros sites indicados nas referências bibliográficas. Decidi incidir a
minha pesquisa em dois motores de busca, para poder comparar os resultados obtidos
em cada um deles. Assim, fui pesquisando no Google e no Altavista.

                                                       
3
 Câmara Municipal de Coimbra 

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Iniciei a minha pesquisa no Google no modo simples, escrevendo <”centros
históricos”> tendo obtido 428.000 resultados. A mesma pesquisa no Altavista devolveu-
me 305.000 resultados. Decidi restringir mais a minha pesquisa, tornando-a mais
objectiva. Para isso, pesquisei por <”centros históricos+Portugal”>, o que me deu
375.000 resultados no Google e 96.000 no Altavista.
Como os resultados continuavam a ser vastos voltei a restringir a minha
pesquisa colocando, desta vez nos motores de busca <”centros
históricos+Portugal+reabilitação ubana”>. Enquanto que o Google me devolveu 37.300
resultados, a mesma pesquisa no AltaVista obtive apenas 680 resultados.
Desta evolução de resultados e em detrimento da restrição do tema pesquisado
questionei-me se o motor de busca AltaVista seria menos eficaz que o Google, ou se
era somente mais selectivo na informação que devolvia. Pareceu-me que o motor de
busca do Google era o que devolvia respostas, talvez um pouco menos oportunas,
quando comparado com o AltaVista.
Ao nível de pesquisa na Internet baseei-me um pouco no Site da Câmara
Municipal, no site do ICOMOS e do Infohabitar, os quais têm imensa informação relativa
ao tema em estudo e de outros temas relacionados.

Ainda relativamente à pesquisa que realizei para que este trabalho pudesse ser
elaborado, muitos dos livros indicados nas referências bibliográficas foram resultado de
pesquisas realizadas na Biblioteca Geral de Coimbra, local onde encontrei uma vasta
informação acerca do tema, sendo que muita informação encontrada era referente à
cidade de Coimbra.

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3. Avaliação de página da Internet

Um dos objectivos deste trabalho consiste na capacidade de analisar crítica e


construtivamente uma página da internet. Assim sendo, e após alguma indecisão optei
por escolher a seguinte página, referente ao conhecido jornal Público: “Natal foi
negativo para o comércio tradicional”, 27 de Dezembro. Página Consultada em 29 de
Dezembro de 2007.
<http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=%2Fmain%2Easp%3Fdt%3D20071227%26i
d%3D12472797%26c%3DA%26q%3Dcentros%2520hist%25F3ricos%26nid%3D24283
2>.
Embora não tenha sido muito relevante para o desenvolvimento do meu trabalho,
esta página parece fornecer uma grande quantidade de informação não só referente a
esta temática, mas também a muitas outras.
Relativamente à informação nela contida, trata-se de um artigo recente, editado
a 27 de Dezembro de 2007. Apesar de não o fazer de uma forma directa, este artigo
aborda um dos problemas que caracterizam os centros históricos, em Portugal.
Conforme já foi referido, o surgimento de centros comerciais e hiper-mercados veio
abalar e arrasar por completo o pequeno comércio tradicional. Este artigo é a prova de
que o comércio tradicional tem vindo a ficar cada vez mais fragilizado: “As vendas de
Natal do comércio tradicional ficaram este ano em termos globais abaixo do ano
passado” (Público, 2007). Torna-se assim, cada vez mais urgente, a implementação de
estratégias que salvaguardem e promovam o pequeno comércio das cidades.
Apesar de um pouco “atulhada” com publicidade, no meu entender é uma página
atractiva, de fácil acesso onde qualquer pessoa (desde que aceda à Internet) consegue
navegar e, com alguma facilidade, encontrar o que procura. Tem cores atractivas que
focam os temas principais e diversas hiperligações a um vasto número de temáticas. A
acrescer ao que anteriormente foi descrito, a página encontra-se em português o que,
pessoalmente, me facilita imenso.

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Um dos factores que me levou a escolher esta página, entre outras, foi o facto de
o acesso à informação ser gratuito. Quero com isto dizer que a informação pretendida
não era restrita a um grupo específico de indivíduos; não foi necessário efectuar um
registo nem instalar algum programa para a leitura da mesma.
A avaliação que faço desta página é positiva, quer por ter acedido sem qualquer
entrave, quer pela sua funcionalidade. Penso que é bastante positivo a existência de
páginas como esta para que a informação possa chegar a todos, permanecendo assim
para quem a queira consultar.

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4. Ficha de leitura

Título da publicação: Sebenta SRU Sociedades de Reabilitação Urbana


Autor: Vários Autores - Pedro Ribeiro da Silva; Jorge Queiroz; João Paulo Craveiro;
João Esgalhado; Paulo Trindade; Rui Loza e Fernanda Quinta.
Local onde se encontra: Adquiri-o numa livraria
Data de publicação: s.d.
Edição: 1ª
Local de Edição: Aveiro
Editora: Associação Portuguesa de Planeadores do Território
Título do Capítulo: “Coimbra Viva SRU: Promover a Reabilitação Urbana da Baixa de
Coimbra”
Nº de páginas do capítulo: 17-26
Assunto: Reabilitação Urbana
Palavras-Chave: Reabilitação urbana, Coimbra viva SRU, Baixa de Coimbra,
sustentabilidade, identidade, responsabilidade, reabilitação, interdisciplinaridade, centro
histórico

Data de leitura: Dezembro de 2007

Observações: O capítulo seleccionado é da autoria de João Paulo Craveiro.

Notas sobre o autor:

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Licenciado em Engenharia civil pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da
Universidade de Coimbra, João Paulo Craveiro, começou o seu percurso profissional na
Câmara Municipal de Coimbra. Mantendo-se sempre na área imobiliária, integrou o
grupo Sonae e o grupo Amorim.
Depois de 1997 administrou um colégio e exerceu “actividades privadas”.
Actualmente é Presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Reabilitação
Urbana, Coimbra Viva e, como o próprio diz, gosta de “andar sempre metido em
coisas”.

Resumo:

O capítulo analisado, embora não tenha sido referenciado ao longo do trabalho,


muito contribuiu para a formação da minha opinião. Permitiu-me, de uma forma ligeira,
conhecer mais sobre a SRU e os seus objectivos.
O autor começa por focar o surgimento e objectivos de “Coimbra Viva SRU”,
passando a enumerar os projectos e a estratégia a adoptar.
Posteriormente faz uma análise crítica ao centro histórico de Coimbra, no sentido
de focar os seus problemas, afirmando que, apesar de as soluções estarem para breve,
exigirão muita precaução por parte dos profissionais envolvidos – devido ao estado
degradado em que se encontra grande parte do centro histórico.

Estrutura:

O capítulo analisado, assim como o livro em geral, é de uma leitura muito


agradável. Está muito bem estruturado e dividido e dispõe de várias ilustrações de
qualidade e cartografias alusivas aos centros históricos em questão.
Num primeiro momento, João Paulo Craveiro procura explicar o aparecimento de
Coimbra Viva SRU, para depois desenvolver um pouco daquilo que se pretende

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realizar. Assim, acaba por revelar um pouco a estratégia para levar a cabo todos os
projectos da Baixa de Coimbra. Desta forma, afirma que é um trabalho “(…) levado a
cabo por uma equipa interdisciplinar do mais alto nível cientifico e técnico (…)”.
No momento seguinte deste pequeno capítulo, o autor passa a descrever os
principais princípios reguladores do regime excepcional da reabilitação urbana.
Por fim, acaba afirmando convictamente que este não é somente um projecto
para Coimbra. Este, é um projecto para Coimbra e para todos nós, habitantes desta
bela cidade. Não deixemos o seu encanto morrer.

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5. Conclusão  

Ao longo deste trabalho tentei realçar que a recuperação e manutenção do


património cultural, do qual os centros históricos fazem parte, são dever obrigatório das
entidades competentes e da população que nele habita e visita.
O que na realidade está em causa não é somente a desmaterialização física de
uma cidade, mas sim a preservação da nossa identidade e memória colectiva. O centro
histórico de uma cidade é um espaço de afirmação da história e cultura de um povo.
Os centros urbanos (na grande maioria históricos) podem ser hoje comparáveis
a “um coração gigantesco que se dilata de manhã e que tarde expulsa ondas de
homens e veículos” (Beaujeau Garnier, 1987). Ao longo dos séculos as cidades
crescem, evoluem, expandem-se de tal forma que as atenções se passam a focar
nessas novas regiões que se foram implementando em redor do “coração da cidade”; o
que faz com que este perca progressivamente a sua utilidade.
Contudo, estes pequenos esquecimentos provocaram lacunas profundas nestas
regiões: A procura de maiores e melhores habitações provocaram um despovoamento
que, hoje, atinge uma maior visibilidade. Por outro lado, a degradação das habitações e
do próprio espaço urbano em geral transformaram esta região num espaço onde
apenas os mais resistentes e desfavorecidos habitam. Assim, temos centros históricos
maioritariamente envelhecidos o que, inevitavelmente, traz inúmeras perdas no sector
económico.
É fundamental que se repense nas estratégias que até agora foram
implementadas; que se “aponte o dedo” ao que se fez de errado para se poder corrigir a
tempo algo que já precisa há muito de uma intervenção de choque.
Assim, penso que redefinir estratégias não é, por si só, suficiente. É necessário
criar condições que preservem a identidade, a função habitacional, comercial e
económica destas zonas, permitindo assim que se possa continuar este acumular de
culturas e tradições.

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Como já foi referido, é essencial preservar o parque habitacional, criando
medidas de protecção à descontrolada terciarização que avassalou por completo estas
zonas.
Ao nível do tráfego é também urgente uma política de remodelação de acordo
com a capacidade de cada centro histórico de “albergar” mais veículos. O traçado
específico destas zonas leva-me, em tom crítico, a pensar que o impedimento da
circulação automóvel pode ser uma solução. Só assim as pessoas podem circular
livremente.
Por último, não menos importante, é fundamental que não se esqueça que “Cada
cidade difere de todas as outras: não há duas cidades iguais” (J. Steinbeck in “A
pérola). Isto é, o modo de intervir no centro histórico não deve nunca por risco aquilo
que se quer preservar. Esta atitude exige uma maior responsabilidade.
Assim concluo este trabalho, achando que esta seria uma boa altura para o
começar a realizar. Muito ficou por dizer e por explicar, no entanto penso que o que as
cidades mais precisam neste momento é de uma política de consciencialização e
sensibilização para aquilo que, de facto se passa nos centros históricos do nosso país.

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6. Referências bibliográficas

Livros

Beaujeau-Garnier, Jacqueline (1987) – “Régions Villes et Aménagement – Melanges


Jubilaires Offerts A Jaqueline Beaujeu-Garnier”. Brunet, Paru.

Caetano, Lucília (1999) – “Reabilitação e Revitalização dos centros históricos urbanos.


O exemplo de Zaragoza.” Cadernos de Geografia nº 18. Coimbra, IEG, pp. 15-37

Da Silva, Pedro Ribeiro; Queiroz, Jorge; Craveiro, João Paulo; Esgalhado, João;
Trindade, Paulo; Loza, Rui e Quinta, Fernanda (orgs.), (s.d.), Sebenta SRU Sociedades
de Reabilitação Urbana. Aveiro: APPLA.

Oliveira, J. M. Pereira (1983) – “A cidade do Porto como um Centro Urbano «histórico»


”. Cadernos de Geografia nº6. Coimbra IEG, pp. 37-42

Peixoto, Paulo (2003) – “Centros históricos e sustentabilidade cultural das cidades”.


Sociologia, 13, 211-226., 2003

Portas, Nuno (1981) – “Conservar renovando ou recuperar revitalizando. Programa


«Coimbra antiga e vivificação dos centros históricos”. Museu Nacional Machado de
Castro, 1982

Salgueiro, Teresa (1992) – “A cidade em Portugal: Uma geografia Urbana”. Porto,


Edições Afrontamento.

Steinbeck, Jonh (1998) – “A pérola”. Livros do Brasil

Página | 27  
 
Artigos de Imprensa

Corvacho, Nuno (2005), “O deserto escondido no miolo das cidades”. Público, edição
de 3 de Outubro.

Marcelino, Valentina (2006), “Lisboa e Porto perdem 75 mil habitantes”. Expresso,


edição de 1 de Dezembro.

Público (2007), “Natal foi negativo para o comércio tradicional”, 27 de Dezembro. Página
Consultada em 29 de Dezembro de 2007.
<http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=%2Fmain%2Easp%3Fdt%3D20071227%26id%3D1
2472797%26c%3DA%26q%3Dcentros%2520hist%25F3ricos%26nid%3D242832>

Schmidt, Luísa; Cardoso, Rui (2007a), “Abandono mata centros”. Expresso, edição de
16 de Junho, pp. 26.

Schmidt, Luísa; Cardoso, Rui (2007b), “A explosão suburbana”. Expresso, edição de 9


de Junho.

Outros documentos

Carta de Atenas – Sobre Salvaguarda de Monumentos, 1931

Carta de Veneza – Carta internacional sobre a Conservação e o Restauro de


Monumentos e sítios (1964)

Página | 28  
 
Sites

Azevedo, Liliana (2006), “A urgência da preservação da identidade do centro histórico


de Coimbra”. Página consultada em 17 de Novembro de 2007,
<http://pensamentosgeograficos.blogspot.com>.

Azevedo, Liliana (s.d.), “Como intervir no Centro Histórico de Coimbra”. Página


consultada em 29 de Novembro de 2007, <http://www.cm-coimbra.pt>.

Coelho, António Baptista (2006), “ Mobilidade no centro histórico – o caso de Coimbra,


artigo de Sidónio Simões”. Página consultada em 1 de Dezembro de 2007,
<http://infohabitar.blogspot.com>.

Gabinete para o Centro Histórico (s.d.) “Programa de Reabilitação das Áreas Urbanas
Degradadas – PRU”. Página consultada em 1 de Dezembro de 2007, <http://www.cm-
coimbra.pt>.

ICOMOS (s.d), “Objectivos essenciais do ICOMOS-Portugal”. Página consultada em 21


de Dezembro de 2007, <http://www.Icomos.org>.

Página | 29  
 
Página | 30  
 
ANEXO A
Página da Internet avaliada

Público (2007), “Natal foi negativo para o comércio tradicional”, 27 de Dezembro. Página Consultada em 29 de Dezembro de
2007.<http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=%2Fmain%2Easp%3Fdt%3D20071227%26id%3D12472797%26c%3DA%26q
%3Dcentros%2520hist%25F3ricos%26nid%3D242832>

Página | 31  
 
ANEXO B
Texto de suporte da ficha de leitura

Craveiro, João Paulo (s.d), “Coimbra Viva SRU: Promover a Reabilitação Urbana da Baixa de Coimbra”, in Da Silva,
Pedro Ribeiro; Queiroz, Jorge; Craveiro, João Paulo; Esgalhado, João; Trindade, Paulo; Loza, Rui e Quinta,
Fernanda (orgs.), SRU Sociedades de Reabilitação Urbana. Aveiro: APPLA4, 17-27.

                                                       
4
Associação Portuguesa de Planeadores do Território
Página | 32  
 

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